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ISBN 978-85-334-1419-8
                                                                          MINISTÉRIO DA SAÚDE
                                                                        MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO


                                           9 788533 41419 8




                 Disque Saúde
                 0800 61 1997
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
               www.saude.gov.br/bvs
                                                                        Projeto
                                                                     OLHAR BRASIL
                                                                     TRIAGEM DE ACUIDADE VISUAL
                                                                       MANUAL DE ORIENTAÇÃO




                                                                              Brasília - DF
                                                                                 2008
MINISTÉRIO DA SAÚDE
   MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO




   Projeto
OLHAR BRASIL
TRIAGEM DE ACUIDADE VISUAL
  MANUAL DE ORIENTAÇÃO




          Brasília – DF
             2008
MINISTÉRIO DA SAÚDE
   MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO




   Projeto
OLHAR BRASIL
TRIAGEM DE ACUIDADE VISUAL
  MANUAL DE ORIENTAÇÃO



              1.ª edição
           1.ª reimpressão




  Série A. Normas e Manuais Técnicos




             Brasília – DF
                2008
© 2008 Ministério da Saúde.
© 2008 Ministério da Educação.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que
não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do
Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs

Série A. Normas e Manuais Técnicos

Tiragem: 1.ª edição – 1.ª reimpressão – 2008 – 100.000 exemplares

Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Edifício Sede, 6.º andar, Sala 645
CEP: 70058-900 – Brasília-DF
Tels.: (61) 3315-2497 / 3587
Fax: (61) 3226-4340
Home page: www.saude.gov.br/dab

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECAD
Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Edifício Sede , 7.º Andar
CEP: 70200-670 – Brasília-DF
Tel.: (61) 2104-9672
Fax: (61) 2104-9602
Home page: http://portal.mec.gov.br/secad/




Impresso no Brasil / Printed in Brazil




                                                     Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde.
   Projeto Olhar Brasil : triagem de acuidade visual : manual de orientação / Ministério da Saúde, Ministério da
Educação. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008.
   24 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

  ISBN 978-85-334-1419-8

  1. Acuidade visual. 2. Saúde ocular. 3. Triagem. I. Brasil. Ministério da Educação. II. Título. III. Série.
                                                                                                                NLM WW 145
        Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2008/0457

Títulos para indexação:
Em inglês: Project Glance Brazil on Selection of Visual Acuity: Orientation Handbook
Em espanhol: Vistazo de Proyecto Brasil en Selección de Agudeza Visual: Guía de Orientación
SUMÁRIO




APRESENTAÇÃO	                                                                                 7
1 	 INTRODUÇÃO	                                                                               9
2 	 O PROJETO OLHAR BRASIL	                                                                  10
	   2.1 Objetivos	                                                                           10
	   2.2 Diretrizes	                                                                          10
		2.3 Critérios de atendimento	                                                              10
3 	 PROPOSTA DE CAPACITAÇÃO PARA TRIAGEM DE PROBLEMAS DE REFRAÇÃO 	                          11	
    VISUAL	
		3.1 Orientações gerais	                                                                    11
		3.2 Seqüência de atividades didático-pedagógicas	                                          11
4 	 SAÚDE OCULAR	                                                                            14
		4.1 O que é a visão	                                                                       14
		4.2 Anatomia do olho humano	                                                               14
		4.3 Distúrbios de refração	                                                                15
			     4.3.1 Miopia	                                                                        15
			     4.3.2 Hipermetropia	                                                                 16
			     4.3.3 Presbiopia	                                                                    16
			     4.3.4 Astigmatismo	                                                                  16
		4.4 Sinais e/ou sintomas indicadores de possíveis problemas visuais que devem 	            17
	     ser observados
		4.5 Acuidade Visual	                                                                       17
		4.6 Técnica da Medida da Acuidade Visual	                                                  17
			     4.6.1 Procedimentos para a realização da técnica	                                    18
			     4.6.2 Material para realizar a técnica	                                              19
			     4.6.3 Preparo para a aplicação do teste	                                             19
			     4.6.4 Aplicação da técnica	                                                          19
			     4.6.5 Sinais e sintomas a serem observados durante a avaliação da acuidade visual	   20
5 	 CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO AO OFTALMOLOGISTA	                                         21
		5.1 Critério de encaminhamento prioritário	                                                21
		5.2 Critérios para encaminhamento regular	                                                 21
6 	 SUGESTÃO DE MODELO DE FICHA PARA REGISTRO DO RESULTADO DA TRIAGEM	 22
REFERÊNCIAS	                                                                                 23
EQUIPE TÉCNICA	                                                                              24
Projeto Olhar Brasil
                                                                        Triagem de Acuidade Visual     7
                                                                              Manual de Orientação




APRESENTAÇÃO

    A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu que existem 153 milhões de indivíduos
cegos no mundo, por erros refracionais não corrigidos: miopia, hipermetropia e astigmatismo.
Este número ultrapassa os 300 milhões, caso se considere os indivíduos com presbiopia (vista
cansada), conforme Relatório das Condições de Saúde Ocular Brasil 2007.
    No Brasil, os dados epidemiológicos disponíveis mostram que os problemas de refração que
podem ser corrigidos são expressivos e interferem no rendimento escolar das crianças e jovens,
bem como no desempenho das atividades diárias de adultos e idosos.
    Os erros de refração, na sua maioria, são passíveis de correção por meio do uso de óculos,
medida aparentemente simples, porém ainda de difícil resolução no Sistema Único de Saúde.
Percebe-se que a oferta de consulta com especialista em oftalmologia não responde à deman-
da, é proporcionalmente menor, assim como o custo e aquisição dos óculos que, muitas vezes,
inviabiliza o tratamento adequado.
    Evidencia-se a necessidade da realização de novas ações que interrompam o fluxo crescen-
te da demanda, e ampliem o acesso da população aos serviços de oftalmologia. Isso inclui o
fornecimento de óculos. Todas essas ações que devem ser incorporadas à rotina dos serviços
de saúde em integração com as metas da educação.
    Buscando dar respostas a esses problemas, e reconhecendo as dificuldades do acesso da
população brasileira não só à consulta oftalmológica, mas também à aquisição dos óculos, os
Ministérios da Saúde e da Educação, em parceria, construíram o Projeto Olhar Brasil, lançado
pela Presidência da República, em abril de 2007.
    O Projeto Olhar Brasil prevê o atendimento aos alunos da Educação Básica, das escolas pú-
blicas, na etapa Ensino Fundamental e dos jovens de 15 anos ou mais e adultos do Programa
Brasil Alfabetizado. Abrange ainda a população com idade igual ou superior a 60 anos. Isso se
traduz na assistência direta a 44 milhões de pessoas, envolvendo a aplicação de aproximada-
mente R$ 323 milhões no período de três anos.
    O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação apresentam o Manual de Orientação para
Realização da Triagem de Acuidade Visual, recurso didático a ser utilizado no processo de ca-
pacitação dos Agentes Comunitários de Saúde, dos Alfabetizadores do Programa Brasil Alfabe-
tizado e dos Professores da Educação Básica, principais atores na realização da triagem e no
alcance da meta prevista durante a vigência do projeto.




      MINISTÉRIO DA SAÚDE                              MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
“Miguilim queria ver se o homem estava mesmo
sorrindo para ele,
Por isso o encarava. Por que você aperta os olhos assim? Você não é
limpo da vista?
(...) Miguilim espremia os olhos.(...)
Este nosso rapazinho tem a vista curta(...)
E o Senhor tirava os óculos e punha-os em Miguilim,
com todo jeito.
Olha agora!!
Miguilim olhou. Nem podia acreditar! Tudo era uma claridade, as
formiguinhas passeando no chão de uma distância. E tonteava.
Aqui, ali, meu Deus, tanta coisa, tudo...(...).

Coração batia descompassado.”


Guimarães Rosa, in Campo Geral, Manuelzão e Miguilim
Projeto Olhar Brasil
                                                                         Triagem de Acuidade Visual     9
                                                                               Manual de Orientação




1 INTRODUÇÃO

   O Projeto Olhar Brasil, elaborado de forma conjunta pelo Ministério da Educação e pelo Mi-
nistério da Saúde, propõe-se a atuar na identificação e na correção de problemas de visão em
alunos matriculados na rede pública de ensino da Educação Básica, priorizando, inicialmente,
o atendimento ao Ensino Fundamental (1ª a 8ª série/1º ao 9º ano), em alfabetizandos cadastra-
dos no “Programa Brasil Alfabetizado” e na população com idade igual ou acima de 60 anos. A
implementação desse projeto permitirá reduzir as taxas de evasão decorrente de dificuldades
visuais, facilitar o acesso à diversidade de contextos sociais e, também, garantir melhoria na
qualidade de vida destes cidadãos.

