SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
Instituto Superior de Ciências Educativas
FESTA DA FLOR
Estudo de Caso
Licenciatura em Turismo
UC: Marketing Turístico
3.º Ano – 1.º Semestre
Docente:
Dr. Nuno Abranja
Discentes:
Carlos Alberto Abreu
Paulo Bruno Ferreira
Rafael Jorge Vieira
Janeiro 2011
2
Resumo:
O principal objectivo deste estudo foi analisar qual o impacte do evento
anualmente organizado pela Secretaria Regional do Turismo e Transportes,
denominado por “Festa da Flor”, no mês de Abril.
Para tal, recorreu-se a um estudo de caso relacionando o tráfego aéreo e a
capacidade hoteleira e subsequente taxa de ocupação e adesão a este evento.
Usando sobretudo dados recolhidos na ANAM e na Direcção Regional de
Estatística e ainda de entrevistas semi-estruturadas a alguns Directores de
Hotéis no intuito de utiliza-las como referência de opinião do sector e um
questionário à Dr.ª Esmeralda Freitas, Técnica Superior na Direcção dos
Serviços de Animação Turística da Secretaria Regional do Turismo e
Transportes.
O estudo de caso descreve a importância do evento na Região Autónoma da
Madeira.
Explora a relação deste com a qualidade do serviço hoteleiro e a mais-valia
que representa para a região, onde uma parte significativa da sua população
depende das actividades turísticas directas e indirectas.
Constatou-se que o evento da “Festa da Flor” é um pólo da atracção numa
época de menor disponibilidade de férias para as populações, evitando assim a
sazonalidade no destino Madeira.
É um cartaz que atrai nichos de mercado e fideliza clientes. É também através
deste que obtemos um muito bom retorno, nas visitas aos nossos jardins, que
nesta data são muito divulgados, podendo ser destacado o Jardim Botânico
com mais de 2.500 espécies de flores e plantas e os diferentes espaços do
Monte que são por si um pólo de atracção, que na coincidência de datas com a
“Festa da Flor”, tem um aumento significativo de procura.
3
Com uma temperatura amena, para o espaço europeu, nesta época do ano
(primavera), este evento revela-se muito adequado para uma maior efectivação
turística, determinando o segundo mês do ano com melhor e maior
percentagem de ocupação hoteleira e procura na Região Autónoma da
Madeira.
Figura 1 – Festa da Flor
Abstract:
The main purpose of this study was to analyze what impact the event organized
annually by the Secretaria Regional do Turismo e Transportes, called "Festa da
Flor" in April.
To this end, we used a case study linking air traffic and hotel capacity and
occupation rate for the event.
Using data collected primarily in the ANAM and the Direcção Regional de
Estatística and still semi-structured interviews to some Hotel Directors in order
to use them as reference for the sector and a questionnaire to Dr Esmeralda
Freitas, Técnica Superior na Direcção dos Serviços de Animação Turística da
Secretaria Regional do Turismo e Transportes.
The case study describes the importance of the event in Madeira.
4
Explores its relationship with the hotel service quality and added value that
represents the region where a significant proportion of its population depends
on tourism directly and indirectly.
It was found that the event's "Festa da Flor" is a pole of attraction in a time of
reduced availability of holidays for the people, thereby avoiding the seasonality
in the Madeira Islands.
It is a sign that attracts market niches and customer loyalty. It is also through
this that we get a very good return on visits to our gardens, which today are
highly publicized, and may be prominent at the Botanical Gardens with over
2,500 species of flowers and plants and the different aspects of the Monte that
are themselves a attraction, that the coincidence of dates with the "Festa da
Flor ", is a significant increase in demand.
With a mild climate, the European space, this time of year (spring), this event
proves to be very suitable for greater gross tourism, determining the second
month of the year with better and higher percentage of hotel occupancy and
demand in the Região Autónoma da Madeira.
Palavras-chave:
Festa da Flor; Ocupação hoteleira; Secretaria Regional do Turismo e
Transportes; Região Autónoma da Madeira; ANAM – Aeroportos e Navegação
Aérea da Madeira.
5
Índice
Resumo/Abstract-------------------------------------------------------------------------------2
1. Introdução ------------------------------------------------------------------------------------7
1.1 Objecto e objectivos do estudo--------------------------------------------------------7
1.2 Estrutura do trabalho---------------------------------------------------------------------7
2. Estudo de Caso -----------------------------------------------------------------------------8
2.1 Capítulo I ------------------------------------------------------------------------------------8
2.1.1 Demonstração histórica---------------------------------------------------------------8
2.1.2 Festa da Flor--------------------------------------------------------------------------- 10
2.1.3 Muro da Esperança ------------------------------------------------------------------ 11
2.1.4 Cortejo Alegórico --------------------------------------------------------------------- 12
2.1.5 Percursos dos Cortejos------------------------------------------------------------- 13
2.1.5.1 Muro da Esperança – itinerário ------------------------------------------------ 13
2.1.5.2 Cortejo Alegórico – itinerário---------------------------------------------------- 13
2.1.8 Questionário --------------------------------------------------------------------------- 13
2.1.9 Entrevista a Directores Hoteleiros ----------------------------------------------- 16
2.2. Capítulo II -------------------------------------------------------------------------------- 19
2.2.1 Movimento aeroportuário----------------------------------------------------------- 19
2.3. Capítulo III ------------------------------------------------------------------------------- 22
2.3.1 Alojamento ----------------------------------------------------------------------------- 22
3. Conclusões e recomendações-------------------------------------------------------- 26
Referências Bibliográficas ----------------------------------------------------------------- 29
6
Índice de figuras
Figura 1 – Festa da Flor----------------------------------------------------------------------3
Figura 2, 3 e 4 – Ateneu Comercial do Funchal – 1967 e 1970 -------------------8
Figura 5 – Festa da Flor 1979 --------------------------------------------------------------9
Figura 6 – Festa da Flor 1979 --------------------------------------------------------------9
Figura 7 – Festa da Flor 2010 ------------------------------------------------------------ 10
Figura 8 – Espaço Infoarte ---------------------------------------------------------------- 10
Figura 9 – Animação de Rua ------------------------------------------------------------- 11
Figura 10 – Muro da Esperança --------------------------------------------------------- 12
Figura 11 – Cortejo Alegórico------------------------------------------------------------- 12
Figura 12 – Hotel Four Views------------------------------------------------------------- 18
Índice de quadros
Quadro 1 – Tráfego anual de passageiros no triénio 2008 a 2010 ------------- 21
Quadro 2 – Passageiros anuais---------------------------------------------------------- 22
Quadro 3 – 2000 e 2001 ------------------------------------------------------------------- 24
Quadro 4 – 2002 a 2004 ------------------------------------------------------------------- 24
Quadro 5 – 2005 a 2007 ------------------------------------------------------------------- 25
Quadro 6 – 2008 e 2009 ------------------------------------------------------------------- 26
Índice de gráficos
Gráfico 1 - Tráfego anual de passageiros no triénio 2008 a 2010 -------------- 21
Gráfico 2 – Passageiros anuais---------------------------------------------------------- 22
Gráfico 3 – 2000 e 2001-------------------------------------------------------------------- 24
Gráfico 4 – 2002 a 2004-------------------------------------------------------------------- 25
Gráfico 5 – 2005 a 2007-------------------------------------------------------------------- 25
Gráfico 6 – 2008 e 2009-------------------------------------------------------------------- 26
7
1. Introdução
1.1 Objecto e Objectivos do Estudo
O trabalho que apresentamos, é sobre um produto turístico que atrai milhares
de pessoas todos os anos à ilha da Madeira, que observam e participam na
“Festa da Flor”.
Na perspectiva de obter a sustentabilidade e garantir uma admirável taxa de
ocupação hoteleira, que permite manter um serviço de excelência e de procura
de um destino, que ao longo dos anos foi aprofundando e melhorando as
raízes de um programa capaz de constituir-se como cartaz de referência
possibilitando aos visitantes, o desfrute de um evento único e particularmente
esplendoroso que deleita de prazer quem tem a oportunidade de observá-lo.
Exploraremos as diferentes fases deste evento, com o intuito de constatar qual
a sua utilidade para a região.
O nosso Estudo de Caso será interpretativo, capaz de demonstrar a
envolvência criada pelos diferentes actores posicionados, de forma a obter o
sucesso deste cartaz.
Estudaremos os “como” e “porquê” que caracterizam todo o desenvolvimento
estrutural e histórico da “Festa da Flor”.
Finalmente faremos considerações sobre todo estudo realizado.
1.2 Estrutura do Trabalho
O trabalho será realizado com uma metodologia de identificação dos
parâmetros e interpretação dos dados e valores disponibilizados, nas diferentes
entidades consultadas.
8
Este trabalho foi desenvolvido da seguinte forma: demonstração e identificação
do evento; constatação do movimento aeroportuário; percentagem estatística
das entradas de hóspedes nas diferentes unidades hoteleiras da Região
Autónoma da Madeira; realização de um questionário directo e objectivo aos
Serviços de Animação Turística; realização de entrevistas semi-estruturadas a
diferentes Directores hoteleiros.
2. Estudo de Caso
2.1 Capitulo I
2.1.1 Demonstração histórica
A Festa da Flor, inicia-se em 1955 com a designação “Festa da Rosa”,
organizada pelo Ateneu Comercial do Funchal, fundado em 1898, Associação
que primou pela sua vertente recreativa, cultural e educativa.
Figura 2, 3 e 4 – Festa da Rosa (Ateneu Comercial do Funchal) 1967 e 1970
A Festa da Rosa consistia na apresentação de flores em duas categorias:
flores cortadas e flores em vaso, avaliadas por um júri.
Em 1979, já com o Director dos Serviços de Animação de então, João Carlos
Nunes Abreu a festa vem para a rua com o seu desfile alegórico, convidando
os madeirenses, e os funchalenses em particular a participar no certame,
atraindo por contágio todos quantos visitavam esta magnífica ilha.
9
Figura 5 – Festa da Flor 1979
Figura 6 – Festa da Flor 1979
O desfile consistia em percorrer as principais artérias da cidade do Funchal,
com os trajes tradicionais de diferentes locais da Região Autónoma da Madeira,
acompanhados das suas bandas de música e ranchos folclóricos.
Desde de 1997 o cortejo, passa a ser explorado pelos diferentes participantes
