O documento discute a importância de uma alimentação equilibrada e saudável, incluindo os principais grupos de alimentos, nutrientes, hábitos alimentares, doenças causadas por desequilíbrios alimentares e transtornos como a anorexia e a bulimia.
Alimentação equilibrada e saudável na Escola Secundária Pinheiro e Rosa
1. Escola Secundária Pinheiro e Rosa
Trabalho realizado por:
Dânia Ramos nº8
Daniela Sofia nº9
Victoria Ziriy nº33
2. Introdução
O organismo humano tende a encontrar um equilíbrio natural que resulta
da interacção sadia dos diferentes sistemas. Esta harmonia depende,
igualmente, de factores hereditários que, por vezes, podem comprometer o
correcto funcionamento do corpo humano. No entanto, alguns destes
desequilíbrios podem ser solucionados através dos conhecimentos que o Homem
tem vindo a adquirir, nomeadamente, no campo da Medicina e da Tecnologia.
Apesar da esperança de vida ter vindo a aumentar, a vida
moderna pode constituir uma ameaça à nossa longevidade e qualidade de vida,
devido a stress, tendência para uma superalimentação, falta de exercício físico,
e, até, hábitos sociais nocivos, como o tabagismo, o alcoolismo e as drogas.
3. Comportamentos alimentares
Uma alimentação equilibrada é um dos factores que mais contribuem para uma
boa qualidade de vida. Ela deve assegurar:
•A cobertura das necessidades energéticas;
•O fornecimento de materiais que permitam garantir o crescimento e a
manutenção da integridade do organismo.
Para que a escolha dos alimentos satisfaça todas as necessidades do organismo,
é importante conhecer a sua composição, bem como a função fundamental dos
seus nutrientes.
As necessidades energéticas de um adulto sedentário, cerca de 2600 kcal,
podem ser cobertas por qualquer um dos seguintes grupos de substancias
orgânicas: prótidos, lípidos e glícidos. Todos estes compostos contem uma certa
quantidade de energia potencial. Contudo, para gozar de boa saúde, não é
suficiente satisfazer apenas as necessidades energéticas do organismo. É
preciso fornecer uma grande parte diversidade de substâncias, mesmo que
algumas dessas substâncias sejam necessárias em quantidades mínimas. Assim,
numa alimentação correcta devem estar presentes compostos orgânicos -
prótidos, lípidos, glícidos e vitaminas - e compostos minerais - água e sais
minerais em quantidades adequadas, pois cada uma dessas substâncias
desempenha funções específicas.
Alimentação suficiente e equilibrada
Uma alimentação saudável é indispensável para a conservação da saúde.
Por isso, a alimentação fornecida ao organismo deve ser suficiente e
equilibrada.
As necessidades do organismo variam de pessoa para pessoa, com idade,
o sexo, o estado de saúde, o clima da região onde vive, a sua actividade.
Quando o organismo não recebe alimentos em quantidade suficiente fica
doente, ou seja, não cresce, não se desenvolve correctamente, não cria defesas
para resistir a doenças que o possam atacar e envelhece antes do tempo.
A alimentação em excesso é tão perigosa para a saúde como uma
alimentação insuficiente. Este é um aspecto muito importante que, por vezes,
é esquecido. Portanto, comer bem não significa comer muito.
Uma alimentação equilibrada é aquela que contém todos os nutrientes
necessários para a actividade diária do organismo, sejam eles energéticos,
plásticos ou reguladores, nas proporções adequadas.
Roda dos alimentos
Os alimentos reúnem-se em grupos, de acordo com a sua composição e
para estarmos bem alimentados, é necessário ingerir alimentos de todos esses
grupos. No entanto, a quantidade de alimentos que devemos comer de cada um
dos grupos não é a mesma.
