O Instituto Brasileiro de Transpessoal criou o GAPE, um grupo de apoio gratuito para pessoas enlutadas em Sorocaba, SP. O grupo se reunirá semanalmente sob a orientação de psicólogos para compartilhar experiências e ajudar os participantes a elaborar o luto através da fala.
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Apoio a Enlutados
1. A melhor saída para enfrentar o luto é falar
sobre ele!!!
Instituto Brasileiro de Transpessoal cria grupo de apoio a enlutados. Trabalho
será baseado em troca de experiências com orientação de psicólogos e demais
profissionais da área da saúde
Perder pessoas queridas e próximas nos faz refletir sobre a forma como
estamos enfrentando a vida. Embora este processo seja natural a dor e a
tristeza podem se estender por um tempo muito prolongado desafiando os
profissionais da área da saúde a encontrarem soluções para o seu
enfrentamento.
No Brasil, são poucos os especialistas a quem esses familiares podem
recorrer. Mas, em Sorocaba - SP, graças à Equipe de facilitadores do Instituto
Brasileiro de Transpessoal, os enlutados terão apoio de profissionais voltados
especificamente para o problema. Será criado o GAPE - Grupo de Apoio a
Pessoas Enlutadas, cujas atividades começarão a partir da segunda quinzena
de março, com reuniões coletivas uma vez por semana. A participação é livre
e gratuita.
A coordenadora do projeto, professora Zilda Moretti, esclarece que a
oportunidade de falar sobre o assunto diminui o impacto traumático causado
pelo falecimento do ente querido e ajuda o enlutado a superar a perda. O
processo é chamado pelos especialistas de “elaboração do luto”. A missão do
GAPE será dar acolhimento e apoio a pessoas enlutadas visando a criação de
um novo sentido para a vida.Algumas pessoas têm a idéia de que o luto se
resolve sozinho, e na verdade, não é assim que acontece”,explica Zilda
Moretti. Viver situações de perdas significativas e irreparáveis pode gerar
muito sofrimento, a ponto do luto se tornar complicado ou patológico.
Mas o que é o LUTO PATOLÓGICO – Geralmente, o luto chamado
patológico ou complicado não é diferente do luto normal. A diferença está nas
reações, que são mais intensas e perduram por mais tempo.É esperado ficar
triste por alguém, por exemplo, que faleceu há uma semana ou alguns
meses. Mas, se anos se passarem e a pessoa continuar presa a situação
rememorando e chorando pela pessoa que partiu, há fortes indícios de que o
luto não foi elaborado.Mortes trágicas,inesperadas,violentas,por suicídio ou
acidente,principalmente de crianças e adolescentes podem ser os motivadores
desse tipo de luto. Para esses casos, os profissionais do Instituto
encaminharão o participante a outros especialistas, se necessário.
2. A base de trabalho do grupo será a troca de experiências por meio de relatos
entre os participantes. Para isso, foi criado um roteiro com temas e exercícios
práticos que favorecerão um contexto adequado para a expressão de
sentimentos que facilitarão futuramente a aceitação da realidade da perda. O
diferencial deste trabalho em relação aos demais além da abordagem
psicológica utilizada, a transpessoal, é o trabalho com o luto antecipatório –
aquele que ocorre antes da perda real para pessoas com diagnóstico
reservado. O luto antecipatório se define por ser um conjunto de processos
deflagrados pelo paciente e pela família a partir da progressiva ameaça de
perda.É um ativo processo psicossocial de enlutamento empreendido pela
família e pelo paciente na fase entre o diagnóstico e a morte propriamente
dita, esclarece a coordenadora do projeto. Com relação a abordagem
psicológica adotada para o trabalho,a transpessoal, é uma nova área de
pesquisa da consciência. Baseada em modernas concepções do pensamento
científico, ela integra em seu campo de análise a dimensão espiritual, o que
possibilita uma nova compreensão da natureza humana em seus aspectos
físico, mental, emocional,ético e espiritual.É importante ressaltar que o GAPE
é um grupo temático – trabalha todas questões relacionadas as perdas, sua
função é terapêutica, sem se caracterizar como terapia de grupo. O limite de
participantes para o grupo dos enlutados será de 10 pessoas, mas, se a
demanda exceder esse número, outros grupos serão abertos. As conversas
serão intermediadas por dois profissionais do Instituto, que irão auxiliar, de
forma coletiva, o processo de elaboração do luto. Sabemos o grande desafio
que nos espera, pois a morte continua a ser um grande tabu em nossa
sociedade,mas nossa experiência clínica mostra que o compartilhar das
experiências somados ao reconhecimento de que todos nós um dia vamos
passar por este momento pode nos ajudar a superar a perda,aponta Zilda.
IDÉIA PARTIU DA EXPERIÊNCIA NO ACOMPANHAMENTO DE
PACIENTES TERMINAIS
O GAPE surgiu a partir da experiência profissional de Zilda Moretti na
assistência psicológica a pacientes portadores de doenças agudas, crônicas e
em fase terminal, familiares e equipe de saúde em home care e em hospitais
da rede pública e privada. O projeto foi criado para atender a uma
necessidade social e esperamos que num futuro próximo o GAPE (Grupo de
Apoio a Pessoas Enlutadas) possa contribuir para o desenvolvimento de
pesquisas na área. A equipe do GAPE, coordenada por Zilda, conta com 4
psicólogos e uma fisioterapeuta.
Quem se interessar em participar do Projeto Ascender pode ligar para os
3. telefones (15)3217-6419 e (15)9613-4338 – site: www.ibtranspessoal.com
SERVIÇO: Instituto Brasileiro de Transpessoal – Projeto Ascender
GAPE(Grupo de Apoio a Pessoas Enlutadas) do IBT começa suas atividades a partir da
segunda quinzena de março. Interessados em participar devem ligar para os telefones
(15)3217-6419 e (15)9613-4338. A participação é gratuita e aberta para todo e
qualquer público.
CONTATO
Zilda Moretti, coordenadora do projeto Ascender do Instituto Brasileiro de
Transpessoal pelo telefone (15) 96134338.O Instituto Brasileiro de Transpessoal
oferece cursos de aperfeiçoamento, extensão e pós-graduação em psicologia
transpessoal, tanatologia e espiritualidade aplicada a saúde.