com um Tema conjunto, mas trabalhado por cada grupo de forma diferente. Os
Temas são: 1997 - O mais belo jardim; 1998 - O mar; 1999 - O artesanato e as
flores; 2000 - Natureza e ambiente; 2001 - Laurissilva; 2002 - A ilha e o mar;
2003 - A ilha dos amores; 2004 - Madeira euforia de flores dentro da Europa;
10
2005 - Madeira, um mar de flores para ti; 2006 - Dança das estações; 2007 -
Da Madeira uma flor para a paz; 2008 - Dança das flores; 2009 - O
principezinho; 2010 - Terra.
Figura 7 – Festa da Flor 2010
2.1.2 Festa da Flor
Esta festa é desenvolvida em várias componentes, das quais destacamos a
exposição e cenários de flores no Largo da Restauração, cortejos alegórico e
infantil do “Muro da Esperança” nas principais artérias da Cidade do Funchal,
“quadros vivos” alusivos ao evento na Avenida Arriaga e exposição no espaço
Infoarte da Secretaria Regional do Turismo e Transportes, referente ao tema
escolhido.
Figura 8 – Espaço Infoarte
11
Como é habitual, a baixa citadina será animada com actuações de bandas
filarmónicas, grupos folclóricos e agrupamentos musicais diversos (sopros,
cordas, percussão e teclas).
Figura 9 – Animação de rua
A cidade do Funchal veste-se a rigor, por ocasião da Festa da Flor, num
ambiente único e inesquecível, numa verdadeira explosão de cor, presente nos
tapetes florais expostos pelas ruas, nas montras decoradas com flores e num
sem fim de apresentação, pormenor e variedade de espécies, coloridos e
feitios de flores.
2.1.3 Muro da Esperança
A manhã deste dia é exclusivamente dedicada às crianças. Na baixa do
Funchal, especificamente entre a Avenida Arriaga e a Praça do Município,
crianças de várias escolas do Funchal concentram-se na Avenida Arriaga, a
partir de onde vão em cortejo até à Praça do Município, onde irão depor uma
flor no “Muro da Esperança”, num gesto simbólico de apelo à paz.
Seguidamente realiza-se a largada de pombos, símbolo de PAZ no Mundo
inteiro seguido de um espectáculo infantil.
12
Figura 10 – Muro da Esperança
2.1.4 Cortejo Alegórico
Acontece no Domingo, dia reservado restritamente ao Cortejo Alegórico da
Flor, o qual integra diversos carros alegóricos decorados com flores e centenas
de figurantes organizados por grupos, que com trajes alusivos ao objecto da
comemoração (a flor), desfilam entre a Avenida do Mar e das Comunidades
Madeirenses e o Largo do Município, onde se dá por terminado o corso.
Figura 11 – Cortejo Alegórico
13
2.1.5 Percursos dos Cortejos
2.1.5.1 Muro da Esperança
Itinerário: Concentração na Avenida Arriaga – 9h00 – frente ao Jardim
Municipal, Avenida Zarco, Rua Câmara Pestana e Praça do Município.
2.1.5.2 Cortejo Alegórico
Itinerário: Partida da Praça da Autonomia (lado Sul), Avenida do Mar e das
Comunidades Madeirenses (faixa Sul), mudança para faixa Norte (frente ao
Marina Shopping) e subida pela R. Dias Leite, Rotunda do Infante, Av. Arriaga
(faixa Norte – até ao Banco de Portugal), Avenida Zarco (faixa Norte), Rua
Câmara Pestana e Praça do Município.
2.1.6 Questionário
Foi contactada a Secretaria Regional do Turismo e Transportes com o intuito
de nos informarem mais sobre a Festa da Flor.
As respostas foram dadas muito amavelmente pela Drª Esmeralda Freitas,
Técnica Superior da Direcção dos Serviços de Animação Turística da
Secretaria Regional do Turismo e Transportes.
Para o efeito, foi utilizado o seguinte questionário:
1 – Quando surgiu a Festa da Flor e porquê?
2 – O que se perdeu e o que se ganhou?
3 – O porquê da data?
4 – As flores são todas oriundas da Madeira?
5 – O porquê da escolha dessas flores?
6 – Quais os temas e o porquê deles?
7 – O que é necessário para participar na Festa da Flor?
8 – Quantos grupos existem?
9 – Quem organiza?
10 – Quando é que começam os preparativos?
11 – Qual a duração da Festa?
12 – Qual o montante em dinheiro investido?
13 – Um pouco da história da Festa da Flor?
14
1 – A Festa da Flor como evento de rua teve o seu início no ano de 1979.
As origens da Festa da Flor remontam à “Festa da Rosa”, organizada pelo
Ateneu Comercial do Funchal, que teve lugar em 1955 e que a partir desse ano
se passou a intitular “Festa da Flor”. Essa festa era composta por um baile que
marcava o início da Primavera, denominado “Baile da Rosa” e uma exposição -
concurso de flores.
A Festa da Flor foi um meio encontrado para realçar a importância económica e
potenciar o valor da flor como factor de dinamização turística.
2 – Em relação ao evento, podemos afirmar que só temos ganhos a reportar. A
aposta no mesmo resultou num cartaz turístico mundialmente reconhecido, que
garante uma enorme procura turística e taxas de ocupação hoteleira na ordem
dos 90 a 95%, bem como um tempo de permanência na ilha superior a
qualquer um dos outros cartazes turísticos, que por vezes ultrapassa uma
semana.
3 – A data, foi calendarizada para duas semanas após a Páscoa, que marca o
início da Primavera, altura em que a Ilha está mais florida.
4 – Assiste-se a um aumento da utilização da flor produzida na Região, já que
a produção regional tem vindo a ser incrementada, no entanto, há necessidade
de recorrer ao exterior visto que a mesma não é suficiente para suprir a procura
aquando da realização da Festa, dadas as avultadas quantidades utilizadas
nas decorações dos carros alegóricos.
5 – As flores utilizadas no evento são essencialmente flores da época e da
Madeira.
6 – Os temas são sempre escolhidos pela SRTT/DRT e a sua escolha baseia-
se em temáticas regionais ou intimamente relacionadas com a natureza, bem
como comemorações de anos internacionais como foi o caso do corrente ano,
cujo tema definido foi a “Terra”, com base nas comemorações do Ano
Internacional da Biodiversidade.
15
7 – Para integrar a Festa da Flor, é necessário apresentar um Projecto de
Promoção e Animação Turísticas à Direcção Regional do Turismo/Secretaria
Regional do Turismo e Transportes, acompanhado de respectiva candidatura a
Protocolo de Desenvolvimento e Cooperação, que é submetido a análise por
uma Comissão nomeada para o efeito e posteriormente aprovado ou não por
parte da Secretária Regional, de acordo com a Portaria 78/2001 de 13 de
Julho.
8 – O número de grupos varia de acordo com o número de projectos
aprovados. O Cortejo alegórico da Flor em 2010 integrou 10 grupos.
9 – A organização da Festa é da responsabilidade da Direcção Regional do
Turismo/ Secretaria Regional do Turismo e Transportes, através da Direcção
de Serviços de Animação Turística.
10 – O evento é preparado com muita antecedência. O tema é apresentado no
ano anterior à realização do mesmo e a entrada nos Serviços dos projectos e
candidaturas iniciam-se no mês de Janeiro do ano em que têm lugar,
seguidamente são analisados e seleccionados os projectos e informados os
candidatos da decisão de inclusão dos mesmos no certame.
11 – As Festas têm uma duração de 6 dias. Iniciam-se na Quinta-Feira, com a
inauguração das exposições e decorações citadinas e terminam na Terça-Feira
da semana seguinte.
12 – Cerca de 300.000,00 €
13 – Parte da história da Festa da Flor pode ser encontrada na resposta nº. 1,
podendo-se ainda acrescentar que no ano em que se iniciou comemorava-se o
Ano Internacional da Criança, e que a Festa da Flor organizada pelo Ateneu
Comercial do Funchal foi transformada num cartaz turístico internacional, pela
Direcção Regional do Turismo e passou incluir para além da exposição das
flores, o Muro da Esperança e o Cortejo da Flor.
16
2.1.7 Entrevistas a Directores Hoteleiros
A propósito do impacte que este evento tem junto da hotelaria madeirense,
contactamos vários hoteleiros e directores de hotéis, que nos transmitiram no
geral, uma reacção muito positiva sobre a contribuição da “Festa da Flor” para
a economia da Região e das unidades hoteleiras em particular.
De acordo com o director do Hotel Tivoli Madeira, João Sanches, a importância
da “Festa da Flor” para a hotelaria madeirense “é bastante grande”, pois, “é o
segundo cartaz com maior importância na ilha da Madeira, logo a seguir ao
“Fim do Ano””.
Destaca mesmo que “devido aos acontecimentos do dia 20 de Fevereiro esta
Festa da Flor traz ainda mais importância, reflectindo toda a campanha
efectuada”.
No que se refere à taxa de ocupação do Tivoli Madeira, o director deste hotel
realça que este “estará cheio, com apenas meia dúzia de quartos disponíveis
para os últimos pedidos, com uma ocupação que ronda os 95% para os quatro
dias da Festa da Flor”.
Neste âmbito, lamentou mesmo que a “Festa da Flor” “não tenha sido este ano
prolongada um pouco mais”, lembrando que “há muito mais Madeira após a
Festa da Flor”. João Sanches considera, por isso, necessário prosseguir na
promoção do destino, destacando nomeadamente, a importância de outro
evento que tem ganho clientela, que é o Festival do Atlântico, em Junho, “e que
é preciso não esquecer”.
Segundo o director da Quintinha de São João, no Funchal, a “Festa da Flor” “é
um evento consolidado, que permite que o destino apareça lá fora com
visibilidade, pelo que é de grande importância”.
André Barreto destaca mesmo que já há uma clientela que “procura visitar a
Madeira durante a “Festa da Flor”, muitas das quais já aqui tinham estado,
17
além de outras que ficam com muita curiosidade e visitam a Região por causa
deste evento”.
Salienta mesmo que, segundo dados de 2007, a “Festa da Flor” “trouxe mais
gente à Madeira que o Fim do Ano”, acrescentado que o período da Páscoa
mais o evento da “Festa da Flor” “permite manter uma boa taxa de ocupação”
que, realçou, no caso da Quintinha de São João é próxima dos 90%.
Por seu lado, o director do Hotel Porto Santa Maria, no Funchal, também
acentuou a importância da “Festa da Flor” para a hotelaria madeirense,
considerando “que logo a seguir ao “Fim do Ano” este é o evento mais
marcante em termos turísticos da imagem que passa lá para a fora da
Madeira”.
Assim, Virgílio Silva realça a importância deste cartaz turístico no que se refere
à captação do interesse dos turistas em visitar a Região, sublinhando mesmo
que “este evento já se vende por si”.
Neste âmbito, considera que “é necessário promover muito a Madeira noutras
alturas”, salientando mesmo a importância da promoção da Região durante a
“Festa da Flor” que diz, “será o evento que irá permitir apagar um pouco aquela
imagem recente resultante do temporal de 20 de Fevereiro, permitindo
restaurar a imagem da Madeira”.
Apesar de reconhecer que o Porto Santa Maria irá “estar cheio” durante o
período da “Festa da Flor”, adiantou que “não se verifica a situação de
“overbooking” de outros anos.
Também Sérgio Costa, responsável pela direcção dos hotéis Four Views
Monumental, Four Views Baía, no Funchal, e Four Views Oasis, no Caniço,
sublinha a importância da “Festa da Flor”, sobretudo após os acontecimentos
do dia 20 de Fevereiro de 2010.
18
Neste âmbito lamenta que “não tenha havido um esforço concertado em passar
para a comunicação social internacional” a imagem da recuperação da
Madeira, realçando que “só em cancelamento de estadias o grupo Four Views
perdeu à volta de 600 mil euros, sem contabilizar as reservas que estão a
menos de metade do ano passado”.
“Esperemos que a “Festa da Flor” seja o evento que venha dar a volta a tudo
