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Novena de sâo Joâo Eudes

Unidad de Espiritualidad Eudista
10 de Aug de 2016
Novena de sâo Joâo Eudes
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  1. NOVENA DE SÃO JOÃO EUDES UNIDADE DE ESPIRITUALIDADE EUDISTA
  2. 2 DEPOIS DAS PEGADAS DE SÃO JOÃO EUDES (1) AO SERVIÇO DA EVANGELIZAÇÃO COM A FORÇA DO ESPÍRITO A Congregação de Jesus e Maria tem por fundador um homem que foi essencialmente evangelizador. Toda a vida de São João Eudes, foi uma evangelização incansável, fruto de uma longa preparação de profundas súplicas ao Espírito Santo e de uma força carismática realmente admirável que penetrava todo o seu ser. Os povos de Normandia, as grandes cidades da França, Paris, a Corte Real, as aldeias, por todas as partes ouviu sua palavra penetrante e comovedora, que levava uma excepcional mensagem de conversão e de amor a Cristo. João Eudes formou uma comunidade antes de tu- do evangelizadora, como diz a Constituição: “Os Eudis- tas consagram toda as suas forças ao serviço de Cristo e de sua Igreja, trabalhando mediante as diversas funções do ministério, a oração e o testemunho de sua vida, na proclamação do Evangelho, para despertar a fé” (Cap. I, Número 5). O caso de São João Eudes é realmente impressionante. Era uma vida de amor a Jesus Cristo contínua, sem in- terrupção, uma vida de oração, de cada momento. Uma vida apostólica por exemplo, pela conversação, pela pre- gação. Era toda uma força poderosa do Espírito que lhe invadia
  3. 3 para levar a mensagem. As palavras que escreveu Paulo VI na Evangelii Nutiandi se cumpriram superabundante- mente em São João Eudes: “A Boa Nova proclamada pelo testemunho de vida, deverá ser tarde ou cedo pro- clamada pela Palavra de Vida. Não há evangelização verdadeira enquanto não se anuncie o Nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de Na- zaré, Filho de Deus” (No. 22). Quando vemos este exemplo tão excepcional e tão atra- tivo de entrega total de São João Eudes a proclamar o Evangelho, quando tomamos consciência de que esta é a missão dos Eudistas, não podemos ao menos ansiar para nós uma força nova, poderosa, transformação do Espíri- to Santo em nossas vidas, para que sejamos verdadeiros proclamadores do Evangelho de Cristo. “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). João Eudes conhecia a Bíblia como poucos, era seu livro amado; sua leitura principal era o Novo Testa- mento. Aí descobriu os tesouros do amor de Jesus Cristo e o mistério de seu Coração. João Eudes tem uma atualida- de supreendente e uma afinidade profunda com este tempo de renovação no Espírito Santo. A Comunidade dos Eudistas está chamada a ser antes de tudo evangelizadora com a força do Espírito. A comuni- dade dos Eudistas apresenta aos jovens desejosos de uma vida evangélica e de levar o Evangelho a todas par- tes, uma oportunidade incomparável e campos insuspei- tos.
  4. 4 A figura de São João Eudes é uma exigência tremenda para nós os Eudistas, um ideal que não é inatingível, que devemos tratar todos de apropiar com o poder do Espíri- to Santo. João Eudes foi o maravilhoso sacerdote do século XVI que cobriu a França, e que descobriu caminhos intransi- tados de amor, de adoração, de louvor, de oração contí- nua. Que não deixou ocasião ou oportunidade de falar de Je- sus Cristo. Seu propósito de evangelização, seu propósi- to de existir, está sintetizado em suas palavras: “Jesus Cristo deve viver em nós, e nós Nele unicamente existir. Sua vida deve ser nossa e esta uma continuação e um reflexo da sua. Não temos direito de viver sobre a terra se não para levar, manifestar, santificar, glorificar e fazer viver em nós o nome, a vida, as qualidades, as perfei- ções, os desígnios e inclinações, as virtudes, as ações de Jesus (Vida e Reino, Cap. 1). João Eudes foi evangelizador e fundou a comunidade como evangelizadora para sempre, seguindo o impulso do Espírito em cada época. Um verdadeiro Eudista segundo São João Eudes deve ser antes de tudo evangelizador de Jesus Cristo: “Os Eu- distas se sentem chamados a anunciar a mensagem evangélica para fazer do gênero humano a família do Pai, em que a plenitude da lei é o amor” (Const. Cap. 2, Vers. 11). O Eudista deve ser o homem que arde de amor a Cristo
  5. 5 e o comunica a seus vizinhos e a seus distantes, usando todos os meios que tenha a seu alcance. Atualíssima a vocação dos Eudistas: evangelizar com sinceridade, com entusiasmo, com ardor carismático dos feitos Apostóli- cos. Este é o magnífico João Eudes que deveria ter nascido em nossa época e usar todos os meios que atualmente temos para difundir o Evangelho. Que palavra tão bela, tão abrasadora seria a de João Eudes atualmente! Quan- do se encontra todo um mundo ansioso de Deus, ansioso de perfeição, ansioso de verdade, penso que João Eu- des se daria bem nesta época. Nós a Congregação de São João Eudes, deveríamos refletir muito se não é o ca- so de acender vivamente nosso ardor evangélico e se não devemoscaracterizar-nos neste mundo por possuir o segredo, o ardor, o entusiasmo de uma evangelização moderna para o mundo atual, inspirada em uma experi- ência nova do Espírito Santo. (1) Esta novena foi publicada em 1980 pelos padres Hi- pólito Arias Delgado e Álvaro Botero Álvarez. Os textos atualmente foram revisados e adptados pela Unidade de Espiritualidade Eudista. Servo de Deus Rafael García Herreros Sacerdote Eudista
  6. 6 PRIMEIRO DIA SÃO JOÃO EUDES, MODELO EXEMPLAR DOS CRISTÃO INTRODUÇÃO “A grande obra de formar a Jesus em nossas almas é algo infinitamente superior as nossas forças e por Ele temos que acudir ao poder da divina graça e às orações da Virgem e dos santos”, dizia São João Eudes (Cf. Vida e Reino), hoje é ele mesmo quem intercede para que “Jesus viva e reine perfeitamente em nós” realizando asssim o ideal cristão que ele viveu tão profundamente. SAUDAÇÃO PRESIDENCIAL Irmãos, que a paz de Cristo Jesus e o amor de seu Cora- ção estejam com vocês. R/ E com teu espírito. ORAÇÃO Oh Deus, que elegeste a São João Eudes para anunciar as inescrutáveis riquezas do amor de Cristo; nos conce- da que, movidos por sua palavra e por seu exemplo, cresçamos na fé e levemos uma vida confor- me o Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. R/ Amém.
  7. 7 LEITURA BÍBLICA Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu que vi- vo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim, não invalido a graça de Deus; porque, se é pela lei que vem a justiça, então Cristo morreu em vão. (Gal 2,19b-21) LEITURA EUDISTA QUE É UM CRISTÃO? “Ser cristão é ser filho de Deus, irmão de Jesus Cristo, templo do Espírito Santo”. Um cristão é um filho de Deus que tem um mesmo Pai com Jesus Cristo, seu Filho único: Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus (Jn 1, 12).Subo a meu Pai e vosso Pai, disse o Sal- vador ressuscitado (Jn 20, 17). Vede que manifestação de amor nos deu o Pai: sermos chamados filhos de Deus, e nós o somos!, disse São João (1Jn 3, 1). Por havermos criado, Deus é nosso princípio, nosso rei e soberano, e nós suas criaturas, súditos e servidores. Mas pela regeneração batismal que nos deu um novo ser e uma vida divina, Deus é nosso Pai e nós seus filhos e podemos dizer-lhe: Pai nosso que estás nos céus. Por- tanto:
  8. 8 1. Assim como temos renascido pelo batismo do colo de nosso Pai Deus, também devemos permanecer, sem- pre e necessariamente Nele. Se por um único instante deixasse de levar-nos em seus braços perderíamos ao instante nosso novo ser e a vida nova que Dele recebe- mos no batismo. 2. Somos os irmãos de Jesus Cristo, de seu sangue e de sua estirpe real e divina, e formamos parte de sua ge- nealogia. O cristão, como homem novo e nova criatura, nascida de Deus, não conhece outra genealogia que a de Jesus Cristo, nem outro Pai fora de Deus: A ninguém na terra chameis de “Pai”, pois só tendes o Pai celeste (Mt 23, 9). Por isso, doravante, a ninguém conhecemos se- gundo a carne disse São Paulo (2Co 5, 1 6). E nosso Se- nhor disse: O que nasce do espírito, espírito é (3, 6). 3. Somos os herdeiros de Deus e coerdeiros com seu Filho. Que maravilhosa dignidade, nobreza e grandeza do cristão que nos obriga a renunciar a Satanás e a en- tregar-nos a Deus com o ardente desejo de viver como filhos seus, e ser fiel a nobreza de nosso berço, de não trair nossa estirpe nem desonrar a nosso Pai! Um cristão é um membro de Jesus Cristo. Temos com Ele uma ali- ança e união muito mais nobre, estreita e perfeita que é a dos membros com sua cabeça em um corpo humano. Pe- lo qual pertencemos a Jesus Cristo, estamos submetidos a sua dependência e direção e somos uma só coisa com Ele, como os membros com sua cabeça. Entreguemo-nos, pois, a Jesus Cristo e proponhamos- nos viver de sua vida. Porque seria monstruoso que no corpo um membro levasse uma vida distinta da de sua
  9. 9 cabeça. Por isso São Gregório de Nisa afirmava que o cristianismo é fazer uma profissão de viver da vida de Jesus Cristo. Um cristão é um templo do Espírito San- to.Não sabeis, que o vosso corpo é templo do Espírito Santo?, disse São Paulo (1Co 6, 19), e porque sois fi- lhos, enviou Deus aos nossos corações o Espírito do seu Filho (Ga 4, 6). O Espírito Santo nos tem sido dado como espírito de nosso espírito, coração de nosso coração, alma de nossa alma, e para que esteja sempre conosco e em nós como em seu templo. Consideremos atentamente estas verda- des e gravemo-las em nosso coração para despertar em nós o louvor, o amor a Deus porque nos fez cristãos. Re- pudiemos nossas ingratidões e pecados e levemos adian- te uma vida digna da perfeição de nosso Pai, da santida- de de nossa Cabeça e da pureza do Espírito cujo templo somos. (São João Eudes, Coloquios interiores, 9; O.C. II, 168- 173) ORAÇÃO EUDISTA São João Eudes, rogai por nós. São João Eudes, eleito de Deus, rogai por nós. São João Eudes, modelo de vida cristã, rogai por nós. São João Eudes, fiel cumpridor da vontade divina, ro- gai por nós. São João Eudes, penetrado de amor a Jesus, rogai por nós. São João Eudes, conhecedor dos divinos misté- rios, rogai por nós.
