2. Pessoa ortónimo
Temas
O fingimento artístico
1. O poeta sente (sozinho, internamente).Dor
sentida.
2. O poeta comunica por palavras a sua dor,
quando não a sente . Dor fingida.
3. Cada leitor , no ato de leitura, recria uma dor
própria (fingida/intelectualizada) a partir da
fingida pelo poeta. A leitura é
ação/interpretação.
Poemas: Autopsicografia e Isto
3. Dor de pensar
• Quem pensa é consciente da:
• Brevidade da vida
• Irreversibilidade do tempo
Pensar é a única causa do sofrimento, por isso se
inveja quem não pensa. (gato e ceifeira)
Contudo, quem não pensa não é humano (“Não sei
ser triste a valer”), logo o pensamento/sofrimento é
inevitável.
4. Nostalgia da infância
• Fuga à dor de pensar.
• A infância é revisitada pela memória, como
tempo em que pensar não era inevitável, logo,
não havia sofrimento.
• “O melhor do mundo são as crianças”
• Na infância mítica do sujeito poético este era:
• Simples
• Natural
• Espontâneo
• Livre (sem deveres)
5. poemas
• Há quase um ano que não escrevo
• No entardecer da terra
• Ó sino da minha aldeia
• Não sei, ama, onde era
• A criança que fui chora na estrada
6. Pessoa ortónimo
Estilo
• Verso curto e tradicional (redondilhas).
• Estrofes breves e tradicionais (quadra,
quintilha).
• Rima (frequentemente cruzada, a mais
tradicional).
• Linguagem simples.
• Predomínio da metáfora.
• Encavalgamentos. (não tradicional)
7. Alberto Caeiro
a poesia das sensações
Sobreposição das sensações ao pensamento.
Ausência de tempo (nem passado nem futuro).
Recusa o pensamento (logo não sofre).
Privilégio da visão e audição.
POEMAS:
“O meu olhar é nítido como um girassol”
“Sou um guardador de rebanhos” (IX)
8. Alberto Caeiro
o poeta da natureza
• Único espaço da sua poesia.
• A Natureza não morre, renova-se, renasce.
(fim da angústia inerente à morte, passa a ser
renovação, transformação)
• A natureza tem as características da criança:
espontaneidade, simplicidade, naturalidade e
liberdade (ausência de deveres).
• O sujeito poético identifica-se com a Natureza.
10. Alberto Caeiro
Estilo
• Predominância de nomes concretos.
• Ausência de adjetivos que implicam valoração.
• Tom coloquial .
• Predomínio do Presente do Indicativo.
• Predomínio da coordenação (simples).
• Verso livre e branco.
• Predomínio da comparação (a mais simples
das figuras de estilo)
11. Ricardo Reis
Temáticas
• Epicurismo e estoicismo
• Tal como Caeiro, o Mestre, pretende não pensar e apenas usufruir da vida
na natureza, mas, para tal, baseia-se em filósofos gregos, particularmente
Epicuro, cuja doutrina aceita a brevidade da vida e a irreversibilidade do
tempo com um estoicismo resultante da racionalidade e disciplina que lhe
permitem uma felicidade relativa (jogadores de xadrez).
• Pretende que sejamos “crianças adultas”, encarando tudo como um jogo,
o que conduz à ataraxia. (sem amores, nem ódios, nem paixões que
levantem a voz).
• Se a passagem do tempo e a morte são inelutáveis é porque somos
escravos do destino e só podemos aceitá-lo.
• Devemos viver como a natureza, de forma natural, mas não espontânea.
12. Neopaganismo
• A Grécia antiga era um modelo de perfeição.
• “Só esta liberdade nos concedem/ os deuses”
• Pretende viver “imitando os deuses”.
• Sabe que é um escravo do fatum, do destino,
por isso, aceita-o como única forma de ser
relativamente livre.
• Aceita a ordem natural das coisas sem revolta.
13. Ricardo Reis
Estilo
• Tom didático e sentencioso (uso do imperativo
e presente do conjuntivo com valor exortativo).
• Alternância entre decassílabo e hexassílabo.
• Verso branco.
• Anástrofes e hipérbatos.
• Vocabulário erudito.
14. Álvaro de Campos
Futurismo e Sensacionismo
• Elogio à beleza do moderno, da máquina, ao
poder e à sensação. (sentir tudo de todas as
maneiras).
• Fascínio pelo excesso (anticlássico).
• Vontade de ser máquina. (“Exprimir-me como
um motor se exprime”)
• Identificação com os males morais, escândalos
e corrupções. (“Ah, como eu desejaria ser o
souteneur disto tudo!”)
15. Abulia e Tédio
• Angústia. “A única conclusão é morrer!”
• Dor de pensar.
• Nostalgia da infância.
• Temas do ortónimo com outro tratamento estilístico.
• http://bi.gave.min-
edu.pt/exames/download/EX_Port639_EE_2013.pdf?id
=5477
• http://bi.gave.min-
edu.pt/exames/download/EX_Port639_EE_2013_CC.p
df?id=5478
16. Estilo
• Irregularidade estrófica.
• Verso branco e longo.
• Exclamações, interjeições, onomatopeias,
repetições, anáforas, aliterações, apóstrofes.
• Metáforas, comparações e imagens.
17. Mensagem
Texto épico porque:
• Celebração dos descobrimentos e do espírito
português.
• Discurso narrativo (fragmentado)
• Referências históricas.
• Referências mitológicas.
18. • Texto lírico porque:
• Brevidade dos poemas.
• Valor individual de cada um.
• Expressão das emoções, reflexões e
sentimentos sobre o que narra.
19. Primeira parte
Brasão
• Origem de Portugal (localização na Europa e
no mundo)
• Origem do povo português (“o mito é o nada
que é tudo”)
• Predestinados, responsáveis pela construção
do país.
20. Segunda parte
Mar Português
• Grandeza do sonho convertido em ação
• Unidade entre o ato humano e o fatum
/destino (traçado por Deus).
• “Deus Quer, o homem sonha, a obra nasce.”
• Glória.
21. Terceira parte
O Encoberto
• Descrição do estado atual (“Tudo é incerto e
derradeiro./Tudo é disperso, nada é inteiro.”
• Afirmação da necessidade de despertarmos
para a nossa missão, que é:
• Construir o V império.
• “Valete Fratres” (exortação e apelo para que
todos lutemos por um Portugal digno do seu
destino: a glória).