isto”, acentuou, destacando ser um “cartaz turístico fantástico que tem dado a
conhecer a Madeira a nível internacional e um dos eventos mais importantes
que temos em termos turísticos”.
Todavia, considera que as consequências positivas do evento para a
recuperação da imagem da Madeira “já vêm um pouco tarde, especialmente
para o mercado externo”.
Figura 12 – Hotel Four Views
No entanto, o director dos hotéis Four Views acredita que o mercado nacional e
o mercado espanhol poderão compensar algumas das perdas de clientes no
mercado externo, “especialmente em Julho e em Agosto”.
Neste âmbito, volta a sublinhar que “tem de ser feita uma campanha de
informação e promoção muito bem feita no mercado internacional, sobretudo
junto dos tradicionais, Alemanha e Inglaterra especialmente, para as pessoas
saberem que as coisas estão normais”.
19
Quanto à taxa de ocupação dos três hotéis do grupo durante a Festa da Flor,
Sérgio Costa afirmou que será de 100%, adiantando mesmo “haver algumas
situações de overbooking”.
2.2 Capitulo II
2.2.1. Movimento aeroportuário
O Aeroporto da Madeira é inaugurado em 1966, até então o acesso à Ilha da
Madeira fazia-se através de barco ou hidroavião.
Após o único acidente trágico da TAP - Transportes Aéreos Portugueses,
ocorrido neste aeroporto em 1977, a população madeirense na figura do seu
Presidente Dr. Alberto João Jardim, reivindicam a melhoria do Aeroporto da
Madeira, infra-estrutura indispensável para o desenvolvimento da Região
Autónoma da Madeira, que valoriza as suas capacidades turísticas como um
dos pólos de desenvolvimento da sua população e um dos sectores de
actividade que emprega mais colaboradores.
As obras de melhoramento da pista original decorrem entre 1982 a 1986, o que
faz com que a pista passe a ter 1.800m em vez dos 1.200m iniciais.
A inauguração da última fase de construção do Aeroporto da Madeira efectua-
se em Setembro de 2004, permanecendo esta com 3.100m.
Com esta remodelação torna-se possível a aterragem de aparelhos de
transporte aéreo de passageiros de maiores dimensões, além de que a
segurança das pistas evoluem e os serviços disponibilizados na estrutura
passam a ser equiparados ao do que melhor existe mundialmente.
Em 2003 o movimento de passageiros ascendia os 2.600.000 por ano, mas
hipoteticamente devido às obras de melhoramento e aos condicionalismos do
horário da pista, que tem de coordenar o tempo de utilização da mesma com o
Consórcio responsável pela execução das obras de beneficiamento desta,
20
contribuindo para o decréscimo de operações no Aeroporto em 2004, que
dispõe de 2.273.701 passageiros em transito para a Madeira.
Em 2005 o Aeroporto da Madeira inicia uma recuperação de passageiros que
permite constatar que o número total tenderia a se aproximar aos valores de
dois anos antes, assim temos 2.320.658, que cresce em 2006 para 2.362.398.
Em 2007 este número era de 2.419.698 passageiros em chegadas no
Aeroporto da Madeira. Com o início da crise imobiliária nos Estados Unidos da
América e a falência da instituição bancária Lehmon & Brothers Corporation Inc
e consequente arrastamento da Europa para a crise económica o movimento
de passageiros em 2008 diminui para 2.362.398.
Em 2009 o número de passageiros praticamente se mantém em 2.346.649 de
chegadas, num ano em que a crise persiste ou ainda podemos considerar que
se acentua.
O número de passageiros em 2010, no Aeroporto da Madeira é de 2.233.524.
Analisando os dados disponíveis do século XXI, com maior incidência no último
triénio de 2008 a 2010, no tráfego aéreo, em 2008 o mês com maior afluência
de passageiros é o de Agosto seguido pelo mês de Março, que neste ano
coincidiu com a realização da “Festa da Flor”. Os restantes meses de verão
Julho e Setembro são aqueles que maior movimento de passageiros gera no
Aeroporto da Madeira.
Em 2009 os meses com maior entradas de visitantes é o de Agosto, época de
férias na Europa, seguido de Abril, mês da “Festa da Flor” e que mesmo em
altura de recessão consegue despertar o interesse por quem nos visita.
2010 É um ano particularmente atípico no tráfego aéreo, pois para além do
aprofundamento da crise económica europeia, com particular atenção para a
Grécia e a Irlanda. A intempérie que assolou a Madeira a 20 de Fevereiro e
ainda a nuvem vulcânica, gerada pelo vulcão inactivo a mais de trezentos anos
21
na Islândia, obrigou o cancelamento de inúmeros voos. As greves no sector,
quer no pessoal de cabine e controladores aéreos, a vaga de frio no hemisfério
norte que paralisou a grande maioria dos aeroportos no mês de Dezembro.
Em suma, verifica-se que apesar de o mês de Agosto ser o de maior
movimento de passageiros, pois é o mês tradicionalmente de férias, em Abril
existe uma boa afluência de passageiros, muito por responsabilidade da “Festa
da Flor”.
Quadro 1 – Tráfego anual de passageiros no triénio 2008 a 2010
Gráfico 1 – Tráfego anual de passageiros no triénio 2008 a 2010
22
Número total de passageiros no Aeroporto da Madeira referente aos anos de
2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008.
Quadro 2 – passageiros anuais Gráfico 2 – passageiros anuais
2.3 Capitulo III
2.3.1 Alojamento
Procedeu-se à interpretação das diferentes taxas de ocupação nas unidades
hoteleiras da Região Autónoma da Madeira ao longo da primeira década do
século XXI.
Analisando os dados referentes a este século, determina-se que o mês de
Abril, directamente relacionado com o evento “Festa da Flor”, obtém ao longo
dos anos uma boa percentagem de ocupação, em especial nas unidades
hoteleiras localizadas na cidade do Funchal, que em alguns casos atinge o
overbooking.
Assim, os dados concretos da Direcção Regional de Estatística apontam para,
em 2000, a percentagem de ocupação das unidades hoteleiras na RAM tem o
seu expoente máximo no mês de Abril atingindo o valor de 74,0%.
2001 O valor máximo é atingido em Agosto, seguido de Abril com 71,8%.
2002 Obteve maior afluência em Agosto, repartindo o segundo lugar, o final de
Março e o início de Abril, data do programa promocional da “Festa da Flor”
neste ano. A ocupação foi de 64,9%.
23
2003 Agosto continua a ser o mês com maior procura, seguido de Abril com
64,8%.
2004 O verão continua a ser procurado e Agosto mantém a liderança, e a
segunda marca de maior ocupação continua a ser Abril com 63,2%.
2005 Os meses de verão são os mais procurados com Agosto em primeiro
lugar, seguido de Setembro e de Julho. O mês de Abril relacionado com a
“Festa da Flor” obtém uma taxa de ocupação de 58,1%, um pouco abaixo das
expectativas.
2006 Agosto é o mês mais procurado, seguido de Abril com 66,8%.
2007 É a repetição do ano anterior tendo Abril registado 69,5%.
2008 Continua os resultados anteriores e Abril representa 68,5% de ocupação.
2009 Depois de Agosto, Abril mantém o segundo lugar com 59,1%.
2010 É um ano difícil de aferir, enquanto não são divulgados os resultados
oficiais, pois se por um lado as unidades hoteleiras aproveitaram este evento
para alguma recuperação do 20 de Fevereiro, não evitaram totalmente os
cancelamentos provocados por esta tragédia.
Quadros e gráficos demonstrativos do alojamento nas unidades hoteleiras da
Madeira na primeira década deste século:
24
Quadro 3 – 2000 e 2001
Gráfico 3 – 2000 e 2001
Quadro 4 – 2002 a 2004
25
Gráfico 4 – 2002 a 2004
Quadro 5 – 2005 a 2007
Gráfico 5 – 2005 a 2007
26
Quadro 6 – 2008 e 2009
Gráfico 6 – 2008 e 2009
3. Conclusão
Com base em toda a análise efectuada para a elaboração deste trabalho,
desperta a atenção para o aumento de visitantes à Ilha da Madeira no mês de
Abril, mês este, que está associado ao evento “Festa da Flor ”. É também nesta
época do ano que se regista o segundo maior pico de taxa de ocupação para o
sector hoteleiro, que apesar de estar fora do período normal de férias, é sem
sombra de dúvida um período onde se regista uma forte afluência à Região. O
evento assim, celebra a Primavera, que afortunadamente conta com o
contributo da temperatura amena que se faz sentir nesta época do ano. A
27
“Festa da Flor” tem-se revelado, ano após ano, uma aposta acertada para a
entidade com responsabilidade na promoção do Turismo para a Região
Autónoma da Madeira, pois este evento tem transmitido para quem nos visita
uma imagem fascinante sobre a região e que continuamente deixa encantado a
quem assiste ao evento. Não falemos apenas e somente do Cortejo, onde
varias associações e particulares, dão asas à imaginação e fazem-se
representar com diferentes caracterizações utilizando as flores de forma a que
se passe uma mensagem que somente através de palavras, não teria
certamente o mesmo resultado. Não podemos esquecer todos os rituais
associados ao evento, as inúmeras exposições de flores promovidas por
diversas identidades, a elaboração do célebre “Tapete de Flores Naturais” no
coração da cidade, que encanta todos aqueles que têm a oportunidade de
assistir a tão extremoso espectáculo, não só visual mas que também nós dá a
possibilidade de nos deslumbramos com todo a fragrância libertada por todas
as flores.
Associado a tudo isto, a possibilidade de promoção dos anos seguintes por
parte daqueles que nos visitam nesta época, com o despertar da curiosidade
para uma maior “descoberta” da região, com a vontade de conhecer melhor, o
que tudo de magnífico que a Ilha lhes pode proporcionar.
É também de ressalvar que nos últimos anos a Madeira tem aumentado a sua
própria produção de flores e com isso também aumentou a sua exportação,
fruto esse que advém do cartaz “Festa da Flor”, promovendo o que de mais
genuíno e autêntico que podemos encontrar na região.
Verifica-se uma excelente taxa de ocupação, a rondar os 70% de média na
região e em que nos Hotéis no Funchal, alguns chegam a atingir o
overbooking.
Apesar de ser o segundo evento com maior orçamento disponível, depois das
“Festas do Fim do Ano”, este cartaz é sem dúvida o que melhor retorno oferece
a esta região.
28
Este evento revela-se ser ma aposta ganha pelo Governo Regional, através da
Secretaria Regional do Turismo e Transportes na Direcção dos Serviços de
Animação Turística, que em boa hora faz da “Festa da Rosa” uma festa
verdadeiramente da flor, incluindo a criação do “Muro da Esperança”, Cortejo
Alegórico e Tapetes Florais, contribuindo fortemente para a não existência de
sazonalidade do turismo da região.
Esta actividade, é a segunda maior empregadora na região, dependendo
fortemente destas iniciativas de governo para manter excelentes percentagens
de ocupação ao longo de todo o ano.
Julgamos pertinente para a Direcção Regional dos Assuntos Culturais (DRAC)
a elaboração de um livro que registe e retrate toda a evolução deste evento
(“Festa da Flor”).
29
Referências Bibliográficas:
http://www.anam.pt/Default.aspx acedido a 25 de Outubro de 2010
http://www.madeiraislands.travel/pls/madeira/wsmwdet0.detalhe_conteudo?p_c
ot_id=320&p_lingua=pt&p_sub=1 acedido a 25 de Outubro de 2010
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Funchal&Concelho=F
unchal&Option=Interior&content_id=1545048 acedido a 11 de Novembro de
2010
http://www.four-views-baia.com/en/location.html acedido a 10 de Janeiro de
2011
Cedência de fotografias da Secretaria Regional do Turismo e Transportes
Cedência de Fotografias do Museu Vicentes