  10. 10 OREMOS Cristo Jesus, bondoso e humilde de coração, que no ex- cesso de teu amor, te humilhaste fazendo-te obediente até a morte de cruz, concede-nos viver conforme a tua humildade, obediência, caridade e mansidão. R/ Amém, amém, Senhor Jesus, por teu poder e para tua glória. SEGUNDO DIA SÃO JOÃO EUDES E O CORAÇÃO DE JESUS INTRODUÇÃO Segundo a Bula de sua canonização “São João Eudes brilhou por seu zelo extraordinário em promover a de- voção salvífica para os Santos Corações de Jesus e Ma- ria e pela divina inspiração, foi o primeiro que pensou em dar-lhes um culto litúrgico. Por isso São João Eudes é chamado Pai, Doutor e Apóstolo da devoção aos Sa- grados Corações. Hoje nos reunimos para dar graças a Deus por este dom inefável com que se dignou enriquecer a São João Eudes e nos colocarmos na escola de tão grande doutor e mestre para acrescentar nossa fé no Senhor Jesus e acender nosso amor para seu Coração Sacratíssimo. SALDAÇÃO PRESIDENCIAL Irmãos, que a paz e o amor do Coração de Cristo, o Se-
  11. 11 nhor, esteja com todos vocês. R/ e com teu espírito. ORAÇÃO Oh Deus, que elegeste a São João Eudes para anunciar as inescrutáveis riquezas do amor de Cristo; concede- nos que, movidos por sua palavra e por seu exemplo, cresçamos na fé e levemos uma vida confor- me o Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Filho. R/ Amém. LEITURA BÍBLICA Santificarei o meu grande nome, que foi profanado entre as nações, no meio das quais vós o profanastes, e sabe- rão as nações que sou Javé – oráculo do Senhor Javé, - quando eu for santificado em vós aos seus olhos, quan- do vos tomar dentre as nações e vos reunir de todas as terras, reconduzindo-vos à vossa terra. Borrifarei agua sobre vós e ficareis puros; sim purificar-vos-ei de todas as vossas imundíceis e de todos os vossos ídolos imun- dos. Dar-vos-ei coração novo, porei no vosso íntimo es- pírito novo, tirarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei no vosso íntimo o meu espírito e farei com que andeis de acordo com os meus estatutos e guardarei as minhas normas e as prati- queis. (Ez 36, 23-27)
  12. 12 LEITURA EUDISTA O CORAÇÃO DE JESUS TEM-SE-NOS DADO PA- RA QUE SEJA NOSSO CORAÇÃO “Entrega-te a Jesus para entrar na imensidade de seu Coração”. Que excessivos e admiráveis são, Deus, tua bondade e teu amor por nós! És infinitamente digno de ser amado, elogiado e glorificado. Mas como não temos coração nem espírito digno e capaz de preencher estas obriga- ções, tua sabedoria tem inventado e tua imensa bondade nos tem dado um meio admirável para cumpri-las plena e perfeitamente. Porque nos tens dado o Espírito e o Co- ração de teu Filho, que é teu própio Espírito e Coração, para que seja também o nosso, segundo a promesa que nos fizeste pela boca do Profeta: Dar-vos-ei coração no- vo, porei no vosso íntimo espírito novo (Ez 36, 26). E para que soubéssemos quais eram esse espírito e esse coração novos que nos prometias, agregaste: Porei meu Espírito, que é meu coração, no meio de vocês. Só o Es- pírito e o coração de Deus são dignos e capazes de amar, abençoar e louvar a Deus como Ele o merece. Por isso, Senhor meu, nos deste teu coração, que é o de teu filho Jesus, como também o de sua divina mãe e os corações de todos teus anjos e santos que reunidos for- mam um só coração. E tu, que lês estas coisas, compreende bem que es- te coração tem-se-te dado para que sirvas e honres a Deus, e cumpras sua vontade com um grande coração e
  13. 13 um grande amor (2M 1, 3), é dizer, com um coração e um amor dignos de sua infinita grandeza. Para ele renuncia a teu coração, isto é, a teu espíri- to pessoal, a tua vontade e amor própios; e entrega-te a Jesus para entrar na imensidade de seu grande coração, que encerra o coração de sua santa mãe e, de todos seus santos, e para submergir-te nesse abismo de amor, de caridade, de misericórdia, de humildade, de pureza, de paciência, de submissão e de santidade. Não te contentes em amar a Deus com teu pequeno co- ração humano: isso é bem pouco, por não dizer nada. Amá-lo corde magno et animo volenti, com todo o amor de teu grande coração. Quando te perguntem se o amas, contestarás: «Sim, quero amá-lo com todo meu grande coração e entrego-me a Ele para este fim». Se amas a teu próximo e queres exercitar com ele uma obra de ca- ridade, ama-o e tens por ele tudo o que deves com a ca- ridade de teu grande coração. Se é necessário sofrer al- go, fá-lo em união de seu espírito de humildade, de paci- ência, de submissão e de amor. Se vais cumprir alguma promessa, doação ou sacrifício a Deus, de ti mesmo ou de alguma coisa, que seja no espírito de amor e de zelo de teu grande coração. Quando digas estas palavras- Dou graças ao Senhor de todo coração (Sal 110, 1) te- rás a intenção de referir-te a seu grande coração. Final- mente, em todas tuas ações renuncia a ti mesmo e entre- ga-te a Jesus para realizá-las no espírito e disposição de seu grande coração. (São João Eudes, O Coração admirável de Jesus, 3, 2: O.C.VI, 261-265.)
  14. 14 ORAÇÃO EUDISTA Alegra-te, Coração santo Alegra-te, Coração manso Alegra-te, Coração humilde Alegra-te, Coração puro Alegra-te, Coração fervente Alegra-te, Coração sábio Alegra-te, Coração paciente Alegra-te, Coração obediente Alegra-te, Coração solícito Alegra-te, Coração fiel Alegra-te, Coração fonte de toda felicidade Alegra-te, Coração misericordioso Alegra-te, Coração, cheio de amor, de Jesus e de Maria. Te adoramos, te louvamos, te glorificamos, te damos graças. Te amamos com todo nosso coração, com toda nossa alma, com todas nossas forças. Te oferecemos nosso coração, te entregamos, te consagramos, te imolamos. Aceita-o e possui-o plenamente, Purifica-o, Ilumina-o e santifica-o,
  15. 15 para que nele vivas e reines, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém. TERCEIRO DIA SÃO JOÃO EUDES E O CORAÇÃO DE MARIA INTRODUÇÃO Conhecido é o grande amor que São João Eu- des professou para a virgem Maria, Mãe de Deus. Em qualquer coisa podia “deixar-se ganhar” mas não tole- rava que nada lhe sobrepujasse em respeito, confiança e amor para ela. São João Eudes apresentou ao mundo a pessoa de Maria embaixo o símbolo do coração, o Co- ração Admirável, como gostava de chamá-lo. O exemplo e a palavra de São João Eudes são para nós estimulo permanente. A devoção ao Coração de Maria é preciosa herança da grande família eudista. Em nós e por nós São João Eudes perpetua hoje seu amor e devo- ção ao coração da Virgem Mãe. SAUDAÇÃO PRESIDENCIAL Irmãos, que o amor, a graça e a paz de Jesus, o Filho de Maria, esteja com vocês. R/ E com teu espírito. ORAÇÃO Oh Deus, que elegeste a São João Eudes para anunciar as inescrutáveis riquezas do amor de Cristo; concede-
  16. 16 nos que, movidos por sua palavra e por seu exemplo, cresçamos na fé e levemos uma vida confor- me o Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.R/ Amém. LEITURA BÍBLICA Trasbordo de alegria em Javé, minha alma se regozija no meu Deus, porque me vestiu com vestes de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como o noivo que se coloca a coroa, ou a uma noiva que se enfeita com as jóias. Com efeito, como a terra faz brotar a vegetação, e o jardim faz germinar as sementes, assim o Se- nhor Javé faz germinar a justiça e o louvor na presença de todas as nações. Por amor de Sião não me calarei, por amor de Jerusa- lém não descansarei, até que sua justiça surja como cla- rão e a sua salvação arda como tocha. Então as nações verão tua justiça e todos os rei, tua glória. Receberás nome novo, que a boca de Javé designará. Serás coroa gloriosa nas mãos de Javé, turbante real na palma do teu Deus. Já não te chamarão “Abandonada”, nem chamarão à tua terra “Desolação”. Antes, serás chamada “Meu prazer está nela”, e tua terra “Desposada”. Com efei- to, Javé terá prazer em ti e se desposará com tua terra. (Is 61, 10-62,4)
  17. 17 LEITURA EUDISTA POR QUE DEVEMOS HONRAR O CORAÇÃO DE MARIA? “Alegrar-se ao Coração de Maria é encontrar-se com Jesus”. O coração representa todo o interior do homem, mas principalmente seu amor. Por isso, quando honramos o coração de Maria não queremos recordar algum misté- rio, ação ou qualidade, e nem sequer a pessoa digníssi- ma da Virgem, mas a fonte e a origem da santidade de todo ele: seu amor e caridade. Porque este amor santifica todas as suas acões, as facul- dades de seu espírito, sua vida exterior e interior, com suas virtudes e perfeições. O amor a faz digna de ser Mãe de Jesus e de todos os membros de Cristo e fonte inesgotável de graças. Vocês, todos sedentos, venham pressurosos a beber des- ta fonte. Por que vacilam? Teme acaso rebaixar a bonda- de de seu Redentor quando lhes dirige ao coração de sua mãe? Porque Maria nada é, nada tem e nada po- de senão por Jesus, por Ele e Nele. É Jesus o que o é to- do, pode tudo e o faz tudo nela. E não somente Jesus vive e permanece continuamente no coração de Maria, senão que o mesmo é o coração de seu coração. Por isso, alegrar-se ao coração de Maria é encontrar-se com Jesus; honrar o coração de Maria é honrar a Jesus; invocar o coração de Maria, é invocar a
  18. 18 Jesus. Este coração admirável é o exemplar e o modelo de nossos corações; e a perfeição cristã consiste em che- gar a ser imagens vivas do coração santo de Maria. Ademais, assim como o Pai eterno concedeu a Maria conceber a seu Filho primeiro em seu coração e logo em seu seio virginal, assim também lhe deu poder de formá- lo no coração dos filhos de Adão. Por isso, ela colabora na obra de nossa salvação, empre- gando com amor incrível este poder especial. E como ela levou e levará eternamente o seu Filho Jesus em seu coração, tem levado também e levará sempre com ele todos os membros da divina Cabeça, como a filhos muito queridos e como frutos de seu coração maternal que ela apresenta como oblação contínua a divina majestade. (São João Eudes, O Coração admirável de Jesus, 2, 4- 5: O.C. VI, 148. 182; 8, 431.) ORAÇÃO EUDISTA (Ave Maria, Filha do Pai) Alegra-te, Maria, Filha de Deus Pai, Alegra-te, Maria,, Mãe de Deus Filho, Alegra-te, Maria, Esposa do Espírito Santo, Alegra-te, Maria, Templo da Divindade, Alegra-te, Maria, Lírio em que resplandece a luz indefi- ciente da Trindade. Alegra-te, Maria, Rosa esplendorosa de encanto celesti- al.
