L A B O R A T Ó R I O M U L T I D I S C I P L I N A R
C U R S O D E O D O N T O L O G I A
9 º P E R Í O D O
P R O F E S S O R A G I O V A N N A S E V E R I N O J A I M E
MATERIAIS DE MOLDAGEM
MOLDAGEM
Os materiais de moldagem são usados há muitos
anos na odontologia, possuem o objetivo de ajudar
no tratamento, permitindo uma maior visibilidade
da arcada dentária do paciente
É um procedimento clínico que tem por objetivo
reproduzir o arco dental do paciente, em parte ou
totalmente, com a máxima finalidade em relação aos
detalhes das superfícies dentais e seus tecidos
conexos
MOLDAGEM
A moldagem é um procedimento muito comum nos
consultórios e a confecção do modelo é um dos
elementos fundamentais
Análise tridimensional da oclusão e da boca do
paciente e fonte de registro legal
LINHA DO TEMPO DA MOLDAGEM
TEMPO DE MANIPULAÇÃO
Tempo decorrido desde o início da mistura do material até que o
mesmo esteja na consistência ideal para ser inserido na moldeira
TEMPO DE TRABALHO
Tempo total desde o início da mistura do material até o momento em
que a moldeira pode ser posicionada sem que aja distorção do
material
TEMPO DE PRESA
Tempo decorrido desde o início da mistura do material até que o
mesmo se torne rígido o bastante para resistir à deformação
permanente
CONCEITOS
Moldagem: é o ato de imprimir em negativo as estruturas
bucais
Moldeira: é o recipiente onde vai ser colocado o material
de moldagem
Tempo de manipulação: é o tempo completo de mistura
do material até ele ser levado a boca do paciente.
Molde: é a impressão em negativo das estruturas bucais
(em maioria de alginato)
CONCEITOS
Tempo de presa: é quando o material está
completamente duro e pode ser retirado da boca do
paciente, sem sofrer distorção ou fratura
Modelo: é a reprodução em positivo das estruturais
bucais (em gesso)
Modelo de trabalho: modelo para a confecção para
prótese ou outro tipo de tratamento
Modelo de estudo: modelo tirado para fins de estudo
REQUISITOS PARA O MATERIAL DE
MOLDAGEM
Fluidos para se adaptarem aos tecidos orais
Viscosos para se manter na moldeira
Capazes de se transformar em um sólido borrachóide
ou rígido na boca em um tempo razoável
Resistentes á distorção ou ao rasgamento
Dimensões estáveis
Biocompatíveis
Bom custo-benefício
ELÁSTICOS ANELÁSTICOS
Material flexível
Pode ser deformado
Retornando á sua
forma quando a tensão
for eliminada
Ágar
Alginato
Elastômeros
Material rígido
Altamente resistente á
flexão
Sofre fratura
repentinamente sob
tensão
Pasta zincoenólica (ZOE)
Gesso
Godiva
PROPRIEDADES MECÂNICAS
QUÍMICA FÍSICA
Irreversível: reações
químicas ocorreram
Material não pode retornar
ao estado prévio
São a maioria dos materiais
Alginato
Pasta de moldagem OZE
Gesso para moldagem
Materiais de moldagem
elastoméricos
Reversível
Amolecem quando
aquecidos e se
solidificam levemente
acima da temperatura
corpórea sem que
ocorra reação química
Ágar
Godiva
MECANISMO DE PRESA
HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL (ALGINATO)
Composto por um pó contendo alginato de potássio
que quando misturado com água sofre um processo
de geleificação
É de fácil manipulação
Baixo custo
HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL (ALGINATO)
Hidrofílico
Bom para moldagem de mucosas
Baixa fidelidade de reprodução
Baixa estabilidade dimensional
Não se utiliza alginato para moldar preparos.
HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL (ALGINATO)
TEMPO DE TRABALHO E PRESA:
PRESA REGULAR (TIPO 2)
Tempo de trabalho – 3 a 4 minutos
Tempo de presa – 6 a 7 minutos
PRESA RÁPIDA (TIPO 1)
Tempo de trabalho – 1 a 2 minutos
Tempo de presa – 3 a 5 minutos
HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL (ALGINATO)
MANIPULAÇÃO
1. Com os materiais necessários, coloque primeiro a água
e depois o pó (para que todas as partículas de pó
entrem em contato com a água)
2. A espatulação precisa ser vigorosa, com um movimento
simulando um 8
3. As partículas precisam ser amassadas nas paredes do
pote
TEMPO DE ESPATULAÇÃO: 45 segundos a 1min.
GODIVA
Material de moldagem anelástico
Quantidade insignificante de deformação elástica quando
submetida ao dobramento ou a tensões de tração
Material termoplástico (tem mecanismo de presa
‘endurecimento’ reversível, portanto endurece com a
variação da temperatura)
Apresentado na forma de lâminas e bastões
GODIVA
Muito utilizado em pacientes edêntulos
Vai morna na boca do paciente
A presa da godiva é térmica, não acontece reações
químicas e o material deve ser aquecido e irá tomar
presa na boca do paciente
GODIVA
UTILIZAÇÃO:
Molde primário: molde dos tecidos moles com a placa-base
Molde secundário: utilizado como moldeira para receber uma
camada fina do segundo material de moldagem, que será
colocado contra os tecidos
Ajustar as bordas de uma moldeira individual em acrílico
Placa-base: moldagem preliminar e moldeiras individuais
Em bastão: selamento periférico da moldagem funcional
Plastificadas pela ação do calor
Longo tempo para resfriar ou aquecer totalmente
PASTA DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL (OZE)
Utilizados para pacientes edêntulas
Utilizados para cicatrização para a ferida cirúrgica
(cimento cirúrgico)
Reembasamento provisório de próteses totais
Eugenol gera ardência em contato com os tecidos moles
Material anelástico
PASTA DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL (OZE)
COMPOSIÇÃO
PASTA BASE
Óxido de Zinco e óleo vegetal ou mineral (plastificante)
CATALIZADOR
Eugenol, breu, solução aceleradora e corante
A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE A PASTA OZE E A GODIVA
É O GRAU COM QUE ESSES MATERIAIS COMPRIMEM A
MUCOSA.