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Otet módulo 2
Otet módulo 2Otet módulo 2
Otet módulo 2TatyFG
 
Rede e sistema urbanos em portugal.2
Rede e sistema urbanos em portugal.2Rede e sistema urbanos em portugal.2
Rede e sistema urbanos em portugal.2Idalina Leite
 
Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia abarros
 
Transportes Telecomunicações Qualidade de Vida
Transportes Telecomunicações Qualidade de VidaTransportes Telecomunicações Qualidade de Vida
Transportes Telecomunicações Qualidade de VidaInês
 
O papel das tic no dinamismo dos diferentes espaços geográficos
O papel das tic no dinamismo dos diferentes espaços geográficosO papel das tic no dinamismo dos diferentes espaços geográficos
O papel das tic no dinamismo dos diferentes espaços geográficosIlda Bicacro
 
Módulo 2 - procura e motivações turísticas.
Módulo 2 - procura e motivações turísticas.Módulo 2 - procura e motivações turísticas.
Módulo 2 - procura e motivações turísticas.Sónia Araújo
 
A População Distribuição da População 2º Ano
A População  Distribuição da População   2º AnoA População  Distribuição da População   2º Ano
A População Distribuição da População 2º Anoguest27c000
 
Historia do Turismo em portugal
Historia do Turismo em portugalHistoria do Turismo em portugal
Historia do Turismo em portugalCarla Freitas
 
Trabalho individual 10 produtos turisticos
Trabalho individual 10 produtos turisticosTrabalho individual 10 produtos turisticos
Trabalho individual 10 produtos turisticosTina Lima
 
Area integracao - subtema 2_3 - A construcao da democracia
Area integracao - subtema 2_3 - A construcao da democraciaArea integracao - subtema 2_3 - A construcao da democracia
Area integracao - subtema 2_3 - A construcao da democraciaCarlos Henrique Tavares
 
Qualidade em destino turístico
Qualidade em destino turísticoQualidade em destino turístico
Qualidade em destino turísticoKaryn XP
 
Area de integracao modulo 6
Area de integracao   modulo 6Area de integracao   modulo 6
Area de integracao modulo 6Alfredo Garcia
 
Projeto inventário da oferta turística
Projeto inventário da oferta turísticaProjeto inventário da oferta turística
Projeto inventário da oferta turísticaElizabeth Wada
 
Mobilidade e Redes de Transportes
 Mobilidade e Redes de Transportes Mobilidade e Redes de Transportes
Mobilidade e Redes de TransportesIdalina Leite
 

Mais procurados (20)

Otet módulo 2
Otet módulo 2Otet módulo 2
Otet módulo 2
 
Animação turística
Animação turísticaAnimação turística
Animação turística
 
Rede e sistema urbanos em portugal.2
Rede e sistema urbanos em portugal.2Rede e sistema urbanos em portugal.2
Rede e sistema urbanos em portugal.2
 
Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia
 
Transportes Telecomunicações Qualidade de Vida
Transportes Telecomunicações Qualidade de VidaTransportes Telecomunicações Qualidade de Vida
Transportes Telecomunicações Qualidade de Vida
 
O papel das tic no dinamismo dos diferentes espaços geográficos
O papel das tic no dinamismo dos diferentes espaços geográficosO papel das tic no dinamismo dos diferentes espaços geográficos
O papel das tic no dinamismo dos diferentes espaços geográficos
 
Módulo 2 - procura e motivações turísticas.
Módulo 2 - procura e motivações turísticas.Módulo 2 - procura e motivações turísticas.
Módulo 2 - procura e motivações turísticas.
 
A População Distribuição da População 2º Ano
A População  Distribuição da População   2º AnoA População  Distribuição da População   2º Ano
A População Distribuição da População 2º Ano
 
Tipos de Turismo
Tipos de TurismoTipos de Turismo
Tipos de Turismo
 
Historia do Turismo em portugal
Historia do Turismo em portugalHistoria do Turismo em portugal
Historia do Turismo em portugal
 
Trabalho individual 10 produtos turisticos
Trabalho individual 10 produtos turisticosTrabalho individual 10 produtos turisticos
Trabalho individual 10 produtos turisticos
 
O turismo
O turismoO turismo
O turismo
 
Area integracao - subtema 2_3 - A construcao da democracia
Area integracao - subtema 2_3 - A construcao da democraciaArea integracao - subtema 2_3 - A construcao da democracia
Area integracao - subtema 2_3 - A construcao da democracia
 
1835
18351835
1835
 
Qualidade em destino turístico
Qualidade em destino turísticoQualidade em destino turístico
Qualidade em destino turístico
 
FunçõEs Urbanas
FunçõEs UrbanasFunçõEs Urbanas
FunçõEs Urbanas
 
Turismo geografia
Turismo   geografiaTurismo   geografia
Turismo geografia
 
Area de integracao modulo 6
Area de integracao   modulo 6Area de integracao   modulo 6
Area de integracao modulo 6
 
Projeto inventário da oferta turística
Projeto inventário da oferta turísticaProjeto inventário da oferta turística
Projeto inventário da oferta turística
 
Mobilidade e Redes de Transportes
 Mobilidade e Redes de Transportes Mobilidade e Redes de Transportes
Mobilidade e Redes de Transportes
 

Semelhante a Festa da flor

Agata monica fonseca de sousa
Agata monica fonseca de sousaAgata monica fonseca de sousa
Agata monica fonseca de sousaLunaLovegood16
 
TurAlerT - Alertas do Turismo Rural/ Sustentável na América Latina - Nº. 21 -...
TurAlerT - Alertas do Turismo Rural/ Sustentável na América Latina - Nº. 21 -...TurAlerT - Alertas do Turismo Rural/ Sustentável na América Latina - Nº. 21 -...
TurAlerT - Alertas do Turismo Rural/ Sustentável na América Latina - Nº. 21 -...iicabrasil
 
10 produtosturisticos albertina_lima_tav1ºano
10 produtosturisticos albertina_lima_tav1ºano10 produtosturisticos albertina_lima_tav1ºano
10 produtosturisticos albertina_lima_tav1ºanoTina Lima
 
Kupdf.net tiat modulos-11-12-13
Kupdf.net tiat modulos-11-12-13Kupdf.net tiat modulos-11-12-13
Kupdf.net tiat modulos-11-12-13EuniceFrias1
 
panorama turismo 2008
panorama turismo 2008panorama turismo 2008
panorama turismo 2008Portal NE10
 
APRESENTAÇÃO TURISMO DE SOL E MAR, UM TRABALHO REALIZADO PELOS ESTUDANTES DA ...
APRESENTAÇÃO TURISMO DE SOL E MAR, UM TRABALHO REALIZADO PELOS ESTUDANTES DA ...APRESENTAÇÃO TURISMO DE SOL E MAR, UM TRABALHO REALIZADO PELOS ESTUDANTES DA ...
APRESENTAÇÃO TURISMO DE SOL E MAR, UM TRABALHO REALIZADO PELOS ESTUDANTES DA ...marianogonga2223
 