  19. 19 Alegra-te, Maria, Virgem das virgens, Virgem fiel da qual quis nascer e alimentar-se o rei dos céus. Alegra-te, Maria, Rainha dos mártires: tua alma foi tras- passada por uma espada de dor. Alegra-te, Maria, Soberana do universo; todo poder foi te dado no céu e na terra Alegra-te, Maria, Rainha de meu coração, minha Mãe, minha vida, minha alegria e minha mais doce esperança. Alegra-te, Maria, Mãe digna de amor. Alegra-te, Maria, Mãe admirável. Alegra-te, Maria, Mãe de misericórdia. Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo: Bendita és tu entre as mulheres; e bendito Jesus, o fruto de teu ventre. e bendito teu esposo José, e bendito teu pai Joaquim, e bendita tua mãe Ana, e bendito teu filho João, e bendito teu anjo Gabriel, e bendito o Pai Eterno que te escolheu, e bendito o Filho que te amou, e bendito o Espírito Santo que contigo se desposou. e benditos para sempre os que te bendizem e te amam. Amém. QUARTO DIA SÃO JOÃO EUDES, SERVIDOR DA IGREJA INTRODUÇÃO São João Eudes estava infundido dos mais altos concei- tos acerca da Igreja: a olhava como a Filha muito ama-
  20. 20 da do Pai eterno, que lhe havia dado a seu Filho único por esposo e a seu divino Espírito por guia… a honrava como a mãe que o havia gerado pelo Batismo e o levava sempre em seu seio, nutrindo com o Pão Celestial da divina Palavra e com a Carne e Sangue do Salvador. Por isso tem desejado as comunidades por Ele fundadas a consignar de “Servir a Cristo e a sua Igreja com entu- siasmo e intrepidez”. SAUDAÇÃO PRESIDENCIAL Irmãos, a misericórdia e a paz de Deus Pai e de Jesus Cristo, Cabeça da Igreja, estejam com vocês. R/ E com teu espírito. ORAÇÃO Oh Deus, que elegeste a São João Eudes para anunciar as inescrutáveis riquezas do amor de Cristo; concede- nos que, movidos por sua palavra e por seu exemplo, cresçamos na fé e levemos uma vida conforme o Evan- gelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. R/ Amém. LEITURA BÍBLICA Como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de santificá-la, purificando-a mediante o banho da água em virtude da Palavra, para apresentar a si mesmo a
  21. 21 Igreja, gloriosa, sem mancha nem ruga, nem coisa se- melhante, mas santa e imaculada. (Ef 5, 25b-27) LEITURA EUDISTA O AMOR E O SERVIÇO A IGREJA “Estes homens não se pertencem: só existiam para a Igreja”. Adora a Santa Trindade por tudo o que ela é na Igre- ja. Adora o amor incompreensível e os altos e eternos desígnios que tem sobre ela. Adorá-la e bendizê-la por tudo o que ela realiza sem cessar. Entrega-te ao amor e ao céu que pela Igreja têm o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Para despertar em ti o amor e o serviço a Igreja pensa que ela é a Filha predileta do Pai eterno, que a ama até o ponto de entregar-lhe a seu Filho único por esposo e a seu Espírito Santo como seu espírito e seu coração. A Igreja é a irmã, a mãe, a esposa de Jesus, seu corpo e sua plenitude, como disse São Paulo, isto é, seu coroa- mento e perfeição. Ela e sua herença, seu reino, sua ca- sa, seu tesouro, sua coroa, sua glória e suas delícias. A Igreja é tua mãe, que te tem gerado para Deus pelo santo batismo e que te leva sempre em seu colo. É tua ama que te alimenta com o pão celestial da divina Palavra e com a carne divinizada e o sangue precioso de
  22. 22 seu Esposo. Ela é tua rainha, tua governante e tua guia segura pelo caminho para o paraíso. É tua mestra que te ensina as verdades celestiais, o que necessitas saber e fazer para agradar a Deus. A Igreja merece todo teu amor, teu respeito e teu céu ar- dente por sua honra, seu serviço e todos seus interesses. Por isso, deve submissão a seus ensinamentos, obediên- cia a seus mandatos, veneração por seus sacramentos, ritos e costumes e por tudo o que é seu. Deves sentir como suas próprias aflições, agradecer a Deus os favores que lhe concede. Deves pedir ao Senhor que a conserve, a dilate e santifique cada dia mais e sobre tudo que lhe envie pastores e sacerdotes segundo seu Coração. Recorda o amor acendido que os Apóstolos e santos sa- cerdotes tiveram para com a Igreja. Considera seu céu devorador, os cuidados vigilantes e o grandíssimo inte- resses que tiveram pela santificação e dilatação da Igre- ja, pela observância de suas leis, pela fiel e santa admi- nistração de seus sacramentos; pela distribuição sincera e cuidadosa da divina palavra, pelo digno comportamen- to em todas as suas funções e sobre tudo para procurar de todas as formas a salvação de seus filhos. Considera o que tens feito os santos para alcançar estes fins: como viveram, sofreram e se comportaram esses homens que não se pertenciam e só existiam para a Igre- ja a qual dedicavam seus desvelos, seus afetos, seus pensamentos e palavras, suas ações, bens e forças, seu tempo, seu espírito, seu corpo, sua alma, sua vida e tudo
  23. 23 o que possuíam, sabiam e podiam. Cada um deles podia apropiar-se da palavra de São Paulo: Quanto a mim, de bom grado despenderei, e me despenderei todo inteiro, em vosso favor (2Co 12, 15). Roga aos Apóstolos e aos santos sacerdotes que te faça participar de seu céu e de seu amor a Igreja e esmera- te por segui-los por este caminho. (São João Eudes, Memorial da vida eclesiástica, 5, 28; O.C.III, 218-222.) ORAÇÃO EUDISTA Te adoramos, oh Cristo, Cabeça de tua Igreja, que é teu Corpo como nós somos teus membros. Te damos graças por este dom que supera toda compreensão. Te pedimos perdão por nossa falta de obediência e por não ter vivido sempre conforme o teu exemplo e tua palavra. Nós nos entregamos a ti para participar de tua vida, compartilha teus sentimentos, seguir teu Evangelho e deixar-nos mo- ver por teu Espírito. Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém. QUINTO DIA SÃO JOÃO EUDES, MODELO DE SACERDOTES INTRODUÇÃO A leitura que vamos fazer hoje de uma página de São João Eudes é suficiente para dar-nos ideia da alta esti- ma que ele tinha do ministério sacerdotal.
  24. 24 Mas São João Eudes não se contentou em escrever lin- damente sobre o sacerdócio nem em exortar aos minis- tros da Igreja a viverem conforme a dignidade de sua excelsa vocação, foi antes de tudo um preclaro modelo de virtudes cristãs e sacerdotais. Hoje, ao recordar este exemplo de vida, nos reunimos para orar pelos ministros da Igreja, especialmente pe- los Bispos, Presbíteros e Diáconos que pelo Sacramento da Ordem foram constituídos dispensadores dos misté- rios de Deus, para que configurados plenamente com Cristo, sejam a seu tempo, modelos de fé e amor para os fiéis confiados a sua aplicação pastoral. SAUDAÇÃO PRESIDENCIAL Irmãos, a graça e a paz da parte de Jesus Cristo, a Teste- munha fiel, que tem feito de nós um reino de sacerdotes para seu Pai, Deus esteja sempre com vocês. R/ E com teu espírito: a Ele seja a glória e o império pe- los séculos dos séculos. Amém. ORAÇÃO Oh Deus, que elegeste a São João Eudes para anunciar as inescrutáveis riquezas do amor de Cristo; concede- nos que, movidos por sua palavra e seu exem- plo cresçamos na fé e levemos uma vida confor- me o Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. R/ Amém.
