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Sete regras para escrever melhor

1. Frases mais curtas que o teu dedo mindinho.
Frases demasiado longas e complicadas não pegam. A maioria das pessoas chegará ao fim sem se
lembrar de como a frase começou. Se pretendes expressar uma ideia, esforça-te para que em primeiro
lugar seja bem assimilada. E a única forma de o conseguires é escrevendo com clareza.
Outra vantagem de usar frases curtas é não correr o risco de meter água com a gramática e a pontuação.
A escrita é um fio de seda nas tuas mãos: pode desenrolar-se com elegância diante dos olhos (e então
tudo te parece perfeito) ou embrulhar-se à volta das pernas, fazendo-te cair ao início da tua jornada.
2. Deixa as palavras caras para os ricos.
Como a tua intenção é comunicar ideias e não a riqueza do teu vocabulário, o melhor caminho é escrever
com simplicidade e ser autêntico.
Escolher as palavras certas é como escolher uma peça de roupa. Para quê usar fato e gravata se te
sentes melhor com calças de ganga? Escolhe as palavras que quiseres, desde que em nenhum momento
essas palavras te façam sentir que não estás a ser igual a ti próprio.
Se na preparação para o teu post aprendeste uma palavra cujo significado desconhecias, então partilha
essa descoberta com os teus leitores. A tua sinceridade será apreciada, sobretudo porque não usaste o
teu vocabulário para fazer poses.
3. Quando escreves, a pontuação é sempre tua.
Vírgulas mal colocadas são como barreiras em corridas de obstáculos: quebram-te o ritmo e podem fazer-
te tropeçar. A dificuldade que possas ter com a pontuação não é por falta de gramática, é por falta de
leitura – e sobretudo leitura em voz alta.
Só lendo em voz alta mais facilmente te apercebes que a escrita não é diferente da música: a melodia é a
ideia que desejas expressar; as palavras, os instrumentos através dos quais expressas a tua ideia. Da
combinação desses instrumentos resulta o «arranjo» e a «harmonia» do teu texto. Os sinais de
pontuação são os instrumentos de percussão. Assim como os músicos podem tocar de ouvido sem
conhecer as pautas, também tu poderás escrever bem sem precisares de enfiar um compêndio de
gramática na cabeça.
Faz um exercício ao contrário: procura os sinais de pontuação na própria música. Põe a tocar o teu tema
preferido (com bateria) e procura associar os sons. Que poderá significar aquele som «splash» do prato
de ataque de uma bateria? Um ponto de exclamação? A que atribuirás o som ritmado de um prato de
condução suave? Às vírgulas?
Se leres muitas vezes em voz alta – os teus textos e os dos outros – começarás «a ouvir» as vírgulas e a
sentir a «respiração» das frases com a mesma naturalidade com que bates o pé quando ouves música.
4. Não tentes «escrever bem».
Escrever é um processo de descoberta de ti próprio e dos teus limites. Usar chavões, metáforas ou
analogias é um recurso óptimo que enriquece a tua escrita – desde que sejam os teus chavões, as tuas
metáforas e as tuas analogias.
Se te lembras apenas de figuras de linguagem que se lêem todos os dias nos jornais, mais vale apagar e
seguires a regra número 1: simplificar a comunicação e ser igual a ti próprio. Não te preocupes: o que tu
és agora não é forçosamente o que serás amanhã – e se a tua escrita for autêntica, acompanhará essa
mudança com tanta naturalidade que os teus leitores notarão a evolução primeiro que tu.
5. Tu tens qualidades, só falta seres capaz de as reconhecer.
Melhorar a escrita exige muito trabalho, mas a maior tarefa de todas consiste em remover todos os
obstáculos entre o teu pensamento e a folha em branco. Quanto mais te afastares de ti próprio e do que
tu és, mais dificuldade terás em obter fluidez na tua escrita.
Descobre as tuas próprias qualidades e investe o teu tempo e esforço a desenvolvê-las: não percas
tempo a desejar qualidades que reconheces nos outros mas que tu não tens. Nem todos os bloggers
podem ser escritores e nem todos os escritores podem ser bloggers. E não te esqueças: através da tua
escrita estás a criar uma presença na Web. Nenhuma presença é sustentável sem uma identidade. É
através da escrita que a consegues, não através de um avatar.
6. A escrita não é para preguiçosos.
Tudo o resto que possas fazer para melhorar a tua escrita depende da tua capacidade de trabalho.
Estuda gramática. Consulta o Prontuário Ortográfico. Instala um corrector ortográfico. Aprende com os
erros que dás. Revê os teus textos. Revê-os em voz alta. Quando estiveres cansado e achares que já
chega, revê outra vez. Antes de publicares, volta a ler o teu texto em modo Rascunho.
Lê. Lê muito. Lê jornais, revistas, livros, sobretudo livros. Quanto mais se lê, melhor se pensa; quanto
melhor se pensa, melhor se escreve – trabalha e esforça-se até chegares a um ponto em que o
pensamento te surge na cabeça como se fosse uma frase que escreves sem mãos. Estás disposto a
apagar a televisão ou o computador em nome desse objectivo?
7. A regra de ouro.
Chegará o dia em que quebrar todas estas regras será quase uma questão de estilo. Quando isso
acontecer, parabéns, pois terás conquistado o direito à subversão! Nunca te atrevas é a quebrar a regra
número 6.