A GODIVA COMPRIME MAIS, LOGO, CAUSA MAIS
DESCONFORTO AO PACIENTE!
PASTA DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL (OZE)
MANIPULAÇÃO
Mistura das duas pastas:
papel impermeável e placa de vidro
Proporção:
partes iguais de pasta
Tempo de espatulação: 1 min
Tempo de presa: 10 a 15 min
Estabilidade dimensional:
satisfatória
Distorção:
remoção prematura da boca; excesso de escoamento; confecção do
modelo após uma hora
ELASTÔMEROS
Materiais de moldagem poliméricos sintéticos
Mecanismo de presa:
Irreversível
Material elástico
Pasta base e pasta catalisadora
Quimicamente existem 3 tipos:
1. Polissulfeto
2. Silicone (por condensação e por adição)
3. Poliéter
POLISSULFETO
Cor marrom característica (dióxido de chumbo)
Proporção correta:
Comprimentos iguais de cada pasta
Presa final:
Material com elasticidade e resistência adequadas
Condições quente e úmidas aceleram a presa
Pode vazar repetidas vezes
POLISSULFETO
VANTAGENS
• Alta resistência ao
rasgamento
• Excelente elasticidade
• Radiopacidade
• Baixo custo
DESVANTAGENS
• Odor desagradável
• Sensibilidade à
temperatura/umidade
• Vazamento após 1 hora
SILICONE POR CONDENSAÇÃO
Pasta-base e um liquido catalizador de baixa
viscosidade
O álcool etílico é um subproduto da reação de
condensação
Sua posterior evaporação é responsável por grande
parte da contração que acontece no molde após a
presa
SILICONE POR CONDENSAÇÃO
Elastômero padrão para o uso na odontologia
Pode ser apresentado com consistência de
viscosidades diferentes – possuem substâncias
diferenciadas em sua composição dependendo da
viscosidade
SILICONE POR CONDENSAÇÃO
FORMA DE APRESENTAÇÃO
MASSA PESADA
Poli-dimetilsiloxano, ortoalquisliato (agente de carga)
Mais agente de carga que pasta base
PASTA CATALISADORA
Octoato de estanho
Espessante
PASTA BASE
Poli-dimetilsiloxano, ortoalquisliato
Agente de carga
SILICONE POR CONDENSAÇÃO
REAÇÃO QUÍMICA
POLI-DIMETILSILOXANO
+
OCTOATO DE ESTANHO
=
SILICONE BORRACHÓIDE + ÁLCOOL ETÍLICO (subproduto)
SILICONE POR ADIÇÃO
Polimerização por adição
Gás hidrogênio formado:
Porosidades dos modelos de gesso vazado logo após a remoção
do molde da boca
Recomenda-se aguardar 1 hora para vazar
Natureza inerentemente hidrofóbica
Substitutos do alginato por conta de modelos mais
precisos com reprodução de detalhes e com melhor
estabilidade dimensional
Luvas de látex podem interferir na presa do material
SILICONE POR ADIÇÃO
FORMA DE APRESENTAÇÃO
PASTA BASE
Poli-dimetil-hidrogênio-siloxano (agente de carga)
PASTA CATALISADORA
Sal de platina, divinil polidimetilsiloxano (agente de carga)
SILICONE POR ADIÇÃO
NÃO UTILIZAR LUVA DE LÁTEX PARA
MANIPULAÇÃO PARA NÃO PROVOCAR
DISTORÇÃO NO MATERIAL
SILICONE POR ADIÇÃO
TEMPO DE TRABALHO minutos
TEMPO DE PRESA minutos
VAZAMENTO DO GESSO Pelo menos 1h até 7 dias
SILICONE POR ADIÇÃO
VANTAGENS
• Excelente
estabilidade
dimensional
• Excelente
resistência ao
rasgamento
• Vazamento em
até 7 dias
DESVANTAGENS
• Hidrofóbico
• Sensibilidade ao
ditiocarbamato
(látex e alguns
adstringentes)
• Liberação de gás
hidrogênio
(causa bolha)
POLIÉTER
Pasta-base e pasta aceleradora
Grupo de materiais mais hidrofílico
Confecção de modelos e troquéis de gesso
ELASTÔMEROS PODEM REPRODUZIR DETALHES EM
GRAUS MUITO FINOS, MAS QUANDO O GESSO É VAZADO
NEM SEMPRE ESSES DETALHES SÃO REPRODUZIDOS
POLIÉTER
FORMA DE APRESENTAÇÃO
PASTA BASE
Polímero de poliéster, sílica coloidal (agente de carga)
Éter glicólico ou ftalato (plastificante)
PASTA CATALISADORA
Sulfonato alquilico aromático, sílica coloidal (agente de carga)
Éter glicólico ou ftalato (plastificante)