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Raciocínio Lógico p/ MPOG e ENAP
Resolução da Prova
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Resolução da Prova de Raciocínio Lógico do
MPOG/ENAP de 2015, aplicada em 30/08/2015.
Considerando a proposição P: “Se João se esforçar o bastante, então João
conseguirá o que desejar”, julgue os itens a seguir.
43 A proposição “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que
desejar” é logicamente equivalente à proposição P.
Solução:
Começamos passando a proposição P para a linguagem simbólica:
P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”
p: João se esforça o bastante
q: João consegue o que deseja
P: p → q
Agora, passamos a proposição do enunciado para a linguagem simbólica (vou
chamá-la de “Q”):
Q: “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que desejar”
p: João se esforça o bastante
q: João consegue o que deseja
Q: ~p v q
Por fim, podemos montar a tabela-verdade para checar se as duas proposições
são equivalentes:
p q ~p p → q ~p v q
V V F V V
V F F F F
F V V V V
F F V V V
Portanto, concluímos que as duas proposições são equivalentes.
Item correto.
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44 A proposição “Se João não conseguiu o que desejava, então João não se
esforçou o bastante” é logicamente equivalente à proposição P.
Solução:
Mais uma que questão que propõe uma proposição equivalente à P. Assim,
temos:
P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”
p: João se esforça o bastante
q: João consegue o que deseja
P: p → q
Agora, passamos a proposição do enunciado para a linguagem simbólica (vou
chamá-la de “R”):
R: “Se João não conseguiu o que desejava, então João não se esforçou o
bastante”
p: João se esforça o bastante
q: João consegue o que deseja
Q: ~q → ~p
Por fim, podemos montar a tabela-verdade para checar se as duas proposições
são equivalentes:
p q ~p ~q p → q ~q → ~p
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V
Portanto, concluímos que as duas proposições são equivalentes.
Item correto.
45 Se a proposição “João desejava ir à Lua, mas não conseguiu” for
verdadeira, então a proposição P será necessariamente falsa.
Solução:
Bom, a única relação entre a proposição desse enunciado e a proposição P, é que
ficamos sabendo que João desejava algo (ir à Lua), e não conseguiu. Ora, nada
foi dito sobre ele ter se esforçado ou não para conseguir ir à lua. Para a
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proposição P ser falsa, necessariamente João deveria se esforçar bastante e não
conseguir o que desejava, mas não temos informação sobre seu esforço, o que
faz com que não possamos afirmar que a proposição P será necessariamente
falsa.
Item errado.
46 A negação da proposição P pode ser corretamente expressa por “João
não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que desejava”.
Solução:
Agora, queremos a negação da proposição P. Como a proposição P é uma
condicional do tipo p → q, sua negação é dada por p ∧ ~q. Porém, a proposição
sugerida do enunciado não representa p ∧ ~q, mas sim ~p ∧ q, o que faz com que
ela não possa ser considerada negação para P:
“João não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que
desejava”
p: João se esforça o bastante
q: João consegue o que deseja
~p ∧ q: João não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que
desejava
Item errado.
A partir dos argumentos apresentados pelo personagem Calvin na tirinha
acima mostrada, julgue os seguintes itens.
47 Considerando o sentido da proposição “Os ignorantes é que são felizes”,
utilizada por Calvin no segundo quadrinho, é correto afirmar que a negação
dessa proposição pode ser expressa por “Não só os ignorantes são felizes”.
Solução:
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Nessa questão, devemos interpretar a frase “Os ignorantes é que são felizes”,
como sendo uma afirmação de que para ser feliz é preciso ser ignorante, ou seja,
todo mundo que é feliz é ignorante. Assim, para negar essa proposição (vou
chamá-la de “P”), temos:
P: Todo feliz é ignorante
~P: Algum feliz não é ignorante
Com isso, podemos dizer que “Algum feliz não é ignorante” expressa o mesmo
sentido de “Não só os ignorantes são felizes”, tornando o enunciado correto.
Item correto.
48 Considere que o argumento enunciado por Calvin na tirinha seja
representado na forma: “P: Se for ignorante, serei feliz; Q: Se assistir à aula,
não serei ignorante; R: Serei feliz; S: Logo, não assistirei à aula”, em que P,
Q e R sejam as premissas e S seja a conclusão, é correto afirmar que essa
representação constitui um argumento válido.