   Os alunos da Educação Básica e do programa de alfabetização, em razão do esforço visual
requerido, podem manifestar distúrbios oculares, como dores de cabeça, tonturas, cansaço
visual e olhos vermelhos. Esses sintomas ocorrem principalmente quando estão lendo, escre-
vendo, pintando ou desenhando com objetos próximos dos olhos. Problemas preexistentes,
não identificados, e sem o devido tratamento, podem comprometer a efetividade do processo
ensino/aprendizagem, levando-os ao desinteresse e, conseqüentemente, à evasão da escola.

   Sabendo que os problemas de visão podem ser evitados ou amenizados com atendimento
preventivo e/ou curativo, torna-se imprescindível que os educandos tenham acesso à consulta
oftalmológica e aos óculos, propiciando, dessa forma, condições adequadas para um desen-
volvimento sócio-educacional completo.

    Os problemas visuais, especialmente os relacionados à refração, são muito comuns/freqüen-
tes na população com idade igual ou superior a 60 anos. Tais problemas, se não corrigidos,
dificultam ou impedem o desenvolvimento das atividades cotidianas e aumentam os riscos de
acidentes nessa população que, geralmente, apresenta fragilidades por outras questões como
doenças crônico-degenerativas, limitações de mobilidade, entre outras. Portanto, com o avan-
çar da idade é fundamental promover o acesso da população à correção dos problemas visuais,
notadamente os de refração, com vistas ao envelhecimento ativo e saudável.

   Neste sentido, o Projeto Olhar Brasil considera que professores e alfabetizadores, pela pro-
ximidade e contato permanente com os educandos em atividades que exigem o uso da visão,
são sujeitos importantes no processo de identificação dos problemas visuais dos estudantes.
Assim, propõe-se que professores e alfabetizadores realizem a triagem, encaminhando à con-
sulta oftalmológica, quando necessário. Da mesma forma, os Agentes Comunitários de Saúde
(ACS) desenvolverão a triagem na população com idade igual ou acima de 60 anos, propiciando
melhoria na qualidade de vida nessa faixa etária.
Ministério da Saúde
10
     Ministério da Educação




      2 O PROJETO OLHAR BRASIL

         2.1 Objetivos

         O Projeto Olhar Brasil tem como objetivo contribuir para a melhoria do processo ensino/
      aprendizagem, a partir da prevenção, identificação e correção de problemas visuais em educan-
      dos matriculados na rede pública de ensino da Educação Básica, primeiramente os do Ensino
      Fundamental (1ª a 8ª série/1º ao 9º ano) e em alfabetizandos do “Programa Brasil Alfabetizado”
      e, a partir da mesma ação, contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população com
      idade igual ou acima de 60 anos.


         2.2 Diretrizes

         • Promoção da qualidade de vida e prevenção de problemas visuais dos alunos da Educa-
           ção Básica, priorizando, inicialmente, os do Ensino Fundamental, dos jovens e adultos do
           Programa Brasil Alfabetizado e da população com idade igual ou acima de 60 anos;
         • Pactuação e adesão ao Projeto Olhar Brasil pelos órgãos/entidades da educação e da
           saúde nas três esferas governamentais;
         • Ampliação das parcerias entre escolas e unidades de saúde, instituições governamentais
           e instituições não-governamentais visando à integração de esforços e contribuindo para o
           atendimento integral do educando;
         • Constituição de redes regionalizadas e descentralizadas para garantir a integração das
           ações de educação e de saúde com o objetivo de colaborar na redução dos agravos à
           saúde dos estudantes e da população com idade igual ou superior a 60 anos;
         • Assistência oftalmológica com fornecimento de óculos nos casos de erro de refração;
         • Encaminhamento, para serviços especializados, dos casos de outras doenças oftal-
           mológicas;
         • Capacitação/orientação dos professores da rede pública de educação básica (ensino fun-
           damental), dos alfabetizadores do Programa Brasil Alfabetizado e dos ACS, para identifica-
           ção de casos a serem encaminhados para consulta oftalmológica.


         2.3 Critérios de atendimento

          A triagem consiste de uma avaliação inicial que busca identificar, entre o público alvo do
      projeto, a existência de erros de refração que necessitarão de uma consulta oftalmológica. É
      realizada por meio de um teste simples utilizando a escala de sinais de Snellen. Esta avaliação
      pode ser realizada por qualquer pessoa desde que adequadamente qualificada.
         Os casos de visão diminuída identificados na triagem serão encaminhados à consulta oftal-
      mológica.
Projeto Olhar Brasil
                                                                             Triagem de Acuidade Visual 11
                                                                                   Manual de Orientação




3 PROPOSTA DE CAPACITAÇÃO PARA TRIAGEM DE PROBLEMAS DE RE-
  FRAÇÃO VISUAL
   Para que o propósito do projeto se efetive, algumas etapas serão desenvolvidas, entre as quais
a capacitação dos ACS, dos alfabetizadores e dos professores do Ensino Fundamental de modo
que estes possam realizar a triagem por meio da técnica de medida da acuidade visual.
   No que se refere à capacitação dos ACS, esta se dará numa perspectiva de Educação Per-
manente, de forma descentralizada, preferencialmente, pelas Escolas Técnicas do SUS (ET-SUS).
Vale ressaltar que a indicação das para a capacitação dos profissionais responsáveis pela tria-
gem é estratégica, em razão da acumulação de experiências com processos de formação dos
profissionais da área de saúde.
   A capacitação dos professores e dos alfabetizadores ficará a critério das Secretarias Estadu-
ais e Municipais de Saúde e de Educação.


   3.1 Orientações gerais

   Sugere-se uma carga horária total de 16 horas (teoria – prática), utilizando 4 horas para a
prática supervisionada da aplicação da técnica de medida da acuidade visual, entre os profis-
sionais em sala de aula.

    • A proposta metodológica sugerida para capacitação está calcada na problematização,
num processo de aproximações sucessivas ao objeto a ser apreendido – Projeto Olhar Brasil
-Triagem.
    • As instituições formadoras deverão realizar atividades pedagógicas que resultem no de-
senvolvimento de habilidades pelos profissionais para realização da triagem.
    • O material a ser utilizado é o Manual de Orientação da Triagem, a Tabela de Snellen, oclu-
sores, lápis, caneta, borracha, fita métrica e fita adesiva, entre outros recursos didáticos que se
fizerem necessários.

   A proposta didático-pedagógica apresentada a seguir consiste em uma seqüência de ativi-
dades/textos de apoio, que descreve as orientações para o monitor/facilitador e para o aluno em
colunas, objetivando facilitar a visualização e compreensão do processo ensino-aprendizagem.


   3.2 Seqüência de atividades didático-pedagógicas


Seqüências de atividades	                     Orientação para monitor/facilitador            Tempo

Projeto Olhar Brasil                         1. Em grande grupo, apresentar com o au-         1:30h
1. Conhecer o projeto sua abrangên-             xílio de slides os principais aspectos do
  cia, seus objetivos, diretrizes e a           Projeto Olhar Brasil, as parcerias defini-
  quem se destina.                              das para sua operacionalização, acom-
                                                panhando as discussões/comentários
• Caracterizar a sua participação no pro-       do grupo, destacando as atribuições
  jeto (ACS, professores do ensino fun-         dos profissionais participantes do Proje-
  damental e alfabetizadores do Progra-         to (ACS, professores e alfabetizadores).
  ma Brasil Alfabetizado).
Ministério da Saúde
12
     Ministério da Educação



      • Identificar as parcerias governamentais
         e não-governamentais envolvidas no
         projeto.

      2. Ler e discutir a portaria da SAS e a      2. Realizar as atividades em pequenos         2h
         portaria interministerial MS/MEC,            grupos, esclarecendo as dúvidas, aju-
         utilizando roteiro de discussão              dando a sistematizar as discussões,
         para:                                        seguindo roteiro, procurando levar o
                                                      grupo a identificar suas áreas de atua-
      • Identificar as áreas de atuação, as par-      ção e/ou ação e como operacionalizá-
         cerias e o público alvo do Projeto;          las seguindo as diretrizes do projeto.
      • Conhecer as etapas de operacionaliza-
         ção do Projeto.

      3. Ler e discutir as orientações para        3. Orientar a discussão sobre a Triagem       2h
         o desenvolvimento da Triagem fa-             questionando a respeito de:
         zendo relação com:
                                                   • Possíveis estratégias de abordagem e
      • As possíveis estratégias de abordagem        de sensibilização do público alvo; e
        e de sensibilização do público alvo,       • Finalidade e etapas da “Triagem”.
        com vistas à participação das pessoas
        no Projeto Olhar Brasil; e
      • A finalidade e as etapas da “Triagem”.

      4. Sistematizar os procedimentos uti-        4. Em grande grupo, orientar a sistema-       30’
         lizados para a triagem.                      tização dos procedimentos utilizados
                                                      para a Triagem.

      Saúde Ocular
      5. Ler e discutir os temas apresen-          5. Em pequenos grupos, orientar a leitura     2h
         tados nas páginas 15, 16, 17 e 18            esclarecendo as dúvidas, ajudando a
         deste Manual sobre:                          sistematizar as discussões (inserir tex-
                                                      tos complementares se necessário).
      • A anatomia e fisiologia do olho;
      • As doenças que levam ao erro de re-
        fração;
      • Outros temas podem ser abordados
        neste momento se avaliados como
        necessários à construção do conheci-
        mento.

