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Todo dia ela faz
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Me sacode
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A EXPRESSIVIDADE POÉTICO-
MUSICAL EM COTIDIANO DE CHICO
BUARQUE
Me sorri um sorriso pontual...
E me beija com
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Todo dia ela diz
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E essas coisas que diz
toda mulher...
Diz que está
me esperando
pro jantar...
E me beija com
a boca
de café...
Todo dia eu só
penso
em poder
parar...
Meio-dia eu só penso
em dizer não...
Depois penso na
vida
pra levar...
E me calo com a boca
de feijão.
Seis da
tarde -
como era
de se
esperar -
...
Ela pega
e me espera
no portão...
Diz que está muito louca pra
beijar...
E me beija com a boca
de paixão...
Toda noite ela diz
pra eu não me afastar...
Meia-noite ela
jura eterno
amor...
E me aperta
pra eu quase
sufocar...
E me morde com a boca de pavor.
Todo dia ela faz
tudo sempre
igual...
Me sacode
às seis horas da manhã...
Me sorri um sorriso pontual...
E me beija com
a boca
de hortelã.
Todo dia ela diz
que é pra eu me cuidar...
E essas coisas que diz
toda mulher...
Diz que está
me esperando
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E me beija com
a boca
de café...
Todo dia eu só
penso
em poder
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Meio-dia eu só penso
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tudo sempre
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de hortelã.
A EXPRESSIVIDADE
POÉTICO-MUSICAL EM
COTIDIANO
DE CHICO BUARQUE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS (FEF)
FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS (FIFE)
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO (ISE)
PROGRAMA DE INICIAÇÃO EM PESQUISA (PIP)
Autor: Sarah Menoya Ferreira
Orientador: Prof. Dr. Durval A. Ramanholi
INTRODUÇÃO
A canção buarquiana, Cotidiano,
esconde em sua criação um
excelente objeto de estudo
lingüístico. Esse estudo levou à
compreensão de uma linguagem
capaz de estabelecer vínculos de
aspecto conotativo.
JUSTIFICATIVA
Se o professor não incentivar o
aluno a obter competência lingüística,
este não será um cidadão completo em
seus deveres e direitos, afinal não
saberá compreender o mundo e
entender que há “um somatório de
possibilidades condicionadas pelo uso
e pela situação discursiva”
(PCN, 1999)
OBJETIVOS
• Desenvolver uma análise lingüística da canção
Cotidiano, de Chico Buarque, fundamentada em bases
fonéticas, sintáticas e semânticas, bem como em
elementos de estilística.
Disponibilizar material e técnicas para interpretação de
textos e, particularmente, despertar para o uso de
textos musicados na análise lingüística, destacando-se
a importância da sonoridade das palavras e os jogos
de timbres, pausas e rupturas, elementos próprios da
musicalidade.
Fonética
As unidades rítmicas da canção, seja no que
tange à fonética da letra ou ao arranjo
instrumental, não podem ser isentas de intenções.
Desta forma o sentido dá a esses aspectos
características discursivas, já que o ritmo é
também um fato de linguagem. O sentido geral da
canção é, portanto, completamente influenciável
pelos aspectos rítmicos (característica do
paralelismo sintático) .
O efeito de ruído das consoantes revela
uma natureza semântica muito relevante à
composição.
A marcação seca e dura da música
também outorga sentido.
Modo regular da composição musical:
Repetição do som
Repetição da letra
Repetição na vida
Estilística
“Estilo é o aspecto do enunciado que resulta de
uma escolha dos meios de expressão, determinada
pela natureza e pelas intenções do indivíduo que
fala ou escreve.” (GUIRAUD, 1970). Essa
“escolha” de que trata Guiraud apresenta-se de
maneira interessante na canção analisada; afinal, o
compositor utilizou-se de certas artimanhas numa
reconfiguração intra-textual. Nisso consiste as
relações afetivas de sentido, ou seja, o ouvinte,
diante da composição completa, tem de tomar uma
posição quanto ao que ouve.
Semântica
Elementos que trazem-nos a
impressão de ouvir a voz do poeta
junto à voz da própria
situação,mascarando o mais odioso
episódio de violência e perseguição da
história da humanidade.
Som e sentido
NÍVEL DISCURSIVO
Olhares Interpretativos
1º O.I. denotativo ou dicionarizado.
Esse olhar sobre a música consiste num grande estranhamento.
Em http://www.youtube.com/watch?v=zyp5-5lXZE8
encontraremos um vídeo crido por Ivan Mola, em que a música é cantada por
Arnaldo Antunes e a animação corresponde exatamente às imagens denotativas
da canção.
2º O.I. A canção é tratada como uma narrativa em que o homem fala
sobre sua vida cotidiana ao lado da esposa.
3º O.I. Narrativa denunciadora
Utilizando-se do “triângulo de Ogden e
Richards”, em que são colocados os três elementos
observáveis no uso da linguagem ...
Sdo. = significado (plano de conteúdo)
Ste. = significante (plano de expressão)
Re. = referente (objeto designado)
...citaremos um exemplo de um elemento da música
nos três O.I.
