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O que é AVC isquêmico?
AVC isquêmico ou acidente vascular cerebral isquêmico se dá
pelo comprometimento de alguma artéria cerebral. Dizemos
que o AVC é isquêmico quando há uma obstrução da artéria,
impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais,
que morrem - essa condição é chamada de isquemia. A
diferença do AVC isquêmico para o AVC hemorrágico é que o
segundo decorre do rompimento de um vaso, e não de seu
entupimento. A obstrução da artéria pode acontecer por um
trombo, que é um coágulo de sangue que se junta à parede do
vaso sanguíneo, ou por um êmbolo, que nada mais é do que
um trombo que se desloca pela corrente sanguínea até ficar
preso em um vaso sanguíneo menor que sua extensão. As
artérias que mais entopem são a carótida interna do pescoço
ou a artéria cerebral média dentro do cérebro.
Tipos
Existem dois tipos comuns de AVC isquêmico:
AVC isquêmico aterotrombótico: esse tipo de AVC
isquêmico ocorre por fatores de risco não modificáveis, como a
idade ou doenças crônicas. A principal causa de AVC isquêmico
aterotrombótico é a aterosclerose, doença que causa a
formação de placas nos vasos sanguíneos, levando à oclusão.
AVC isquêmico cardioembólico: esse tipo de AVC isquêmico
ocorre quando o êmbolo causador do derrame parte do
coração, no geral decorrente de doenças cardiovasculares,
como arritmias cardíacas ou doenças da válvula cardíaca.
Causas
As causas de AVC estão geralmente relacionadas com
problemas no organismo que afetam o fluxo do sangue, tais
como:
 Endurecimento das artérias (aterosclerose)
 Arritmias cardíacas
 Doenças das válvulas cardíaca, como prolapso da válvula mitral
ou estenose de uma válvula cardíaca
 Endocardite, que é a infecção das válvulas do coração
 Forame oval patente, que é um defeito cardíaco congênito
 Distúrbios de coagulação do sangue
 Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos)
 Insuficiência cardíaca
 Infarto agudo do miocárdio
Pressão arterial baixa (hipotensão) também pode causar um
AVC isquêmico, embora com menor frequência. Resultados
baixos de pressão arterial podem reduzir o fluxo sanguíneo
para o cérebro e causar estreitamento das artérias. Além disso,
algumas cirurgias ou outros processos usados para tratar as
artérias carótidas estreitadas podem causar um coágulo de
sangue, que se viajar para o cérebro, resultará em um AVC
isquêmico.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco do AVC isquêmico são:
 Hipertensão
 Doenças cardiovasculares
 Colesterol alto
 Obesidade
 Diabetes tipo 2
 Uso de drogas ilícitas, como cocaína
 Tabagismo
 Uso excessivo de álcool
 Uso de pílula anticoncepcional
 Idade avançada.
Sintomas de AVC isquêmico
Assim como o AVC hemorrágico, os sintomas do AVC isquêmico
se caracterizam por uma perda neurológica súbita, como:
 Dores de cabeça muito fortes, beirando o insuportável, sem
histórico de dores de cabeça importantes
 Perda de força em um dos lados do corpo
 Paralisia súbita de um dos lados do corpo, geralmente no braço
ou perna, de grau pequeno ou acentuado. Quando a paralisia é
parcial, é chamada paresia. Se o paciente com AVC fica
paralisado completamente de um lado, ele está hemiplégico
 Se o AVC isquêmico acontecer no hemisfério cerebral
dominante, que na maioria da população é o lado esquerdo, a
alteração da fala é um sintoma muito precoce. A pessoa tem
dificuldade para falar, seja por não conseguir articular a palavra
(não fazer a boca se mexer) ou por não conseguir elaborar as
palavras
 Alterações visuais, como perder uma parte ou totalmente o
campo visual
 Sintomas motores ou sensitivos, como dormência no rosto,
mãos e pernas
 Em alguns casos, podem acontecer episódios de sonolência ou
coma.
