1) O profeta Malaquias critica os sacerdotes e o povo de Israel por oferecerem sacrifícios imundos e animais doentes no altar de Deus. 2) Ele adverte que Deus honrará outras nações que o sirvam corretamente, enquanto Israel sofrerá uma terrível maldição se não se arrepender. 3) Malaquias prevê a vinda de um mensageiro e do próprio Senhor para julgar seu povo e purificá-lo de pecados, antes do grande dia do Senhor.
3. amaldiçoei, porque não levaram a sério as
coisas que reputo por mais importantes.
3Repreenderei os vossos filhos e espalharei
sobre as vossas faces o esterco desses animais
que me ofereceram. Afastar-vos-ei como se faz
ao estrume.
4Por fim saberão que fui eu quem vos
mandou este aviso para tornarem a obedecer às
leis que dei ao vosso pai Levi, diz o Senhor dos
exércitos celestiais.
5O propósito dessas leis era de dar vida e
paz, e de mostrar reverência e temor por mim,
obedecendo-lhes
6Ele passou ao povo toda a verdade que
recebeu de mim. Não mentiu, não enganou;
andou na minha presença, vivendo de forma
justa e recta, desviando muitos dos caminhos
do pecado.
7Dos lábios dos sacerdotes deveria escorrer o
conhecimento de Deus, de forma a que o povo
aprendesse as leis do Senhor. Os sacerdotes são
mensageiros do Senhor dos exércitos celestiais;
os homens deveriam vir ter com eles para
obterem directivas.
8Mas vocês, não é assim que fazem!
Abandonaram os caminhos de Deus. As vossas
directivas levaram muitos a caírem no pecado.
Vocês distorceram a aliança com Levi, e
tornaram-na numa farsa grotesca, diz o Senhor
dos exércitos celestiais
9Por isso vos fiz desprezíveis aos olhos do
povo todo; porque não quiseram obedecer-me,
usaram de parcialidade para com os vossos
favoritos que quebraram a lei sem serem
castigados.
Judá é infiel
10Somos filhos do mesmo pai, Abraão; fomos
criados pelo mesmo Deus. Apesar disso somos
desleais uns para com os outros, violando a
aliança que nossos pais celebraram!
5. 1Escutem: enviarei o meu mensageiro perante
mim, para me preparar o caminho. E então, o
Senhor a quem buscam virá de repente ao seu
templo; o mensageiro da aliança, a quem vocês
desejam. Sim, ele virá com toda a certeza, diz o
Senhor dos exércitos celestiais.
2Mas quem poderá sobreviver quando ele
aparecer? Quem poderá suportar a sua vinda?
Porque é como um fogo flamejante, refinando o
metal precioso e branqueando o mais sujo
vestuário!
3Tal como um perito em refinar a prata,
sentar-se-á, observando cuidadosamente,
enquanto a escória vai escorrendo. Purificará os
levitas, os ministros de Deus, purificando-os
como o ouro e a prata, para que possam fazer o
trabalho de Deus com corações puros.
4Então, uma vez mais, o Senhor terá prazer
nas ofertas que lhe sejam trazidas pelo povo de
Judá e de Jerusalém, tal como antes
5Nesse tempo os meus castigos serão rápidos
e certos; mover-me-ei destramente contra os
que praticam bruxarias, contra os adúlteros,
contra os mentirosos, contra todos os que
enganam os seus empregados, que oprimem as
viúvas e os órfãos, que desfraudam os
estrangeiros e que não me temem, diz o Senhor
Deus dos exércitos celestiais.
Roubando Deus
6Porque eu sou o Senhor - não mudo. Por isso
é que vocês ainda não foram totalmente
destruídos.
7Ainda que tenham feito troça das minhas
leis logo desde os primeiros tempos, mesmo
assim, ainda podem voltar para mim, diz o
Senhor dos exércitos celestiais. Venham e vos
perdoarei as vocês dizem: 'Nós nunca te
abandonámos!'
8Poderá um homem roubar Deus? Com
certeza que não! Mas vocês roubam-me.'Que
quer isso dizer? Como é que te roubámos?'Nos
dízimos e nas ofertas que me devem
6. 9E assim a terrível maldição de Deus recai
sobre vocês, porque é toda a nação que me tem
roubado.
10Tragam todos os dízimos à casa do
tesouro, para que haja alimento suficiente no
meu templo. Se assim fizerem, abrirei as janelas
do céu e derramarei bênção tão abundante
sobre vocês que nem sequer arranjarão espaço
para a receber! Experimentem! Deixem-me que
vos dê prova disso!
11As searas serão abundantes porque as
preservarei dos insectos e das pragas. As vinhas
não secarão antes das vindimas, diz o Senhor
dos exércitos celestiais
12Todas as nações vos chamarão
abençoados, porque a terra espalhará felicidade.
Isto é o que vos promete o Senhor dos exércitos
celestiais.
13A vossa atitude para comigo tem sido de
altivez e arrogância, diz o Senhor. Mas vocês
dizem: 'Que queres dizer com isso? O que é que
foi que dissemos contra ti?'
14Prestem atenção! Vocês dizem assim: 'É
uma coisa inútil e sem sentido o adorar Deus e
obedecer-lhe. Para que serve cumprir os seus
mandamentos, lamentarmo-nos e
arrependermo-nos pelos nossos pecados?
15Portanto daqui em diante, quanto a nós:
Abençoados serão os soberbos! Porque os que
praticam o mal prosperam, e os que ousam
enfrentar os castigos divinos, escapam.'
16Então os que temeram e amaram o Senhor
falaram dele, uns aos outros. E num livro de
memorial, diante de Deus, foram registados os
nomes dos que o temem e centram nele o seu
pensamento.
17Serão meus, diz o Senhor dos exércitos
celestiais. Nesse dia serão como o meu tesouro
particular. Poupá-los-ei como um homem poupa
o seu filho obediente e fiel.