1º O.I.
2º O.I.
3º O.I.
ANÁLISE CRÍTICA DOS
ASPECTOS FORMAIS
•  Seis estrofes de quatro versos (um
hendecassílabo e três decassíbalos)
•  Decassílabos martelos
•  Uso da metalinguagem
•  Elipses
•  Anacoluto Semântico
•  Elementos temporais
•  Rimas ricas
•  Rimas alternadas
•  Enjambement
Bibliografia Geral
AGUIAR, Joaquim. A poesia da canção. São Paulo: Scipione, 1993.
BALLY, Charles. Traité de stylistique française. 4. ed. Genève: Georg & Cie S.A, 1963.
BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Introdução à análise do discurso. Campinas: UNICAMP, 2004.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária do Ensino Médio e Tecnologia. Parâmetros Curriculares
Nacionais : Ensino Médio. Brasilia: Ministério da Educação, 1999.
CALLOU Dinah & LEITE, Yonne. Iniciação à Fonética e à Fonologia. 4ª edição. Rio de Janeiro: Zahar,
1995.
CARDOSO, Silvia. Discurso e ensino. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
CHACON, Lourenço. Ritmo da escrita: uma organização do heterogêneo da linguagem. São Paulo:
Martins Fontes, 1998.
Guirard, Pierre. A estilística. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
LOPES, Edward. Fundamentos da Lingüística Contemporânea. São Paulo: Cultrix, 2004.
MAINGUENEAU, Dominique. Novas Tendências em Análise do Discurso. Campinas, São Paulo:
Pontes, 1993.
MESCHONNIC, Henri. Pour la Poétique II. Épistémologie de l’Écriture - Poétique de la Traduction.
Paris: Gallimard, 1973
MONTEIRO, José Lemos. A estilística. São Paulo: Ática, 1991.
OGDEN, C.K.; RICHARDS, I.A. O Significado de Significado. Um estudo da influência da linguagem
sobre o pensamento e sobre a Ciência do Simbolismo. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976
ORLANDI, Eni Puccinelli. 1986. A Análise do Discurso: Algumas Observações. D.E.L.T.A. 2/1:
105-126.
_______. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2001.
PÊCHEUX, Michel. Por uma análise automática do discurso. Campinas: Unicamp, 1990.
RIBEIRO, Amador. Uma Levada Maneira: no ar, poesia e música popular. Revista Conceitos da
ADUFPB-JP. p. 21 – 27, novembro 2000.
SAUSSURE, F. Curso de Lingüística Geral. Cultrix, 1916.

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  • 18. Diz que está muito louca pra beijar...
  • 19. E me beija com a boca de paixão...
  • 20. Toda noite ela diz pra eu não me afastar...
  • 22. E me aperta pra eu quase sufocar...
  • 23. E me morde com a boca de pavor.
  • 24. Todo dia ela faz tudo sempre igual...
  • 25. Me sacode às seis horas da manhã...
  • 26. Me sorri um sorriso pontual...
  • 27. E me beija com a boca de hortelã.
  • 28. Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar...
  • 29. E essas coisas que diz toda mulher...
  • 30. Diz que está me esperando pro jantar...
  • 31. E me beija com a boca de café...
  • 32. Todo dia eu só penso em poder parar...
  • 33. Meio-dia eu só penso em dizer não...
  • 35. E me calo com a boca de feijão.
  • 36. Seis da tarde - como era de se esperar - ...
  • 37. Ela pega e me espera no portão...
  • 38. Diz que está muito louca pra beijar...
  • 39. E me beija com a boca de paixão...
  • 40. Toda noite ela diz pra eu não me afastar...
  • 42. E me aperta pra eu quase sufocar...
  • 43. E me morde com a boca de pavor...
  • 44. Todo dia ela faz tudo sempre igual...
  • 45. Me sacode às seis horas da manhã...
  • 46. Me sorri um sorriso pontual...
  • 47. E me beija com a boca de hortelã.
  • 48. A EXPRESSIVIDADE POÉTICO-MUSICAL EM COTIDIANO DE CHICO BUARQUE FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS (FEF) FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS (FIFE) INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO (ISE) PROGRAMA DE INICIAÇÃO EM PESQUISA (PIP) Autor: Sarah Menoya Ferreira Orientador: Prof. Dr. Durval A. Ramanholi
  • 49. INTRODUÇÃO A canção buarquiana, Cotidiano, esconde em sua criação um excelente objeto de estudo lingüístico. Esse estudo levou à compreensão de uma linguagem capaz de estabelecer vínculos de aspecto conotativo.