Buscando ajuda médica
Na presença de qualquer um dos sintomas de derrame citados,
é importante ir a um pronto-socorro imediatamente. Isso
porque quanto mais rápido se dá o tratamento, menores são as
sequelas decorrentes do AVC isquêmico. O mais correto é
chamar o resgate para fazer a remoção em vez de encaminhar
o paciente para o hospital de carro ou ônibus, pois já na
ambulância podem ser iniciados alguns procedimentos, como
oxigenação. Também é importante dar preferência a hospitais
que são conhecidamente preparados para receber um paciente
em situações agudas do AVC.
A escala pré-hospitalar de AVC deverá ser aplicada para
reconhecer os sinais mais frequentes, caso o paciente não
esteja com um quadro claro. Dos três itens avaliados, um sinal
positivo (com início súbito) é suficiente para suspeitar de um
AVC isquêmico:
 Face: o socorrista pedirá para o paciente dar um sorriso, para
verificar se há desvio da boca
 Força: ele pedirá ao paciente para levantar os dois braços e
verá se um deles cai por falta de força
 Fala: será solicitado ao paciente dizer uma frase qualquer,
como “o céu é azul”, para verificar se não há qualquer
alteração.
Entre os cuidados clínicos de emergência estão:
 Verificar os sinais vitais, como pressão arterial e temperatura
axilar
 Posicionar a cabeceira da cama a 0°, exceto se houver vômitos
(nesse caso manter a 30 graus)
 Acesso venoso periférico em membro superior não paralisado
 Administrar oxigênio por cateter nasal ou máscara, caso o
paciente precise
 Checagem de glicemia capilar
 Determinar o horário de início dos sintomas por meio de
questionário ao paciente ou acompanhante.
Alguns exames podem ser feitos para ajudar no diagnóstico do
AVC, bem como o seu tipo:
 Ressonância magnética
 Tomografia computadorizada
 Angiografia
 Ultrassonografia
 Ecocardiograma.
Tratamento de AVC isquêmico
O essencial do tratamento do AVC isquêmico, assim como para
outros tipos de AVC, é que a busca pelo médico seja feita o
mais rápido possível. No caso de AVC isquêmico, é possível
usar um medicamento chamado alteplase, que deve ser
aplicado em até quatro horas e meia após o início dos
sintomas. Esse medicamento diminui em 30% o risco de
sequelas do AVC isquêmico e reduz em 18% a mortalidade.
Após o tratamento de emergência para AVC isquêmico, quando
a condição se estabilizou, o tratamento se concentra na
prevenção de outro AVC e acompanhamento das sequelas.
Quando você tem um AVC isquêmico, o suprimento de sangue
e oxigênio a uma parte do seu cérebro é reduzido. Depois de
cerca de quatro minutos sem sangue e oxigênio, as células
cerebrais ficam danificadas e podem morrer. O corpo tenta
restaurar sangue e oxigênio para as células por meio da
ampliação de outros vasos sanguíneos (artérias), perto da área.
Se o fornecimento de sangue não for restaurado, danos
cerebrais permanentes geralmente ocorrem.
Quando as células do cérebro são danificadas ou morrem, as
partes do corpo controladas por essas células podem não
funcionar. A perda de função pode ser leve ou grave,
temporária ou permanente. Isso depende de onde e como a
maior parte do cérebro foi danificada e a rapidez com que o
fornecimento de sangue foi devolvido para as células afetadas.
As áreas do cérebro que morrem em decorrência da falta de
oxigenação causada pelo AVC isquêmico podem se reconstruir
aos poucos, e a recuperação é mais rápida quando feito o
estímulo correto. Por exemplo, uma pessoa que sofreu
alterações da fala terá um acompanhamento com
fonoaudiólogo, assim como uma pessoa que sofreu paralisia
fará fisioterapia. A recuperação do AVC isquêmico começa
enquanto você ainda está no hospital ou em um centro de
reabilitação e continuará quando você volta para casa. Durante
a recuperação do AVC isquêmico, você vai aprender a gerir:
 Problemas na bexiga e intestino
 Atividades domésticas feitas anteriormente
 Perda de movimento ou sensibilidade de uma ou mais partes
do corpo
 Problemas musculares e nervosos
 Espasmos musculares
 Problemas de fala
 Deglutição e problemas alimentares
 Raciocínio e problemas de memória.
