3. O relevo terrestre pode ser definido
como o conjunto das formas da
crosta terrestre.
Ele é resultado da ação de agentes
endógenos (internos): vulcanismo
e tectonismo e agentes exógenos
(externos): intemperismo e a
antropocidade (ação humana).
Sendo o relevo o resultado da ação
interna e externa, este se encontra
sempre em estado de mudanças,
já que estas ações ocorrem
freqüentemente.
4. PROCESSOS ENDÓGENOS NA
FORMAÇÃO DO RELEVO
O relevo, além de ser modelado por
diversos agentes sofre a ação das
forças endógenas, estas podem ser
ativas e passivas comandando a
formação do relevo através do
condicionamento estrutural, tais
como terremotos que são anomalias
modelando o relevo, vulcanismo,
falhamentos e dobras.
A força ativa é comandada pela
energia do interior da Terra, ela se
manifesta pela dinâmica da litosfera
através da tectônica de placas, essa
força provoca o soerguimento dos
continentes (epirogenia) e
dobramentos nas bordas dos
continentes (orogenia).
5. Nos processos de soerguimento da
crosta terrestre ou dobramento da
borda dos continentes, os blocos
rochosos fraturam-se e deslocam-
se remodelando o relevo
resultando nas “falhas tectônicas”.
A força endógena passiva,
compreendida pelos diferentes
tipos de rochas no relevo como as
metamórficas, sedimentares e
magmáticas, ela oferece
resistência ao desgaste erosivo.
( Figuras 01 e 02).
6. Figura 01: Proce ssos endógenos da formação do relevo
Figura 02: Proce ssos endógenos da formação do relevo
7. OS PROCESSOS EXÓGENOS DA
FORMAÇÃO E ESCULTURAÇÃO DO
RELEVO
Os processos exógenos são movidos
pelo calor solar, que atua na superfície
da crosta continental através da
atmosfera.
Esses processos agem sobre a estrutura
das rochas e são responsáveis pela
esculturação do relevo.
Os processos exógenos são bem
complexos, as rochas são moldadas pela
ação do ar, da temperatura e da água em
todos os seus estados, sólido, líquido e
gasoso.
8. A meteorização física das rochas se
efetua através da fragmentação
progressiva das rochas que estão
mais expostas à superfície e à ação
dos agentes atmosféricos.
O principal agente do intemperismo
químico é a água da chuva, que infiltra
e percola as rochas. A composição
química da água em contato com a
atmosfera adquire caráter ácido.
O intemperismo químico origina-se da
decomposição das rochas, mudando a
sua composição, como acontece
quando a água da chuva dissolve
alguns minerais das rochas.(Figuras
03, 04 e 05).
12. O VULCANISMO
Os vulcões originam-se numa profundidade de
aproximadamente 30 a 90 Km da crosta terrestre,
na qual existem lagos de rochas fundidas.
O magma está sobre enorme pressão, pois, está
circundado por rochas sólidas, estas que por sua
vez, sujeitas a movimentação.
Podem abrir fissuras e através dessas fissuras
diminuir pressão na bolsa magmática deixando o
magma mais fluido fazendo com que penetre
nessas fissuras ou também abra caminho por
pontos em que as rochas são mais frágeis e chegue
a superfície, ou seja, ocorrera o surgimento de um
vulcão.
O canal aberto para a passagem do magma chama-se
chaminé e o local de saída chama-se cratera.
A lava e outros detritos são expelidos pelos vulcões e
vão formando o cone vulcânico. (Figura 06).
13. Além da lava os vulcões podem expelir gases que contém substâncias tóxicas. A
partir da solidificação do magma na superfície terrestre que se cria ou modela o
relevo.
14. O HOMEM COMO AGENTE
TRANSFORMADOR DA
SUPERFÍCIE TERRESTRE
A natureza foi posta a serviço do homem
para atender as exigências do
capitalismo.
Aqui, trataremos especificamente das
transformações ocorridas no relevo a
partir das ações do homem.
Ação indireta
Um exemplo disso é a Serra do Mar,
onde os poluentes emitidos no ar,
principalmente pelas indústrias da cidade
de Cubatão-SP, provocam chuvas ácidas
e esta acaba com a cobertura vegetal da
Mata Atlântica local. (Figura 07)
16. O mesmo pode ocorrer devido ao
desmatamento realizado pelo homem para a
extração de madeiras, ou para o cultivo
agrícola entre outras práticas.
Ação direta
O homem altera diretamente a forma do relevo ao abrir
estradas, escavar túneis, construções de barragens de
rios para usinas hidrelétricas, aterros para construções
civis, escavações para atividades de extração mineral
etc.