Solução:
Nessa questão, vamos organizar o argumento:
Premissas
P: Se for ignorante, serei feliz
Q: Se assistir à aula, não serei ignorante
R: Serei feliz
Conclusão
S: Logo, não assistirei à aula
Assim, batizando as proposições, temos:
p: Ser ignorante
q: Ser feliz
r: Assistir à aula
Premissas
P: p → q
Q: r → ~p
R: q
Conclusão
S: ~r
Argumento: [(p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (q)] ⇒ (~r)
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Para a análise desse argumento, temos várias opções. Vou escolher o método do
teste da conclusão falsa. Se for possível a conclusão ser falsa e o conjunto de
premissas ser verdadeiro ao mesmo tempo, o argumento será inválido. Se isso
não for possível, o argumento será válido. Vamos lá:
Para a conclusão “~r” ser falsa, é necessário que o “r” seja verdadeiro. Assim,
vamos testar se é possível o conjunto de premissas ser verdadeiro para “r”
verdadeiro:
(p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (q)
(p → q) ∧ (V → ~p) ∧ (q)
Aqui, concluímos que “~p” deve ser verdadeiro, ou seja, “p” deve ser falso para
que a segunda premissa seja verdadeira:
(p → q) ∧ (V → ~p) ∧ (q)
(F → q) ∧ (V → ~F) ∧ (q)
(F → q) ∧ (V → V) ∧ (q)
(F → q) ∧ (V) ∧ (q)
Por fim, concluímos que o “q” pode assumir qualquer valor lógico para que a
primeira premissa seja verdadeira, mas deve ser verdadeiro para que a terceira
premissa seja verdadeira. Assim, para “q” verdadeiro, temos:
(F → q) ∧ (V) ∧ (q)
(F → V) ∧ (V) ∧ (V)
(V) ∧ (V) ∧ (V)
Portanto, para “p” falso, “q” verdadeiro e “r” verdadeiro, teremos o conjunto de
premissas verdadeiro e a conclusão falsa, o que caracteriza um argumento
inválido.
Item errado.
Determinado órgão público é composto por uma diretoria geral e quatro
secretarias; cada secretaria é formada por três diretorias; cada diretoria tem
quatro coordenações; cada coordenação é constituída por cinco divisões,
com um chefe e sete funcionários subalternos em cada divisão. A respeito
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desse órgão público, julgue os itens seguintes, sabendo que cada executivo
e cada funcionário subalterno só pode ocupar um cargo nesse órgão.
49 O referido órgão possui mais de 2.000 servidores.
Solução:
Nessa questão, temos o seguinte:
Diretoria Geral: 1
Secretarias: 4
Diretorias: 4 × 3 = 12
Coordenações: 12 × 4 = 48
Divisões: 48 × 5 = 240
Bom, até aqui tudo bem. Agora, devemos encontrar o total de servidores desse
órgão. O problema é que só temos a informação da quantidade de funcionários
das divisões, e não temos nenhuma informação sobre quantos funcionários estão
ligados diretamente a cada coordenação, diretoria, secretaria, etc. Entendo que
essa falta de informação é suficiente para que essa questão seja anulada. De
qualquer forma, o raciocínio que o CESPE esperava que tivéssemos é de que
cada unidade citada acima possuía apenas um servidor ligado diretamente. Assim,
o total de servidores seria o seguinte:
Diretoria Geral: 1 × 1 = 1 servidor
Secretarias: 4 × 1 = 4 servidores
Diretorias: 12 × 1 = 12 servidores
Coordenações: 48 × 1 = 48 servidores
Divisões: 240 × 8 = 1.920 servidores
Total = 1 + 4 + 12 + 48 + 1.920 = 1.985 servidores
Item errado.
50 Se, entre onze servidores previamente selecionados, forem escolhidos:
sete para compor determinada divisão, um para chefiar essa divisão, um
para a chefia da coordenação correspondente, um para a diretoria e um para
a secretaria, haverá menos de 8.000 maneiras distintas de se fazer essas
escolhas.
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Solução:
Aqui, teremos 11 pessoas para ocuparem 11 cargos, sendo 4 cargos distintos
entre si e mais 7 cargos iguais. Para os 4 cargos distintos, fazemos o arranjo das
11 pessoas 4 a 4:
A11,4 =
)!411(
!11
−
=
!7
!7.8.9.10.11
= 11 × 10 × 9 × 8 = 7.920
Por fim, para os 7 cargos iguais restantes, teremos apenas 7 pessoas disponíveis,
pois já usamos 4 pessoas para preencher os cargos distintos. Aqui o cálculo seria
a combinação das 7 pessoas 7 a 7, o que resulta em 1. Assim, o total de maneiras
é igual a 7.920.
Item correto.

