as últimas quatro décadas, a cultura da soja tem experimentado aumentos expressivos de área e produtividade no Brasil. Nesse período, ocorreram muitos avanços tecnológicos e a oleaginosa passou a ser cultivada em larga escala, com uso maciço de máquinas. Atualmente, a cultura da soja tem sido inserida em modelos de produção pouco diversificados, como, por exemplo, a sucessão de soja/milho de segunda safra e soja/milheto para cobertura do solo, por vários anos consecutivos. A simplificação dos modelos de produção facilita a rotina operacional nas propriedades rurais, mas, por outro lado, tem provocado e intensificado alguns problemas agronômicos, sobretudo relacionados à redução da qualidade do solo e ao aumento de problemas fitossanitá- rios, como a infestação de plantas daninhas resistentes a herbicidas e o incremento de algumas doenças e insetos-praga de difícil controle. Neste contexto, em muitas circunstâncias, é necessário aumentar a diversidade de espécies cultivadas, seguindo um modelo de produ- ção sistematizado para maximizar a sinergia entre as culturas. Com isso, almeja-se o incremento de produtividade, com racionalização dos custos de produção e dos impactos ambientais oriundos da atividade agropecuária.