                                      Usando a palavra
O texto é o meio primordial de transmissão de ideias por intermédio de signos.

O que preciso saber para escrever bem um texto?

                                             Definição do tema:
a) conhecimento prévio - associação de ideias afins
b) apoio de outros suportes - dicionários, textos sobre o tema
c) organização e método - usa uma ordenação familiar (numerais seguidos de letras, por exemplo)
c) identificação do receptor

Tipologia textual
- Estrutura lógica do texto:
                        INTRODUÇÃO  DESENVOLVIMENTO  CONCLUSÃO

                                           Géneros de texto
- Descrição
- Narração
- Dissertação

                                                     Descrição
Forma verbal de se retratar um objecto, pessoa ou paisagem. O texto descritivo possui enorme riqueza
de detalhes e informações que particularizam o objecto descrito.
É um texto figurativo. Descreve características das pessoas e das coisas. Não tem preocupação em
analisar, até pode, mas isso não é fundamental. Apresenta, expõe uma visão de algo ou algum fato.
                                                      Narração
Género de texto usado para contar uma história. Elementos principais do texto narrativo: acção,
personagem, espaço, tempo, enredo e narrador.
É um texto que supõe uma sequência. Baseia-se geralmente num enredo e aponta o início, meio e fim,
mesmo que esta não seja a ordem estabelecida.
                                                    Dissertação
Consiste numa exposição e desenvolvimento de ideias a respeito de um determinado assunto. É preciso
dominar o assunto, possuir argumentos fundamentados e uma boa colocação de ideias.
Baseia-se na argumentação; é um texto argumentativo. Parte de uma ideia, tema. Tem como dever:
expor, analisar, explicar, criticar, classificar, defender.

Dissertação: uma tarefa difícil?
Tipos de raciocínio num texto argumentativo:

                 Indutivo         do particular para o geral
dedutivo        do geral para o particular

                                      ( hipotético  dedutivo...)

Técnicas argumentativas

1. Argumentos sustentados por uma citação de alguém que já escreveu sobre o assunto.
2. Argumentos por comprovação, que são sustentados por factos reais ou dados competentes.
3. Argumentos por raciocínio lógico, que são sustentados por uma relação de causa e consequência;
tentam persuadir o leitor a partir da relação entre as ideias.
4. Argumentos por comparação e/ou contraste.

                            Elementos qualificadores do texto dissertativo
Ø Concisão
O texto conciso é aquele que transmite um máximo de informações com um mínimo possível de palavras
sem prejuízo da compreensão.
Ø Coesão
União entre as partes de um todo, conexão.
Ø Coerência
Resultado da presença de coesão entre as ideias expressas no texto e da perfeita ligação entre a ideia
principal e as secundárias.
Ø Unidade
Elemento que garante a lógica entre as partes.