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Resolução Prova de Raciocínio Lógico MPOG/ENAP 2015

  • 1. Raciocínio Lógico p/ MPOG e ENAP Resolução da Prova Prof Marcos Piñon Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 7 Resolução da Prova de Raciocínio Lógico do MPOG/ENAP de 2015, aplicada em 30/08/2015. Considerando a proposição P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”, julgue os itens a seguir. 43 A proposição “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que desejar” é logicamente equivalente à proposição P. Solução: Começamos passando a proposição P para a linguagem simbólica: P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar” p: João se esforça o bastante q: João consegue o que deseja P: p → q Agora, passamos a proposição do enunciado para a linguagem simbólica (vou chamá-la de “Q”): Q: “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que desejar” p: João se esforça o bastante q: João consegue o que deseja Q: ~p v q Por fim, podemos montar a tabela-verdade para checar se as duas proposições são equivalentes: p q ~p p → q ~p v q V V F V V V F F F F F V V V V F F V V V Portanto, concluímos que as duas proposições são equivalentes. Item correto.
  • 2. Raciocínio Lógico p/ MPOG e ENAP Resolução da Prova Prof Marcos Piñon Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 7 44 A proposição “Se João não conseguiu o que desejava, então João não se esforçou o bastante” é logicamente equivalente à proposição P. Solução: Mais uma que questão que propõe uma proposição equivalente à P. Assim, temos: P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar” p: João se esforça o bastante q: João consegue o que deseja P: p → q Agora, passamos a proposição do enunciado para a linguagem simbólica (vou chamá-la de “R”): R: “Se João não conseguiu o que desejava, então João não se esforçou o bastante” p: João se esforça o bastante q: João consegue o que deseja Q: ~q → ~p Por fim, podemos montar a tabela-verdade para checar se as duas proposições são equivalentes: p q ~p ~q p → q ~q → ~p V V F F V V V F F V F F F V V F V V F F V V V V Portanto, concluímos que as duas proposições são equivalentes. Item correto. 45 Se a proposição “João desejava ir à Lua, mas não conseguiu” for verdadeira, então a proposição P será necessariamente falsa. Solução: Bom, a única relação entre a proposição desse enunciado e a proposição P, é que ficamos sabendo que João desejava algo (ir à Lua), e não conseguiu. Ora, nada foi dito sobre ele ter se esforçado ou não para conseguir ir à lua. Para a
  • 3. Raciocínio Lógico p/ MPOG e ENAP Resolução da Prova Prof Marcos Piñon Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 7 proposição P ser falsa, necessariamente João deveria se esforçar bastante e não conseguir o que desejava, mas não temos informação sobre seu esforço, o que faz com que não possamos afirmar que a proposição P será necessariamente falsa. Item errado. 46 A negação da proposição P pode ser corretamente expressa por “João não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que desejava”. Solução: Agora, queremos a negação da proposição P. Como a proposição P é uma condicional do tipo p → q, sua negação é dada por p ∧ ~q. Porém, a proposição sugerida do enunciado não representa p ∧ ~q, mas sim ~p ∧ q, o que faz com que ela não possa ser considerada negação para P: “João não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que desejava” p: João se esforça o bastante q: João consegue o que deseja ~p ∧ q: João não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que desejava Item errado. A partir dos argumentos apresentados pelo personagem Calvin na tirinha acima mostrada, julgue os seguintes itens. 47 Considerando o sentido da proposição “Os ignorantes é que são felizes”, utilizada por Calvin no segundo quadrinho, é correto afirmar que a negação dessa proposição pode ser expressa por “Não só os ignorantes são felizes”. Solução:
  • 4. Raciocínio Lógico p/ MPOG e ENAP Resolução da Prova Prof Marcos Piñon Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 7 Nessa questão, devemos interpretar a frase “Os ignorantes é que são felizes”, como sendo uma afirmação de que para ser feliz é preciso ser ignorante, ou seja, todo mundo que é feliz é ignorante. Assim, para negar essa proposição (vou chamá-la de “P”), temos: P: Todo feliz é ignorante ~P: Algum feliz não é ignorante Com isso, podemos dizer que “Algum feliz não é ignorante” expressa o mesmo sentido de “Não só os ignorantes são felizes”, tornando o enunciado correto. Item correto. 48 Considere que o argumento enunciado por Calvin na tirinha seja representado na forma: “P: Se for ignorante, serei feliz; Q: Se assistir à aula, não serei ignorante; R: Serei feliz; S: Logo, não assistirei à aula”, em que P, Q e R sejam as premissas e S seja a conclusão, é correto afirmar que essa representação constitui um argumento válido. Solução: Nessa questão, vamos organizar o argumento: Premissas P: Se for ignorante, serei feliz Q: Se assistir à aula, não serei ignorante R: Serei feliz Conclusão S: Logo, não assistirei à aula Assim, batizando as proposições, temos: p: Ser ignorante q: Ser feliz r: Assistir à aula Premissas P: p → q Q: r → ~p R: q Conclusão S: ~r Argumento: [(p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (q)] ⇒ (~r)
  • 5. Raciocínio Lógico p/ MPOG e ENAP Resolução da Prova Prof Marcos Piñon Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 7 Para a análise desse argumento, temos várias opções. Vou escolher o método do teste da conclusão falsa. Se for possível a conclusão ser falsa e o conjunto de premissas ser verdadeiro ao mesmo tempo, o argumento será inválido. Se isso não for possível, o argumento será válido. Vamos lá: Para a conclusão “~r” ser falsa, é necessário que o “r” seja verdadeiro. Assim, vamos testar se é possível o conjunto de premissas ser verdadeiro para “r” verdadeiro: (p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (q) (p → q) ∧ (V → ~p) ∧ (q) Aqui, concluímos que “~p” deve ser verdadeiro, ou seja, “p” deve ser falso para que a segunda premissa seja verdadeira: (p → q) ∧ (V → ~p) ∧ (q) (F → q) ∧ (V → ~F) ∧ (q) (F → q) ∧ (V → V) ∧ (q) (F → q) ∧ (V) ∧ (q) Por fim, concluímos que o “q” pode assumir qualquer valor lógico para que a primeira premissa seja verdadeira, mas deve ser verdadeiro para que a terceira premissa seja verdadeira. Assim, para “q” verdadeiro, temos: (F → q) ∧ (V) ∧ (q) (F → V) ∧ (V) ∧ (V) (V) ∧ (V) ∧ (V) Portanto, para “p” falso, “q” verdadeiro e “r” verdadeiro, teremos o conjunto de premissas verdadeiro e a conclusão falsa, o que caracteriza um argumento inválido. Item errado. Determinado órgão público é composto por uma diretoria geral e quatro secretarias; cada secretaria é formada por três diretorias; cada diretoria tem quatro coordenações; cada coordenação é constituída por cinco divisões, com um chefe e sete funcionários subalternos em cada divisão. A respeito
  • 6. Raciocínio Lógico p/ MPOG e ENAP Resolução da Prova Prof Marcos Piñon Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 7 desse órgão público, julgue os itens seguintes, sabendo que cada executivo e cada funcionário subalterno só pode ocupar um cargo nesse órgão. 49 O referido órgão possui mais de 2.000 servidores. Solução: Nessa questão, temos o seguinte: Diretoria Geral: 1 Secretarias: 4 Diretorias: 4 × 3 = 12 Coordenações: 12 × 4 = 48 Divisões: 48 × 5 = 240 Bom, até aqui tudo bem. Agora, devemos encontrar o total de servidores desse órgão. O problema é que só temos a informação da quantidade de funcionários das divisões, e não temos nenhuma informação sobre quantos funcionários estão ligados diretamente a cada coordenação, diretoria, secretaria, etc. Entendo que essa falta de informação é suficiente para que essa questão seja anulada. De qualquer forma, o raciocínio que o CESPE esperava que tivéssemos é de que cada unidade citada acima possuía apenas um servidor ligado diretamente. Assim, o total de servidores seria o seguinte: Diretoria Geral: 1 × 1 = 1 servidor Secretarias: 4 × 1 = 4 servidores Diretorias: 12 × 1 = 12 servidores Coordenações: 48 × 1 = 48 servidores Divisões: 240 × 8 = 1.920 servidores Total = 1 + 4 + 12 + 48 + 1.920 = 1.985 servidores Item errado. 50 Se, entre onze servidores previamente selecionados, forem escolhidos: sete para compor determinada divisão, um para chefiar essa divisão, um para a chefia da coordenação correspondente, um para a diretoria e um para a secretaria, haverá menos de 8.000 maneiras distintas de se fazer essas escolhas.
  • 7. Raciocínio Lógico p/ MPOG e ENAP Resolução da Prova Prof Marcos Piñon Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 7 Solução: Aqui, teremos 11 pessoas para ocuparem 11 cargos, sendo 4 cargos distintos entre si e mais 7 cargos iguais. Para os 4 cargos distintos, fazemos o arranjo das 11 pessoas 4 a 4: A11,4 = )!411( !11 − = !7 !7.8.9.10.11 = 11 × 10 × 9 × 8 = 7.920 Por fim, para os 7 cargos iguais restantes, teremos apenas 7 pessoas disponíveis, pois já usamos 4 pessoas para preencher os cargos distintos. Aqui o cálculo seria a combinação das 7 pessoas 7 a 7, o que resulta em 1. Assim, o total de maneiras é igual a 7.920. Item correto.