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Igreja e profissionalização

Conage
11 de Jul de 2012
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Igreja e profissionalização

  1. Igreja e profissionalização: oportunidades e riscos Afonso Murad www.afonsomurad.blogspot.com Apresentação no VIII CONAGE – São Paulo
  2. O que entendemos por profissionalização? • Formação e aperfeiçoamento das pessoas que exercem funções de liderança na Igreja (presbíteros, religiosos/as e leigas) na sua área específica de atuação, superando o amadorismo. • Adoção de procedimentos estratégicos e técnicos na ação evangelizadora, • Contribuição de profissionais e voluntários especialistas em diversas áreas, para tornar a evangelização mais eficaz.
  3. Profissionalismo inclui: • domínio e desenvolvimento de saberes específicos, • adoção de tecnologias correspondentes, • especialização crescente, • busca de qualidade para responder às demandas, • formação permanente das pessoas, • conexão com outras áreas do conhecimento, • ética profissional, • .....
  4. Profissionalização na ação pastoral em paróquias, dioceses e instituições da Igreja
  5. 1. Foco nos seus destinatários • O problema: atender mais aos interesses de seus membros do que às necessidades de seu público-alvo (corporativismo). • O caminho: o que fazer para que nossos destinatários encontrem aquilo que necessitam? Como melhorar os processos, para sermos fiéis à nossa missão? • Um exemplo: horário de atendimento em secretária paroquial.
  6. 2. Visão estratégica • Leitura de cenário -> definição da missão -> valores -> visão de futuro -> posicionamento -> objetivos -> iniciativas -> pessoas responsáveis -> indicadores -> avaliação -> repensar. • Elaborar um plano de pastoral diocesano (e paroquial), inspirado nas Diretrizes da CNBB, que eleja prioridades e abra novos caminhos. • Visão estratégica exige renúncia de certas rotinas e investir em inovação. • Não é fruto de iniciativas individuais, mas sim de longo processo participativo. • Plano sem ação é letra morta....
  7. Sinais da falta de estratégia: • imediatismo (agir pensando somente em curto prazo), • anarquia (não ter princípios de ação), • reatividade (reagir diante dos problemas, em vez de se antecipar a eles) • repetição de práticas. • Adoção de modismos (porque os outros fazem)
  8. A grande questão estratégica: Pastoral de eventos Pastoral de processos
  9. Priorizar, renunciar, lançar-se
  10. 3. Relação correta com fornecedores e prestadores de serviços • Fornecedores: pessoas físicas ou jurídicas que fornecem os insumos e serviços básicos necessários para o funcionamento da organização. • Fornecedores de uma paróquia: companhia de eletricidade, de água, de telefonia e internet; quem vende computadores e programas; padaria, mercearia ou supermercado; mecânico do carro e eletricista; loja de material construção; empresa de móveis; quem vende hóstia, vinho e material litúrgico; gráfica ou editora, vendedora de papéis e material de escritório. • Prestadores de serviços: realizam algo a partir de sua especialidade. Ex: escritório de contabilidade, assessoria jurídica, construção e reformas, organizações de infraestrutura para eventos (som, alimentação, segurança, transporte).
  11. Relação profissional com fornecedores • Definir formalmente: preços, condições e especificação do serviço. • Fazer ao menos dois orçamentos. • Escolher serviços e produtos com a melhor relação custo x benefício. Recorrer ao parecer técnico de equipe. • Evitar contratações motivadas por amizade pessoal. Em condições semelhantes, optar por fornecedores que participam da Igreja. • Rever contratos defasados.
  12. 4. Processo de gestão de pessoas • Nas organizações profissionais, a riqueza que gera riqueza são as pessoas que produzem, e não o patrimônio material de terrenos, prédios, salas e salões. • Prioridade: Escolher profissionais e voluntários com experiência, conhecimento, habilidades e sintonia com os valores da instituição. • Como: acurados processos de seleção, preparação, monitoramento, avaliação, formação continuada e aprimoramento das pessoas. • Formação de equipes multidisciplinares de alto desempenho. • E na Igreja?
  13. Gestão de pessoas na Igreja • O problema: investimento significa usar o dinheiro em patrimônio material, sobretudo em construções. Investir em pessoas soa como “custo”, “dinheiro jogado fora”. • Tarefa: implementar e aperfeiçoar processos de formação de profissionais (secretárias paroquiais, atendentes, pessoal administrativo) e lideranças voluntárias (catequistas, coordenadores de pastorais e ministérios, comunicadores, coordenadores, etc) • Definir atribuições, estimular o trabalho em equipe, avaliar anualmente as pessoas. • Limitar o tempo de atuação de coordenações. • Ter critérios mais exigentes para admitir presbíteros.
  14. 5. Adoção de modelo de gestão adequado • Grandes organizações abandonaram modelo anacrônico, concentrador de poder, com muitas chefias e um corpo amorfo de colaboradores sem iniciativa. • Modelos atuais nas organizações de sucesso: favorecem empoderamento, criatividade, ousadia, trabalho em equipe, estruturas funcionais flexíveis, reuniões produtivas, controle sobre resultados e não sobre rotinas.
  15. Modelos de gestão a Igreja • Resgatar o sentido de que somos, em primeiro lugar, uma comunidade de irmãos e irmãs, seguidores de Jesus. • Superar o clericalismo e a concentração de poder nas mãos de poucas lideranças leigas a partir da eclesiologia de “Povo de Deus”. • Favorecer experiências comunitárias de reflexão e tomada de decisão. • Atuar com agilidade para responder às novas demandas para evangelizar.
  16. Em síntese: Foco nos destinatários Visão estratégica Relação com fornecedores Gestão de pessoas Modelo de gestão
  17. Riscos da profissionalização • Perda da gratuidade. Valeriam somente os critérios da eficácia. • Transformar a Igreja numa empresa e o evangelho num produto. • Perder a força da sabedoria e da profecia, ao alinhar a Igreja a uma visão mercadológica e marketeira.
  18. O grande risco.... não consiste na profissionalização em si, mas sim numa visão acrítica, que toma como modelo perfeito a economia de mercado. O profissionalismo na economia de mercado tem sérios limites: competição desenfreada, sede ilimitada de poder, exploração da Terra e das pessoas, ideologia do sucesso a todo custo.
  19. A título de conclusão Manter a Cultivar paixão por procedimentos Jesus e pelo profissionais Reino de Deus
  20. Ver mais em: www.afonsomurad.blogspot.com Livro: Gestão e Espiritualidade. Paulinas.
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