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  • 1. Sete regras para escrever melhor 1. Frases mais curtas que o teu dedo mindinho. Frases demasiado longas e complicadas não pegam. A maioria das pessoas chegará ao fim sem se lembrar de como a frase começou. Se pretendes expressar uma ideia, esforça-te para que em primeiro lugar seja bem assimilada. E a única forma de o conseguires é escrevendo com clareza. Outra vantagem de usar frases curtas é não correr o risco de meter água com a gramática e a pontuação. A escrita é um fio de seda nas tuas mãos: pode desenrolar-se com elegância diante dos olhos (e então tudo te parece perfeito) ou embrulhar-se à volta das pernas, fazendo-te cair ao início da tua jornada. 2. Deixa as palavras caras para os ricos. Como a tua intenção é comunicar ideias e não a riqueza do teu vocabulário, o melhor caminho é escrever com simplicidade e ser autêntico. Escolher as palavras certas é como escolher uma peça de roupa. Para quê usar fato e gravata se te sentes melhor com calças de ganga? Escolhe as palavras que quiseres, desde que em nenhum momento essas palavras te façam sentir que não estás a ser igual a ti próprio. Se na preparação para o teu post aprendeste uma palavra cujo significado desconhecias, então partilha essa descoberta com os teus leitores. A tua sinceridade será apreciada, sobretudo porque não usaste o teu vocabulário para fazer poses. 3. Quando escreves, a pontuação é sempre tua. Vírgulas mal colocadas são como barreiras em corridas de obstáculos: quebram-te o ritmo e podem fazer- te tropeçar. A dificuldade que possas ter com a pontuação não é por falta de gramática, é por falta de leitura – e sobretudo leitura em voz alta. Só lendo em voz alta mais facilmente te apercebes que a escrita não é diferente da música: a melodia é a ideia que desejas expressar; as palavras, os instrumentos através dos quais expressas a tua ideia. Da combinação desses instrumentos resulta o «arranjo» e a «harmonia» do teu texto. Os sinais de pontuação são os instrumentos de percussão. Assim como os músicos podem tocar de ouvido sem conhecer as pautas, também tu poderás escrever bem sem precisares de enfiar um compêndio de gramática na cabeça. Faz um exercício ao contrário: procura os sinais de pontuação na própria música. Põe a tocar o teu tema preferido (com bateria) e procura associar os sons. Que poderá significar aquele som «splash» do prato de ataque de uma bateria? Um ponto de exclamação? A que atribuirás o som ritmado de um prato de condução suave? Às vírgulas? Se leres muitas vezes em voz alta – os teus textos e os dos outros – começarás «a ouvir» as vírgulas e a sentir a «respiração» das frases com a mesma naturalidade com que bates o pé quando ouves música. 4. Não tentes «escrever bem». Escrever é um processo de descoberta de ti próprio e dos teus limites. Usar chavões, metáforas ou analogias é um recurso óptimo que enriquece a tua escrita – desde que sejam os teus chavões, as tuas metáforas e as tuas analogias. Se te lembras apenas de figuras de linguagem que se lêem todos os dias nos jornais, mais vale apagar e seguires a regra número 1: simplificar a comunicação e ser igual a ti próprio. Não te preocupes: o que tu és agora não é forçosamente o que serás amanhã – e se a tua escrita for autêntica, acompanhará essa mudança com tanta naturalidade que os teus leitores notarão a evolução primeiro que tu. 5. Tu tens qualidades, só falta seres capaz de as reconhecer. Melhorar a escrita exige muito trabalho, mas a maior tarefa de todas consiste em remover todos os obstáculos entre o teu pensamento e a folha em branco. Quanto mais te afastares de ti próprio e do que tu és, mais dificuldade terás em obter fluidez na tua escrita. Descobre as tuas próprias qualidades e investe o teu tempo e esforço a desenvolvê-las: não percas tempo a desejar qualidades que reconheces nos outros mas que tu não tens. Nem todos os bloggers podem ser escritores e nem todos os escritores podem ser bloggers. E não te esqueças: através da tua escrita estás a criar uma presença na Web. Nenhuma presença é sustentável sem uma identidade. É através da escrita que a consegues, não através de um avatar. 6. A escrita não é para preguiçosos.