Cirurgia para AVC isquêmico
Se você tiver obstrução significativa das artérias carótidas no
pescoço, você pode precisar de uma endarterectomia de
carótida. Durante esta operação, o cirurgião remove formação
de placas nas artérias carótidas para reduzir o risco de ataque
isquêmico transitório (TIA) ou AVC. Os benefícios e os riscos
desta cirurgia devem ser cuidadosamente avaliados, pois a
cirurgia em si pode causar um AVC.
Convivendo/ Prognóstico
Você tem a maior chance de recuperar suas habilidades
durante os primeiros meses após um acidente vascular
cerebral. Cerca de metade de todas as pessoas que têm um
AVC sofrerão alguns problemas no longo prazo. Se você tiver
dúvidas, converse com seu médico.
O objetivo do tratamento depois de um AVC envolve também
evitar possíveis eventos futuros, além de tratar as sequelas que
surgem. Por isso, mudanças no estilo de vida são uma parte
importante do acompanhamento do AVC isquêmico. Veja o que
é preciso fazer para se recuperar do AVC isquêmico e impedir
um segundo derrame:
 Não fumar ou permitir que outros fumem perto de você
 Limite de álcool a duas doses por dia para homens e uma dose
por dia para as mulheres
 Manter um peso saudável
 Praticar pelo menos 30 minutos de exercícios na maioria dos
dias da semana (caminhada é uma boa escolha)
 Manter uma dieta equilibrada, pobre em colesterol, gorduras
saturadas e sal, conforme orientação profissional
 Fisioterapia
 Terapia ocupacional
 Fonoaudiologia.
Complicações possíveis
Entre as principais sequelas do AVC isquêmico, podemos
destacar:
 Paralisias: a área mais afetada pelo AVC é aquela responsável
pelos movimentos do nosso corpo, sendo o lado esquerdo do
cérebro responsável pelos movimentos do lado direito e vice
versa. Por isso, é comum os pacientes passarem os primeiros
dias após o AVC com um dos lados do corpo paralisados, e
mesmo com a recuperação alguns têm a movimentação
limitada. Pensando nisso, é essencial que o paciente não passe
todo o tempo deitado, mesmo em sua estadia no hospital
 Déficit sensitivo: a perda de sensibilidade do lado afetado
pelo AVC acontece quando a área do encéfalo responsável por
interpretar a sensibilidade é lesada. Grande parte da melhora
acontece no primeiro ano após o evento, mas nada impede que
elas continuem acontecendo. Uma atividade que pode ajudar
na recuperação da sensibilidade é expor a área afetada a
diferentes materiais, como esponjas, papéis, madeira, lixas
ásperas e etc
 Afasia: quando o AVC ocorre na área do cérebro
correspondente à linguagem, é comum o paciente sofrer com a
afasia, a perda da comunicação, que pode ser a fala ou o
entendimento de uma mensagem. Ela pode ser dividida
basicamente em dois grandes grupos: afasia de expressão
(quando o paciente entende o que você fala, mas é incapaz de
se expressar pela linguagem falada) e de compreensão
(quando ele consegue se expressar de todas as formas, mas
não entende o que lhe é dito). Caso a dificuldade esteja em se
expressar, é fundamental o trabalho do fonoaudiólogo. Com
esse acompanhamento, é possível até mesmo que uma pessoa
que não conseguia dizer nada, reaprenda algumas palavras.
Durante esse processo, enquanto a vítima do AVC ainda não
consegue se comunicar pela fala ou escrita, podem ser
combinados códigos, como mímicas ou acenos de cabeça. No
caso de uma afasia no grupo da compreensão, é importante
que a família e o cuidador fiquem atentos aos sinais que ela
pode apresentar, pois é muito difícil reconhecer essa
dificuldade. No geral, a pessoa não responderá suas perguntas
de forma adequada, e falará sobre assuntos que não estão
sendo discutidos no momento. Essa situação tem recuperação
progressiva, e o melhor a fazer é entender que o paciente não
tem consciência disso e esperar que as ligações cognitivas se
recomponham adequadamente
 Apraxias: além da dificuldade na fala, um paciente de AVC
com apraxia perde a capacidade de se expressar por gestos e
mímicas e de realizar tarefas motoras em sequências. Por
exemplo: a pessoa sabe o que é uma chave e sabe o que é
uma fechadura, mas simplesmente não consegue ligar uma
coisa na outra, realizando o ato de inserir a chave na
fechadura. É uma sequência que a pessoa não sabe mais fazer.