4. A roda dos alimentos pode ajudar-nos a comer melhor e a combinar os
alimentos de modo a termos uma alimentação equilibrada e completa, ou seja,
uma alimentação racional. A roda dos alimentos caracteriza-se por:
• Tem cinco sectores ou grupos
• Todos os sectores terem áreas diferentes
• Cada sector ter alimentos ricos no mesmo nutriente
• A área de cada sector estar relacionada com a quantidade de alimentos
que devem ser ingeridos diariamente, assim o sector com maior área
indica os alimentos que devemos comer em maior quantidade
• Conter água pois ela faz parte de todos os alimentos
• Não conter açúcar nem álcool pois estes fazem mal à saúde funcionando
como produtos tóxicos.
É fundamental o respeito pela roda dos alimentos, mas existem outros
factores que podem influenciar a qualidade da alimentação, tais como: o
número de refeições, o intervalo entre elas, a preparação dos alimentos
e a sua conservação.
Hábitos alimentares
Para comer bem é necessário criar hábitos alimentares.
Vejamos alguns:
• Fazer uma alimentação variada: Os diferentes grupos de alimentos têm
diferentes características. Devemos variar os alimentos de cada grupo
para recebermos todos os nutrientes necessários.
• Fazer um número correcto de refeições: A alimentação diária deve ser
distribuída por cinco refeições.
O pequeno-almoço é muito importante, porque se segue a um longo
período sem comer.
• Não passar mais de três horas sem comer: Os grandes intervalos entre as
refeições têm consequências graves, como por exemplo:
-Contribuem para perturbações digestivas.
-Diminuem o rendimento físico e intelectual.
-Favorecem a acumulação de gorduras.
• Aumento o consumo de leite: O leite é a fundamental para o crescimento
e fortalecimento dos ossos.
• Aumento o consumo de produtos hortícolas e frutas: Estes alimentos
contribuem para o crescimento e o normal funcionamento dos órgãos,
evitando o aparecimento de doenças do coração e do aparelho digestivo.
Preparação dos alimentos
Os alimentos podem ser ingeridos crus ou cozinhados. Em qualquer dos
casos,
5. na preparação dos alimentos para o consumo deve-se ter em atenção as
seguintes regras:
• Os alimentos que são ingeridos crus devem ser cuidadosamente lavados,
pois podem estar contaminados.
• O consumo de sumos e saladas deve ser imediato à sua preparação para
evitar perdas de vitaminas.
• Os alimentos devem ser bem cozinhados para eliminar possíveis
micróbios e parasitas.
• As formas mais saudáveis de cozinhar alimentos são os cozidos e os
grelhados.
• Deve-se usar a água de cozer os alimentos para sopas e molhos, evitando
as perdas de nutrientes que nela se desenvolvem.
• Deve-se evitar descascar certos alimentos para evitar perdas de
nutrientes.
Conservação dos alimentos
Os alimentos que não são para o consumo imediato, após a sua colheita
ou preparação, devem ser conservados, durante um período de tempo que é
limitado. São vários os processos de conservação de alimentos: congelação,
pasteurização, salga, adição de conservantes.
O melhor método para conservar alimentos durante mais tempo é
submete-los a uma baixa temperatura através da congelação. Outro processo é
a pasteurização, como, por exemplo, do leito, em que o alimento é submetido
a um aquecimento, seguindo de um arrefecimento brusco. Salgar consiste em
tratar os alimentos com sal como por exemplo, o bacalhau.
Os conservantes e os corantes são aditivos alimentares cuja função é,
respectivamente, evitar que os alimentos se estraguem e dar alimento
conservado um aspecto e sabor parecido ao que ele tem quando está fresco.
Transtornos alimentares
6. Os desequilíbrios alimentares resultam, frequentemente, de uma
incorrecta dieta alimentar em que prevalecem hábitos de excessos ou carências
que afectam o metabolismo e, por isso, comprometem o correcto
funcionamento do organismo.
Muitas pessoas no Mundo são vítimas de carências alimentares.
Os aminoácidos, que constituem as proteínas, são divididos em essenciais
e não essenciais. Esta classificação baseia-se na capacidade do nosso
organismo para os sintetizar ou não. Por exemplo, o ser humano não é
capaz de sintetizar alguns aminoácidos, como a fenilalanina e a leucina,
por isso, são classificados como essenciais. Estes aminoácidos apenas são
obtidos através dos alimentos. A sua falta na alimentação pode causar
diversas doenças, como o marasmo, que se traduz por uma magreza e
fraqueza extremas, aliadas a uma apatia profunda.