Caso o barril de petróleo atinja a médio prazo os 200 dólares, como será o Tu...
Caso o barril de petróleo atinja a médio prazo os 200 dólares, como será o Tu...Caso o barril de petróleo atinja a médio prazo os 200 dólares, como será o Tu...
Caso o barril de petróleo atinja a médio prazo os 200 dólares, como será o Tu...Cláudia Samouqueiro e Vasconcellos
 
Desenvolvimento do projeto manoel
Desenvolvimento do projeto manoelDesenvolvimento do projeto manoel
Desenvolvimento do projeto manoelluciolga
 
A Utilização do Planejamento como Instrumento de Desenvolvimento Turístico - ...
A Utilização do Planejamento como Instrumento de Desenvolvimento Turístico - ...A Utilização do Planejamento como Instrumento de Desenvolvimento Turístico - ...
A Utilização do Planejamento como Instrumento de Desenvolvimento Turístico - ...Ana Paula Walter
 
A Experiência do Turista no Recife Antigo: Uma Investigação Propositiva [Gabr...
A Experiência do Turista no Recife Antigo: Uma Investigação Propositiva [Gabr...A Experiência do Turista no Recife Antigo: Uma Investigação Propositiva [Gabr...
A Experiência do Turista no Recife Antigo: Uma Investigação Propositiva [Gabr...Gabriel Lins
 
Avaliacao do impacte economico do turismo a nivel regional
Avaliacao do impacte economico do turismo a nivel regionalAvaliacao do impacte economico do turismo a nivel regional
Avaliacao do impacte economico do turismo a nivel regionalmarcokiko84
 
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do TurismoPrograma de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do TurismoSecretaria de Turismo da Bahia
 
Tese ines corrigida_-_mc_-_final
Tese ines corrigida_-_mc_-_finalTese ines corrigida_-_mc_-_final
Tese ines corrigida_-_mc_-_finalIsaac_Francisco
 
Homoine em chamas nossa historia
Homoine em chamas nossa historiaHomoine em chamas nossa historia
Homoine em chamas nossa historiaNuro Manjate
 

Semelhante a Festa da flor (19)

Açores
AçoresAçores
Açores
 
Trabalho Festival do Atlântico
Trabalho Festival do AtlânticoTrabalho Festival do Atlântico
Trabalho Festival do Atlântico
 
Agata monica fonseca de sousa
Agata monica fonseca de sousaAgata monica fonseca de sousa
Agata monica fonseca de sousa
 
Turismo natureza
Turismo naturezaTurismo natureza
Turismo natureza
 
TurAlerT - Alertas do Turismo Rural/ Sustentável na América Latina - Nº. 21 -...
TurAlerT - Alertas do Turismo Rural/ Sustentável na América Latina - Nº. 21 -...TurAlerT - Alertas do Turismo Rural/ Sustentável na América Latina - Nº. 21 -...
TurAlerT - Alertas do Turismo Rural/ Sustentável na América Latina - Nº. 21 -...
 
10 produtosturisticos albertina_lima_tav1ºano
10 produtosturisticos albertina_lima_tav1ºano10 produtosturisticos albertina_lima_tav1ºano
10 produtosturisticos albertina_lima_tav1ºano
 
Kupdf.net tiat modulos-11-12-13
Kupdf.net tiat modulos-11-12-13Kupdf.net tiat modulos-11-12-13
Kupdf.net tiat modulos-11-12-13
 
panorama turismo 2008
panorama turismo 2008panorama turismo 2008
panorama turismo 2008
 
City breaks
City breaksCity breaks
City breaks
 
APRESENTAÇÃO TURISMO DE SOL E MAR, UM TRABALHO REALIZADO PELOS ESTUDANTES DA ...
APRESENTAÇÃO TURISMO DE SOL E MAR, UM TRABALHO REALIZADO PELOS ESTUDANTES DA ...APRESENTAÇÃO TURISMO DE SOL E MAR, UM TRABALHO REALIZADO PELOS ESTUDANTES DA ...
APRESENTAÇÃO TURISMO DE SOL E MAR, UM TRABALHO REALIZADO PELOS ESTUDANTES DA ...
 
Caso o barril de petróleo atinja a médio prazo os 200 dólares, como será o Tu...
Caso o barril de petróleo atinja a médio prazo os 200 dólares, como será o Tu...Caso o barril de petróleo atinja a médio prazo os 200 dólares, como será o Tu...
Caso o barril de petróleo atinja a médio prazo os 200 dólares, como será o Tu...
 
Turismo balnear
Turismo balnearTurismo balnear
Turismo balnear
 
Desenvolvimento do projeto manoel
Desenvolvimento do projeto manoelDesenvolvimento do projeto manoel
Desenvolvimento do projeto manoel
 
A Utilização do Planejamento como Instrumento de Desenvolvimento Turístico - ...
A Utilização do Planejamento como Instrumento de Desenvolvimento Turístico - ...A Utilização do Planejamento como Instrumento de Desenvolvimento Turístico - ...
A Utilização do Planejamento como Instrumento de Desenvolvimento Turístico - ...
 
A Experiência do Turista no Recife Antigo: Uma Investigação Propositiva [Gabr...
A Experiência do Turista no Recife Antigo: Uma Investigação Propositiva [Gabr...A Experiência do Turista no Recife Antigo: Uma Investigação Propositiva [Gabr...
A Experiência do Turista no Recife Antigo: Uma Investigação Propositiva [Gabr...
 
Avaliacao do impacte economico do turismo a nivel regional
Avaliacao do impacte economico do turismo a nivel regionalAvaliacao do impacte economico do turismo a nivel regional
Avaliacao do impacte economico do turismo a nivel regional
 
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do TurismoPrograma de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo
 
Tese ines corrigida_-_mc_-_final
Tese ines corrigida_-_mc_-_finalTese ines corrigida_-_mc_-_final
Tese ines corrigida_-_mc_-_final
 
Homoine em chamas nossa historia
Homoine em chamas nossa historiaHomoine em chamas nossa historia
Homoine em chamas nossa historia
 

Mais de Carlos Alberto Abreu

Mais de Carlos Alberto Abreu (9)

Trabalho oliveiras completo
Trabalho oliveiras   completoTrabalho oliveiras   completo
Trabalho oliveiras completo
 
RI
RIRI
RI
 
Avt agencias de-viagens_turismo
Avt agencias de-viagens_turismoAvt agencias de-viagens_turismo
Avt agencias de-viagens_turismo
 
Anexos Itinerários turísticos book
Anexos Itinerários turísticos bookAnexos Itinerários turísticos book
Anexos Itinerários turísticos book
 
Itinerários turísticos book
Itinerários turísticos bookItinerários turísticos book
Itinerários turísticos book
 
Trabalho economia - Segway
Trabalho economia - SegwayTrabalho economia - Segway
Trabalho economia - Segway
 
Apresentação água e termas do vimeiro
Apresentação água e termas do vimeiroApresentação água e termas do vimeiro
Apresentação água e termas do vimeiro
 
Portos do funchal
Portos do funchalPortos do funchal
Portos do funchal
 
Estradas da Madeira
Estradas da MadeiraEstradas da Madeira
Estradas da Madeira
 

Último

A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarIedaGoethe
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 

Último (20)