  25. 25 LEITURA BÍBLICA De Mileto, mandou emissários a Éfeso para chamarem os anciãos daquela Igreja. Quando chegaram, assim lhes falou: "Vós bem sabeis como procedi para convos- co todo o tempo, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia. Eu servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas, e no meio das provações que me sobrevieram pelas ciladas dos judeus. E nada do que vos pudesse ser útil eu negligenciei de anunciar-vos e ensinar-vos, em público e pelas casas, conjurando judeus e gregos ao arrependimento diante de Deus e à fé em Jesus, nosso Senhor. Agora, acorrentado pelo Espírito, dirijo-me a Jerusa- lém, sem saber o que lá me sucederá. Senão que, de ci- dade em cidade, o Espírito Santo me adverte dizendo que me aguardam cadeias e tribulações. Mas de forma alguma considero minha vida preciosa a mim mesmo, " contanto que leve a bom termo a minha carreira e o mi- nistério que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho do Evangelho da graça de Deus. Agora, porém, estou certo de que não mais vereis mi- nha face, vós todos entre os quais passei proclamando o Reino. Eis porque eu o atesto, hoje, diante de vós: estou puro do sangue de todos, pois não me esquivei de vos anunciar todo o desígnio de Deus para vós. Estai atentos a vós mesmos e a todo o rebanho: nele o Espírito Santo vos constituiu guardiães, para apascen- tardes a Igreja de Deus, que ele adquiriu para si pelo sangue do seu próprio Filho. Bem sei que, depois de mi-
  26. 26 nha partida, introduzir-se-ão entre vós lobos vorazes que não pouparão o rebanho. Mesmo do meio de vós surgirão alguns falando coisas pervertidas, para arras- tarem atrás de si os discípulos. Vigiai, portanto, lembra- dos de que, durante três anos, dia e noite, não cessei de exortar com lágrimas a cada um de vós. Agora, pois, recomendo-vos a Deus e à palavra de sua graça, que tem o poder de edificar e de vos dar a herança entre to- dos os santificados. (Atos 20, 17-32) LEITURA EUDISTA O SACERDOTE, ASSOCIADO A SANTÍSSI- MA TRINDADE “Os contemplo como os associados do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Vocês, sacerdotes, são a parte mais nobre do corpo mís- tico do Filho de Deus. São os olhos, a boca, a língua e o coração de sua Igreja, mais ainda, o mesmo Jesus. São seus olhos: mediante vocês o Bom Pastor vela con- tinuamente sobre seu rebanho; por vocês o ilumina e o conduz, por vocês chora sobre as ovelhas que estão en- tre as garras do lobo infernal. São sua boca e sua língua: por vocês Cristo fala aos ho- mens e continua anunciando a mesma palavra, o mesmo Evangelho que Ele proclamou na terra.
  27. 27 São seu coração: mediante vocês comunica a vida ver- dadeira, da graça na terra e da glória no céu, a todos os membros de seu corpo místico. Os contemplo e venero como associados com o Pai, o Filho e o Espírito Santo de maneira célebre e admirá- vel. O Pai eterno os associa com Ele em sua mais alta ocupa- ção, que é a geração inefável de seu Filho, a quem faz nascer desde toda eternidade em seu seio paterno, e em sua mais excelente qualidade que é sua divina pater- nidade. Porque os faz, de certa maneira, pai de seu Filho a dar-lhes o poder de formá-lo e fazê-lo nascer nas al- mas cristãs e ao fazê-lo pai de seus membros que são os fiéis. Assim vocês levam a imagem de sua divina pa- ternidade. O Filho de Deus os associa com Ele em suas mais no- bres perfeições e ocupações. Porque os faz partícipes de sua qualidade de mediador entre Deus e os homens; de sua dignidade de juiz soberano do universo; de seu no- me e ofício de salvador do mundo e de muitos outros títulos seus. E lhes dá o poder de oferecer com Ele, a seu Pai, o mesmo sacrifício que ofereceu na cruz e que ofe- rece cada dia sobre nossos altares, que é sua ação mais santa e excelsa. O Espírito Santo os associa com Ele em sua ação maior e admirável. Porque Ele veio ao mundo para dissipar as escuridões da ignorância e do pecado que cobriam a ter- ra, para iluminar os espíritos com a luz celestial, pa- ra acender os corações no fogo sagrado do amor divino,
  28. 28 para reconciliar os pecadores com Deus, para apagar o pecado, comunicar a graça, santificar as almas, fundar a Igreja, aplicar-lhe os frutos da paixão e morte de seu Re- dentor e, enfim, para destruir a nossa antiga condição pecadora e dar forma e nascimento a Jesus Cristo. Pois bem, tudo isto é sua ocupação ordinária como sacerdo- tes, porque tens sido enviados por Deus para formar seu Filho Jesus nos corações humanos. Tens, pois, uma aliança maravilhosa com as três pessoas divinas: são os associados da SantaTrindade; são os co- operadores do Deus todo poderoso em suas obras mais excelentes. (São João Eudes, Memorial da vida eclesiástica, 1: O.C.III, 14-16.) ORAÇÃO EUDISTA Os sacerdotes presentes fazem a renovação das promes- sas sacerdotais segundo a fórmula seguinte composta por São João Eudes. As outras pessoass recordam seu sacerdócio batismal por ele no qual todos temos sido configurados a Jesus Cristo sacerdote, profeta e rei. Trindade adorável, Pai Filho e Espírito Santo. Adoro- te pelo que és em ti mesma, pelas obras da criação, pela Igreja e pelo divino sacerdócio que tens estabelecido pa- ra tua glória e para nossa salvação. Tu és o princípio e a fonte do poder e santidade do sacerdócio; Tu és o fim de todas suas funções; Tu és a consagração e a santificação dos sacerdotes da Igreja.
  29. 29 Por comunicação de tua admirável paternidade, Pai San- to, tens sido constituído pais dos filhos da luz; por parti- cipação de teu sacerdócio, Senhor Jesus Cristo, são sa- crificadores para glória do Altíssimo; pela efusão espe- cial de tua santidade infinita, Espírito Santo, são os san- tificadores dos homens. Neles e por eles, te faz visível na terra executando obras que só pertencem a teu poder e tua bondade. Dou-te graças, Deus meu, porque me fez escolhi- do, somente por tua misericórdia, para exercer o sacer- dócio e destinar-me assim ao ministério da salvação. Peço-te perdão e me arrependo de coração das faltas e negligências cometidas no exercício do sacerdó- cio. Ofereço-te em satisfação, a paixão, morte e resurrei- ção de teu Filho Jesus Cristo, Sumo Sacerdote, e a honra que te rende o mesmo Jesus, Maria Santíssima e todos os sacerdotes que tens servido e servem em tua Igreja. Prometo, com tua graça, levar adiante uma vida conforme a santidade de minha vocação e por Ele reno- vo agora a profissão que fiz quando fui ordenado sacer- dote. Prometo renunciar inteiramente e para sem- pre ao pecado, ao mundo e a mim mesmo; unido ao amor pelo qual quiseste escolher-me para consagrar- me pela união sacerdotal, te escolho de novo hoje, como minha herança, meu tesouro e meu tudo: “O Senhor é a porção de minha herança, minha sorte está em tuas mãos”. Como Tu és para mim, seja eu para Ti; que meu coração
  30. 30 descanse em Ti como em seu tesouro; que minha vida seja empregada e consagrada a tua glória; e que minha alegria seja desempenhar santamente, por seu amor as funções sacerdotais e seguir sempre tua adorá- vel vontade. Virgem Santa, Mãe do Sumo Sacerdote, Santos Apósto- los e sacerdotes, lhes suplico que me associe a perpétua ação de graças que fazes diante de Deus e me ofereça ao Sumo Sacerdote Jesus Cristo; que lhe peça perdão por minhas ingratidões e lhe suplique que me fa- ça partícipe do espírito e das disposições com os quais exerceu Ele mesmo as funções do Sacerdócio; que me comunique humildade, paciência, bondade e caridade apostólica para levar a cabo o ministério de santificação que me tens confiado. R/ Amém, amém, por tua graça e para glória de teu no- me. ORAÇÃO CONCLUSIVA Oh Deus, glória de teus sacerdotes, que nos destes teu Filho como Sumo Sacerdote e Pastor vigilante de nossas almas, e lhe tens associado para oferecer-te uma hóstia pura os sacerdotes e ministros de tua Igreja: te pedimos, pela intercessão da Virgem Maria, e de teus santos sa- cerdotes e ministros, que reavives em tua Igreja a graça de teu Espírito, para que amemos o que eles amaram e vivamos como eles nos ensinaram com sua palavra e seu exemplo. Por Jesus Cristo, nosso Senhor. R/ Amém.
  31. 31 SEXTO DIA SÃO JOÃO EUDES, EVANGELIZADOR INTRODUÇÃO João Eudes havia feito sua a palavra de São Paulo: “Ai de mim, se eu não anunciar” (1Co 9,16). Conhecida é sua dedicação no anúncio de Jesus Cristo nas missões populares as quais consagrou-se durante mais de 50 anos seus melhores esforços. Quando hoje a Igreja no Vaticano II, em Puebla e em muitos outros documentos nos pedem um renovado es- forço evangelizador, a pessoa de São João Eudes é mo- delo e estímulo permanente. SAUDAÇÃO PRESIDENCIAL Irmãos, cresçam na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. R/ A Ele a glória e a honra agora e por todos os séculos. Amém. ORAÇÃO Oh Deus, que elegeste São João Eudes para anunciar as inescrutáves riquezas do amor de Cristo; concede-nos que, movidos por sua palavra e por seu exemplo, cresça- mos na fé e levemos uma vida conforme o Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
  32. 32 R/ Amém. LEITURA BÍBLICA Anunciar o evangelho não é título de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho! Se eu o fizesse por ini- ciativa própria, teria direito a um salário; mas, já que o faço por imposição, desempenho um encargo que me foi confiado. Qual é então o meu salário? É que, pregando o evangelho, eu o prego gratuitamente, sem usar dos di- reitos que a pregação do evangelho me confere. Ainda que livre em relação a todos, fiz-me o servo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Para os judeus, fiz-me como judeu, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão sujeitos à Lei, fiz-me como se estivesse sujeito à Lei — se bem que não esteja sujeito à Lei —, para ga- nhar aqueles que estão sujeitos à Lei. Para aqueles que vivem sem a Lei, fiz-me como se vivesse sem a Lei — ainda que não viva sem a lei de Deus, pois estou sob a lei de Cristo —, para ganhar aqueles que vivem sem a Lei. Para os fracos, fiz-me fraco, a fim de ganhar os fra- cos. Tornei-me tudo para todos, a fim de salvar alguns a todo custo. E isto tudo eu faço por causa do evangelho, para dele me tornar participante. (1Cor 9, 16-23)
  33. 33 LEITURA EUDISTA O SACERDOTE, PREGADOR DA PALAVRA DE DEUS “Pregar é fazer Deus falar”. Pregar é fazer Deus falar, o qual, depois de dirigir-se aos homens pelos profetas no Antigo Testamento, e por seu Filho na nova lei, quer falar-nos também agora pelos membros de seu Filho, para dar-nos a conhecer sua von- tade e incitar-nos a cumpri-la. Pregar é distribuir aos Filhos de Deus o pão da vida eterna, para manter, fortalecer e aperfeiçoar neles a vida divina que receberam do Pai celestial pelo novo nasci- mento do batismo. “Só tu tens palavras de vida eter- na.” (Jo. 6, 69). A origem da pregação apostólica se acha no senhor Deus, de onde saiu o Verbo, a Palavra eterna e o primeiro de todos os pregadores, Jesus Cristo, nosso Senhor. Dessa fonte trouxe todas as verdades que venho pregar na terra. O fim e objeto desta função celestial é dar nascimento e formar Jesus Cristo nos corações dos homens, e fazê- lo viver e reinar neles; e dissipar deles os espíritos, as trevas infernais e irradiar neles as luzes celestiais; é combater e esmagar o pecado das almas e abrir nelas a porta à graça divina; e jogar por terra a tirania de satanás no mundo e estabelecer o reino de Deus; e reconciliar os homens com Deus e fazê-los seus filhos.