  • 50. JUSTIFICATIVA Se o professor não incentivar o aluno a obter competência lingüística, este não será um cidadão completo em seus deveres e direitos, afinal não saberá compreender o mundo e entender que há “um somatório de possibilidades condicionadas pelo uso e pela situação discursiva” (PCN, 1999)
  • 51. OBJETIVOS • Desenvolver uma análise lingüística da canção Cotidiano, de Chico Buarque, fundamentada em bases fonéticas, sintáticas e semânticas, bem como em elementos de estilística. Disponibilizar material e técnicas para interpretação de textos e, particularmente, despertar para o uso de textos musicados na análise lingüística, destacando-se a importância da sonoridade das palavras e os jogos de timbres, pausas e rupturas, elementos próprios da musicalidade.
  • 52. Fonética As unidades rítmicas da canção, seja no que tange à fonética da letra ou ao arranjo instrumental, não podem ser isentas de intenções. Desta forma o sentido dá a esses aspectos características discursivas, já que o ritmo é também um fato de linguagem. O sentido geral da canção é, portanto, completamente influenciável pelos aspectos rítmicos (característica do paralelismo sintático) .
  • 53. O efeito de ruído das consoantes revela uma natureza semântica muito relevante à composição. A marcação seca e dura da música também outorga sentido. Modo regular da composição musical: Repetição do som Repetição da letra Repetição na vida
  • 54. Estilística “Estilo é o aspecto do enunciado que resulta de uma escolha dos meios de expressão, determinada pela natureza e pelas intenções do indivíduo que fala ou escreve.” (GUIRAUD, 1970). Essa “escolha” de que trata Guiraud apresenta-se de maneira interessante na canção analisada; afinal, o compositor utilizou-se de certas artimanhas numa reconfiguração intra-textual. Nisso consiste as relações afetivas de sentido, ou seja, o ouvinte, diante da composição completa, tem de tomar uma posição quanto ao que ouve.
  • 55. Semântica Elementos que trazem-nos a impressão de ouvir a voz do poeta junto à voz da própria situação,mascarando o mais odioso episódio de violência e perseguição da história da humanidade.
  • 58. Olhares Interpretativos 1º O.I. denotativo ou dicionarizado. Esse olhar sobre a música consiste num grande estranhamento. Em http://www.youtube.com/watch?v=zyp5-5lXZE8 encontraremos um vídeo crido por Ivan Mola, em que a música é cantada por Arnaldo Antunes e a animação corresponde exatamente às imagens denotativas da canção. 2º O.I. A canção é tratada como uma narrativa em que o homem fala sobre sua vida cotidiana ao lado da esposa. 3º O.I. Narrativa denunciadora
  • 59. Utilizando-se do “triângulo de Ogden e Richards”, em que são colocados os três elementos observáveis no uso da linguagem ... Sdo. = significado (plano de conteúdo) Ste. = significante (plano de expressão) Re. = referente (objeto designado) ...citaremos um exemplo de um elemento da música nos três O.I.
  • 64. •  Seis estrofes de quatro versos (um hendecassílabo e três decassíbalos) •  Decassílabos martelos •  Uso da metalinguagem •  Elipses •  Anacoluto Semântico •  Elementos temporais •  Rimas ricas •  Rimas alternadas •  Enjambement
  • 65. Bibliografia Geral AGUIAR, Joaquim. A poesia da canção. São Paulo: Scipione, 1993. BALLY, Charles. Traité de stylistique française. 4. ed. Genève: Georg & Cie S.A, 1963. BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Introdução à análise do discurso. Campinas: UNICAMP, 2004. BRASIL. Ministério da Educação. Secretária do Ensino Médio e Tecnologia. Parâmetros Curriculares Nacionais : Ensino Médio. Brasilia: Ministério da Educação, 1999. CALLOU Dinah & LEITE, Yonne. Iniciação à Fonética e à Fonologia. 4ª edição. Rio de Janeiro: Zahar, 1995. CARDOSO, Silvia. Discurso e ensino. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. CHACON, Lourenço. Ritmo da escrita: uma organização do heterogêneo da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1998. Guirard, Pierre. A estilística. São Paulo: Mestre Jou, 1970. LOPES, Edward. Fundamentos da Lingüística Contemporânea. São Paulo: Cultrix, 2004. MAINGUENEAU, Dominique. Novas Tendências em Análise do Discurso. Campinas, São Paulo: Pontes, 1993. MESCHONNIC, Henri. Pour la Poétique II. Épistémologie de l’Écriture - Poétique de la Traduction. Paris: Gallimard, 1973 MONTEIRO, José Lemos. A estilística. São Paulo: Ática, 1991. OGDEN, C.K.; RICHARDS, I.A. O Significado de Significado. Um estudo da influência da linguagem sobre o pensamento e sobre a Ciência do Simbolismo. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976 ORLANDI, Eni Puccinelli. 1986. A Análise do Discurso: Algumas Observações. D.E.L.T.A. 2/1: 105-126. _______. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2001. PÊCHEUX, Michel. Por uma análise automática do discurso. Campinas: Unicamp, 1990. RIBEIRO, Amador. Uma Levada Maneira: no ar, poesia e música popular. Revista Conceitos da ADUFPB-JP. p. 21 – 27, novembro 2000. SAUSSURE, F. Curso de Lingüística Geral. Cultrix, 1916.