      6. Iniciar a atividade 06 fazendo a re-      6. Solicitar dos participantes uma síntese    30’
         visão dos temas abordados na ati-            com seguintes aspectos:
         vidade 05.                                • Anatomia e fisiologia do olho;
                                                   • Doenças relacionadas aos problemas
      • Apresentar síntese enfatizando os se-        de refração.
        guintes aspectos:
        - Anatomia e fisiologia do olho;
        - Doenças relacionadas aos problemas
        de refração.
Projeto Olhar Brasil
                                                                             Triagem de Acuidade Visual 13
                                                                                   Manual de Orientação



Triagem
7. Ler e discutir as páginas 18, 19, 20 e       7. Dirigir a leitura das páginas 18, 19, 20   4h30’
   21 deste Manual sobre a técnica de              e 21 deste Manual sobre a técnica de
   medida da acuidade visual (teste).              acuidade visual (teste) solicitando,

• Identificando os instrumentos de aferi-       • A identificação dos instrumentos que com-
   ção da acuidade que compõem o Kit a             põem o Kit a ser utilizado na triagem.
   ser utilizado na triagem.

7.1. Discutir sobre a importância do re-        7.1. Estimular a discussão a respeito da
     gistro dos resultados encontrados               importância de registrar os achados
     no teste e exercitar o registro na ficha        no teste de acuidade visual e solici-
     apropriada;                                     tar o registro na ficha apropriada;

7.2. Aplicar entre os participantes a téc-      7.2. Solicitar a aplicação da técnica de
     nica de medida da acuidade visual               medida da acuidade visual, em sala
     adotada pelo Projeto, utilizando a es-          de aula, entre os participantes da ca-
     cala de Snellen.                                pacitação, acompanhando o desem-
                                                     penho de cada um no exercício do
                                                     teste, assim como no procedimento
                                                     de registro.

8. Sistematizar os procedimentos a              8. Solicitar a sistematização dos procedi-       30’
   serem utilizados na triagem com:                 mentos a serem utilizados na triagem,
                                                    com:
• Identificação dos instrumentos de acui-       • Identificação dos instrumentos para
   dade visual que compõem o kit;                 medição da acuidade visual que com-
• Roteiro de trabalho, considerando os            põem o Kit;
   três públicos alvos do projeto e suas        • Roteiro de trabalho, considerando os
   especificidades.                               três públicos alvos do projeto e suas
                                                  especificidades.

9. Relacionar as etapas do projeto              9. Apresentar e discutir os fluxos de            2h
   após a realização da triagem deta-             atendimento definidos nos projetos
   lhando os fluxos de atendimento,               de adesão dos gestores (estadual e/
   referência (encaminhamentos para               ou municipal), os instrumentos/formu-
   consulta e aquisição de óculos).               lários de registro da triagem e instru-
                                                  mentos/formulários de registro para
9.1 Apresentar os formulários para o en-          encaminhamento à consulta com o
    caminhamento à consulta.                      oftalmologista.
Ministério da Saúde
14
     Ministério da Educação




      4 SAÚDE OCULAR

         4.1 O que é a visão

         A visão é a capacidade que o indivíduo tem de perceber o universo que o cerca. Oitenta por cento
      da relação do ser humano com o mundo se dá por meio do sentido da visão. Para que o sentido da
      visão seja aproveitado de maneira plena, é fundamental que toda a via sensorial visual esteja perfeita
      (os dois olhos, os nervos ópticos, as vias ópticas cerebrais e o córtex visual occipital).


         4.2 Anatomia do olho humano

         O olho é o órgão sensorial da visão e suas partes principais são:

         •	Córnea – é a parte anterior transparente e protetora do olho;
         •	Íris - é a parte colorida do olho, responsável por regular o fluxo de luz para a retina;
         •	Pupila – localiza-se no centro da íris, é a porta de entrada de luz para a retina;
         •	Cristalino - é a lente dos olhos e se localiza atrás da íris;
         •	Retina – localizada no fundo do olho, é a parte responsável pela recepção das imagens,
           fundamental para o sentido da visão;
         •	Mácula – é a região da retina responsável pela nitidez da visão e pela visão de cores;
         •	Nervo Óptico – é o nervo que transmite o estímulo visual para o cérebro.



                                  Retina                                 Vasos sangüineos
                              Córnea


                                Íris

                              Pupila
                                                                      Mácula
                                       Cristalino




           Vasos                                                                             Íris
           sangüineos




                                                                                             Pupila
Projeto Olhar Brasil
                                                                            Triagem de Acuidade Visual 15
                                                                                  Manual de Orientação



   Havendo visão perfeita, a luz entra no olho através da córnea (frente do olho) e é focada num
ponto único na retina (parte de trás do olho) onde forma a imagem que vai ser interpretada pelo
cérebro. Se a imagem não se formar corretamente na retina, surgem os distúrbios de refração
(ametropias).




                     Córnea




                        Lente
                                                                   Retina




  4.3 Distúrbios de refração

   Quando existem problemas no cristalino ou na córnea, acontecem os distúrbios de refração
(ametropias). Os principais problemas de refração são:

   4.3.1 Miopia
   É como se denomina o erro de refração em que a imagem focaliza antes de chegar à retina.
As pessoas com miopia têm dificuldade para enxergar à distância e comumente aproximam-se
dos objetos para vê-los melhor e preferem usar a visão para perto. Franzir a testa e apertar os
olhos também são sinais comuns em pacientes míopes não corrigidos.




                                          Miopia
Ministério da Saúde
16
     Ministério da Educação



         4.3.2 Hipermetropia
         A pessoa com hipermetropia vê bem de longe, mas faz um esforço visual maior para poder
      enxergar bem de perto, o que faz com que ele tenha resistência às atividades que exijam visão
      para perto (leitura, artesanato, costura...) mesmo em crianças e jovens. Graus baixos de hiper-
      metropia na infância são freqüentes e normais.




                                               Hipermetropia



         4.3.3 Presbiopia
         Popularmente conhecida como “vista cansada”, a presbiopia é universal, acometendo ge-
      ralmente as pessoas com mais de 40 anos de idade. Ocorre pela perda progressiva da capa-
      cidade de focalização do cristalino, fazendo parte do processo de envelhecimento natural do
      ser humano. O sintoma é a perda progressiva da visão para perto e necessita ser corrigida com
      óculos para perto.




                              Presbiopia                                        lentes corretoras




         4.3.4 Astigmatismo
         No astigmatismo a imagem é distorcida, pois é focalizada em dois pontos separados na retina. A
      visão de quem tem astigmatismo é de uma imagem borrada, como a de uma televisão com a antena
      desregulada onde se vê um “fantasma” de cada imagem.
         Os astigmatismos médios e altos alteram a visão igualmente para perto e para longe e podem ser
      responsavéis pelas queixas de desconforto e fadiga ocular, dor de cabeça, dentre outros.
Projeto Olhar Brasil
                                                                            Triagem de Acuidade Visual 17
                                                                                  Manual de Orientação




                                           Astigmatismo




   4.4 Sinais e/ou sintomas indicadores de possíveis problemas visuais que devem ser
       observados:

   •	 Lacrimejamento, principalmente durante ou após realizar atividades que exigem esforço
      visual como ver televisão, ler, desenhar, entre outros;
   •	 Olho Vermelho;
   •	 Secreção;
   •	 Purgação;
   •	 Crostas nos Cílios;
   •	 Aperta ou arregala os olhos para enxergar melhor;
   •	 Aproxima-se muito da televisão ou aproxima muito o papel para ler;
   •	 Necessita afastar os objetos do rosto para ler ou ver melhor;
   •	 Inclinação de cabeça;
   •	 Visão embaçada;
   •	 Fotofobia - Sensibilidade excessiva à luz;
   •	 Dores de cabeça;
   •	 Visão Dupla;
   •	 Desvio Ocular (Olho “Vesgo”).




   4.5 Acuidade Visual
   A acuidade visual (AV) é o grau de aptidão do olho para identificar detalhes espaciais, ou seja,
a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos.


    4.6 Técnica da Medida da Acuidade Visual
    A forma mais simples de diagnosticar a limitação da visão é medir a acuidade visual com a
Escala de Sinais de Snellen. A escala utiliza sinais em forma de Letra E, organizados de ma-
neira padronizada, de tamanhos progressivamente menores, chamados optotipos. Em cada
linha, na lateral esquerda da tabela, existe um número decimal, que corresponde à medida da
acuidade visual.
Ministério da Saúde
18
     Ministério da Educação



                                                ESCALA OPTOMÉTRICA
                                             (DISTÂNCIA = 5,00 MTS) (ÂNGULO VISUAL= 7) (300 LUX)




                               0,1




                              0,15




                               0,2




                               0,3




                               0,4




                               0,5




                               0,6



                               0,7



                               0,8



                               0,9

                                                                                                   Tabela de Snellen reduzida
                               1,0
                                                                                                   para efeitos de ilustração.