  34. 34 E porque este oficio é tão importante e santo, os sacer- dotes devem desempenhá-lo com santas disposições. Os pregadores, associados nestas funções aos Apóstolos e aos maiores santos, devem seguir seus passos e imitar sua vida. Como arautos de Deus, embaixadores de Jesus Cris- to, dispensadores de seus mistérios, oráculos do Espírito Santo, devem revestir as virtudes do Filho de Deus e deixar-se possuir e animar pelo amor, o céu e a força de seu divino Espírito. Os sacerdotes devem meditar e praticar cuidadosamente a palavra de São Paulo: Como enviados de Deus, que falamos, na presença de Deus em Cristo (Cf. 2Co 2, 17.) “Como enviados de Deus”, os sacerdotes devem pre- gar não os pensamentos e invenções de seu espíri- to, senão tomar de Deus, pela leitura das Sagradas Escri- turas e pela oração, o que devem anunciar aos homens. “Diante de Deus”, porque não devem buscar nem pre- tender outra coisa que a glória de Deus e a salvação das almas. “Falamos em Cristo”, é dizer, que os sacerdotes devem renunciar-se a si mesmos para entregar-se a Jesus Cris- to, para falar Nele, pregar em seu espírito e proclamar a verdade com as disposições e intenções com que Ele pregou na terra através de seus lábios.
  35. 35 (São João Eudes, O pregador apostólico, 2: O.C. IV, 12 -16.) ORAÇÃO EUDISTA Adoramos-te, Senhor Nosso Jesus Cristo, mensageiro do Evangelho da Salvação. Damos-te graças porque és a luz do mundo e por fazer- nos escolhido para ajudar aos nossos irmãos a conhecer- te. Pedimos-te perdão por nossa falta de fé e de generosida- de no anúncio do Evangelho. Entregamos-te a Ti para que encha com tua graça nosso espírito e nos dê valentia e amor para proclamar teu no- me. Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. R/ Amém. LADAINHA DE SÃO JOÃO EUDES São João Eudes, rogai por nós. Cheio do Espírito Santo, rogai por nós. Mensageiro do amor de Cristo, rogai por nós. Movido de especial amor aos pecadores, rogai por nós. Missionário incansável, rogai por nós. São João Eudes, veemente defensor da fé, rogai por nós. Evangelista e Apóstolo, rogai por nós. Tocha ardente e brilhante, rogai por nós. Ardente por teu amor a Deus, rogai por nós. Brilhante por teu amor ao próximo, rogai por nós. Ardente por tua contínua oração, rogai por nós. Brilhante pela pregação da divina palavra, rogai por nós.
  36. 36 São João Eudes trabalhador incansável do Reino de Deus, rogai por nós. Imagem viva de Jesus Cristo, rogai por nós. OREMOS Deus e Pai nosso, que elegeste São João Eudes para dis- tribuir o pão da Palavra eterna e formar Jesus Cristo no coração dos homens, concede a tua Igreja dignos arautos do Evangelho, que seguindo o exemplo de São João Eu- des e imitando suas virtudes, anunciem hoje tua mensa- gem de salvação como embaixadores de Jesus Cristo e para a glória de teu nome. Por Jesus Cristo Nosso Se- nhor. R/ Amém. SÉTIMO DIA SÃO JOÃO EUDES, AMANTE DOS POBRES INTRODUÇÃO “A opção preferencial pelos pobres” de que nos fala ho- je Puebla, foi uma norma permanente na vida de São João Eudes, que desde criança fez voto de socorrê-los e, a exemplo de Cristo, lhes dedicou seu coração e se consagrou eternamente a seu serviço. Basta recordar para comprovar seu comportamento quando a peste as- solou a província de Normandia. Cumpriu sempre o que dispunham as primitivas consti- tuições da Congregação de Jesus e Maria: “Os verda-
  37. 37 deiros filhos da Congregação terão um afeto especial pelos pobres, mostrando-se sempre como seus proteto- res e defensores, sempre prontos a ajudá-los, instruí-los e visitá-los”. Sua palavra e exemplo nos ajudam hoje a cumprir me- lhor este compromisso eclesial de amor aos pobres. SAUDAÇÃO PRESIDENCIAL Irmãos, que Cristo, o Senhor, que se fez pobre para en- riquecer-nos com seus dons, esteja com vocês. R/ E com teu espírito. ORAÇÃO Oh Deus, que elegeste São João Eudes para anunciar as inescrutáveis riquezas do amor de Cristo; concede-nos que, movidos por sua palavra e por seu exemplo, cresça- mos na fé e levemos uma vida conforme o Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. R/ Amém. LEITURA BÍBLICA Quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. E serão reunidas em sua presença todas as na- ções e ele separará os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas
  38. 38 à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então dirá o rei aos que estiverem à sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino pre- parado para vós desde a fundação do mundo. Pois tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de be- ber. Era forasteiro e me recolhestes. Estive nu e me ves- tistes, doente e me visitastes, preso e viestes ver-me'. Então os justos lhe responderão: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te alimentamos, com sede e te de- mos de beber? Quando foi que te vimos forasteiro e te recolhemos ou nu e te vestimos? Quando foi que te vi- mos doente ou preso e fomos te ver?' Ao que lhes responderá o rei: 'Em verdade vos digo: ca- da vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pe- queninos, a mim o fizestes'. Em seguida, dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'Apartai-vos de mim, maldi- tos, para o fogo eterno preparado para o diabo e para os seus anjos. Porque tive fome e não me destes de co- mer. Tive sede e não me destes de beber. Fui forasteiro e não me recolhestes. Estive nu e não me vestistes, doente e preso, e não me visitastes'. Então, também eles responderão: 'Senhor, quando é que te vimos com fome ou com sede, forasteiro ou nu, doente ou preso e não te servimos?' E ele responderá com estas palavras: 'Em verdade vos digo: todas as vezes que o deixastes de fazer a um des- ses pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer'. (Mt 25, 31-45)
  39. 39 LEITURA EUDISTA O CORAÇÃO DA MÃE DA MISERICÓRDIA “Mãe misericordiosa: volta teus olhos para tantos filhos miseráveis, enfermos e angustiados”. Virgem terna e misericordiosa! Contempla com teus olhos benignos tantas misérias e tantos miseráveis que enchem a terra, tantos pobres, viúvas, orfãos, enfermos, prisioneiros; tantos homens golpeados e perseguidos pe- la malícia humana, tantos indefesos, esmagados pela vi- olência dos que exercem poder sobre eles, tantos viajan- tes e peregrinos rodeados de perigos; tantos operários evangélicos expostos a mil riscos para salvar as almas que se perderam; tantos espíritos e corações aflitos, tan- tos irmãos atormentados por diversas tentaçõess, tantas almas que padecem as penas do purgatório. Contem- plar, sobretudo, tantas almas vítimas do pecado e em es- tado de perdão, que é a mais espantosa de todas as misé- rias. Veja enfim, Virgem bondosa, o número quase infinito de desventurados do universo cujas misérias inumeráveis lhes fazem clamar: «Mãe da misericórdia, consoladora dos aflitos, refúgio dos pecadores, contempla, com teus olhos clementes, nossa desolação. Abre os ouvidos de tua misericórdia e escuta nossas súplicas. Somos os des- terrados filhos de Eva, expulsados da casa de seu Pai ce- lestial, que gemem e choram neste vale de lágrimas, e que vão à tua incomparável bondade. Escuta nossos suspiros e clamores e olha nosso choro.
  40. 40 Mostra-nos, tu que és a poderosa e bondosa advogada, que verdadeiramente és a Mãe da misericórdia. volta a nós teus olhos maternais, para que não sejamos miserá- veis neste mundo e no outro: que depois deste desterro tenhamos a felicidade de ver o rosto de Jesus, o fruto bendito de teu seio virginal. Oh clemente, oh piedosa, oh doce Virgem Maria!» Faz que sintamos, misericordiosa Maria, as sinais de tua clemência. Tem compaixão de nós e permite-nos sabore- ar a doçura inefável de teu Coração. (São João Eudes, O admirável Coração de Jesus, 5, 2: O.C.VII, 32-33) ORAÇÃO EUDISTA Senhor Jesus, te adoramos e te damos graças porque te fez pobre para enriquecer-nos. Pedimos-te perdão por ter amado demasiado nossa co- modidade, nosso interesse, nosso desejo de poder e de domínio. Pedimos-te nos livre de todo egoísmo, e nos faça atentos ao bem de nossos irmãos, especialmente os mais pobres e necessitados, para que encontrando-te e servindo- te neles, mereçamos entrar ao Reino de teu Pai. Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. R/ Amém.
  41. 41 OITAVO DIA SÃO JOÃO EUDES E A FORMAÇÃO DOS PAS- TORES SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS INTRODUÇÃO “A mais divina das obras é cooperar com Deus na sal- vação das almas”, gostava de repetir São João Eudes, mas não obstante hoje uma que lhe ultrapassa: “Trabalhar na salvação e santificação dos eclesiásticos porque equivale a salvar os salvadores, dirigir os dire- tores, ensinar aos doutores, apascentar os pastores, dar luzes aqueles que são a iluminação da Igreja… Por isso a obra dos Seminários tem sido sempre, para a comuni- dade eudista, uma prioridade importante, como primei- ro e principal objetivo da Congregação, ao dizer das Constituições primitivas. Hoje ao recordar o serviço que São João Eudes prestou na preparação e formação de bons ministros da Igreja, devemos orar para que o Senhor envie operários a sua abundante messe e conceda perseverar até o final a quem tem constituído dispensadores de seus mistérios. SAUDAÇÃO PRESIDENCIAL Irmãos, que o gozo e a paz de Cristo, Supremo Pastor da Igreja, estejam com vocês. R/ E com teu espírito.
