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7 soluções práticas para reduzir os
custos da sua empresa.
Conheça as pequenas mudanças que você pode fazer na sua
empresa para melhorar o resultado da operação
Olhe sua empresa bem de perto
Boa parte dos resultados de uma
empresa está na melhora do faturamento
e do lucro, é verdade. Mas outra parte
muito importante da gestão dos negócios
está também no controle de custos.
Nem sempre é preciso cortar pessoal,
mudar o escritório para um lugar mais
barato ou tomar alguma outra medida
drástica para botar os gastos da empresa
nos eixos. Há pequenas mudanças que
podem aliviar as contas corporativas.
Fernando Macedo, especialista em
redução de custos da Expense Reduction
Analysts (ERA), indica começar pelo
mapeamento e estudo dos gastos
essenciais para a companhia. “Só essa
análise já é uma virada de mesa”, aponta.
“Cada empresa gasta de um jeito, é
impossível generalizar os métodos de
correção, mas a análise é sempre um
bom ponto de partida.”
Comece olhando quais são os itens
fundamentais para a operação, como o
pagamento do pessoal, as matérias-
primas e todas as despesas sem as quais
o seu negócio não entrega o produto ou
serviço final. Na sequência, eleja os itens
que são periféricos à operação, mas são
também importantes. Por fim, liste as
despesas periféricas e pouco importantes
para o negócio central.
Por fim, adote um modelo de orçamento
base zero – ou seja, gaste o que precisa
e não o que tem. “Já cansei de ver
gestores de grandes empresas
comentarem "precisamos gastar esse
dinheiro para não cortarem do nosso
budget ano que vem" e não é assim que
se fazem as coisas”, diz.
Macedo sugere alguns pontos de atenção
mais comuns para os gestores ficarem de
olho:
1- Relação com os fornecedores
Sabe a regra máxima da cotação com os
fornecedores – faça três e escolha o melhor
preço? Ela não é suficiente. Somos
extremamente suscetíveis à simpatia de
quem está do outro lado da linha e não
seria de se espantar se rapidamente um
fornecedor acabasse se tornando o
preferido – e também o mais freqüente.
“Existe uma acomodação que precisa ser
quebrada”, diz o especialista.
Para romper com esse ciclo, a sugestão de
Macedo é um rodízio de funcionários
responsáveis pela elaboração dos
orçamentos. “Se você estabelecer isso
como um processo interno, não perderá
oportunidades de melhores negociações”,
garante o executivo.
E fique alerta: se alguém se mostrar muito
incomodado com essa opção, pode haver
algo mais por trás da escolha de
fornecedores.
2 – Coordenação das compras
Não tenha dúvidas: é sempre melhor
centralizar o departamento de compras.
Além de ganhar descontos nas aquisições
em larga escala, você evita as compras
repetidas e picadas ao longo do mês. “Se
suas compras são centralizadas, você
ganha nas duas pontas – na escala e na
redução de perdas”, diz Macedo.
3 – Uso de água
Em São Paulo, a discussão do uso da água
nunca foi tão presente e necessária. Mas
vale lembrar que não se trata apenas de
uma questão ambiental, mas também
financeira. Colocar sistemas de reuso e
captação podem ser providenciais nesse
momento de crise. “Os benefícios chegam a
todos”, aponta Macedo.
4 – Uso de Energia Elétrica
Sensores de presença e células
fotoelétricas para acionamento da luz
apenas quando falta a luz do dia podem ser
um investimento razoavelmente caro. No
entanto, no longo prazo a redução pode
aparar os custos de infraestrutura.
5 – Limpeza
A depender da sua necessidade, a
terceirização pode não ser um bom
negócio. “Tenho uma grande empresa hoje
voltando para a contratação interna de
equipe de limpeza”, diz o especialista.
Importante mesmo é saber – e calcular – o
porquê da escolha. “Não adianta terceirizar
o problema se isso for criar outra questão.”
7 – Telecomunicações
A parte de telecomunicações é, para o
especialista, o ponto nevrálgico dos gastos
da empresa. Evite promoções milagrosas e
escolha planos que se adeqüem a sua
empresa e não o que aparece como a
maior vantagem disponível no mercado.
Esqueça essa de dar um celular para cada
gerente ou diretor da empresa – nem
sempre eles geram receita quando estão
em trânsito.
Fonte: Por Bárbara Ladeia - iG Economia

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