         A pessoa apresenta visão normal quando, ao ser colocada, a uma distância de 5 (cinco) me-
      tros, em frente a uma Escala de Sinais de Snellen, consegue ler as menores letras que nela se
      encontram. Uma pessoa apresenta limitação da visão quando não enxerga uma ou mais letras
      da escala, demonstrando maior limitação quando não conseguir visualizar os símbolos de maior
      tamanho da escala.

         4.6.1 Procedimentos para a realização da técnica
         • Preparo do local: deve ser calmo, bem iluminado e sem ofuscamento. A luz deve vir por
           trás ou dos lados da pessoa que vai ser submetida ao teste. Deve-se evitar que a luz incida
           diretamente sobre a Escala de Sinais de Snellen;
         • A Escala de Sinais de Snellen deve ser colocada numa parede a uma distância de cinco
           metros da pessoa a ser examinada;
         • O profissional responsável pela triagem deve fazer uma marca no piso com giz ou fita
           adesiva, colocando a cadeira de exame de forma que as pernas traseiras desta coincidam
           com a linha demarcada;
Projeto Olhar Brasil
                                                                          Triagem de Acuidade Visual 19
                                                                                Manual de Orientação



  • Deve-se verificar, ainda, se as linhas de optotipos correspondentes 0,8 a 1,0 estão situadas
    ao nível dos olhos do examinado;




                                          (distância de 5 m)




   Em alguns casos em que o examinado apresente dificuldades em diferenciar qual optotipo
está sendo apontado. Sugere-se que o profissional utilize um papel de cor única para cobrir os
optotipos vizinhos.

  4.6.2 Material a ser utilizado para realizar a técnica:
  • Escala de Sinais de Snellen;
  • Objeto para apontar os optotipos (lápis preto);
  • Giz;
  • Cartão oclusor;
  • Cadeira (opcional);
  • Metro ou fita métrica;
  • Fita adesiva;
  • Impresso para anotação dos resultados.

   4.6.3 Preparo para a aplicação do teste
   A prontidão da resposta ao teste, por parte do examinado, depende da sua compreensão em
relação às instruções recebidas. Por essa razão é conveniente que haja um adequado preparo
coletivo ou individual, como:
   • O profissional deve explicar e demonstrar o que vai fazer;
   • Deve-se colocar a pessoa próxima à Escala de Sinais de Snellen e pedir-lhe que indique a
     direção para onde está voltado cada optotipo;
   • O profissional deve ensinar o examinado a cobrir o olho sem comprimi-lo e lembrá-lo que,
     mesmo sob o oclusor, os dois olhos devem ficar abertos.

   4.6.4 Aplicação da técnica
   A pessoa que usar óculos para longe deve mantê-los durante o teste. Os optotipos podem
ser mostrados com um objeto que aponte. Para apontar o optotipo a ser visto, o profissional
Ministério da Saúde
20
     Ministério da Educação



     deve colocar o objeto em posição vertical passando-o em cima e repousando abaixo do optoti-
     po. Mover com segurança e ritmicamente o objeto de um optotipo para outro.
        A medida da acuidade visual sempre deve ser realizada primeiramente no olho direito, com
     o esquerdo devidamente coberto com o oclusor; o exame deve ser iniciado com os optotipos
     maiores, continuando a seqüência de leitura até onde a pessoa consiga enxergar sem dificulda-
     de. Utilizar a mesma conduta para medir a acuidade visual do olho esquerdo.
        Atenção especial deve ser dada à anotação dos dados. É muito comum a troca da anotação
     dos dados do olho direito com o olho esquerdo. Por isso, anotar sempre os resultados do olho
     direito, antes de iniciar o teste no olho esquerdo.




                         sem óculos                                   com óculos




         O profissional deve mostrar pelo menos dois optotipos de cada linha. Se o examinado tiver
     alguma dificuldade numa determinada linha, mostrar um número maior de sinais da mesma
     linha. Caso a dificuldade continue, voltar à linha anterior.
         A acuidade visual registrada será o número decimal ao lado esquerdo da última linha em que
     a pessoa consiga enxergar mais da metade dos optotipos. Exemplo: numa linha com 6 optoti-
     pos, o examinado deverá enxergar no mínimo 4.
         Todos os alunos que não atingirem 0,7 devem ser retestados. Valerá o resultado em que a
     medida da acuidade visual foi maior. É comum ocorrer erros na primeira medida.
         Se a pessoa que estiver sendo examinada não conseguir identificar corretamente o optotipo
     maior, deverá ser anotado Acuidade Visual (AV) como menor que 0,1 (<0,1).


       4.6.5 Sinais e sintomas a serem observados durante a avaliação da acuidade visual.
       É importante observar e registrar se durante a medida da acuidade visual o examinado apre-
     senta algum sinal ou sintoma ocular, tais como:

         • Lacrimejamento;
         • Inclinação persistente de cabeça;
         • Piscar contínuo dos olhos;
         • Estrabismo (olho vesgo);
         • Cefaléia (dor de cabeça);
         • Testa franzida ou olhos semi-cerrados, entre outros.

       Este sinal ou sintoma deverá ser anotado como observação na ficha de resultado da triagem
     que estará anexado como sugestão aos gestores.
Projeto Olhar Brasil
                                                                       Triagem de Acuidade Visual 21
                                                                             Manual de Orientação




5 CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO AO OFTALMOLOGISTA:

 Sugerimos aos gestores alguns critérios de encaminhamento, conforme segue:

 5.1 Critério de encaminhamento prioritário:

 Caso algum examinado no momento da triagem apresente ou relate algum dos problemas
 listados abaixo, deverá ter prioridade no encaminhamento ao oftalmologista:

 a) Acuidade visual inferior a 0,1 em qualquer dos olhos;
 b) Quadro agudo (olho vermelho, dor, secreção abundante, dentre outros sinais e sintomas);
 c) Trauma ocular recente.


 5.2 Critérios para encaminhamento regular:

 a) Acuidade visual inferior ou igual a 0,7 em qualquer olho;
 b) Diferença de duas linhas ou mais entre a acuidade visual dos olhos;
 c) Estrabismo (olho torto ou vesgo);
 d) Paciente com mais de 40 anos de idade, com queixa de baixa acuidade visual para perto
     (ex: não consegue ler, não consegue enfiar linha na agulha);
 e) Paciente diabético;
 f) História de glaucoma na família;
 g) Outros sintomas oculares (prurido, lacrimejamento ocasional, cefaléia).
Ministério da Saúde
22
     Ministério da Educação




      6 Sugestão de Modelo de Ficha para Registro do Resultado
        da Triagem

     Nome do Profissional Responsável pela Triagem:

     Data da Triagem:

     Nome da Escola:

     Nome da Unidade de Saúde:

     Nome do examinado:                                           Idade:

     Acuidade Visual: OD:                    OE:

                              Sem correção         Com correção

     Conduta:

         Encaminhado para consulta
         Orientado
         Outros

         Obs.:
Projeto Olhar Brasil
                                                                            Triagem de Acuidade Visual 23
                                                                                  Manual de Orientação




REFERÊNCIAS


ÁVILA, Marcos; TALEB, Alexandre C. Campanha de olho na visão: manual de orientação para o
agente comunitário de saúde. Goiânia, GO: Universidade Federal de Goiás, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Especializada; Conselho Brasileiro de
Oftalmologia. Manual para capacitação olhos do Brasil: enxergando novos horizontes. São Pau-
lo: CBO, 2005.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Doenças
Crônico-Degenerativas. Informações básicas para a promoção da saúde ocular. 2. ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 1994. (Série A. Normas e manuais técnicos, 50).

______. Tribunal de Contas da União. Avaliação do TCU sobre as ações de detecção e correção
de problemas visuais do escolar. Brasília, 2002.

JOSÉ, Newton Kara; ARIETA, Carlos Eduardo Leite; OLIVEIRA, Regina C. de Salles. Manual de
boa visão do escolar: solucionando dúvidas sobre o olho e a visão. [S.l.: s.n.], 2001.