A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 

Festa da flor

  • 1. Instituto Superior de Ciências Educativas FESTA DA FLOR Estudo de Caso Licenciatura em Turismo UC: Marketing Turístico 3.º Ano – 1.º Semestre Docente: Dr. Nuno Abranja Discentes: Carlos Alberto Abreu Paulo Bruno Ferreira Rafael Jorge Vieira Janeiro 2011
  • 2. 2 Resumo: O principal objectivo deste estudo foi analisar qual o impacte do evento anualmente organizado pela Secretaria Regional do Turismo e Transportes, denominado por “Festa da Flor”, no mês de Abril. Para tal, recorreu-se a um estudo de caso relacionando o tráfego aéreo e a capacidade hoteleira e subsequente taxa de ocupação e adesão a este evento. Usando sobretudo dados recolhidos na ANAM e na Direcção Regional de Estatística e ainda de entrevistas semi-estruturadas a alguns Directores de Hotéis no intuito de utiliza-las como referência de opinião do sector e um questionário à Dr.ª Esmeralda Freitas, Técnica Superior na Direcção dos Serviços de Animação Turística da Secretaria Regional do Turismo e Transportes. O estudo de caso descreve a importância do evento na Região Autónoma da Madeira. Explora a relação deste com a qualidade do serviço hoteleiro e a mais-valia que representa para a região, onde uma parte significativa da sua população depende das actividades turísticas directas e indirectas. Constatou-se que o evento da “Festa da Flor” é um pólo da atracção numa época de menor disponibilidade de férias para as populações, evitando assim a sazonalidade no destino Madeira. É um cartaz que atrai nichos de mercado e fideliza clientes. É também através deste que obtemos um muito bom retorno, nas visitas aos nossos jardins, que nesta data são muito divulgados, podendo ser destacado o Jardim Botânico com mais de 2.500 espécies de flores e plantas e os diferentes espaços do Monte que são por si um pólo de atracção, que na coincidência de datas com a “Festa da Flor”, tem um aumento significativo de procura.
  • 3. 3 Com uma temperatura amena, para o espaço europeu, nesta época do ano (primavera), este evento revela-se muito adequado para uma maior efectivação turística, determinando o segundo mês do ano com melhor e maior percentagem de ocupação hoteleira e procura na Região Autónoma da Madeira. Figura 1 – Festa da Flor Abstract: The main purpose of this study was to analyze what impact the event organized annually by the Secretaria Regional do Turismo e Transportes, called "Festa da Flor" in April. To this end, we used a case study linking air traffic and hotel capacity and occupation rate for the event. Using data collected primarily in the ANAM and the Direcção Regional de Estatística and still semi-structured interviews to some Hotel Directors in order to use them as reference for the sector and a questionnaire to Dr Esmeralda Freitas, Técnica Superior na Direcção dos Serviços de Animação Turística da Secretaria Regional do Turismo e Transportes. The case study describes the importance of the event in Madeira.
  • 4. 4 Explores its relationship with the hotel service quality and added value that represents the region where a significant proportion of its population depends on tourism directly and indirectly. It was found that the event's "Festa da Flor" is a pole of attraction in a time of reduced availability of holidays for the people, thereby avoiding the seasonality in the Madeira Islands. It is a sign that attracts market niches and customer loyalty. It is also through this that we get a very good return on visits to our gardens, which today are highly publicized, and may be prominent at the Botanical Gardens with over 2,500 species of flowers and plants and the different aspects of the Monte that are themselves a attraction, that the coincidence of dates with the "Festa da Flor ", is a significant increase in demand. With a mild climate, the European space, this time of year (spring), this event proves to be very suitable for greater gross tourism, determining the second month of the year with better and higher percentage of hotel occupancy and demand in the Região Autónoma da Madeira. Palavras-chave: Festa da Flor; Ocupação hoteleira; Secretaria Regional do Turismo e Transportes; Região Autónoma da Madeira; ANAM – Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira.
  • 5. 5 Índice Resumo/Abstract-------------------------------------------------------------------------------2 1. Introdução ------------------------------------------------------------------------------------7 1.1 Objecto e objectivos do estudo--------------------------------------------------------7 1.2 Estrutura do trabalho---------------------------------------------------------------------7 2. Estudo de Caso -----------------------------------------------------------------------------8 2.1 Capítulo I ------------------------------------------------------------------------------------8 2.1.1 Demonstração histórica---------------------------------------------------------------8 2.1.2 Festa da Flor--------------------------------------------------------------------------- 10 2.1.3 Muro da Esperança ------------------------------------------------------------------ 11 2.1.4 Cortejo Alegórico --------------------------------------------------------------------- 12 2.1.5 Percursos dos Cortejos------------------------------------------------------------- 13 2.1.5.1 Muro da Esperança – itinerário ------------------------------------------------ 13 2.1.5.2 Cortejo Alegórico – itinerário---------------------------------------------------- 13 2.1.8 Questionário --------------------------------------------------------------------------- 13 2.1.9 Entrevista a Directores Hoteleiros ----------------------------------------------- 16 2.2. Capítulo II -------------------------------------------------------------------------------- 19 2.2.1 Movimento aeroportuário----------------------------------------------------------- 19 2.3. Capítulo III ------------------------------------------------------------------------------- 22 2.3.1 Alojamento ----------------------------------------------------------------------------- 22 3. Conclusões e recomendações-------------------------------------------------------- 26 Referências Bibliográficas ----------------------------------------------------------------- 29
  • 6. 6 Índice de figuras Figura 1 – Festa da Flor----------------------------------------------------------------------3 Figura 2, 3 e 4 – Ateneu Comercial do Funchal – 1967 e 1970 -------------------8 Figura 5 – Festa da Flor 1979 --------------------------------------------------------------9 Figura 6 – Festa da Flor 1979 --------------------------------------------------------------9 Figura 7 – Festa da Flor 2010 ------------------------------------------------------------ 10 Figura 8 – Espaço Infoarte ---------------------------------------------------------------- 10 Figura 9 – Animação de Rua ------------------------------------------------------------- 11 Figura 10 – Muro da Esperança --------------------------------------------------------- 12 Figura 11 – Cortejo Alegórico------------------------------------------------------------- 12 Figura 12 – Hotel Four Views------------------------------------------------------------- 18 Índice de quadros Quadro 1 – Tráfego anual de passageiros no triénio 2008 a 2010 ------------- 21 Quadro 2 – Passageiros anuais---------------------------------------------------------- 22 Quadro 3 – 2000 e 2001 ------------------------------------------------------------------- 24 Quadro 4 – 2002 a 2004 ------------------------------------------------------------------- 24 Quadro 5 – 2005 a 2007 ------------------------------------------------------------------- 25 Quadro 6 – 2008 e 2009 ------------------------------------------------------------------- 26 Índice de gráficos Gráfico 1 - Tráfego anual de passageiros no triénio 2008 a 2010 -------------- 21 Gráfico 2 – Passageiros anuais---------------------------------------------------------- 22 Gráfico 3 – 2000 e 2001-------------------------------------------------------------------- 24 Gráfico 4 – 2002 a 2004-------------------------------------------------------------------- 25 Gráfico 5 – 2005 a 2007-------------------------------------------------------------------- 25 Gráfico 6 – 2008 e 2009-------------------------------------------------------------------- 26
  • 7. 7 1. Introdução 1.1 Objecto e Objectivos do Estudo O trabalho que apresentamos, é sobre um produto turístico que atrai milhares de pessoas todos os anos à ilha da Madeira, que observam e participam na “Festa da Flor”. Na perspectiva de obter a sustentabilidade e garantir uma admirável taxa de ocupação hoteleira, que permite manter um serviço de excelência e de procura de um destino, que ao longo dos anos foi aprofundando e melhorando as raízes de um programa capaz de constituir-se como cartaz de referência possibilitando aos visitantes, o desfrute de um evento único e particularmente esplendoroso que deleita de prazer quem tem a oportunidade de observá-lo. Exploraremos as diferentes fases deste evento, com o intuito de constatar qual a sua utilidade para a região. O nosso Estudo de Caso será interpretativo, capaz de demonstrar a envolvência criada pelos diferentes actores posicionados, de forma a obter o sucesso deste cartaz. Estudaremos os “como” e “porquê” que caracterizam todo o desenvolvimento estrutural e histórico da “Festa da Flor”. Finalmente faremos considerações sobre todo estudo realizado. 1.2 Estrutura do Trabalho O trabalho será realizado com uma metodologia de identificação dos parâmetros e interpretação dos dados e valores disponibilizados, nas diferentes entidades consultadas.
  • 8. 8 Este trabalho foi desenvolvido da seguinte forma: demonstração e identificação do evento; constatação do movimento aeroportuário; percentagem estatística das entradas de hóspedes nas diferentes unidades hoteleiras da Região Autónoma da Madeira; realização de um questionário directo e objectivo aos Serviços de Animação Turística; realização de entrevistas semi-estruturadas a diferentes Directores hoteleiros. 2. Estudo de Caso 2.1 Capitulo I 2.1.1 Demonstração histórica A Festa da Flor, inicia-se em 1955 com a designação “Festa da Rosa”, organizada pelo Ateneu Comercial do Funchal, fundado em 1898, Associação que primou pela sua vertente recreativa, cultural e educativa. Figura 2, 3 e 4 – Festa da Rosa (Ateneu Comercial do Funchal) 1967 e 1970 A Festa da Rosa consistia na apresentação de flores em duas categorias: flores cortadas e flores em vaso, avaliadas por um júri. Em 1979, já com o Director dos Serviços de Animação de então, João Carlos Nunes Abreu a festa vem para a rua com o seu desfile alegórico, convidando os madeirenses, e os funchalenses em particular a participar no certame, atraindo por contágio todos quantos visitavam esta magnífica ilha.
  • 9. 9 Figura 5 – Festa da Flor 1979 Figura 6 – Festa da Flor 1979 O desfile consistia em percorrer as principais artérias da cidade do Funchal, com os trajes tradicionais de diferentes locais da Região Autónoma da Madeira, acompanhados das suas bandas de música e ranchos folclóricos. Desde de 1997 o cortejo, passa a ser explorado pelos diferentes participantes com um Tema conjunto, mas trabalhado por cada grupo de forma diferente. Os Temas são: 1997 - O mais belo jardim; 1998 - O mar; 1999 - O artesanato e as flores; 2000 - Natureza e ambiente; 2001 - Laurissilva; 2002 - A ilha e o mar; 2003 - A ilha dos amores; 2004 - Madeira euforia de flores dentro da Europa;
