2. 1) Quais seriam os elementos textuais que
revelariam a classe social de João? Qual classe
seria esta?
Os elementos textuais que definiriam a
classe social de João são “(...) dona Rica (...) suas
várias olheiras e os seus vários sorrisos (...)” ;
“(...) ia falar que eu incomodei, tirei comida da
boca das crianças (...)” – todos estes elementos
se classificariam como definição de classe social
baixa. Tirar comida da boca das crianças
revelaria que a família passa fome; já ‘olheiras’
poderia revelar preocupação ou trabalho em
excesso.
3. Ainda sobre as diferenças sociais explícitas no texto,
há menção de como os moradores da cidade de
Pedra Alta se dividem e se relacionam. Explique
esta afirmação, utilize, também, partes do texto.
Ainda sobre as diferenças sociais
explícitas no texto, há menção de como os
moradores da cidade de Pedra Alta se dividem e
se relacionam, que seria a de os habitantes se
separarem em bairros e setores onde somente a
classe social alta vive e outros, em que somente a
classe baixa reside. “(...) descer a Avenida
principal, aquela que separava as casas dos ricos
do resto de Pedra Alta (...)”
4. 3) Há muitas figuras de linguagem utilizadas,
principalmente aquelas de valor oposto. Como
paradoxo e antítese. Encontre-os no texto e
explique-os.
Há muitas figuras de linguagem com
valor oposto dentro do texto. Entre estas há um
paradoxo, este seria “(...) Senti frio mesmo sendo
verão (...)”. Neste caso, o paradoxo existe, porque
se retirássemos qualquer um dos elementos, a frase
perderia parte do sentido. Exemplo: “Senti frio.”.
Já existem várias antíteses no texto. Sendo estas “
(...) eu corria e subia e descia (...)” ; além da
menção de cemitério e igreja, em “(...) A igreja
terminava, o muro se estendia, escondendo o
terreno do cemitério (...)”
5. 4) A igreja tem seu muro mais iluminado, por
uma retratação metafórica e simbólica. Qual
seria ela?
A igreja tem seu muro mais iluminado, por
uma retratação metafórica e simbólica. Esta
retratação seria a de um lugar de proteção, de
paz, onde ele se sentia completamente
seguro.
6. 5) Qual a função da descrição contínua do horário
no texto? Qual seria o propósito do autor – que
impressão este queria causar nos interlocutores?
A função do horário no texto descrito
continuamente seria para acrescentar na sensação
de suspense, durante a construção da narrativa. A
sensação que o autor queria causar nos
interlocutores seria a de tensão e ansiedade – pelo
momento de confrontação estar se aproximando.
7. 6) O vento, dentro da narrativa, simboliza, ou
seja, é uma metáfora para uma característica do
menino, esta representação seria a do próximo
sentimento de tensão do infante – seu próprio
medo. “(...) senti frio, mesmo sendo verão. Não
havia vento (...)” ; além de “(...) Dez horas (...) foi
o vento, estranhamento, o pé de vento (...)”
8. 7) Transcrevendo os elementos que indicam a
posição social da família do narrador, seriam:
“(...) O grande jardim da casa da vovó, com seu
sobrado elegante no meio do terreno (...)”. Os
elementos linguísticos como ‘grande’ e
‘elegante’ revelariam a posição social da família
do narrador, por serem indicadores financeiros –
um grande terreno, jardim, com um sobrado
feito, aparentemente, com requinte. Indicando
que houve uma preocupação estética com a
região.
9. 8) Associe o título da história com o trecho lido em
sala de aula. A relação entre o título e a história
seria de que a cidade, pelo que parece, começa
silenciosa, misteriosa, quase inabitada – tudo isto é
quebrado pela situação de suspense do menino. O
que é, principalmente, indicado pelo ‘vento’ – que
no início da narrativa não se move, estagna – apara,
logo após, no momento de tensão, iniciar-se com
uma brisa. A estagnação da cidade, assim como
seus habitantes idosos – parecem ter relação
análoga com o vocábulo “maldição do silêncio”.
10. 9) A indicação textual de que João sabia,
provavelmente, o que esperava o narrador do
texto dentro do cemitério seria o fato de seus
olhos faiscarem durante a saída do narrador, em
“(...) os olhos dele, na penumbra, tinham um
brilho especial (...)”
11. 10) A maldição do silêncio – ou seja a
estagnação da cidade – é quebrada pela risada
vinda do cemitério. O que adiciona um
elemento de tensão e suspense à vida do
narrador, fato que não acontecia antes.