TALEB, Alexandre et al. As condições de saúde ocular no Brasil. [S.l.: s.n.], 2007.
Ministério da Saúde
24
     Ministério da Educação



      EQUIPE TÉCNICA

      MINISTÉRIO DA SAÚDE                       MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

      SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE             SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA,
                                                ALFABETIZAÇÃO E DIVERSIDADE
      DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA
      Coordenação de Gestão da Atenção Básica   DIRETORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO DE
                                                JOVENS E ADULTOS
      DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO                   Coordenação-Geral de Alfabetização
      ESPECIALIZADA
      Coordenação Geral de Média Complexidade   DIRETORIA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL, DIREITOS
                                                HUMANOS E CIDADANIA
      DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS       Coordenação-Geral de Direitos Humanos
      ESTRATÉGICAS
      Área Técnica de Saúde da Pessoa com       SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
      Deficiência
                                                DIRETORIA DE ARTICULAÇÃO E APOIO AOS
      SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E        SISTEMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
      DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE                      Coordenação Geral de Apoio aos Sistemas

      DEPARTAMENTO DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO        Equipe Técnica de Elaboração
      NA SAÚDE
      Coordenação-Geral de Ações Técnicas em    Daisy Maria Coelho de Mendonça - CGAB/DAB/SAS
      Educação na Saúde
                                                Eliane Pedrozo de Moraes - CGAB/DAB/SAS

      Coordenação Técnica                       Izabeth Cristina Campos da Silva Farias - CGAB/
                                                DAB/SAS
      Claunara Schilling Mendonça - DAB/SAS
                                                Daniela Santos Borges - CGAB/DAB/SAS
      Joselito Pedrosa - DAE/SAS
                                                Alexandre Chater Taleb - CGMC/DAE/SAS
      Ena de Araújo Galvão - DEGES/SGTES
                                                Roseane Simão Dias Chaves - CGMC/DAE/SAS

      Ilustrações                               Claudia Cabral de Aguiar Silveira - CGMC/DAE/SAS
      João Lúcio Dreyer
                                                Odília Brígido de Sousa - Saúde da Pessoa com
                                                Deficiência/DAPES/SAS

                                                Maria de Fátima Marques - CGATES/DEGES/SGTES

                                                Núbia Brelaz Nunes - CGATES/DEGES/SGTES

                                                Maria Aparecida Timo Brito - CGATES/DEGES/SGTES

                                                Jaqueline Maia Lima - ETSUS UNIMONTES - MG

                                                Adailton Isnal - ETSAL

                                                Valdivina Eustáquio da Silva - CEP-SAUDE - Goiás

                                                Norma Helen Medina - Centro de Oftalmologia
                                                Sanitária/Coordenadoria de Controle de Doenças
                                                da SES SP