  42. 42 ORAÇÃO Oh Deus, que elegeste São João Eudes para anunciar as inescrutáveis riquezas do amor de Cristo; concede-nos que, movidos por sua palavra e seu exemplo cresçamos na fé e levemos uma vida conforme o Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. R/ Amém. LEITURA BÍBLICA Fiel é esta palavra: se alguém aspira ao episcopado, boa obra deseja. É preciso, porém, que o epíscopo seja irrepreensível, esposo de uma única mulher, sóbrio, cheio de bom senso, simples no vestir, hospitaleiro, com- petente no ensino, nem dado ao vinho, nem briguento, mas indulgente, pacífico, desinteresseiro. Que ele saiba governar bem a sua própria casa, mantendo os seus fi- lhos na submissão, com toda dignidade. Pois se alguém não sabe governar bem a própria casa, como cuidará da Igreja de Deus? Que ele não seja um recém-convertido, a fim de que não se ensoberbeça e incorra na condenação que cabe ao diabo. Além disso, é preciso que os de fora lhe deem um bom testemunho, para não cair no descrédito e nos la- ços do diabo. Os diáconos igualmente devem ser respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados ao vinho, sem cobiçar lucros vergonhosos, conservando o mistério da fé com uma
  43. 43 consciência limpa. Também estes sejam primeiramente experimentados e, em seguida, se forem irrepreensíveis, sejam admitidos na função de diáconos. Também as mu- lheres devem ser respeitáveis, não maldizentes, sóbrias, fiéis em todas as coisas. Que os diáconos sejam esposos de uma única mulher, governando bem os seus filhos e a sua própria casa. Conjuro-te, diante de Deus e de Cristo Jesus e dos anjos eleitos, que observes estas regras sem preconceito, nada fazendo por favoritismo. A ninguém imponhas apressa- damente as mãos, não participes dos pecados de ou- trem. A ti mesmo, conserva-te puro. (1Tm 3, 1-12. 5, 21-22) LEITURA EUDISTA O SACERDOTE, PASTOR SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS O sacerdote deve estar sempre pronto a dar seu sangue e a sacrificar sua vida. Que é um pastor segundo o coração de Deus? É um ver- dadeiro pai do povo de Deus, com um coração trasbor- dante de amor paternal para seus filhos. Esse amor o im- pulsa a trabalhar incansavelmente para alimentá-los com o pão da palavra e dos sacramentos, para que se revis- tam de Jesus Cristo e de seu Santo Espírito, pa- ra enriquecê-los de todos os bens possíveis no que olha a sua salvação e eternidade.
  44. 44 É um evangelista e um apóstolo, cuja principal ocupa- ção é anunciar incessantemente, em público e em priva- do, com o exemplo e a palavra, o Evangelho de Jesus Cristo, continuando na terra as funçõess, a vida e as vir- tudes dos Apóstolos. É o esposo sagrado da Igreja de Jesus Cristo, tão incendiado de amor por ela que todo seu anseio é embelezá-la, adorná-la, enriquecê-la e fazê-la digna do amor eterno do Esposo celestial e imortal. É uma tocha que arde e brilha, colocada no candelabro da Igreja. Ardente diante de Deus e brilhante dian- te dos homens; ardente por seu amor a Deus e brilhante por seu amor ao próximo; ardente por sua perfeição in- terior, brilhante pela santidade de sua vida; ardente pelo fervor de sua intercessão contínua diante de Deus em favor de seu povo, brilhante pela predicação da divina palavra. Um bom pastor é um salvador é um Jesus Cristo na ter- ra. Ocupa o posto de Jesus, representa sua pessoa, está revestido de sua autoridade, trabalha em seu nome, con- tinua sua obra de redenção do mundo. A imitação de Je- sus, emprega seu espírito, seu coração, seus afetos, suas forças, seu tempo, seus bens e, se é necessário, entrega seu sangue e sua vida para procurar, de todas as formas, a salvação das almas que Deus lhes tens confiado. Um bom pastor é a imagen viva de Jesus Cristo neste mundo. De Cristo vigilante, orante, pregador, catequista, trabalhador, do que peregrinava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia. É a imagem de Cristo que sofre,
  45. 45 agoniza e morre em sacrifício pela salvação de todos os homens criados a sua imagem e semelhança. (São João Eudes, Memorial da vida eclesiástica, 1: O.C. III, 24-31) ORAÇÃO EUDISTA Oremos a Jesus, nosso grande Sacerdote e digamos-lhe: R/ Conserve-nos em teu caminho, Senhor. Pastor eterno, que velas sobre teu rebanho, concede a tua Igreja os pastores que necessitam para iluminar seu caminho. R/ Conserve-nos em teu caminho, Senhor. Senhor, Tu que nos tens dado tua Palavra para que seja nossa luz, concede a teus ministros anunciá-la em sua integridade, proclamá-la com diligência e vivê-la em plenitude. R/ Conserve-nos em teu caminho, Senhor. Senhor, Tu que tens querido ser o pai dos pobres, dá a quem escolhestes como pastores, defender a seus irmãos de toda opressão. R/ Conserve-nos em teu caminho, Senhor. Príncipe dos pastores, que tens prometido uma coroa de glória a teus fiéis servidores, coloca junto a Ti os sacer-
  46. 46 dotes que durante sua vida tem servido com amor, por sua palavra, sua oração e suas obras. R/ Conserve-nos em teu caminho, Senhor Podem agregar-se outras intenções. ORAÇÃO CONCLUSIVA Oh Deus, que para glória tua e salvação do gênero hu- mano, constituíste a teu Filho único, sumo e eterno Sa- cerdote, concede a quem Ele elegeu para ministros e dispensadores de seus mistérios, a graça de ser fiéis no cumprimento do ministério recebido. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. R/ Amém. NONO DIA SÃO JOÃO EUDES, FUNDADOR INTRODUÇÃO São João Eudes continua na Igreja sua obra evangeli- zadora por meio dos filhos das comunidades por ele fundadas: a Congregação de Jesus e Maria (Padres Eu- distas), a Ordem de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, que embaixo da guia de Santa Maria Eu- frasia Pelletier estendeu a todo o mundo a iniciativa do santo, e pela associação de senhoras da terceira ordem, as chamadas Eudistinas. Mas foram destas três gran- des ramas que tem saído outras fundações que hoje se
  47. 47 gloriam de formar parte da “Grande Familia Eudista”. A todas elas dedicamos hoje este grande e último dia da novena com intenção vocacional a fim de que o Senhor abençoe estas comunidades com abundantes vocações e com o acréscimo da santidade, entrega e fidelidade de quem já pertencem a esta grande familia Eudista. SAUDAÇÃO PRESIDENCIAL Irmãos, a paz de Deus, que supera todo entendimento, guarde seus corações e seus pensamentos no amor de Cristo. R/ Amém, Glória a Deus. ORAÇÃO Oh Deus, que elegeste São João Eudes para anunciar as inescrutáveis riquezas do amor de Cristo; concede-nos que, movidos por sua palavra e por seu exemplo, cresça- mos na fé e levemos uma vida conforme o Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. R/ Amém. LEITURA BÍBLICA Visto que somos colaboradores com ele, exortamo-vos ainda a que não recebais a graça de Deus em vão. Evitemos dar qualquer motivo de escândalo, a fim de que o nosso ministério não seja sujeito a censura. Ao
  48. 48 contrário, em tudo recomendamo-nos como ministros de Deus: por grande perseverança nas tribulações, nas ne- cessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nas desordens, nas fadigas, nas vigílias, nos jejuns, pela pu- reza, pela ciência, pela paciência, pela bondade, por um espírito santo, pelo amor sem fingimento, pela palavra da verdade, pelo poder de Deus. (2Co 6,1.3-7ª) LEITURA EUDISTA O SACERDOTE, MISSIONÁRIO ATÉ OS CON- FINS DO MUNDO “Parte no nome da Santa Trindade para fazê- la conhecida e adorada”. Vai-te, pois, em nome da Santíssima Trindade, para fazê -la conhecida e adorada em lugares aonde não é conhe- cida nem adorada. Vai-te em nome de Jesus Cristo, Filho único de Deus, para aplicar às almas o fruto do precioso sangue que derramou por elas. Vai-te debaixo da proteção e salvaguarda da divina Ma- ria, para imprimir nos corações o respeito e a veneração que lhes são devidos; e debaixo da proteção do bem aventurado São José, de São Gabriel, de nosso An- jo guardião, dos Santos Apóstolos, dos lugares aonde vais, para trabalhar com eles em salvar as almas perdi- das e abandonadas.