O escorbuto é uma inflamação grave das gengivas causada por carências
alimentares, nomeadamente, por falta de vitamina C. Na fase aguda da
doença, as hemorragias são abundantes e pode, em casos extremos,
conduzir à morte do indivíduo.
A carência de cálcio ou de vitamina D provoca o raquitismo, pois o cálcio
é indispensável à formação do esqueleto, a vitamina D é necessária à
fixação do cálcio no esqueleto durante o período de crescimento.
Existem diversos relatos de marinheiros que morreram de escorbuto na
época dos Descobrimentos. Segundo um relato da mesma época, um
marinheiro muito doente, devido ao escorbuto, foi abandonado num bote
em alto mar. Mas, o marinheiro conseguiu sobreviver e curar-se devido ao
facto de se ter alimentado das algas que cobriam o fundo do bote. Estas
eram ricas em vitamina C.
7. Enquanto a subalimentação constitui um dos problemas mais dramáticos
dos países subdesenvolvidos, a superalimentação não deixa de ser menos
preocupante nas sociedades industrializadas.
A obesidade é o maior problema de saúde da actualidade e atinge
indivíduos de todas as classes sociais, tem etiologia hereditária e constitui um
estado de má nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento dos
nutrientes, induzindo entre outros factores pelo excesso alimentar. O peso
excessivo causa problemas psicológicos, frustrações, infelicidade, além de uma
gama enorme de doenças lesivas. O aumento da obesidade está relacionado
com o sedentarismo, a disponibilidade actual de alimentos, erros alimentares e
pelo próprio ritmo desenfreado da vida actual.
Nos Estados Unidos, nada menos de 97 milhões de pessoas (35% da
população) estão acima do peso normal. E, destas, 39 milhões (14% da
população) pertencem à categoria dos obesos. O problema de forma alguma se
restringe aos países ricos.
Com todas as suas carências, o Brasil vai pelo mesmo caminho: 40% da
população (mais de 65 milhões de pessoas) está com excesso de peso e 10% dos
adultos (cerca de 10 milhões) são obesos. A tendência é mais acentuada entre
as mulheres (12% a 13%) do que entre os homens (7% a 8%). E, por incrível que
pareça, cresce mais rapidamente nos segmentos de menor poder económico.
8. Doenças de comportamento alimentar
Os desequilíbrios alimentares podem surgir, também,
devido a certas perturbações de carácter psíquico. Neste âmbito, incluímos as
perturbações do comportamento alimentar, que incidem, geralmente, na
adolescência. São exemplos destas perturbações, as doenças nervosas, como a
anorexia e a bulimia.
A anorexia nervosa é uma doença que se traduz na recusa em manter um
peso corporal normal, devido a uma percepção deformada em relação ao corpo.
As pessoas que sofrem esta perturbação julgam-se gordas, apesar de estarem
extremamente magras. A idade média para o aparecimento desta doença é de
17 anos e é mais frequente nas raparigas do que nos rapazes. O tratamento da
anorexia costuma ser demorado e difícil, e conduz, inevitavelmente, a
situações de anemia, depressão, perda do ciclo menstrual nas mulheres,
redução da massa muscular, osteoporose, infertilidade em casos crónicos.
A bulimia nervosa é uma doença que se caracteriza por um medo de
engordar e por episódios de grande voracidade alimentar, seguidos de
comportamentos inadequados, como o recurso ao vómito, o abuso de laxantes
(que aumentam a motilidade intestinal) e o exercício físico excessivo, para
compensarem os excessos alimentares.
Conclusão
9. As opções de vida saudáveis conduzem à preservação da saúde e bem-
estar do organismo. Embora o organismo possa ser considerado como um
sistema em equilíbrio, esse equilíbrio está dependente de nós. Deste modo, a
melhor forma de prevenção, para evitar comportamentos de risco, é ter
informações sobre os estilos de vida prejudiciais.