  • 2. Tudo o resto que possas fazer para melhorar a tua escrita depende da tua capacidade de trabalho. Estuda gramática. Consulta o Prontuário Ortográfico. Instala um corrector ortográfico. Aprende com os erros que dás. Revê os teus textos. Revê-os em voz alta. Quando estiveres cansado e achares que já chega, revê outra vez. Antes de publicares, volta a ler o teu texto em modo Rascunho. Lê. Lê muito. Lê jornais, revistas, livros, sobretudo livros. Quanto mais se lê, melhor se pensa; quanto melhor se pensa, melhor se escreve – trabalha e esforça-se até chegares a um ponto em que o pensamento te surge na cabeça como se fosse uma frase que escreves sem mãos. Estás disposto a apagar a televisão ou o computador em nome desse objectivo? 7. A regra de ouro. Chegará o dia em que quebrar todas estas regras será quase uma questão de estilo. Quando isso acontecer, parabéns, pois terás conquistado o direito à subversão! Nunca te atrevas é a quebrar a regra número 6. Usando a palavra O texto é o meio primordial de transmissão de ideias por intermédio de signos. O que preciso saber para escrever bem um texto? Definição do tema: a) conhecimento prévio - associação de ideias afins b) apoio de outros suportes - dicionários, textos sobre o tema c) organização e método - usa uma ordenação familiar (numerais seguidos de letras, por exemplo) c) identificação do receptor Tipologia textual - Estrutura lógica do texto: INTRODUÇÃO  DESENVOLVIMENTO  CONCLUSÃO Géneros de texto - Descrição - Narração - Dissertação Descrição Forma verbal de se retratar um objecto, pessoa ou paisagem. O texto descritivo possui enorme riqueza de detalhes e informações que particularizam o objecto descrito. É um texto figurativo. Descreve características das pessoas e das coisas. Não tem preocupação em analisar, até pode, mas isso não é fundamental. Apresenta, expõe uma visão de algo ou algum fato. Narração Género de texto usado para contar uma história. Elementos principais do texto narrativo: acção, personagem, espaço, tempo, enredo e narrador. É um texto que supõe uma sequência. Baseia-se geralmente num enredo e aponta o início, meio e fim, mesmo que esta não seja a ordem estabelecida. Dissertação Consiste numa exposição e desenvolvimento de ideias a respeito de um determinado assunto. É preciso dominar o assunto, possuir argumentos fundamentados e uma boa colocação de ideias. Baseia-se na argumentação; é um texto argumentativo. Parte de uma ideia, tema. Tem como dever: expor, analisar, explicar, criticar, classificar, defender. Dissertação: uma tarefa difícil? Tipos de raciocínio num texto argumentativo: Indutivo do particular para o geral
  • 3. dedutivo do geral para o particular ( hipotético  dedutivo...) Técnicas argumentativas 1. Argumentos sustentados por uma citação de alguém que já escreveu sobre o assunto. 2. Argumentos por comprovação, que são sustentados por factos reais ou dados competentes. 3. Argumentos por raciocínio lógico, que são sustentados por uma relação de causa e consequência; tentam persuadir o leitor a partir da relação entre as ideias. 4. Argumentos por comparação e/ou contraste. Elementos qualificadores do texto dissertativo Ø Concisão O texto conciso é aquele que transmite um máximo de informações com um mínimo possível de palavras sem prejuízo da compreensão. Ø Coesão União entre as partes de um todo, conexão. Ø Coerência Resultado da presença de coesão entre as ideias expressas no texto e da perfeita ligação entre a ideia principal e as secundárias. Ø Unidade Elemento que garante a lógica entre as partes.