O livro Admirável Mundo Novo descreve uma sociedade futura onde a felicidade é alcançada através do consumo da droga "soma", removendo dúvidas e inseguranças. Hoje, alguns procuram a felicidade em drogas que acalmam, estimulam ou desorganizam a mente, ignorando que a felicidade verdadeira vem de relacionamentos e atividades saudáveis, não de pílulas. Embora antidepressivos possam ajudar em doenças mentais, eles não tornam pessoas normais mais felizes ou são uma sol
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
A droga da felicidade: o engano da busca rápida
1. A droga da felicidade
O livro Admirável Mundo Novo escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932 narra um hipotético
futuro em que as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas
psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade
organizada por castas.
O futuro criado por Huxley
A sociedade de esse “futuro” criado por Huxley não possui a ética religiosa e valores morais que
regem a sociedade atual. Qualquer dúvida e insegurança dos cidadãos era dissipada com o
consumo da droga sem efeitos colaterais aparentes chamada “soma”.
Há uma tendência em todo organismo vivo, a regular-se pelo princípio do prazer que conduz à
busca de uma satisfação imediata. A felicidade é um conceito subjetivo relativo à nossa condição
humana. O homem se sente isolado e ludibriado por um sonho de consumo onde o objeto torna-se
um bem supremo tentando suprir uma falta que é estrutural e inerente a todo ser vivente. Nada,
nenhum objeto pode completar–nos.
A busca da felicidade através de caminhos errados
A busca da felicidade através das drogas é consequência deste engano: tentando aliviar-se de seus
sintomas, pessoas buscam cada vez mais caminhos fáceis e rápidos. Numa sociedade cada vez
mais individualista e competitiva, onde a comunicação está a cargo dos aparelhos de televisão e
dos computadores, torna-se difícil para um jovem não cair vítima da ilusão de que a felicidade pode
ser comprada.
Hoje existem drogas que acalmam e porque acalmam seriam propostas de felicidade para quem
precisa de paz. Tem outras que propõem momentos de excitação e isso seria o caminho da
felicidade para os que desejam ter ânimo.
E, outras que desorganizam ou desestruturam a mente, pois fugir da realidade seria uma forma de
encontrar a felicidade. Sair da real. Uma delas foi até rotulada de a droga da felicidade. Prozac,
quimicamente designado como fluoxetina. Os antidepressivos viraram uma válvula de escape
acessível, que traz uma aparente sensação de preenchimento de forma rápida e eficaz. Por que
com a droga procura-se a felicidade?
A felicidade existe?
Pílulas da felicidade não existem, mas a inclusão de ações simples no dia a dia são fundamentais
para a saúde mental e proporcionam melhor qualidade de vida, como atividade física regular,
alimentação equilibrada, relacionamentos sólidos com familiares e amigos, vida sexual saudável e
até mesmo grupos religiosos constituem importantes estratégias para a promoção da saúde mental.
Ao contrário do que muita gente pensa, a felicidade momentânea não é vendida na farmácia mais
2. próxima.
Antidepressivo não é a solução
Os antidepressivos, erroneamente utilizados por algumas pessoas como calmantes, reguladores
do sono ou inibidores da angústia e da ansiedade, são medicações que atuam nos transtornos
depressivos e, por este motivo, devem ser tomados apenas sobre prescrição e acompanhamento
médico.
Os antidepressivos agem no cérebro aumentando a disposição de substâncias chamadas
neurotransmissores. O aumento destas substâncias promove uma série de eventos químicos
dentro das células nervosas, que se traduzem na melhora dos sintomas e sinais da síndrome
depressiva.
Os especialistas são enfáticos: não existe hormônio da felicidade. O que existe são os
neurotransmissores funcionando adequadamente. Eles proporcionam a sensação de bem-estar
que se convencionou chamar de felicidade. Os medicamentos antidepressivos funcionam em
pessoas com doenças psiquiátricas. Não melhoram o humor ou tornam indivíduos normais mais
felizes.
Se nos limitamos a tomar o medicamento e não nos mobilizamos em direção a fazer as alterações
que a vida está pedindo, ao pararmos a medicação, tudo tende voltar à estaca zero.