Como exemplo de extração mineral pode-se observar a
prática do garimpo na Serra Pelada.
Outro exemplo lamentável desta agressão à
natureza é o Pico do Cauê em Minas Gerais, uma
enorme montanha de ferro que sumiu da paisagem
em 30 anos de exploração intensiva entre outros.
Dessa forma, o homem está sempre (re)construindo o
espaço social podendo ser considerado o principal
agente externo na transformação do relevo.
17. RELEVO SUBMARINO
PLATAFORMA CONTINENTAL: é a estrutura
geológica continental abaixo do nível do mar, onde
aparecem as ilhas costeiras, de origem vulcânica ou
tectônica.
TALUDE: é o fim do continente, onde há o encontro
da crosta continental com a crosta oceânica,
chegam a atingir três mil metros.
REGIÃO ABISSAL: aparecem abaixo do talude, em
zona de encontro de placas tectônicas, são
encontrados nos maiores oceanos se estendendo
desde a borda do talude até a Cordilheira Meso-
Oceânica, geralmente entre dois e cinco mil metros
de profundidade.
REGIÃO PELÁGICA: é o relevo submarino onde
encontramos depressões, montanhas tectônicas
e vulcanismo, nessa região aparecem às ilhas
oceânicas, pode atingir a seis mil metros.
19. AS FORMAS DO RELEVO
BRASILEIRO
O território brasileiro, de modo
geral, é constituído de
estruturas geológicas muito
antigas, mas as formas de
relevo são recentes devido ao
intemperismo químico e a
ação antrópica.
20. Com o exposto acima, pode-se concluir que, o relevo tanto da superfície terrestre
quanto do fundo dos oceanos, é resultado da relação entre os processos
endógenos e exógenos e da ação humana.
22. Geologia estrutural - caracteriza em
arranjos regionais o relevo,
considerando-se a multiplicidade
dos tipos de feições locais. Os tipos
básicos de relevo são as
montanhas, que podem ser de
modesta altitude e isoladas, quando
recebem o nome de colina, morros,
ou agrupadas e em maior altitude,
constituindo as serras, cordilheiras,
maciços, ou chapadas, os
planaltos, as planícies. Ocorre a
observação da natureza da rocha e
o que a constitui.
23. Dobramento
Reologia – é a ciência que
estuda o comportamento dos
materiais quando submetidos à
ação de esforços.
As deformações dependem
das condições de temperatura
e pressão e podem ser de
caráter rúptil (ocorre no
domínio superficial) ou dúctil
(domínio profundo).
24. Dobramento
As dobras são deformações dúcteis
que afetam corpos rochosos da
crosta terrestre, sendo sua
formação associada a estrutura
planar pré-existente .
As dobras podem ser atectônicas
(dinâmica externa) e tectônicas
(dinâmica interna).
As dobras tectônicas são formadas
por dois mecanismos : flambagem e
cisalhamento.
29. Falhamentos
As falhas resultam da deformação
rúptil nas rochas da crosta terrestre.
Apresentam superfície descontinua,
com deslocamentos de poucos cm
até km.
As falhas podem ser do tipo: normal,
inversa ou transcorrente.
30. Falhamentos
O relevo oriundo de falha é, em
geral, bem estruturado.
Promovem reajuste regional da
drenagem resultando em padrões
retangulares e em treliça.
Falhas normais associam-se com a
formação de grabens (blocos
rebaixados) e horsts (blocos
elevados).Ex: grabens do Paraíba
do Sul (São Paulo), Recôncavo
(Bahia).
32. Falha
transcorrente
de San Andreas
- Califórnia
Virginia
33. Tectônica de Placas
Surgiu no início do século XX com Alfred
Wegener.
As placas tectônicas são de natureza
continental ou oceânica.
39. O clima exerce influências diretas e
indiretas sobre a morfogênese do
relevo terrestre.
A mudança climática nas paisagens
modifica a força e a potencialidade
dos processos erosivos.
Geomorfologia climática – trata das
influências exercidas pelos fatores
climáticos sobre o relevo
examinando-se o processo de
formação dos tipos de relevo, dentro
dos sistemas morfogenéticos de
relevo, que exercem na sua ação
modificadora sobre a paisagem
originando os relevos glaciais, os
relevos áridos (conseqüentes da
falta de chuva, onde com freqüência
o vento tem papel ativo no trabalho
de erosão), relevos temperados,
relevos tropicais, etc.
40. Relevo glacial
Típico de zonas frias onde o principal
agente é a erosão glacial na formação do
modelado