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AS CONTRIBUIÇÕES DA
  FIESP NO PROCESSO DE
  REVISÃO TARIFÁRIA DAS
     DISTRIBUIDORAS

           AP ANEEL 040/2010
           AP ANEEL 120/2010
Roberto Moussallem
Departamento de Infraestrutura da Fiesp
Assuntos abordados na 1ª e 2 ª fases:

   Base de Remuneração Regulatória
   Outras Receitas
  • Geração Própria
   Taxa de Remuneração Regulatória
   Fator X
   Perdas Não Técnicas
   Receitas Irrecuperáveis
   Cálculo de Custos Operacionais Regulatórios
Assuntos abordados nesta fase:

  Modalidades e Postos Tarifários

 • Sinal Econômico para a Baixa Tensão

  Sinal Econômico na Tarifa de Energia

 • Cálculo das Tarifas de Aplicação (Planilha de Cálculo)

 • Estrutura Vertical
Proposta: Fazer a reavaliação completa da base de
remuneração regulatória utilizada no 1º ciclo

• Conforme a decisão da REN nº 234/2006: nova avaliação quanto
  aos aspectos da utilidade ao serviço, eficiência econômica e
  prudência dos investimentos, em ciclos alternados

• A correção econômica de uma base definida há 8 ou 10 anos atrás
  já não guarda correlação com os preços correntes e não considera
  a inovação tecnológica dos últimos anos ( não deve funcionar
  como “ativo financeiro” da distribuidora)

• Há um descompasso em relação a conjuntura atual do mercado
  internacional (variação do dólar)
80,00%
                           100,00%
                                               140,00%
                                                         160,00%
                                                                   180,00%
                                                                                       220,00%
                                                                                                 240,00%




                                     120,00%
                                                                             200,00%
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        nov/10
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• A revisão da base deverá incluir, como recomendado pela Aneel,
  a reavaliação dos índices de aproveitamento das instalações

  A reavaliação dos índices de aproveitamento dos ativos deverá
  ser feita dentro do contexto da reavaliação completa da BRR, e
  não isoladamente

• Para este ciclo, o cálculo da BRR deverá ser feito a partir do
  Banco de Dados de Preços Referenciais da Aneel, e não com
  base em preços fornecidos pelas concessionárias

  Com a postergação do processo de revisão tarifária, nada
  impede que a Aneel utilize a sua base de dados, prometida para
  o final de 2011
Proposta: Destinar toda a receita referente às multas por
ultrapassagem de demanda e ao excesso de reativos à
modicidade tarifária.
• A Fiesp concorda com a posição original da Aneel (1ª fase) de
  reverter toda a receita para a modicidade tarifária, e não a
  utilização de uma tabela de incentivo para a distribuidora (repasse
  de 70% a 100% para o consumidor)

  Premiar, mesmo que parcialmente, na forma de incentivo, não é
  justo para os demais consumidores, que pagarão uma tarifa maior,
  sem terem cometido nenhum mal uso da rede

• Sugerimos que os incentivos sejam agregados à componente da
  qualidade, dentro do cálculo do Fator X
Proposta: Revisar os critérios para a aplicação da
Componente da Q - Qualidade
• Os indicadores DEC e FEC, por si só, podem não refletir o esforço
  da concessionária na melhoria da qualidade de serviço
  (exemplo: alta correlação com condições climáticas)

• Sugerimos incluir novos indicadores, que fazem parte do risco do
  negócio de distribuição e que podem ser geridos pela empresa:
   • Diminuição das perdas não técnicas (furto de energia, erros
     de medição e unidades consumidoras sem medidor)
   • Diminuição das receitas irrecuperáveis (inadimplência)
   • Diminuição das multas de ultrapassagem de demanda e
     excesso de reativos
Proposta: Utilizar a série histórica equivalente ao ciclo
tarifário (3, 4 ou 5 anos) para determinação dos
indicadores de risco a serem utilizados no cálculo do
custo de capital
• Todos os indicadores de risco utilizados para o cálculo do
  WACC estão decrescentes

• Utilizar séries históricas longas (11, 16 anos) para o cálculo de
  risco do próximo período captura valores elevados de uma
  conjuntura econômica desfavorável, fora do contexto atual
• Taxa livre de risco (T-Bonds do tesouro americano – cotação diária)




                                                                        Média 16 anos
                                                                           ANEEL
                                                                           4,88%




                                                                        Média 5 anos
                                                                           FIESP
                                                                           3,91%
• Risco Brasil (Emerging Markets Bond Index + Brazil – EMBI – JP Morgan)