  • 10. 10 2005 - Madeira, um mar de flores para ti; 2006 - Dança das estações; 2007 - Da Madeira uma flor para a paz; 2008 - Dança das flores; 2009 - O principezinho; 2010 - Terra. Figura 7 – Festa da Flor 2010 2.1.2 Festa da Flor Esta festa é desenvolvida em várias componentes, das quais destacamos a exposição e cenários de flores no Largo da Restauração, cortejos alegórico e infantil do “Muro da Esperança” nas principais artérias da Cidade do Funchal, “quadros vivos” alusivos ao evento na Avenida Arriaga e exposição no espaço Infoarte da Secretaria Regional do Turismo e Transportes, referente ao tema escolhido. Figura 8 – Espaço Infoarte
  • 11. 11 Como é habitual, a baixa citadina será animada com actuações de bandas filarmónicas, grupos folclóricos e agrupamentos musicais diversos (sopros, cordas, percussão e teclas). Figura 9 – Animação de rua A cidade do Funchal veste-se a rigor, por ocasião da Festa da Flor, num ambiente único e inesquecível, numa verdadeira explosão de cor, presente nos tapetes florais expostos pelas ruas, nas montras decoradas com flores e num sem fim de apresentação, pormenor e variedade de espécies, coloridos e feitios de flores. 2.1.3 Muro da Esperança A manhã deste dia é exclusivamente dedicada às crianças. Na baixa do Funchal, especificamente entre a Avenida Arriaga e a Praça do Município, crianças de várias escolas do Funchal concentram-se na Avenida Arriaga, a partir de onde vão em cortejo até à Praça do Município, onde irão depor uma flor no “Muro da Esperança”, num gesto simbólico de apelo à paz. Seguidamente realiza-se a largada de pombos, símbolo de PAZ no Mundo inteiro seguido de um espectáculo infantil.
  • 12. 12 Figura 10 – Muro da Esperança 2.1.4 Cortejo Alegórico Acontece no Domingo, dia reservado restritamente ao Cortejo Alegórico da Flor, o qual integra diversos carros alegóricos decorados com flores e centenas de figurantes organizados por grupos, que com trajes alusivos ao objecto da comemoração (a flor), desfilam entre a Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses e o Largo do Município, onde se dá por terminado o corso. Figura 11 – Cortejo Alegórico
  • 13. 13 2.1.5 Percursos dos Cortejos 2.1.5.1 Muro da Esperança Itinerário: Concentração na Avenida Arriaga – 9h00 – frente ao Jardim Municipal, Avenida Zarco, Rua Câmara Pestana e Praça do Município. 2.1.5.2 Cortejo Alegórico Itinerário: Partida da Praça da Autonomia (lado Sul), Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses (faixa Sul), mudança para faixa Norte (frente ao Marina Shopping) e subida pela R. Dias Leite, Rotunda do Infante, Av. Arriaga (faixa Norte – até ao Banco de Portugal), Avenida Zarco (faixa Norte), Rua Câmara Pestana e Praça do Município. 2.1.6 Questionário Foi contactada a Secretaria Regional do Turismo e Transportes com o intuito de nos informarem mais sobre a Festa da Flor. As respostas foram dadas muito amavelmente pela Drª Esmeralda Freitas, Técnica Superior da Direcção dos Serviços de Animação Turística da Secretaria Regional do Turismo e Transportes. Para o efeito, foi utilizado o seguinte questionário: 1 – Quando surgiu a Festa da Flor e porquê? 2 – O que se perdeu e o que se ganhou? 3 – O porquê da data? 4 – As flores são todas oriundas da Madeira? 5 – O porquê da escolha dessas flores? 6 – Quais os temas e o porquê deles? 7 – O que é necessário para participar na Festa da Flor? 8 – Quantos grupos existem? 9 – Quem organiza? 10 – Quando é que começam os preparativos? 11 – Qual a duração da Festa? 12 – Qual o montante em dinheiro investido? 13 – Um pouco da história da Festa da Flor?
  • 14. 14 1 – A Festa da Flor como evento de rua teve o seu início no ano de 1979. As origens da Festa da Flor remontam à “Festa da Rosa”, organizada pelo Ateneu Comercial do Funchal, que teve lugar em 1955 e que a partir desse ano se passou a intitular “Festa da Flor”. Essa festa era composta por um baile que marcava o início da Primavera, denominado “Baile da Rosa” e uma exposição - concurso de flores. A Festa da Flor foi um meio encontrado para realçar a importância económica e potenciar o valor da flor como factor de dinamização turística. 2 – Em relação ao evento, podemos afirmar que só temos ganhos a reportar. A aposta no mesmo resultou num cartaz turístico mundialmente reconhecido, que garante uma enorme procura turística e taxas de ocupação hoteleira na ordem dos 90 a 95%, bem como um tempo de permanência na ilha superior a qualquer um dos outros cartazes turísticos, que por vezes ultrapassa uma semana. 3 – A data, foi calendarizada para duas semanas após a Páscoa, que marca o início da Primavera, altura em que a Ilha está mais florida. 4 – Assiste-se a um aumento da utilização da flor produzida na Região, já que a produção regional tem vindo a ser incrementada, no entanto, há necessidade de recorrer ao exterior visto que a mesma não é suficiente para suprir a procura aquando da realização da Festa, dadas as avultadas quantidades utilizadas nas decorações dos carros alegóricos. 5 – As flores utilizadas no evento são essencialmente flores da época e da Madeira. 6 – Os temas são sempre escolhidos pela SRTT/DRT e a sua escolha baseia- se em temáticas regionais ou intimamente relacionadas com a natureza, bem como comemorações de anos internacionais como foi o caso do corrente ano, cujo tema definido foi a “Terra”, com base nas comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade.
  • 15. 15 7 – Para integrar a Festa da Flor, é necessário apresentar um Projecto de Promoção e Animação Turísticas à Direcção Regional do Turismo/Secretaria Regional do Turismo e Transportes, acompanhado de respectiva candidatura a Protocolo de Desenvolvimento e Cooperação, que é submetido a análise por uma Comissão nomeada para o efeito e posteriormente aprovado ou não por parte da Secretária Regional, de acordo com a Portaria 78/2001 de 13 de Julho. 8 – O número de grupos varia de acordo com o número de projectos aprovados. O Cortejo alegórico da Flor em 2010 integrou 10 grupos. 9 – A organização da Festa é da responsabilidade da Direcção Regional do Turismo/ Secretaria Regional do Turismo e Transportes, através da Direcção de Serviços de Animação Turística. 10 – O evento é preparado com muita antecedência. O tema é apresentado no ano anterior à realização do mesmo e a entrada nos Serviços dos projectos e candidaturas iniciam-se no mês de Janeiro do ano em que têm lugar, seguidamente são analisados e seleccionados os projectos e informados os candidatos da decisão de inclusão dos mesmos no certame. 11 – As Festas têm uma duração de 6 dias. Iniciam-se na Quinta-Feira, com a inauguração das exposições e decorações citadinas e terminam na Terça-Feira da semana seguinte. 12 – Cerca de 300.000,00 € 13 – Parte da história da Festa da Flor pode ser encontrada na resposta nº. 1, podendo-se ainda acrescentar que no ano em que se iniciou comemorava-se o Ano Internacional da Criança, e que a Festa da Flor organizada pelo Ateneu Comercial do Funchal foi transformada num cartaz turístico internacional, pela Direcção Regional do Turismo e passou incluir para além da exposição das flores, o Muro da Esperança e o Cortejo da Flor.
  • 16. 16 2.1.7 Entrevistas a Directores Hoteleiros A propósito do impacte que este evento tem junto da hotelaria madeirense, contactamos vários hoteleiros e directores de hotéis, que nos transmitiram no geral, uma reacção muito positiva sobre a contribuição da “Festa da Flor” para a economia da Região e das unidades hoteleiras em particular. De acordo com o director do Hotel Tivoli Madeira, João Sanches, a importância da “Festa da Flor” para a hotelaria madeirense “é bastante grande”, pois, “é o segundo cartaz com maior importância na ilha da Madeira, logo a seguir ao “Fim do Ano””. Destaca mesmo que “devido aos acontecimentos do dia 20 de Fevereiro esta Festa da Flor traz ainda mais importância, reflectindo toda a campanha efectuada”. No que se refere à taxa de ocupação do Tivoli Madeira, o director deste hotel realça que este “estará cheio, com apenas meia dúzia de quartos disponíveis para os últimos pedidos, com uma ocupação que ronda os 95% para os quatro dias da Festa da Flor”. Neste âmbito, lamentou mesmo que a “Festa da Flor” “não tenha sido este ano prolongada um pouco mais”, lembrando que “há muito mais Madeira após a Festa da Flor”. João Sanches considera, por isso, necessário prosseguir na promoção do destino, destacando nomeadamente, a importância de outro evento que tem ganho clientela, que é o Festival do Atlântico, em Junho, “e que é preciso não esquecer”. Segundo o director da Quintinha de São João, no Funchal, a “Festa da Flor” “é um evento consolidado, que permite que o destino apareça lá fora com visibilidade, pelo que é de grande importância”. André Barreto destaca mesmo que já há uma clientela que “procura visitar a Madeira durante a “Festa da Flor”, muitas das quais já aqui tinham estado,
  • 17. 17 além de outras que ficam com muita curiosidade e visitam a Região por causa deste evento”. Salienta mesmo que, segundo dados de 2007, a “Festa da Flor” “trouxe mais gente à Madeira que o Fim do Ano”, acrescentado que o período da Páscoa mais o evento da “Festa da Flor” “permite manter uma boa taxa de ocupação” que, realçou, no caso da Quintinha de São João é próxima dos 90%. Por seu lado, o director do Hotel Porto Santa Maria, no Funchal, também acentuou a importância da “Festa da Flor” para a hotelaria madeirense, considerando “que logo a seguir ao “Fim do Ano” este é o evento mais marcante em termos turísticos da imagem que passa lá para a fora da Madeira”. Assim, Virgílio Silva realça a importância deste cartaz turístico no que se refere à captação do interesse dos turistas em visitar a Região, sublinhando mesmo que “este evento já se vende por si”. Neste âmbito, considera que “é necessário promover muito a Madeira noutras alturas”, salientando mesmo a importância da promoção da Região durante a “Festa da Flor” que diz, “será o evento que irá permitir apagar um pouco aquela imagem recente resultante do temporal de 20 de Fevereiro, permitindo restaurar a imagem da Madeira”. Apesar de reconhecer que o Porto Santa Maria irá “estar cheio” durante o período da “Festa da Flor”, adiantou que “não se verifica a situação de “overbooking” de outros anos. Também Sérgio Costa, responsável pela direcção dos hotéis Four Views Monumental, Four Views Baía, no Funchal, e Four Views Oasis, no Caniço, sublinha a importância da “Festa da Flor”, sobretudo após os acontecimentos do dia 20 de Fevereiro de 2010.