Outro exemplo de apraxias é a incapacidade de fazer gestos
que tenham um significado pré-definido, como o sinal de
silêncio, acenar para dar oi ou levantar o polegar em sinal
positivo. Nesses casos o paciente precisa reaprender a fazer
esses processos. É necessário ensinar novamente essa
sequência de movimentos, que deve ser lembrada e exercitada
 Negligência: essa sequela diz respeito ao paciente que
negligencia uma parte ou um lado se seu corpo - a intensidade
do problema dependerá do tamanho da lesão. Ela se
caracteriza por uma falta de percepção da metade afetada do
corpo, como se aquele segmento não pertencesse à pessoa. É
uma sequela muito grave, mas que normalmente desaparece
depois dos três primeiros meses. Os quadros de negligência
podem ser de três tipos - motor, visual e sensitivo. Ou seja, o
indivíduo consegue se movimentar, enxergar ou sentir as
coisas, mas o cérebro não processa essas possibilidades
 Agnosia visual: entende-se por agnosia visual a incapacidade
da pessoa de reconhecer objetos e pessoas através da visão,
apesar de essa não ter sido comprometida. Dependendo do
grau da lesão, a pessoa pode inclusive não reconhecer mais
rostos. É importante exercitar esse lado do paciente,
apresentando-o para novos objetos, sempre com muita
paciência - uma tática é começar por objetos que faziam parte
do cotidiano do paciente antes do AVC
 Déficit de memória: a perda de memória normalmente é
déficit secundário, inserido dentro de um contexto de outras
perdas. O sintoma de déficit de memória dependerá da área do
cérebro afetada, mas no geral a pessoa perde a capacidade de
lembrar eventos recentes, recordando apenas episódios
passados
 Lesões no tronco cerebral: no tronco cerebral estão
localizados centros responsáveis por atividades vitais, como a
respiração. Lesões no tronco cerebral podem deixar sequelas
graves e até mesmo levar à morte - a gravidade dependerá da
extensão da lesão. Pacientes com esse tipo de sequela podem
apresentar também paralisia nos dois lados do corpo,
estrabismo e dificuldades para engolir - cada ponto sendo
tratado por sua especialidade específica
 Alterações comportamentais: Ocasionados por uma lesão
na parte frontal do cérebro, as alterações comportamentais são
comuns em vítimas de AVC. O indivíduo geralmente passa por
quadros de agitação e quadro de apatia, passando por
sintomas como perda de iniciativa ou explosões de raiva sem
causa aparente. Os cuidadores devem buscar orientação
medica, pois em alguns casos pode ser necessário que o
paciente seja medicado
 Depressão: até 30% dos pacientes com AVC, principalmente
aqueles que sofreram lesão no hemisfério esquerdo do cérebro,
podem desenvolver a depressão pós-AVC. A doença funciona
exatamente como a depressão comum, mas há uma janela de
tempo que liga esses sintomas ao AVC. Os sintomas são iguais
aos da depressão comum - tristeza, apatia, sono inadequado,
transtornos alimentares, entre outros - e pede um tratamento
especializado com um psicólogo ou psiquiatra
 Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): uma
pesquisa feita pela Universidade de Columbia, nos Estados
Unidos, mostrou que quase um para cada quatro pacientes de
AVC sofrem de estresse pós-traumático, e um em cada nove
pacientes desenvolve TEPT crônico mais de um ano depois.
Sintomas que ajudam a identificar o problema são pesadelos
persistentes e tendência do paciente a evitar lembranças do
evento, bem como frequência cardíaca e pressão arterial
elevada.
A recuperação depende da localização e da quantidade de
danos cerebrais causados por acidente vascular cerebral, a
capacidade de outras áreas saudáveis do cérebro para assumir
a funcionar para as zonas danificadas, e reabilitação. Em geral,
a menos que haja danos no tecido cerebral, as chances de
invalidez são pequenas.