                                                                    Mediana 11 anos
                                                                        ANEEL
                                                                        4,23%




                                                                    Mediana 5 anos
                                                                           FIESP
                                                                           2,23%
• Grandes crises econômicas (Tigres Asiáticos(1998), 11 de
  setembro (2001), subprime americano (2008), etc) trouxeram
  mecanismos de proteção à economia. A probabilidade de
  repetição desses eventos é menor

• Investment Grade do Brasil (Fitch e S&P em 2008, Moody’s em
  2009 e mais uma elevação da Fitch em 2011, passando para BBB);
  reservas cambiais de US$ 350 bilhões

  É preciso repassar ao consumidor brasileiro as conquistas
  econômicas recentes e não considerar uma condição passada,
  remotamente provável
Proposta: Reavaliar os critérios de aplicação das
bandeiras, bem como os parâmetros do sinal econômico
tarifário, buscando dar maior segurança e previsibilidade
aos consumidores cativos

•   Objetivo: dar o sinal tarifário econômico no momento da
    restrição do sistema

•   Problemas:
       • Falta de previsibilidade aos consumidores cativos,
          sobretudo a indústria
       • Reconhecida volatilidade do PLD e modelo matemático
          não seguro
       • Falta de regras para o cálculo do ESS_SE
Bandeira        Característica              Tarifa

              PLD + ESS_SE até              Tarifa
 Verde        R$100,00/MWh             determinada na
                                         Resolução

           PLD + ESS_SE entre R$      Bandeira tarifária
Amarela       100,00/MWh e                verde +
              R$200,00/MWh             R$15,00/MWh

                                      Bandeira tarifária
           PLD + ESS_SE ultrapassar       verde +
Vermelha
               R$200,00/MWh            R$30,00/MWh
Simulação novas bandeiras x PLD (sem ESS_SE)
Proposta: Estabelecer um fator de ajuste em função da
aplicação da estrutura tarifária, onde a concessionária
não obtenha lucro ou prejuízo causado por variações nas
classes de consumo

• Como cada grupo tarifário possui uma tarifa diferente. O valor
  final para o nível tarifário pode sofrer alteração entre o valor
  definido na revisão e o mercado realizado

• Valor cobrado a maior ou a menor deve ter a mesma tratativa
  que o modelo do Gás Natural em São Paulo (Termo de Ajuste K)

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Apresentação Roberto Moussallem – Gerente do Depto de Infraestrutura da Fiesp