  49. 49 Irás em nome e da parte de nossa pequena Congregação para fazer na China e demais lugares aonde a Providên- cia te conduza, o que ela queira fazer em todo o univer- so derramando seu sangue até a última gota, para destru- ir a tirania de Satanás e estabelecer o Reino de Deus. Mas recorda que por ser esta obra muito apostólica, ne- cessitas uma intenção muito pura para não buscar mais que a glória de Deus, uma profundíssima humildade e desconfiança de ti mesmo, uma grande confiança em sua infinita bondade, uma inteira submissão a sua adora- bilíssima vontade e a dos Prelados que os terás em seu lugar, uma paciência invencível nos trabalhos, um zelo ardente pela salvação das almas e uma sincera cordiali- dade para com os demais eclesiásticos. Medita com frequência estas virtudes, pede-as continua- mente a Deus e procura cumpri-las fielmente. Que a di- vina bondade te dê em perfeição, com todas as demais graças que te são necessárias e convenientes para cum- prir perfeitamente sua santíssima vontade, e para que se comporte por todas as partes como verdadeiro missioná- rio da Congregação de Jesus e Maria e como verdadeiro filho de seu amabilíssimo Coração. Que o adorável Jesus a a divina Maria te dê com este fim sua Santa benção; que esta permaneça sempre em ti, e que te preceda, acompanhe e siga por todas as partes e em todas as coisas. Com este desejo pronunciamos sobre ti, no nome de Je-
  50. 50 sus e Maria, no amor sagrado de seu amantíssimo Cora- ção, estas preciosas palavras da Santa Igreja: “Nos cum prole pia benedicat Virgo María.” (Das Cartas de São João Eudes. Carta ao Padre de Ses- seval, com ocasião de sua partida as missões estrangei- ras, 1,60: O.C. X, 449-450) VOCAÇÃO APOSTÓLICA DA ORDEM DE NOS- SA SENHORA DA CARIDADE DO BOM PASTOR “Tem a mesma vocação com a Mãe de Deus”. Vocês, queridíssimas filhas, têm, de certa maneira, a mesma vocação como a Mãe de Deus. Assim como Deus escolheu Maria para formar seu Filho nela e por ela no coração dos fiéis, também tem chamado vocês a esta comunidade para fazer viver seu Filho em vocês e para ressuscitá-lo, mediante vocês, nas al- mas as quais haviam morrido pelo pecado. Por isso é santa sua vocação e é prodigiosa a bondade de Deus com vocês por havê-las chamado a um Instituto verda- deiramente apostólico. Mais saibam que esta ocupação de vocês desagrada grandemente ao espírito maligno, o qual a nada odeia tanto como a quem trabalha pela salvação das almas. Por isso não deixará de pôr tentações à sua voca- ção. Mostrar-lhe-ás as moléstias e dificuldades que nela têm que suportar. Mas recordem, amadas filhas, que não há condição alguma neste mundo isenta de trabalho e
  51. 51 sofrimento e que se não sofrem com Jesus tampouco rei- narás com Ele. E que nossa felicidade neste mundo con- sista em estar crucificados com Ele. Por isso nada devemos temer tanto como a ausência da cruz em nossa vida. Contemplem um crucifixo e vejam o que Ele sofreu para nos salvar. Seria acaso razoável estar associadas com Ele nesta obra tão grande, que o fez vir a este mundo para salvar os pecadores com a en- trega dolorosa de si mesmo, e que vocês estivessem dis- pensadas de sofrer? Não deveríamos morrer de vergonha à vista de nossas debilidades e covardias? As menores dificudades nos desalentam, e convertemos as moscas em elefantes. Nos entristecemos do que deveria regozijar- nos, tememos quando não há motivo algum de temor. Queremos gozar das vantagens da vida religiosa mas re- cusamos a cruz. E nisso nos equivocamos tristemente: porque toda devoção que não nos leva a renunciar a nós mesmos, a nossos desejos e satisfações próprias, a levar nossa cruz depois de Cristo pelo caminho que Ele per- correu em busca das almas extraviadas, é mera ilusão e engano. Não sabem, queridas imãs, que o caminho real para che- gar ao céu é o caminho da cruz, que não há outro distin- to e que as virtudes genuínas e sólidas, as que necessita- mos para agradar a Deus, só se adquirem com muitas penas, suores, mortificações e violências sobre nós mes- mos? Não têm ouvido ao Senhor que nos diz: “Desde os dias
  52. 52 de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre vio- lência, e violentos se apoderam dele.” (Mt 11, 12). Não sabem que foi necessário que Jesus mesmo passasse por infinitas tribulações para entrar em sua própria glória que por tantos títulos era sua? Como pretendem vocês ser do número de seus membros e esposas se não buscam assemelhar-se a Ele? Querem que se invente um Evangelho novo para vocês? Desejam que Deus lhes envie um Messias distinto, um Messias de açúcar e de rosas? Querem chegar ao paraíso por caminhos distintos dos que percorreram a Mãe de Deus e todos os santos? Ou querem vocês chegar sozi- nhas ao paraíso e abandonar a seus pobres irmãos no ca- minho do inferno por ser vocês tão delicadas que temem a moléstia que lhes cause se estender-lhes a mão pa- ra resgatá-las? Asseguro-lhes queridíssimas filhas, que é impossível que nosso Senhor deixe aqueles que por amor a Ele ajudam os demais a levantar-se. A pureza não pode jamais manchar-se quando vai unida a verdadeira caridade, assim como os raios do sol não podem manchar-se com o lodo. Desterre seus temores e confiem naquele que as tem chamado para esta divina ocupação. Se desconfiam de vocês mesmas e se apoiam Nele não as abandonará para deixá-las cair. (Das Cartas de São João Eudes. As Irmãs de Nossa Se- nhora da Caridade de Caen. 2, 8; O.C.X, 511-514)
  53. 53 O TESTAMENTO DE SÃO JOÃO EUDES “Entrego este Coração como algo que me pertence”. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e em hon- ra e união do Testamento que meu Jesus fez no último dia de sua vida mortal sobre a terra, faço o seguinte tes- tamento, unicamente para glória de meu Deus. Entrego-me de todo coração a meu Salvador para unir- me a fé perfeitíssisma de sua santa mãe, de seus apósto- los, de seus santos e de toda a Igreja. E em união com esta fé declaro à face do céu e da terra que quero morrer como filho da santa Igreja Católica, Apostólica e Roma- na, aderindo a todas as verdades cristãs que ela ensi- nar. Ofereço-me a meu Deus, disposto a padecer, com a ajuda de sua graça, toda classe de tormentos e de mortes para permanecer fiel a ela. De todo coração me entrego ao amor infinito que levou Jesus a morrer na cruz por mim e por todos os homens. Em união deste amor, aceitou a morte no tempo, lugar e maneira que a Ele lhe agradou, para honrar e agradecer sua santa morte e a de sua gloriosa mãe. Suplico- lhe com toda humildade, pelo puríssimo Coração de sua divina mãe e por seu Coração traspassado de amor e dor na cruz por nós, que me conceda a graça de morrer em seu amor, por seu amor e para seu amor. Com toda minha vontade me entrego ao amor incompre- ensível pelo que Jesus e minha bondosa Mãe me tem feito dom especial de seu amabilíssimo Coração. Em união desse amor entrego esse Coração, como algo que
  54. 54 me pertence e o que posso dispor para glória de meu Deus, a pequena Congregação de Jesus e Maria para que seja a herança, o tesouro, o patrono principal do cora- ção, a vida e a norma dos verdadeiros filhos desta Con- gregação, a qual por sua vez entrego e dedico a esse Co- ração para que esteja consagrada a sua honra e seu lou- vor em tempo e eternidade. Suplico e rogo a todos meus amadíssimos irmãos que se esmerem por render a esse Coração amantíssimo e fazer -lhe render toda honra que lhes seja possível. Que cele- brem suas festas e ofícios nos dias assinalados em nosso Próprio com todo o fervor e que em todas su- as missões exortem aos fiéis sobre este tema. Peço- lhes que se esmerem por imprimir em seus corações uma imagem perfeita das virtudes deste santíssimo Co- ração, considerando-o e seguindo-o como a regra pri- meira de suas vidas. Que se entreguem a Jesus e Maria em todas suas ações e exercícios para realizá-los com o amor, a humildade e demais disposições de seu sagrado Coração, para que assim amem e glorifiquem a Deus com um coração dig- no de Deus, corde magno et animo volenti, e cheguem a ser conformes ao Coração de Deus e filhos verdadeiros do Coraçaõ de Jesus e de Maria. Igualmente, faço entrega deste Coração preciosíssimo a todas minhas amadas filhas as religiosas de Nossa Se- nhora da Caridade, as Carmelitas de Caen e a todas mi- nhas demais filhas espirituais, especialmente a quem te- nho afeto especial por seu indigníssimo pai e cujos no- mes estão no livro da vida: e os entrego a todos e ca-
  55. 55 da um a este bondosíssimo coração pelas intenções antes indicadas. Prometo-lhes que se meu Salvador me outorga a salva- ção como a espero de sua infinita misericórdia e da cari- dade incomparável de sua santa mãe, terei especial cui- dado deles desde o céu e os assistirei na hora de sua morte, junto com esta bondosa e santa Virgem. Finalmente me entrego de todo coração a meu amadíssi- mo Jesus para unir-me as santas disposições com que Ele, sua santa mãe e todos seus santos tem morrido, aceitando por seu amor todas as penas de corpo e de es- pírito que me virão em meus últimos dias. Quero que meu último suspiro seja um ato de puro amor a Ele e lhe suplico que aceite todos estes sentimentos meus e os conserve para a hora de minha morte. (São João Eudes, Testamento, O.C.XII, 169-175) ORAÇÃO EUDISTA (Magnífica) Louva, alma minha, ao Coração admirável de Jesus e de Maria. Meu espírito se regozija em meu grande Coração. Jesus e Maria me entregaram seu Coração, para que viva sempre em seu amor. R/ Graças infinitas lhes sejam dadas por este dom inefá- vel. Coisas grandes fez em mim este Coração bom!, desde o ventre materno me fez seu.
  56. 56 O abismo de minhas misérias, atraiu o abismo de suas misericórdias. R/ Graças infinitas lhes sejam dadas por este dom inefá- vel. Se antecipou a enriquecer-me, com os favores de sua bondade. Com a sombra de sua mão me protegeu, e me consentiu como a pupila de seus olhos. R/ Graças infinitas lhes sejam dadas por este dom inefá- vel. Escolheu-me para ser seu sacerdote, e me deu um posto entre os servidores de seu povo. Colocou suas palavras em meus lábios, e fez minha boca como espada de aço. R/ Graças infinitas lhes sejam dadas por este dom inefá- vel. Tem me purificado e me tem feito reviver, tem estado em todos meus caminhos. Tem batalhado contra meus inimigos, de todas minhas tribulações me tem liberado. R/ Graças infinitas lhes sejam dadas por este dom inefá- vel. Coração cheio de amor, fonte de todo bem, de ti me vi- eram favores incontáveis.