Prevenção
Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento.
Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a
idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores,
entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a
hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as
doenças cardíacas, a enxaqueca, o uso de anticoncepcionais
hormonais, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, o
sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. A
adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a
prevenção do AVC.
Referências:
 Sociedade Brasileira de Cardiologia
 Ministério da Saúde
 Academia Brasileira de Neurologia

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Avc principais causas, sintomas e tratamentos

  • 1. O que é AVC isquêmico? AVC isquêmico ou acidente vascular cerebral isquêmico se dá pelo comprometimento de alguma artéria cerebral. Dizemos que o AVC é isquêmico quando há uma obstrução da artéria, impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais, que morrem - essa condição é chamada de isquemia. A diferença do AVC isquêmico para o AVC hemorrágico é que o segundo decorre do rompimento de um vaso, e não de seu entupimento. A obstrução da artéria pode acontecer por um trombo, que é um coágulo de sangue que se junta à parede do vaso sanguíneo, ou por um êmbolo, que nada mais é do que um trombo que se desloca pela corrente sanguínea até ficar preso em um vaso sanguíneo menor que sua extensão. As artérias que mais entopem são a carótida interna do pescoço ou a artéria cerebral média dentro do cérebro. Tipos Existem dois tipos comuns de AVC isquêmico: AVC isquêmico aterotrombótico: esse tipo de AVC isquêmico ocorre por fatores de risco não modificáveis, como a idade ou doenças crônicas. A principal causa de AVC isquêmico
  • 2. aterotrombótico é a aterosclerose, doença que causa a formação de placas nos vasos sanguíneos, levando à oclusão. AVC isquêmico cardioembólico: esse tipo de AVC isquêmico ocorre quando o êmbolo causador do derrame parte do coração, no geral decorrente de doenças cardiovasculares, como arritmias cardíacas ou doenças da válvula cardíaca. Causas As causas de AVC estão geralmente relacionadas com problemas no organismo que afetam o fluxo do sangue, tais como:  Endurecimento das artérias (aterosclerose)  Arritmias cardíacas  Doenças das válvulas cardíaca, como prolapso da válvula mitral ou estenose de uma válvula cardíaca  Endocardite, que é a infecção das válvulas do coração  Forame oval patente, que é um defeito cardíaco congênito  Distúrbios de coagulação do sangue  Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos)  Insuficiência cardíaca  Infarto agudo do miocárdio Pressão arterial baixa (hipotensão) também pode causar um AVC isquêmico, embora com menor frequência. Resultados baixos de pressão arterial podem reduzir o fluxo sanguíneo para o cérebro e causar estreitamento das artérias. Além disso, algumas cirurgias ou outros processos usados para tratar as artérias carótidas estreitadas podem causar um coágulo de sangue, que se viajar para o cérebro, resultará em um AVC isquêmico. Fatores de risco Os principais fatores de risco do AVC isquêmico são:
  • 3.  Hipertensão  Doenças cardiovasculares  Colesterol alto  Obesidade  Diabetes tipo 2  Uso de drogas ilícitas, como cocaína  Tabagismo  Uso excessivo de álcool  Uso de pílula anticoncepcional  Idade avançada. Sintomas de AVC isquêmico Assim como o AVC hemorrágico, os sintomas do AVC isquêmico se caracterizam por uma perda neurológica súbita, como:  Dores de cabeça muito fortes, beirando o insuportável, sem histórico de dores de cabeça importantes  Perda de força em um dos lados do corpo  Paralisia súbita de um dos lados do corpo, geralmente no braço ou perna, de grau pequeno ou acentuado. Quando a paralisia é parcial, é chamada paresia. Se o paciente com AVC fica paralisado completamente de um lado, ele está hemiplégico  Se o AVC isquêmico acontecer no hemisfério cerebral dominante, que na maioria da população é o lado esquerdo, a alteração da fala é um sintoma muito precoce. A pessoa tem dificuldade para falar, seja por não conseguir articular a palavra (não fazer a boca se mexer) ou por não conseguir elaborar as palavras  Alterações visuais, como perder uma parte ou totalmente o campo visual  Sintomas motores ou sensitivos, como dormência no rosto, mãos e pernas