  • 1. AS CONTRIBUIÇÕES DA FIESP NO PROCESSO DE REVISÃO TARIFÁRIA DAS DISTRIBUIDORAS AP ANEEL 040/2010 AP ANEEL 120/2010 Roberto Moussallem Departamento de Infraestrutura da Fiesp
  • 2. Assuntos abordados na 1ª e 2 ª fases:  Base de Remuneração Regulatória  Outras Receitas • Geração Própria  Taxa de Remuneração Regulatória  Fator X  Perdas Não Técnicas  Receitas Irrecuperáveis  Cálculo de Custos Operacionais Regulatórios
  • 3. Assuntos abordados nesta fase:  Modalidades e Postos Tarifários • Sinal Econômico para a Baixa Tensão  Sinal Econômico na Tarifa de Energia • Cálculo das Tarifas de Aplicação (Planilha de Cálculo) • Estrutura Vertical
  • 4. Proposta: Fazer a reavaliação completa da base de remuneração regulatória utilizada no 1º ciclo • Conforme a decisão da REN nº 234/2006: nova avaliação quanto aos aspectos da utilidade ao serviço, eficiência econômica e prudência dos investimentos, em ciclos alternados • A correção econômica de uma base definida há 8 ou 10 anos atrás já não guarda correlação com os preços correntes e não considera a inovação tecnológica dos últimos anos ( não deve funcionar como “ativo financeiro” da distribuidora) • Há um descompasso em relação a conjuntura atual do mercado internacional (variação do dólar)
  • 5. 80,00% 100,00% 140,00% 160,00% 180,00% 220,00% 240,00% 120,00% 200,00% jan/00 jun/00 nov/00 abr/01 set/01 fev/02 jul/02 dez/02 mai/03 out/03 mar/04 ago/04 Dólar jan/05 jun/05 nov/05 • Exemplo: variação do dólar x IGP-M: abr/06 IGP-M set/06 fev/07 jul/07 dez/07 mai/08 out/08 mar/09 ago/09 jan/10 jun/10 nov/10 abr/11
  • 6. • A revisão da base deverá incluir, como recomendado pela Aneel, a reavaliação dos índices de aproveitamento das instalações A reavaliação dos índices de aproveitamento dos ativos deverá ser feita dentro do contexto da reavaliação completa da BRR, e não isoladamente • Para este ciclo, o cálculo da BRR deverá ser feito a partir do Banco de Dados de Preços Referenciais da Aneel, e não com base em preços fornecidos pelas concessionárias Com a postergação do processo de revisão tarifária, nada impede que a Aneel utilize a sua base de dados, prometida para o final de 2011
  • 7. Proposta: Destinar toda a receita referente às multas por ultrapassagem de demanda e ao excesso de reativos à modicidade tarifária. • A Fiesp concorda com a posição original da Aneel (1ª fase) de reverter toda a receita para a modicidade tarifária, e não a utilização de uma tabela de incentivo para a distribuidora (repasse de 70% a 100% para o consumidor) Premiar, mesmo que parcialmente, na forma de incentivo, não é justo para os demais consumidores, que pagarão uma tarifa maior, sem terem cometido nenhum mal uso da rede • Sugerimos que os incentivos sejam agregados à componente da qualidade, dentro do cálculo do Fator X
  • 8. Proposta: Revisar os critérios para a aplicação da Componente da Q - Qualidade • Os indicadores DEC e FEC, por si só, podem não refletir o esforço da concessionária na melhoria da qualidade de serviço (exemplo: alta correlação com condições climáticas) • Sugerimos incluir novos indicadores, que fazem parte do risco do negócio de distribuição e que podem ser geridos pela empresa: • Diminuição das perdas não técnicas (furto de energia, erros de medição e unidades consumidoras sem medidor) • Diminuição das receitas irrecuperáveis (inadimplência) • Diminuição das multas de ultrapassagem de demanda e excesso de reativos
  • 9. Proposta: Utilizar a série histórica equivalente ao ciclo tarifário (3, 4 ou 5 anos) para determinação dos indicadores de risco a serem utilizados no cálculo do custo de capital • Todos os indicadores de risco utilizados para o cálculo do WACC estão decrescentes • Utilizar séries históricas longas (11, 16 anos) para o cálculo de risco do próximo período captura valores elevados de uma conjuntura econômica desfavorável, fora do contexto atual
  • 10. • Taxa livre de risco (T-Bonds do tesouro americano – cotação diária) Média 16 anos ANEEL 4,88% Média 5 anos FIESP 3,91%
  • 11. • Risco Brasil (Emerging Markets Bond Index + Brazil – EMBI – JP Morgan) Mediana 11 anos ANEEL 4,23% Mediana 5 anos FIESP 2,23%
  • 12. • Grandes crises econômicas (Tigres Asiáticos(1998), 11 de setembro (2001), subprime americano (2008), etc) trouxeram mecanismos de proteção à economia. A probabilidade de repetição desses eventos é menor • Investment Grade do Brasil (Fitch e S&P em 2008, Moody’s em 2009 e mais uma elevação da Fitch em 2011, passando para BBB); reservas cambiais de US$ 350 bilhões É preciso repassar ao consumidor brasileiro as conquistas econômicas recentes e não considerar uma condição passada, remotamente provável
  • 13. Proposta: Reavaliar os critérios de aplicação das bandeiras, bem como os parâmetros do sinal econômico tarifário, buscando dar maior segurança e previsibilidade aos consumidores cativos • Objetivo: dar o sinal tarifário econômico no momento da restrição do sistema • Problemas: • Falta de previsibilidade aos consumidores cativos, sobretudo a indústria • Reconhecida volatilidade do PLD e modelo matemático não seguro • Falta de regras para o cálculo do ESS_SE
  • 14. Bandeira Característica Tarifa PLD + ESS_SE até Tarifa Verde R$100,00/MWh determinada na Resolução PLD + ESS_SE entre R$ Bandeira tarifária Amarela 100,00/MWh e verde + R$200,00/MWh R$15,00/MWh Bandeira tarifária PLD + ESS_SE ultrapassar verde + Vermelha R$200,00/MWh R$30,00/MWh
  • 15. Simulação novas bandeiras x PLD (sem ESS_SE)
  • 16. Proposta: Estabelecer um fator de ajuste em função da aplicação da estrutura tarifária, onde a concessionária não obtenha lucro ou prejuízo causado por variações nas classes de consumo • Como cada grupo tarifário possui uma tarifa diferente. O valor final para o nível tarifário pode sofrer alteração entre o valor definido na revisão e o mercado realizado • Valor cobrado a maior ou a menor deve ter a mesma tratativa que o modelo do Gás Natural em São Paulo (Termo de Ajuste K)