  57. 57 R/ Graças infinitas lhes sejam dadas por este dom inefá- vel. A Ti o louvor, a honra e a glória, a Ti cantem todas as línguas, te amem todos os corações. Tuas misericórdias te proclamem grande, as maravilhas de teu amor te revelem aos homens. R/ Graças infinitas lhes sejam dadas por este dom inefá- vel. Teus servidores te exaltem, te louvem, te glorifiquem para sempre. O Pai misericordioso tenha presente seu sacrifício, e escute os desejos de teu Coração. R/ Graças infinitas lhes sejam dadas por este dom inefá- vel. Coração de Jesus, destroçado por nós na cruz, os impul- sos do amor e da dor, para Ti se consuma nosso coração, no fogo perpétuo de teu amor. R/ Graças infinitas lhes sejam dadas por este dom inefá- vel. Coração de Maria, atravessado pela dura espada de dor, faz que a força do amor divino, penetre nosso coração. R/ Graças infinitas lhes sejam dadas por este dom inefá- vel. Coração de Jesus e de Maria, fogueira de amor, em Ti se
  58. 58 submerja nosso coração. R/ Graças infinitas lhes sejam dadas por este dom inefá- vel. Consuma-se em tuas chamas, para que sempre se identi- fiquem com o Coração de Jesus e de Maria. Amém. MISSA PRÓPRIA ANTÍFONA DE ENTRADA E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás co- mo um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam. Is 58,11 ORAÇÃO COLETA Oh Deus, que escolhestes o presbítero São João Eudes para anunciar as incomparáveis riquezas do amor de Cristo; concede-nos que, movidos por sua palavra e por seu exemplo, cresçamos na fé e levemos uma vida con- forme o Evangelho. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vos- so Filho, na unidade do Espírito Santo. R/ Amém
  59. 59 PRIMEIRA LEITURA Leitura do livro do profeta Ezequiel 34, 11-16 Com efeito, assim diz o Senhor Javé: Certamente eu mesmo cuidarei do meu rebanho e o procurarei. Como um pastor cuida do seu rebanho, quando está no meio das suas ovelhas dispersas, assim cuidarei das minhas ovelhas e as recolherei de todos os lugares por onde se dispersaram em um dia de nuvem e de escuridão. Trá-las -ei dentre os povos, reuni-las-ei dentre as nações estran- geiras e reconduzi-las-ei para o seu solo, apascentando- as sobre os montes de Israel, nas margens irrigadas dos seus ribeiros e em todas as regiões habitáveis da terra. Apascentá-las-ei em um bom pasto, sobre os altos mon- tes de Israel terão as suas pastagens. Aí repousarão em um bom pasto e encontrarão forragem rica sobre os montes de Israel. Eu mesmo apascentarei o meu reba- nho, eu mesmo lhe darei repouso, oráculo do Se- nhor Javé. Buscarei a ovelha que estiver perdida, recon- duzirei a que estiver desgarrada, curarei a que esti- ver ferida e restaurarei a que estiver abatida. Quanto à gorda e vigorosa, guardá-la- ei e apascentá-la-ei com o direito. Palavra do Senhor. SALMO RESPONSORIAL (23) SALMO 23 (22) O bom Pastor R/ O Senhor é meu pastor, nada me falta.
  60. 60 O Senhor é meu pastor, nada me falta, Em verdes pasta- gens me faz repousar. Para as águas tranquilas me con- duz e restaura minhas forças. R/ O Senhor é meu pastor, nada me falta. Ele me guia por caminhos justos, por causa do seu no- me. Ainda que eu caminhe por um vale tenebroso, ne- nhum mal temerei, pois estás junto a mim; teu bastão e teu cajado me deixam tranqüilo. R/ O Senhor é meu pastor, nada me falta. Diante de mim preparas uma mesa, à frente dos meus opressores; unges minha cabeça com óleo, e minha taça transborda. R/ O Senhor é meu pastor, nada me falta. Tua bondade e tua misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida e habitarei na casa de Javé por anos sem fim. R/ O Senhor é meu pastor, nada me falta. SEGUNDA LEITURA Leitura da Primeira Carta do apóstolo São João 4, 7- 11 Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, pois o amor é de
  61. 61 Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conheceu a Deus, porque Deus é Amor. Nisto se manifestou o amor de Deus por nós: Deus envi- ou o seu Filho único ao mundo para que vivamos por ele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele quem nos amou e enviou-nos o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados. Caríssimos, se Deus assim nos amou, devemos, nós também, amar-nos uns aos outros. Palavra do Senhor. ALELUIA R/ Aleluia. V/ Vivo, mas não sou eu, é Cristo que vive em mim. R/ Aleluia. EVANGELHO Leitura do Santo Evangelho Segundo São Lucas (10, 1- 9) Depois disso, o Senhor designou outros setenta e dois, e os enviou dois a dois à sua frente a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. E dizia-lhes: "A colheita é
  62. 62 grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Se- nhor da colheita que envie operários para sua colheita. Ide! Eis que eu vos envio como cordeiros entre lobos. Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias, e a nin- guém saudeis pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'Paz a esta casa!' E se lá hou- ver um filho de paz, a vossa paz irá repousar sobre ele; senão, voltará a vós. Permanecei nessa casa, comei e be- bei do que tiverem, pois o operário é digno do seu salá- rio. Não passeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e fordes recebidos, comei o que vos servirem; curai os enfermos que nela houver e dizei ao povo: 'O Reino de Deus está próximo de vós'. Palavra da Salvação Credo ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS Oferecemos-te Senhor, estas oferendas que vão ser sacrificadas em honra de vosso santo sacerdote João Eudes; que elas nos tragam o consolo no tempo para manter a esperança nos bens eternos. Por Cristo, nosso Senhor. R/ Amém ANTÍFONA DA COMUNHÃO Permanecei em mim e eu permanecerei em vós, diz o Senhor; quem em mim permanece, esse dá muito fruto.
  63. 63 Jo 15,4-5 ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Concedei-nos, Senhor, que, alimentados com o pão e o vinho celestiais, a exemplo de São João Eudes, levemos em nosso coração o testemunho de teu amor e sejamos encontrados fiéis na busca da vossa glória e da salvação dos homens. Por Cristo, nosso Senhor. R/ Amém. GOZOS Coro: De Jesus e Maria consegue a teus Filhos o ardente amor. Foste favor de Maria para teu sedento lar; nas águas batismais se incendiou tua caridade. Em piedosa idade cedo experimentaste a Deus; e cresceu teu amor a Maria a quem deste o coração. O sacerdócio de Cristo enamorou teu coração; feliz tocaste uma porta: Oratório de Jesus. Um mestre iluminado te falou da Encarnação. Sacerdote para sempre, o Senhor te consagrou. A Peste! Clamou teu povo; com ele teu zelo te uniu. Primeiras armas de apóstolo que tua memória guardou. Incendiou de fé em teu mundo, tua palavra provocou. Abriste um caminho a todos: Vida e Reino de Jesus.
  64. 64 A mulher escravizada Teu olhar descobriu. Refúgio caritativo tua caridade lhe ofereceu. Por longos anos travados fixou os olhos em Deus. Sua vontade foi teu guía que buscaste com tenacidade. Acendeste na Igreja a fogueira do Coração, culto do Filho e a Mãe unidos em único amor. Em campos e ciudades tua forte voz ressoou, e em seus reais palácios ao mesmo rei questionou Para formar sacerdotes lares teu zelo abriu, de santidade penetrados teu zelo os pretendeu. A todos os batizados, campo abriste na missão, vozes de Cristo no mundo teu amor os comprometeu. Incansável na lida o final te supreendeu. A Jesus Cristo entregaste anos cheios de amor. Pegada deixastes no mundo que hoje seguimos com fer- vor, atinge-nos no Céu entusiasmo na missão. OS MILAGRES DE SÃO JOÃO EUDES MILAGRE PARA BEATIFICAÇÃO 1. Cura da irmã Agustina Chassé, do Instituto de Nossa Senhora da Caridade, de Rennes, que padecia de câncer no estômago. Havendo rogado com fervor diante de uma relíquia e uma estátua do Santo, o nono dia das súplicas, recupe- rou íntegra e perfeitamente sua saúde.
  65. 65 2. Cura da irmã Lúcia, do Instituto de Nossa Senhora da Caridade, que padecia de uma múltipla paralisia origina- da por uma lesão orgânica cérebro-espinhal. Havendo invocado ao Venerável João Eudes no sétimo dia da novena se viu livre de sua enfermidade. 3. Cura do jovem Luis Bourdon, em 1883, que havia perdido por completo a vista. Implorou o patrocínio do Servo de Deus por uma nove- na e obteve a cura instantânea e perfeita apenas termi- nou o piedoso exercício. MILAGRE PARA CANONIZAÇÃO 1. Cura da irmã Sor Juana Beatriz Londoño, da Congre- gação das Irmãs da Caridade da Apresentação de Tours, na Diocese de Manizales, Colômbia. Padecia de uma doença estomacal. Tinha muitas doenças e indisposição na cabeça, no estômago, e nos rins, até o ponto em que lhe aplicaram os últimos Sacramentos. Viajou buscando o melhor clima em Cartagena de Índias, mas piorou. De- tectaram-lhe diabetes grave com complicações re- nais, nefrite, furúnculos e abcessos. Invocou o socorro de Deus, e seguindo os conselhos de um Padre Eudista, fez a novena do Beato João Eudes, com a Comunidade, e se aplicou a relíquia. O último dia da novena, com estupor das Irmãs e dos médicos, repen- tinamente recuperou sua saúde completa.
  66. 66 2. Cura de Boaventura Romero, de Guasca, em Colôm- bia, quem vivia na casa dos Padres Eudistas em São Pe- dro, Diocese de Antioquia, prestando seus serviços co- mo doméstico. Quando se inteiraram que alguém lhes havia roubado um cavalo do estábulo do Seminário, saiu o Padre ao alcance do ladrão e tropeçou caindo em terra com seu cavaleiro. Embora gravemente ferido, ele mes- mo subiu rápido ao cavalo e continuou na perseguiçao ao ladrão. O ladrão ao ver este valor do padre, abando- nou o cavalo roubado e empreendeu em fuga. Ao voltar ao seminário caiu em terra semimorto. O médico lhe di- agnosticou uma peritonite Como os remédios humanos não eram de ne- nhum proveito, e não ficando nenhuma esperança de re- cuperar a saúde, tendo-lhe aplicado uma relíquia do Be- ato João Eudes ao moribundo, superiores e alunos do Seminário começaram ao ponto uma Novena ao Beato. Para a meia noite sentir Boaventura que seus males ha- viam desaparecido e se incorporou de improviso em seu leito. Os presentes, com grande admiração, proclama- ram o milagre; a cura tem sido comprovada depois pelos médicos peritos como perfeita e persistente. Em 1874, o 26 de fevereiro, crescendo a fama de sua santidade e de seus milagres, (…) Pio XI assinou com sua própria mão a introdução da causa do venerável Ser- vo de Deus, João Eudes, atendendo as instâncias dos bispos e do Clero de toda França, unidas às Congrega- ções por ele fundadas (Tomado da Bula de Canonização de São João Eudes).
  67. 67 A solene Beatificação do Servo de Deus João Eudes foi celebrada na Basílica Patriarcal Vaticana em 25 de abril de 1909. O Beato João Eudes foi canonizado no dia 31 de maio de 1925 na Basílica Vaticana, Solenidade de Pentecostes.
  68. 68 JOÃO EUDES: A MARAVILHA DE SUA ÉPOCA Direção: P. Álvaro Duarte Torres. Edição: Hermes Flórez Pérez Tradução Geovani Ferreira
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