  • 4.  Em alguns casos, podem acontecer episódios de sonolência ou coma. Buscando ajuda médica Na presença de qualquer um dos sintomas de derrame citados, é importante ir a um pronto-socorro imediatamente. Isso porque quanto mais rápido se dá o tratamento, menores são as sequelas decorrentes do AVC isquêmico. O mais correto é chamar o resgate para fazer a remoção em vez de encaminhar o paciente para o hospital de carro ou ônibus, pois já na ambulância podem ser iniciados alguns procedimentos, como oxigenação. Também é importante dar preferência a hospitais que são conhecidamente preparados para receber um paciente em situações agudas do AVC. A escala pré-hospitalar de AVC deverá ser aplicada para reconhecer os sinais mais frequentes, caso o paciente não esteja com um quadro claro. Dos três itens avaliados, um sinal positivo (com início súbito) é suficiente para suspeitar de um AVC isquêmico:  Face: o socorrista pedirá para o paciente dar um sorriso, para verificar se há desvio da boca  Força: ele pedirá ao paciente para levantar os dois braços e verá se um deles cai por falta de força  Fala: será solicitado ao paciente dizer uma frase qualquer, como “o céu é azul”, para verificar se não há qualquer alteração. Entre os cuidados clínicos de emergência estão:  Verificar os sinais vitais, como pressão arterial e temperatura axilar
  • 5.  Posicionar a cabeceira da cama a 0°, exceto se houver vômitos (nesse caso manter a 30 graus)  Acesso venoso periférico em membro superior não paralisado  Administrar oxigênio por cateter nasal ou máscara, caso o paciente precise  Checagem de glicemia capilar  Determinar o horário de início dos sintomas por meio de questionário ao paciente ou acompanhante. Alguns exames podem ser feitos para ajudar no diagnóstico do AVC, bem como o seu tipo:  Ressonância magnética  Tomografia computadorizada  Angiografia  Ultrassonografia  Ecocardiograma. Tratamento de AVC isquêmico O essencial do tratamento do AVC isquêmico, assim como para outros tipos de AVC, é que a busca pelo médico seja feita o mais rápido possível. No caso de AVC isquêmico, é possível usar um medicamento chamado alteplase, que deve ser aplicado em até quatro horas e meia após o início dos sintomas. Esse medicamento diminui em 30% o risco de sequelas do AVC isquêmico e reduz em 18% a mortalidade. Após o tratamento de emergência para AVC isquêmico, quando a condição se estabilizou, o tratamento se concentra na prevenção de outro AVC e acompanhamento das sequelas. Quando você tem um AVC isquêmico, o suprimento de sangue e oxigênio a uma parte do seu cérebro é reduzido. Depois de cerca de quatro minutos sem sangue e oxigênio, as células
  • 6. cerebrais ficam danificadas e podem morrer. O corpo tenta restaurar sangue e oxigênio para as células por meio da ampliação de outros vasos sanguíneos (artérias), perto da área. Se o fornecimento de sangue não for restaurado, danos cerebrais permanentes geralmente ocorrem. Quando as células do cérebro são danificadas ou morrem, as partes do corpo controladas por essas células podem não funcionar. A perda de função pode ser leve ou grave, temporária ou permanente. Isso depende de onde e como a maior parte do cérebro foi danificada e a rapidez com que o fornecimento de sangue foi devolvido para as células afetadas. As áreas do cérebro que morrem em decorrência da falta de oxigenação causada pelo AVC isquêmico podem se reconstruir aos poucos, e a recuperação é mais rápida quando feito o estímulo correto. Por exemplo, uma pessoa que sofreu alterações da fala terá um acompanhamento com fonoaudiólogo, assim como uma pessoa que sofreu paralisia fará fisioterapia. A recuperação do AVC isquêmico começa enquanto você ainda está no hospital ou em um centro de reabilitação e continuará quando você volta para casa. Durante a recuperação do AVC isquêmico, você vai aprender a gerir:  Problemas na bexiga e intestino  Atividades domésticas feitas anteriormente  Perda de movimento ou sensibilidade de uma ou mais partes do corpo  Problemas musculares e nervosos  Espasmos musculares  Problemas de fala  Deglutição e problemas alimentares  Raciocínio e problemas de memória.