                                                Adriana Andrés - SECAD/MEC

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  • 1. ISBN 978-85-334-1419-8 MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 9 788533 41419 8 Disque Saúde 0800 61 1997 Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs Projeto OLHAR BRASIL TRIAGEM DE ACUIDADE VISUAL MANUAL DE ORIENTAÇÃO Brasília - DF 2008
  • 2. MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Projeto OLHAR BRASIL TRIAGEM DE ACUIDADE VISUAL MANUAL DE ORIENTAÇÃO Brasília – DF 2008
  • 3.
  • 4. MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Projeto OLHAR BRASIL TRIAGEM DE ACUIDADE VISUAL MANUAL DE ORIENTAÇÃO 1.ª edição 1.ª reimpressão Série A. Normas e Manuais Técnicos Brasília – DF 2008
  • 5. © 2008 Ministério da Saúde. © 2008 Ministério da Educação. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs Série A. Normas e Manuais Técnicos Tiragem: 1.ª edição – 1.ª reimpressão – 2008 – 100.000 exemplares Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Edifício Sede, 6.º andar, Sala 645 CEP: 70058-900 – Brasília-DF Tels.: (61) 3315-2497 / 3587 Fax: (61) 3226-4340 Home page: www.saude.gov.br/dab MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECAD Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Edifício Sede , 7.º Andar CEP: 70200-670 – Brasília-DF Tel.: (61) 2104-9672 Fax: (61) 2104-9602 Home page: http://portal.mec.gov.br/secad/ Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha Catalográfica Brasil. Ministério da Saúde. Projeto Olhar Brasil : triagem de acuidade visual : manual de orientação / Ministério da Saúde, Ministério da Educação. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008. 24 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) ISBN 978-85-334-1419-8 1. Acuidade visual. 2. Saúde ocular. 3. Triagem. I. Brasil. Ministério da Educação. II. Título. III. Série. NLM WW 145 Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2008/0457 Títulos para indexação: Em inglês: Project Glance Brazil on Selection of Visual Acuity: Orientation Handbook Em espanhol: Vistazo de Proyecto Brasil en Selección de Agudeza Visual: Guía de Orientación
  • 6. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 7 1 INTRODUÇÃO 9 2 O PROJETO OLHAR BRASIL 10 2.1 Objetivos 10 2.2 Diretrizes 10 2.3 Critérios de atendimento 10 3 PROPOSTA DE CAPACITAÇÃO PARA TRIAGEM DE PROBLEMAS DE REFRAÇÃO 11 VISUAL 3.1 Orientações gerais 11 3.2 Seqüência de atividades didático-pedagógicas 11 4 SAÚDE OCULAR 14 4.1 O que é a visão 14 4.2 Anatomia do olho humano 14 4.3 Distúrbios de refração 15 4.3.1 Miopia 15 4.3.2 Hipermetropia 16 4.3.3 Presbiopia 16 4.3.4 Astigmatismo 16 4.4 Sinais e/ou sintomas indicadores de possíveis problemas visuais que devem 17 ser observados 4.5 Acuidade Visual 17 4.6 Técnica da Medida da Acuidade Visual 17 4.6.1 Procedimentos para a realização da técnica 18 4.6.2 Material para realizar a técnica 19 4.6.3 Preparo para a aplicação do teste 19 4.6.4 Aplicação da técnica 19 4.6.5 Sinais e sintomas a serem observados durante a avaliação da acuidade visual 20 5 CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO AO OFTALMOLOGISTA 21 5.1 Critério de encaminhamento prioritário 21 5.2 Critérios para encaminhamento regular 21 6 SUGESTÃO DE MODELO DE FICHA PARA REGISTRO DO RESULTADO DA TRIAGEM 22 REFERÊNCIAS 23 EQUIPE TÉCNICA 24
  • 7.
  • 8. Projeto Olhar Brasil Triagem de Acuidade Visual 7 Manual de Orientação APRESENTAÇÃO A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu que existem 153 milhões de indivíduos cegos no mundo, por erros refracionais não corrigidos: miopia, hipermetropia e astigmatismo. Este número ultrapassa os 300 milhões, caso se considere os indivíduos com presbiopia (vista cansada), conforme Relatório das Condições de Saúde Ocular Brasil 2007. No Brasil, os dados epidemiológicos disponíveis mostram que os problemas de refração que podem ser corrigidos são expressivos e interferem no rendimento escolar das crianças e jovens, bem como no desempenho das atividades diárias de adultos e idosos. Os erros de refração, na sua maioria, são passíveis de correção por meio do uso de óculos, medida aparentemente simples, porém ainda de difícil resolução no Sistema Único de Saúde. Percebe-se que a oferta de consulta com especialista em oftalmologia não responde à deman- da, é proporcionalmente menor, assim como o custo e aquisição dos óculos que, muitas vezes, inviabiliza o tratamento adequado. Evidencia-se a necessidade da realização de novas ações que interrompam o fluxo crescen- te da demanda, e ampliem o acesso da população aos serviços de oftalmologia. Isso inclui o fornecimento de óculos. Todas essas ações que devem ser incorporadas à rotina dos serviços de saúde em integração com as metas da educação. Buscando dar respostas a esses problemas, e reconhecendo as dificuldades do acesso da população brasileira não só à consulta oftalmológica, mas também à aquisição dos óculos, os Ministérios da Saúde e da Educação, em parceria, construíram o Projeto Olhar Brasil, lançado pela Presidência da República, em abril de 2007. O Projeto Olhar Brasil prevê o atendimento aos alunos da Educação Básica, das escolas pú- blicas, na etapa Ensino Fundamental e dos jovens de 15 anos ou mais e adultos do Programa Brasil Alfabetizado. Abrange ainda a população com idade igual ou superior a 60 anos. Isso se traduz na assistência direta a 44 milhões de pessoas, envolvendo a aplicação de aproximada- mente R$ 323 milhões no período de três anos. O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação apresentam o Manual de Orientação para Realização da Triagem de Acuidade Visual, recurso didático a ser utilizado no processo de ca- pacitação dos Agentes Comunitários de Saúde, dos Alfabetizadores do Programa Brasil Alfabe- tizado e dos Professores da Educação Básica, principais atores na realização da triagem e no alcance da meta prevista durante a vigência do projeto. MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
  • 9. “Miguilim queria ver se o homem estava mesmo sorrindo para ele, Por isso o encarava. Por que você aperta os olhos assim? Você não é limpo da vista? (...) Miguilim espremia os olhos.(...) Este nosso rapazinho tem a vista curta(...) E o Senhor tirava os óculos e punha-os em Miguilim, com todo jeito. Olha agora!! Miguilim olhou. Nem podia acreditar! Tudo era uma claridade, as formiguinhas passeando no chão de uma distância. E tonteava. Aqui, ali, meu Deus, tanta coisa, tudo...(...). Coração batia descompassado.” Guimarães Rosa, in Campo Geral, Manuelzão e Miguilim
  • 10. Projeto Olhar Brasil Triagem de Acuidade Visual 9 Manual de Orientação 1 INTRODUÇÃO O Projeto Olhar Brasil, elaborado de forma conjunta pelo Ministério da Educação e pelo Mi- nistério da Saúde, propõe-se a atuar na identificação e na correção de problemas de visão em alunos matriculados na rede pública de ensino da Educação Básica, priorizando, inicialmente, o atendimento ao Ensino Fundamental (1ª a 8ª série/1º ao 9º ano), em alfabetizandos cadastra- dos no “Programa Brasil Alfabetizado” e na população com idade igual ou acima de 60 anos. A implementação desse projeto permitirá reduzir as taxas de evasão decorrente de dificuldades visuais, facilitar o acesso à diversidade de contextos sociais e, também, garantir melhoria na qualidade de vida destes cidadãos. Os alunos da Educação Básica e do programa de alfabetização, em razão do esforço visual requerido, podem manifestar distúrbios oculares, como dores de cabeça, tonturas, cansaço visual e olhos vermelhos. Esses sintomas ocorrem principalmente quando estão lendo, escre- vendo, pintando ou desenhando com objetos próximos dos olhos. Problemas preexistentes, não identificados, e sem o devido tratamento, podem comprometer a efetividade do processo ensino/aprendizagem, levando-os ao desinteresse e, conseqüentemente, à evasão da escola. Sabendo que os problemas de visão podem ser evitados ou amenizados com atendimento preventivo e/ou curativo, torna-se imprescindível que os educandos tenham acesso à consulta oftalmológica e aos óculos, propiciando, dessa forma, condições adequadas para um desen- volvimento sócio-educacional completo. Os problemas visuais, especialmente os relacionados à refração, são muito comuns/freqüen- tes na população com idade igual ou superior a 60 anos. Tais problemas, se não corrigidos, dificultam ou impedem o desenvolvimento das atividades cotidianas e aumentam os riscos de acidentes nessa população que, geralmente, apresenta fragilidades por outras questões como doenças crônico-degenerativas, limitações de mobilidade, entre outras. Portanto, com o avan- çar da idade é fundamental promover o acesso da população à correção dos problemas visuais, notadamente os de refração, com vistas ao envelhecimento ativo e saudável. Neste sentido, o Projeto Olhar Brasil considera que professores e alfabetizadores, pela pro- ximidade e contato permanente com os educandos em atividades que exigem o uso da visão, são sujeitos importantes no processo de identificação dos problemas visuais dos estudantes. Assim, propõe-se que professores e alfabetizadores realizem a triagem, encaminhando à con- sulta oftalmológica, quando necessário. Da mesma forma, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) desenvolverão a triagem na população com idade igual ou acima de 60 anos, propiciando melhoria na qualidade de vida nessa faixa etária.
  • 11. Ministério da Saúde 10 Ministério da Educação 2 O PROJETO OLHAR BRASIL 2.1 Objetivos O Projeto Olhar Brasil tem como objetivo contribuir para a melhoria do processo ensino/ aprendizagem, a partir da prevenção, identificação e correção de problemas visuais em educan- dos matriculados na rede pública de ensino da Educação Básica, primeiramente os do Ensino Fundamental (1ª a 8ª série/1º ao 9º ano) e em alfabetizandos do “Programa Brasil Alfabetizado” e, a partir da mesma ação, contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população com idade igual ou acima de 60 anos. 2.2 Diretrizes • Promoção da qualidade de vida e prevenção de problemas visuais dos alunos da Educa- ção Básica, priorizando, inicialmente, os do Ensino Fundamental, dos jovens e adultos do Programa Brasil Alfabetizado e da população com idade igual ou acima de 60 anos; • Pactuação e adesão ao Projeto Olhar Brasil pelos órgãos/entidades da educação e da saúde nas três esferas governamentais; • Ampliação das parcerias entre escolas e unidades de saúde, instituições governamentais e instituições não-governamentais visando à integração de esforços e contribuindo para o atendimento integral do educando; • Constituição de redes regionalizadas e descentralizadas para garantir a integração das ações de educação e de saúde com o objetivo de colaborar na redução dos agravos à saúde dos estudantes e da população com idade igual ou superior a 60 anos; • Assistência oftalmológica com fornecimento de óculos nos casos de erro de refração; • Encaminhamento, para serviços especializados, dos casos de outras doenças oftal- mológicas; • Capacitação/orientação dos professores da rede pública de educação básica (ensino fun- damental), dos alfabetizadores do Programa Brasil Alfabetizado e dos ACS, para identifica- ção de casos a serem encaminhados para consulta oftalmológica. 2.3 Critérios de atendimento A triagem consiste de uma avaliação inicial que busca identificar, entre o público alvo do projeto, a existência de erros de refração que necessitarão de uma consulta oftalmológica. É realizada por meio de um teste simples utilizando a escala de sinais de Snellen. Esta avaliação pode ser realizada por qualquer pessoa desde que adequadamente qualificada. Os casos de visão diminuída identificados na triagem serão encaminhados à consulta oftal- mológica.