  • 18. 18 Neste âmbito lamenta que “não tenha havido um esforço concertado em passar para a comunicação social internacional” a imagem da recuperação da Madeira, realçando que “só em cancelamento de estadias o grupo Four Views perdeu à volta de 600 mil euros, sem contabilizar as reservas que estão a menos de metade do ano passado”. “Esperemos que a “Festa da Flor” seja o evento que venha dar a volta a tudo isto”, acentuou, destacando ser um “cartaz turístico fantástico que tem dado a conhecer a Madeira a nível internacional e um dos eventos mais importantes que temos em termos turísticos”. Todavia, considera que as consequências positivas do evento para a recuperação da imagem da Madeira “já vêm um pouco tarde, especialmente para o mercado externo”. Figura 12 – Hotel Four Views No entanto, o director dos hotéis Four Views acredita que o mercado nacional e o mercado espanhol poderão compensar algumas das perdas de clientes no mercado externo, “especialmente em Julho e em Agosto”. Neste âmbito, volta a sublinhar que “tem de ser feita uma campanha de informação e promoção muito bem feita no mercado internacional, sobretudo junto dos tradicionais, Alemanha e Inglaterra especialmente, para as pessoas saberem que as coisas estão normais”.
  • 19. 19 Quanto à taxa de ocupação dos três hotéis do grupo durante a Festa da Flor, Sérgio Costa afirmou que será de 100%, adiantando mesmo “haver algumas situações de overbooking”. 2.2 Capitulo II 2.2.1. Movimento aeroportuário O Aeroporto da Madeira é inaugurado em 1966, até então o acesso à Ilha da Madeira fazia-se através de barco ou hidroavião. Após o único acidente trágico da TAP - Transportes Aéreos Portugueses, ocorrido neste aeroporto em 1977, a população madeirense na figura do seu Presidente Dr. Alberto João Jardim, reivindicam a melhoria do Aeroporto da Madeira, infra-estrutura indispensável para o desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira, que valoriza as suas capacidades turísticas como um dos pólos de desenvolvimento da sua população e um dos sectores de actividade que emprega mais colaboradores. As obras de melhoramento da pista original decorrem entre 1982 a 1986, o que faz com que a pista passe a ter 1.800m em vez dos 1.200m iniciais. A inauguração da última fase de construção do Aeroporto da Madeira efectua- se em Setembro de 2004, permanecendo esta com 3.100m. Com esta remodelação torna-se possível a aterragem de aparelhos de transporte aéreo de passageiros de maiores dimensões, além de que a segurança das pistas evoluem e os serviços disponibilizados na estrutura passam a ser equiparados ao do que melhor existe mundialmente. Em 2003 o movimento de passageiros ascendia os 2.600.000 por ano, mas hipoteticamente devido às obras de melhoramento e aos condicionalismos do horário da pista, que tem de coordenar o tempo de utilização da mesma com o Consórcio responsável pela execução das obras de beneficiamento desta,
  • 20. 20 contribuindo para o decréscimo de operações no Aeroporto em 2004, que dispõe de 2.273.701 passageiros em transito para a Madeira. Em 2005 o Aeroporto da Madeira inicia uma recuperação de passageiros que permite constatar que o número total tenderia a se aproximar aos valores de dois anos antes, assim temos 2.320.658, que cresce em 2006 para 2.362.398. Em 2007 este número era de 2.419.698 passageiros em chegadas no Aeroporto da Madeira. Com o início da crise imobiliária nos Estados Unidos da América e a falência da instituição bancária Lehmon & Brothers Corporation Inc e consequente arrastamento da Europa para a crise económica o movimento de passageiros em 2008 diminui para 2.362.398. Em 2009 o número de passageiros praticamente se mantém em 2.346.649 de chegadas, num ano em que a crise persiste ou ainda podemos considerar que se acentua. O número de passageiros em 2010, no Aeroporto da Madeira é de 2.233.524. Analisando os dados disponíveis do século XXI, com maior incidência no último triénio de 2008 a 2010, no tráfego aéreo, em 2008 o mês com maior afluência de passageiros é o de Agosto seguido pelo mês de Março, que neste ano coincidiu com a realização da “Festa da Flor”. Os restantes meses de verão Julho e Setembro são aqueles que maior movimento de passageiros gera no Aeroporto da Madeira. Em 2009 os meses com maior entradas de visitantes é o de Agosto, época de férias na Europa, seguido de Abril, mês da “Festa da Flor” e que mesmo em altura de recessão consegue despertar o interesse por quem nos visita. 2010 É um ano particularmente atípico no tráfego aéreo, pois para além do aprofundamento da crise económica europeia, com particular atenção para a Grécia e a Irlanda. A intempérie que assolou a Madeira a 20 de Fevereiro e ainda a nuvem vulcânica, gerada pelo vulcão inactivo a mais de trezentos anos
  • 21. 21 na Islândia, obrigou o cancelamento de inúmeros voos. As greves no sector, quer no pessoal de cabine e controladores aéreos, a vaga de frio no hemisfério norte que paralisou a grande maioria dos aeroportos no mês de Dezembro. Em suma, verifica-se que apesar de o mês de Agosto ser o de maior movimento de passageiros, pois é o mês tradicionalmente de férias, em Abril existe uma boa afluência de passageiros, muito por responsabilidade da “Festa da Flor”. Quadro 1 – Tráfego anual de passageiros no triénio 2008 a 2010 Gráfico 1 – Tráfego anual de passageiros no triénio 2008 a 2010
  • 22. 22 Número total de passageiros no Aeroporto da Madeira referente aos anos de 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008. Quadro 2 – passageiros anuais Gráfico 2 – passageiros anuais 2.3 Capitulo III 2.3.1 Alojamento Procedeu-se à interpretação das diferentes taxas de ocupação nas unidades hoteleiras da Região Autónoma da Madeira ao longo da primeira década do século XXI. Analisando os dados referentes a este século, determina-se que o mês de Abril, directamente relacionado com o evento “Festa da Flor”, obtém ao longo dos anos uma boa percentagem de ocupação, em especial nas unidades hoteleiras localizadas na cidade do Funchal, que em alguns casos atinge o overbooking. Assim, os dados concretos da Direcção Regional de Estatística apontam para, em 2000, a percentagem de ocupação das unidades hoteleiras na RAM tem o seu expoente máximo no mês de Abril atingindo o valor de 74,0%. 2001 O valor máximo é atingido em Agosto, seguido de Abril com 71,8%. 2002 Obteve maior afluência em Agosto, repartindo o segundo lugar, o final de Março e o início de Abril, data do programa promocional da “Festa da Flor” neste ano. A ocupação foi de 64,9%.
  • 23. 23 2003 Agosto continua a ser o mês com maior procura, seguido de Abril com 64,8%. 2004 O verão continua a ser procurado e Agosto mantém a liderança, e a segunda marca de maior ocupação continua a ser Abril com 63,2%. 2005 Os meses de verão são os mais procurados com Agosto em primeiro lugar, seguido de Setembro e de Julho. O mês de Abril relacionado com a “Festa da Flor” obtém uma taxa de ocupação de 58,1%, um pouco abaixo das expectativas. 2006 Agosto é o mês mais procurado, seguido de Abril com 66,8%. 2007 É a repetição do ano anterior tendo Abril registado 69,5%. 2008 Continua os resultados anteriores e Abril representa 68,5% de ocupação. 2009 Depois de Agosto, Abril mantém o segundo lugar com 59,1%. 2010 É um ano difícil de aferir, enquanto não são divulgados os resultados oficiais, pois se por um lado as unidades hoteleiras aproveitaram este evento para alguma recuperação do 20 de Fevereiro, não evitaram totalmente os cancelamentos provocados por esta tragédia. Quadros e gráficos demonstrativos do alojamento nas unidades hoteleiras da Madeira na primeira década deste século:
  • 24. 24 Quadro 3 – 2000 e 2001 Gráfico 3 – 2000 e 2001 Quadro 4 – 2002 a 2004
  • 25. 25 Gráfico 4 – 2002 a 2004 Quadro 5 – 2005 a 2007 Gráfico 5 – 2005 a 2007
  • 26. 26 Quadro 6 – 2008 e 2009 Gráfico 6 – 2008 e 2009 3. Conclusão Com base em toda a análise efectuada para a elaboração deste trabalho, desperta a atenção para o aumento de visitantes à Ilha da Madeira no mês de Abril, mês este, que está associado ao evento “Festa da Flor ”. É também nesta época do ano que se regista o segundo maior pico de taxa de ocupação para o sector hoteleiro, que apesar de estar fora do período normal de férias, é sem sombra de dúvida um período onde se regista uma forte afluência à Região. O evento assim, celebra a Primavera, que afortunadamente conta com o contributo da temperatura amena que se faz sentir nesta época do ano. A
  • 27. 27 “Festa da Flor” tem-se revelado, ano após ano, uma aposta acertada para a entidade com responsabilidade na promoção do Turismo para a Região Autónoma da Madeira, pois este evento tem transmitido para quem nos visita uma imagem fascinante sobre a região e que continuamente deixa encantado a quem assiste ao evento. Não falemos apenas e somente do Cortejo, onde varias associações e particulares, dão asas à imaginação e fazem-se representar com diferentes caracterizações utilizando as flores de forma a que se passe uma mensagem que somente através de palavras, não teria certamente o mesmo resultado. Não podemos esquecer todos os rituais associados ao evento, as inúmeras exposições de flores promovidas por diversas identidades, a elaboração do célebre “Tapete de Flores Naturais” no coração da cidade, que encanta todos aqueles que têm a oportunidade de assistir a tão extremoso espectáculo, não só visual mas que também nós dá a possibilidade de nos deslumbramos com todo a fragrância libertada por todas as flores. Associado a tudo isto, a possibilidade de promoção dos anos seguintes por parte daqueles que nos visitam nesta época, com o despertar da curiosidade para uma maior “descoberta” da região, com a vontade de conhecer melhor, o que tudo de magnífico que a Ilha lhes pode proporcionar. É também de ressalvar que nos últimos anos a Madeira tem aumentado a sua própria produção de flores e com isso também aumentou a sua exportação, fruto esse que advém do cartaz “Festa da Flor”, promovendo o que de mais genuíno e autêntico que podemos encontrar na região. Verifica-se uma excelente taxa de ocupação, a rondar os 70% de média na região e em que nos Hotéis no Funchal, alguns chegam a atingir o overbooking. Apesar de ser o segundo evento com maior orçamento disponível, depois das “Festas do Fim do Ano”, este cartaz é sem dúvida o que melhor retorno oferece a esta região.
  • 28. 28 Este evento revela-se ser ma aposta ganha pelo Governo Regional, através da Secretaria Regional do Turismo e Transportes na Direcção dos Serviços de Animação Turística, que em boa hora faz da “Festa da Rosa” uma festa verdadeiramente da flor, incluindo a criação do “Muro da Esperança”, Cortejo Alegórico e Tapetes Florais, contribuindo fortemente para a não existência de sazonalidade do turismo da região. Esta actividade, é a segunda maior empregadora na região, dependendo fortemente destas iniciativas de governo para manter excelentes percentagens de ocupação ao longo de todo o ano. Julgamos pertinente para a Direcção Regional dos Assuntos Culturais (DRAC) a elaboração de um livro que registe e retrate toda a evolução deste evento (“Festa da Flor”).
  • 29. 29 Referências Bibliográficas: http://www.anam.pt/Default.aspx acedido a 25 de Outubro de 2010 http://www.madeiraislands.travel/pls/madeira/wsmwdet0.detalhe_conteudo?p_c ot_id=320&p_lingua=pt&p_sub=1 acedido a 25 de Outubro de 2010 http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Funchal&Concelho=F unchal&Option=Interior&content_id=1545048 acedido a 11 de Novembro de 2010 http://www.four-views-baia.com/en/location.html acedido a 10 de Janeiro de 2011 Cedência de fotografias da Secretaria Regional do Turismo e Transportes Cedência de Fotografias do Museu Vicentes