  • 7. Cirurgia para AVC isquêmico Se você tiver obstrução significativa das artérias carótidas no pescoço, você pode precisar de uma endarterectomia de carótida. Durante esta operação, o cirurgião remove formação de placas nas artérias carótidas para reduzir o risco de ataque isquêmico transitório (TIA) ou AVC. Os benefícios e os riscos desta cirurgia devem ser cuidadosamente avaliados, pois a cirurgia em si pode causar um AVC. Convivendo/ Prognóstico Você tem a maior chance de recuperar suas habilidades durante os primeiros meses após um acidente vascular cerebral. Cerca de metade de todas as pessoas que têm um AVC sofrerão alguns problemas no longo prazo. Se você tiver dúvidas, converse com seu médico. O objetivo do tratamento depois de um AVC envolve também evitar possíveis eventos futuros, além de tratar as sequelas que surgem. Por isso, mudanças no estilo de vida são uma parte importante do acompanhamento do AVC isquêmico. Veja o que é preciso fazer para se recuperar do AVC isquêmico e impedir um segundo derrame:  Não fumar ou permitir que outros fumem perto de você  Limite de álcool a duas doses por dia para homens e uma dose por dia para as mulheres  Manter um peso saudável  Praticar pelo menos 30 minutos de exercícios na maioria dos dias da semana (caminhada é uma boa escolha)
  • 8.  Manter uma dieta equilibrada, pobre em colesterol, gorduras saturadas e sal, conforme orientação profissional  Fisioterapia  Terapia ocupacional  Fonoaudiologia. Complicações possíveis Entre as principais sequelas do AVC isquêmico, podemos destacar:  Paralisias: a área mais afetada pelo AVC é aquela responsável pelos movimentos do nosso corpo, sendo o lado esquerdo do cérebro responsável pelos movimentos do lado direito e vice versa. Por isso, é comum os pacientes passarem os primeiros dias após o AVC com um dos lados do corpo paralisados, e mesmo com a recuperação alguns têm a movimentação limitada. Pensando nisso, é essencial que o paciente não passe todo o tempo deitado, mesmo em sua estadia no hospital  Déficit sensitivo: a perda de sensibilidade do lado afetado pelo AVC acontece quando a área do encéfalo responsável por interpretar a sensibilidade é lesada. Grande parte da melhora acontece no primeiro ano após o evento, mas nada impede que elas continuem acontecendo. Uma atividade que pode ajudar na recuperação da sensibilidade é expor a área afetada a diferentes materiais, como esponjas, papéis, madeira, lixas ásperas e etc  Afasia: quando o AVC ocorre na área do cérebro correspondente à linguagem, é comum o paciente sofrer com a afasia, a perda da comunicação, que pode ser a fala ou o entendimento de uma mensagem. Ela pode ser dividida basicamente em dois grandes grupos: afasia de expressão (quando o paciente entende o que você fala, mas é incapaz de se expressar pela linguagem falada) e de compreensão
  • 9. (quando ele consegue se expressar de todas as formas, mas não entende o que lhe é dito). Caso a dificuldade esteja em se expressar, é fundamental o trabalho do fonoaudiólogo. Com esse acompanhamento, é possível até mesmo que uma pessoa que não conseguia dizer nada, reaprenda algumas palavras. Durante esse processo, enquanto a vítima do AVC ainda não consegue se comunicar pela fala ou escrita, podem ser combinados códigos, como mímicas ou acenos de cabeça. No caso de uma afasia no grupo da compreensão, é importante que a família e o cuidador fiquem atentos aos sinais que ela pode apresentar, pois é muito difícil reconhecer essa dificuldade. No geral, a pessoa não responderá suas perguntas de forma adequada, e falará sobre assuntos que não estão sendo discutidos no momento. Essa situação tem recuperação progressiva, e o melhor a fazer é entender que o paciente não tem consciência disso e esperar que as ligações cognitivas se recomponham adequadamente  Apraxias: além da dificuldade na fala, um paciente de AVC com apraxia perde a capacidade de se expressar por gestos e mímicas e de realizar tarefas motoras em sequências. Por exemplo: a pessoa sabe o que é uma chave e sabe o que é uma fechadura, mas simplesmente não consegue ligar uma coisa na outra, realizando o ato de inserir a chave na fechadura. É uma sequência que a pessoa não sabe mais fazer. Outro exemplo de apraxias é a incapacidade de fazer gestos que tenham um significado pré-definido, como o sinal de silêncio, acenar para dar oi ou levantar o polegar em sinal positivo. Nesses casos o paciente precisa reaprender a fazer esses processos. É necessário ensinar novamente essa sequência de movimentos, que deve ser lembrada e exercitada  Negligência: essa sequela diz respeito ao paciente que negligencia uma parte ou um lado se seu corpo - a intensidade do problema dependerá do tamanho da lesão. Ela se