  • 12. Projeto Olhar Brasil Triagem de Acuidade Visual 11 Manual de Orientação 3 PROPOSTA DE CAPACITAÇÃO PARA TRIAGEM DE PROBLEMAS DE RE- FRAÇÃO VISUAL Para que o propósito do projeto se efetive, algumas etapas serão desenvolvidas, entre as quais a capacitação dos ACS, dos alfabetizadores e dos professores do Ensino Fundamental de modo que estes possam realizar a triagem por meio da técnica de medida da acuidade visual. No que se refere à capacitação dos ACS, esta se dará numa perspectiva de Educação Per- manente, de forma descentralizada, preferencialmente, pelas Escolas Técnicas do SUS (ET-SUS). Vale ressaltar que a indicação das para a capacitação dos profissionais responsáveis pela tria- gem é estratégica, em razão da acumulação de experiências com processos de formação dos profissionais da área de saúde. A capacitação dos professores e dos alfabetizadores ficará a critério das Secretarias Estadu- ais e Municipais de Saúde e de Educação. 3.1 Orientações gerais Sugere-se uma carga horária total de 16 horas (teoria – prática), utilizando 4 horas para a prática supervisionada da aplicação da técnica de medida da acuidade visual, entre os profis- sionais em sala de aula. • A proposta metodológica sugerida para capacitação está calcada na problematização, num processo de aproximações sucessivas ao objeto a ser apreendido – Projeto Olhar Brasil -Triagem. • As instituições formadoras deverão realizar atividades pedagógicas que resultem no de- senvolvimento de habilidades pelos profissionais para realização da triagem. • O material a ser utilizado é o Manual de Orientação da Triagem, a Tabela de Snellen, oclu- sores, lápis, caneta, borracha, fita métrica e fita adesiva, entre outros recursos didáticos que se fizerem necessários. A proposta didático-pedagógica apresentada a seguir consiste em uma seqüência de ativi- dades/textos de apoio, que descreve as orientações para o monitor/facilitador e para o aluno em colunas, objetivando facilitar a visualização e compreensão do processo ensino-aprendizagem. 3.2 Seqüência de atividades didático-pedagógicas Seqüências de atividades Orientação para monitor/facilitador Tempo Projeto Olhar Brasil 1. Em grande grupo, apresentar com o au- 1:30h 1. Conhecer o projeto sua abrangên- xílio de slides os principais aspectos do cia, seus objetivos, diretrizes e a Projeto Olhar Brasil, as parcerias defini- quem se destina. das para sua operacionalização, acom- panhando as discussões/comentários • Caracterizar a sua participação no pro- do grupo, destacando as atribuições jeto (ACS, professores do ensino fun- dos profissionais participantes do Proje- damental e alfabetizadores do Progra- to (ACS, professores e alfabetizadores). ma Brasil Alfabetizado).
  • 13. Ministério da Saúde 12 Ministério da Educação • Identificar as parcerias governamentais e não-governamentais envolvidas no projeto. 2. Ler e discutir a portaria da SAS e a 2. Realizar as atividades em pequenos 2h portaria interministerial MS/MEC, grupos, esclarecendo as dúvidas, aju- utilizando roteiro de discussão dando a sistematizar as discussões, para: seguindo roteiro, procurando levar o grupo a identificar suas áreas de atua- • Identificar as áreas de atuação, as par- ção e/ou ação e como operacionalizá- cerias e o público alvo do Projeto; las seguindo as diretrizes do projeto. • Conhecer as etapas de operacionaliza- ção do Projeto. 3. Ler e discutir as orientações para 3. Orientar a discussão sobre a Triagem 2h o desenvolvimento da Triagem fa- questionando a respeito de: zendo relação com: • Possíveis estratégias de abordagem e • As possíveis estratégias de abordagem de sensibilização do público alvo; e e de sensibilização do público alvo, • Finalidade e etapas da “Triagem”. com vistas à participação das pessoas no Projeto Olhar Brasil; e • A finalidade e as etapas da “Triagem”. 4. Sistematizar os procedimentos uti- 4. Em grande grupo, orientar a sistema- 30’ lizados para a triagem. tização dos procedimentos utilizados para a Triagem. Saúde Ocular 5. Ler e discutir os temas apresen- 5. Em pequenos grupos, orientar a leitura 2h tados nas páginas 15, 16, 17 e 18 esclarecendo as dúvidas, ajudando a deste Manual sobre: sistematizar as discussões (inserir tex- tos complementares se necessário). • A anatomia e fisiologia do olho; • As doenças que levam ao erro de re- fração; • Outros temas podem ser abordados neste momento se avaliados como necessários à construção do conheci- mento. 6. Iniciar a atividade 06 fazendo a re- 6. Solicitar dos participantes uma síntese 30’ visão dos temas abordados na ati- com seguintes aspectos: vidade 05. • Anatomia e fisiologia do olho; • Doenças relacionadas aos problemas • Apresentar síntese enfatizando os se- de refração. guintes aspectos: - Anatomia e fisiologia do olho; - Doenças relacionadas aos problemas de refração.
  • 14. Projeto Olhar Brasil Triagem de Acuidade Visual 13 Manual de Orientação Triagem 7. Ler e discutir as páginas 18, 19, 20 e 7. Dirigir a leitura das páginas 18, 19, 20 4h30’ 21 deste Manual sobre a técnica de e 21 deste Manual sobre a técnica de medida da acuidade visual (teste). acuidade visual (teste) solicitando, • Identificando os instrumentos de aferi- • A identificação dos instrumentos que com- ção da acuidade que compõem o Kit a põem o Kit a ser utilizado na triagem. ser utilizado na triagem. 7.1. Discutir sobre a importância do re- 7.1. Estimular a discussão a respeito da gistro dos resultados encontrados importância de registrar os achados no teste e exercitar o registro na ficha no teste de acuidade visual e solici- apropriada; tar o registro na ficha apropriada; 7.2. Aplicar entre os participantes a téc- 7.2. Solicitar a aplicação da técnica de nica de medida da acuidade visual medida da acuidade visual, em sala adotada pelo Projeto, utilizando a es- de aula, entre os participantes da ca- cala de Snellen. pacitação, acompanhando o desem- penho de cada um no exercício do teste, assim como no procedimento de registro. 8. Sistematizar os procedimentos a 8. Solicitar a sistematização dos procedi- 30’ serem utilizados na triagem com: mentos a serem utilizados na triagem, com: • Identificação dos instrumentos de acui- • Identificação dos instrumentos para dade visual que compõem o kit; medição da acuidade visual que com- • Roteiro de trabalho, considerando os põem o Kit; três públicos alvos do projeto e suas • Roteiro de trabalho, considerando os especificidades. três públicos alvos do projeto e suas especificidades. 9. Relacionar as etapas do projeto 9. Apresentar e discutir os fluxos de 2h após a realização da triagem deta- atendimento definidos nos projetos lhando os fluxos de atendimento, de adesão dos gestores (estadual e/ referência (encaminhamentos para ou municipal), os instrumentos/formu- consulta e aquisição de óculos). lários de registro da triagem e instru- mentos/formulários de registro para 9.1 Apresentar os formulários para o en- encaminhamento à consulta com o caminhamento à consulta. oftalmologista.
  • 15. Ministério da Saúde 14 Ministério da Educação 4 SAÚDE OCULAR 4.1 O que é a visão A visão é a capacidade que o indivíduo tem de perceber o universo que o cerca. Oitenta por cento da relação do ser humano com o mundo se dá por meio do sentido da visão. Para que o sentido da visão seja aproveitado de maneira plena, é fundamental que toda a via sensorial visual esteja perfeita (os dois olhos, os nervos ópticos, as vias ópticas cerebrais e o córtex visual occipital). 4.2 Anatomia do olho humano O olho é o órgão sensorial da visão e suas partes principais são: • Córnea – é a parte anterior transparente e protetora do olho; • Íris - é a parte colorida do olho, responsável por regular o fluxo de luz para a retina; • Pupila – localiza-se no centro da íris, é a porta de entrada de luz para a retina; • Cristalino - é a lente dos olhos e se localiza atrás da íris; • Retina – localizada no fundo do olho, é a parte responsável pela recepção das imagens, fundamental para o sentido da visão; • Mácula – é a região da retina responsável pela nitidez da visão e pela visão de cores; • Nervo Óptico – é o nervo que transmite o estímulo visual para o cérebro. Retina Vasos sangüineos Córnea Íris Pupila Mácula Cristalino Vasos Íris sangüineos Pupila
  • 16. Projeto Olhar Brasil Triagem de Acuidade Visual 15 Manual de Orientação Havendo visão perfeita, a luz entra no olho através da córnea (frente do olho) e é focada num ponto único na retina (parte de trás do olho) onde forma a imagem que vai ser interpretada pelo cérebro. Se a imagem não se formar corretamente na retina, surgem os distúrbios de refração (ametropias). Córnea Lente Retina 4.3 Distúrbios de refração Quando existem problemas no cristalino ou na córnea, acontecem os distúrbios de refração (ametropias). Os principais problemas de refração são: 4.3.1 Miopia É como se denomina o erro de refração em que a imagem focaliza antes de chegar à retina. As pessoas com miopia têm dificuldade para enxergar à distância e comumente aproximam-se dos objetos para vê-los melhor e preferem usar a visão para perto. Franzir a testa e apertar os olhos também são sinais comuns em pacientes míopes não corrigidos. Miopia
  • 17. Ministério da Saúde 16 Ministério da Educação 4.3.2 Hipermetropia A pessoa com hipermetropia vê bem de longe, mas faz um esforço visual maior para poder enxergar bem de perto, o que faz com que ele tenha resistência às atividades que exijam visão para perto (leitura, artesanato, costura...) mesmo em crianças e jovens. Graus baixos de hiper- metropia na infância são freqüentes e normais. Hipermetropia 4.3.3 Presbiopia Popularmente conhecida como “vista cansada”, a presbiopia é universal, acometendo ge- ralmente as pessoas com mais de 40 anos de idade. Ocorre pela perda progressiva da capa- cidade de focalização do cristalino, fazendo parte do processo de envelhecimento natural do ser humano. O sintoma é a perda progressiva da visão para perto e necessita ser corrigida com óculos para perto. Presbiopia lentes corretoras 4.3.4 Astigmatismo No astigmatismo a imagem é distorcida, pois é focalizada em dois pontos separados na retina. A visão de quem tem astigmatismo é de uma imagem borrada, como a de uma televisão com a antena desregulada onde se vê um “fantasma” de cada imagem. Os astigmatismos médios e altos alteram a visão igualmente para perto e para longe e podem ser responsavéis pelas queixas de desconforto e fadiga ocular, dor de cabeça, dentre outros.
  • 18. Projeto Olhar Brasil Triagem de Acuidade Visual 17 Manual de Orientação Astigmatismo 4.4 Sinais e/ou sintomas indicadores de possíveis problemas visuais que devem ser observados: • Lacrimejamento, principalmente durante ou após realizar atividades que exigem esforço visual como ver televisão, ler, desenhar, entre outros; • Olho Vermelho; • Secreção; • Purgação; • Crostas nos Cílios; • Aperta ou arregala os olhos para enxergar melhor; • Aproxima-se muito da televisão ou aproxima muito o papel para ler; • Necessita afastar os objetos do rosto para ler ou ver melhor; • Inclinação de cabeça; • Visão embaçada; • Fotofobia - Sensibilidade excessiva à luz; • Dores de cabeça; • Visão Dupla; • Desvio Ocular (Olho “Vesgo”). 4.5 Acuidade Visual A acuidade visual (AV) é o grau de aptidão do olho para identificar detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos. 4.6 Técnica da Medida da Acuidade Visual A forma mais simples de diagnosticar a limitação da visão é medir a acuidade visual com a Escala de Sinais de Snellen. A escala utiliza sinais em forma de Letra E, organizados de ma- neira padronizada, de tamanhos progressivamente menores, chamados optotipos. Em cada linha, na lateral esquerda da tabela, existe um número decimal, que corresponde à medida da acuidade visual.
  • 19. Ministério da Saúde 18 Ministério da Educação ESCALA OPTOMÉTRICA (DISTÂNCIA = 5,00 MTS) (ÂNGULO VISUAL= 7) (300 LUX) 0,1 0,15 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 Tabela de Snellen reduzida 1,0 para efeitos de ilustração. A pessoa apresenta visão normal quando, ao ser colocada, a uma distância de 5 (cinco) me- tros, em frente a uma Escala de Sinais de Snellen, consegue ler as menores letras que nela se encontram. Uma pessoa apresenta limitação da visão quando não enxerga uma ou mais letras da escala, demonstrando maior limitação quando não conseguir visualizar os símbolos de maior tamanho da escala. 4.6.1 Procedimentos para a realização da técnica • Preparo do local: deve ser calmo, bem iluminado e sem ofuscamento. A luz deve vir por trás ou dos lados da pessoa que vai ser submetida ao teste. Deve-se evitar que a luz incida diretamente sobre a Escala de Sinais de Snellen; • A Escala de Sinais de Snellen deve ser colocada numa parede a uma distância de cinco metros da pessoa a ser examinada; • O profissional responsável pela triagem deve fazer uma marca no piso com giz ou fita adesiva, colocando a cadeira de exame de forma que as pernas traseiras desta coincidam com a linha demarcada;
  • 20. Projeto Olhar Brasil Triagem de Acuidade Visual 19 Manual de Orientação • Deve-se verificar, ainda, se as linhas de optotipos correspondentes 0,8 a 1,0 estão situadas ao nível dos olhos do examinado; (distância de 5 m) Em alguns casos em que o examinado apresente dificuldades em diferenciar qual optotipo está sendo apontado. Sugere-se que o profissional utilize um papel de cor única para cobrir os optotipos vizinhos. 4.6.2 Material a ser utilizado para realizar a técnica: • Escala de Sinais de Snellen; • Objeto para apontar os optotipos (lápis preto); • Giz; • Cartão oclusor; • Cadeira (opcional); • Metro ou fita métrica; • Fita adesiva; • Impresso para anotação dos resultados. 4.6.3 Preparo para a aplicação do teste A prontidão da resposta ao teste, por parte do examinado, depende da sua compreensão em relação às instruções recebidas. Por essa razão é conveniente que haja um adequado preparo coletivo ou individual, como: • O profissional deve explicar e demonstrar o que vai fazer; • Deve-se colocar a pessoa próxima à Escala de Sinais de Snellen e pedir-lhe que indique a direção para onde está voltado cada optotipo; • O profissional deve ensinar o examinado a cobrir o olho sem comprimi-lo e lembrá-lo que, mesmo sob o oclusor, os dois olhos devem ficar abertos. 4.6.4 Aplicação da técnica A pessoa que usar óculos para longe deve mantê-los durante o teste. Os optotipos podem ser mostrados com um objeto que aponte. Para apontar o optotipo a ser visto, o profissional
  • 21. Ministério da Saúde 20 Ministério da Educação deve colocar o objeto em posição vertical passando-o em cima e repousando abaixo do optoti- po. Mover com segurança e ritmicamente o objeto de um optotipo para outro. A medida da acuidade visual sempre deve ser realizada primeiramente no olho direito, com o esquerdo devidamente coberto com o oclusor; o exame deve ser iniciado com os optotipos maiores, continuando a seqüência de leitura até onde a pessoa consiga enxergar sem dificulda- de. Utilizar a mesma conduta para medir a acuidade visual do olho esquerdo. Atenção especial deve ser dada à anotação dos dados. É muito comum a troca da anotação dos dados do olho direito com o olho esquerdo. Por isso, anotar sempre os resultados do olho direito, antes de iniciar o teste no olho esquerdo. sem óculos com óculos O profissional deve mostrar pelo menos dois optotipos de cada linha. Se o examinado tiver alguma dificuldade numa determinada linha, mostrar um número maior de sinais da mesma linha. Caso a dificuldade continue, voltar à linha anterior. A acuidade visual registrada será o número decimal ao lado esquerdo da última linha em que a pessoa consiga enxergar mais da metade dos optotipos. Exemplo: numa linha com 6 optoti- pos, o examinado deverá enxergar no mínimo 4. Todos os alunos que não atingirem 0,7 devem ser retestados. Valerá o resultado em que a medida da acuidade visual foi maior. É comum ocorrer erros na primeira medida. Se a pessoa que estiver sendo examinada não conseguir identificar corretamente o optotipo maior, deverá ser anotado Acuidade Visual (AV) como menor que 0,1 (<0,1). 4.6.5 Sinais e sintomas a serem observados durante a avaliação da acuidade visual. É importante observar e registrar se durante a medida da acuidade visual o examinado apre- senta algum sinal ou sintoma ocular, tais como: • Lacrimejamento; • Inclinação persistente de cabeça; • Piscar contínuo dos olhos; • Estrabismo (olho vesgo); • Cefaléia (dor de cabeça); • Testa franzida ou olhos semi-cerrados, entre outros. Este sinal ou sintoma deverá ser anotado como observação na ficha de resultado da triagem que estará anexado como sugestão aos gestores.
  • 22. Projeto Olhar Brasil Triagem de Acuidade Visual 21 Manual de Orientação 5 CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO AO OFTALMOLOGISTA: Sugerimos aos gestores alguns critérios de encaminhamento, conforme segue: 5.1 Critério de encaminhamento prioritário: Caso algum examinado no momento da triagem apresente ou relate algum dos problemas listados abaixo, deverá ter prioridade no encaminhamento ao oftalmologista: a) Acuidade visual inferior a 0,1 em qualquer dos olhos; b) Quadro agudo (olho vermelho, dor, secreção abundante, dentre outros sinais e sintomas); c) Trauma ocular recente. 5.2 Critérios para encaminhamento regular: a) Acuidade visual inferior ou igual a 0,7 em qualquer olho; b) Diferença de duas linhas ou mais entre a acuidade visual dos olhos; c) Estrabismo (olho torto ou vesgo); d) Paciente com mais de 40 anos de idade, com queixa de baixa acuidade visual para perto (ex: não consegue ler, não consegue enfiar linha na agulha); e) Paciente diabético; f) História de glaucoma na família; g) Outros sintomas oculares (prurido, lacrimejamento ocasional, cefaléia).
  • 23. Ministério da Saúde 22 Ministério da Educação 6 Sugestão de Modelo de Ficha para Registro do Resultado da Triagem Nome do Profissional Responsável pela Triagem: Data da Triagem: Nome da Escola: Nome da Unidade de Saúde: Nome do examinado: Idade: Acuidade Visual: OD: OE: Sem correção Com correção Conduta: Encaminhado para consulta Orientado Outros Obs.:
  • 24. Projeto Olhar Brasil Triagem de Acuidade Visual 23 Manual de Orientação REFERÊNCIAS ÁVILA, Marcos; TALEB, Alexandre C. Campanha de olho na visão: manual de orientação para o agente comunitário de saúde. Goiânia, GO: Universidade Federal de Goiás, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Especializada; Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Manual para capacitação olhos do Brasil: enxergando novos horizontes. São Pau- lo: CBO, 2005. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Doenças Crônico-Degenerativas. Informações básicas para a promoção da saúde ocular. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 1994. (Série A. Normas e manuais técnicos, 50). ______. Tribunal de Contas da União. Avaliação do TCU sobre as ações de detecção e correção de problemas visuais do escolar. Brasília, 2002. JOSÉ, Newton Kara; ARIETA, Carlos Eduardo Leite; OLIVEIRA, Regina C. de Salles. Manual de boa visão do escolar: solucionando dúvidas sobre o olho e a visão. [S.l.: s.n.], 2001. TALEB, Alexandre et al. As condições de saúde ocular no Brasil. [S.l.: s.n.], 2007.
  • 25. Ministério da Saúde 24 Ministério da Educação EQUIPE TÉCNICA MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO E DIVERSIDADE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA Coordenação de Gestão da Atenção Básica DIRETORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO Coordenação-Geral de Alfabetização ESPECIALIZADA Coordenação Geral de Média Complexidade DIRETORIA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS Coordenação-Geral de Direitos Humanos ESTRATÉGICAS Área Técnica de Saúde da Pessoa com SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA Deficiência DIRETORIA DE ARTICULAÇÃO E APOIO AOS SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E SISTEMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE Coordenação Geral de Apoio aos Sistemas DEPARTAMENTO DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO Equipe Técnica de Elaboração NA SAÚDE Coordenação-Geral de Ações Técnicas em Daisy Maria Coelho de Mendonça - CGAB/DAB/SAS Educação na Saúde Eliane Pedrozo de Moraes - CGAB/DAB/SAS Coordenação Técnica Izabeth Cristina Campos da Silva Farias - CGAB/ DAB/SAS Claunara Schilling Mendonça - DAB/SAS Daniela Santos Borges - CGAB/DAB/SAS Joselito Pedrosa - DAE/SAS Alexandre Chater Taleb - CGMC/DAE/SAS Ena de Araújo Galvão - DEGES/SGTES Roseane Simão Dias Chaves - CGMC/DAE/SAS Ilustrações Claudia Cabral de Aguiar Silveira - CGMC/DAE/SAS João Lúcio Dreyer Odília Brígido de Sousa - Saúde da Pessoa com Deficiência/DAPES/SAS Maria de Fátima Marques - CGATES/DEGES/SGTES Núbia Brelaz Nunes - CGATES/DEGES/SGTES Maria Aparecida Timo Brito - CGATES/DEGES/SGTES Jaqueline Maia Lima - ETSUS UNIMONTES - MG Adailton Isnal - ETSAL Valdivina Eustáquio da Silva - CEP-SAUDE - Goiás Norma Helen Medina - Centro de Oftalmologia Sanitária/Coordenadoria de Controle de Doenças da SES SP Adriana Andrés - SECAD/MEC Maria de Fátima Malheiros - SEB/MEC