  • 10. caracteriza por uma falta de percepção da metade afetada do corpo, como se aquele segmento não pertencesse à pessoa. É uma sequela muito grave, mas que normalmente desaparece depois dos três primeiros meses. Os quadros de negligência podem ser de três tipos - motor, visual e sensitivo. Ou seja, o indivíduo consegue se movimentar, enxergar ou sentir as coisas, mas o cérebro não processa essas possibilidades  Agnosia visual: entende-se por agnosia visual a incapacidade da pessoa de reconhecer objetos e pessoas através da visão, apesar de essa não ter sido comprometida. Dependendo do grau da lesão, a pessoa pode inclusive não reconhecer mais rostos. É importante exercitar esse lado do paciente, apresentando-o para novos objetos, sempre com muita paciência - uma tática é começar por objetos que faziam parte do cotidiano do paciente antes do AVC  Déficit de memória: a perda de memória normalmente é déficit secundário, inserido dentro de um contexto de outras perdas. O sintoma de déficit de memória dependerá da área do cérebro afetada, mas no geral a pessoa perde a capacidade de lembrar eventos recentes, recordando apenas episódios passados  Lesões no tronco cerebral: no tronco cerebral estão localizados centros responsáveis por atividades vitais, como a respiração. Lesões no tronco cerebral podem deixar sequelas graves e até mesmo levar à morte - a gravidade dependerá da extensão da lesão. Pacientes com esse tipo de sequela podem apresentar também paralisia nos dois lados do corpo, estrabismo e dificuldades para engolir - cada ponto sendo tratado por sua especialidade específica  Alterações comportamentais: Ocasionados por uma lesão na parte frontal do cérebro, as alterações comportamentais são comuns em vítimas de AVC. O indivíduo geralmente passa por quadros de agitação e quadro de apatia, passando por
  • 11. sintomas como perda de iniciativa ou explosões de raiva sem causa aparente. Os cuidadores devem buscar orientação medica, pois em alguns casos pode ser necessário que o paciente seja medicado  Depressão: até 30% dos pacientes com AVC, principalmente aqueles que sofreram lesão no hemisfério esquerdo do cérebro, podem desenvolver a depressão pós-AVC. A doença funciona exatamente como a depressão comum, mas há uma janela de tempo que liga esses sintomas ao AVC. Os sintomas são iguais aos da depressão comum - tristeza, apatia, sono inadequado, transtornos alimentares, entre outros - e pede um tratamento especializado com um psicólogo ou psiquiatra  Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): uma pesquisa feita pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, mostrou que quase um para cada quatro pacientes de AVC sofrem de estresse pós-traumático, e um em cada nove pacientes desenvolve TEPT crônico mais de um ano depois. Sintomas que ajudam a identificar o problema são pesadelos persistentes e tendência do paciente a evitar lembranças do evento, bem como frequência cardíaca e pressão arterial elevada. A recuperação depende da localização e da quantidade de danos cerebrais causados por acidente vascular cerebral, a capacidade de outras áreas saudáveis do cérebro para assumir a funcionar para as zonas danificadas, e reabilitação. Em geral, a menos que haja danos no tecido cerebral, as chances de invalidez são pequenas. Prevenção
  • 12. Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca, o uso de anticoncepcionais hormonais, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, o sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC. Referências:  Sociedade Brasileira de Cardiologia  Ministério da Saúde  Academia Brasileira de Neurologia