1) O documento discute a importância de selecionar temas relevantes para serem discutidos em sala de aula no ano letivo de 2012.
2) A publicação propõe debater assuntos atuais que complementam os conteúdos curriculares e inspiram debates sobre dentro e fora da escola.
3) Entre os temas sugeridos estão as inovações dos painéis solares, a produção de papel a partir da madeira e novas perspectivas sobre a representação do continente africano.
2. Oue venha 2Ol 2l
ais um ano letivo se inicia e com ele novos desafios
são lançados. O que buscaremos no decorrer dos
mais de 2OO dias de aula que vêm pela frente? Diante
da imensa quantidade de fatos e informações que nos impac-
tam diariamente, como selecionar o que é relevante para ser
discutido com os nossos alunos?
Formar cidadãos capazes de pensar e atuar criticamente no
mundo em que vivemos é o alicerce de uma educaçáo para a
vida. É por isso eue, a cada edição , CartaFundamental traz a
seus leitores, educadores nos anos fundamentais de estudo de
toda criança, propostas de temas de aulas eüe, na maioria das
vezes, não estão em apostilas e livros didáticos. São assuntos
atuais que complementam os conteúdos que nos guiarão duran-
te todo o afio, inspiram debates sobre o que acontece dentro e
fora da sala de aula e propõem repensar cânones escolares.
É o que se poderá conferir nesta primeira edição de 2OL2.
Entre os temas de aulas estão as inovações dos painéis solares e
as novas possibilidades de gerar energia, os modos e custos para
transformar a madeira da floresta em folhas de caderno e os
novos olhares diante das representações do continente africano
presentes no universo escol ar. Já"a matéria de capa conta a histó-
ria e fazuma análise poética das marchinhas de carnaval, além
de sugerir um divertido exercício de atribuição de significados
contemporâneos às trilhas sonoras da nossa maior festa popular.
Continuaremos à procura de assuntos e conteúdos que pos-
sam servir de apoio didático e melhorar a qualidade da educa-
ção. No que depender da gente,2Ol2 será um grande ano.
Líaia P ero zim, redatora- chefe
4 cnnrA FUNDAMENTAL
EntrevistaE HOJE?
Amelodia
das antigas
marchtnhas
continua
a Ínspirar
cronicas da
nossa sociedade
MARíLNCOSTA DIAS
Educar sem segregar I
Matérias
EDUCAçÃO FINANCEIRA
Por Jurandir Sell Macedo Jr. 14
EDUCADOR HOJE
Gaston Bachelard,
Por Maurício Pietrocola 48
PRATO FUNDO
Por Tory Oliveira 52
EDUCAçÃO PARAO LUTO
Por Elaine Gomes dos Reis Alves 56
GEOGRAFIA PARACRIANçA
Por Roberto Filizola 58
Seções
LEITORES 6
CARTADAANA
Ana Maria Machado 12
FUNDAMENTAIS 16
MATEMAGICA
Danilo Bra un 44
FALARES
Marcos Bagno 46
CULTURA
Meu primeiro grande livro 61
Livros Fundamentais 62
Agenda 65
Aprendiz 66
3. i:i{ ii
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AO LAD O: Odair LeaUFolhapres
CAPA: Ilustração: Cárcamo
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HISTORIA
Exploradores da Africa .id.
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ARTES
Mais uma vez a Semana :i.*i
MATEMATICA
Sob o calor do sol ,,'. Ì
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BRINCADEIRAS
Culturas ludicas
em areas ribeirinhas .:1i-r
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CIÊNCIA Haja arvore! .;Ì";l
F.ilEsru*Re€Hru-Ë"&t ã H ãã
LíNGUA PORTUGUESA
Vozes do carnaval ;Ìi:.
CONTO Prego,
por Fabricio Carpinejar .-ì"ii
4. M. B R/CARTA- FU N DAM E NTAL
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DA EDUCAçAO
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u0ïccrmu
5. A origem dos
calendários
famosa "previsão" de que no dia Zt de dezembro de 2012
o Calendário Maia acabae, com ele, o mundo, já se de-
monstrou uma faIírcia. Alinhamentos planetários, como
o previsto para o fim do ano, ocorreram diversas vezes. Mas táo
interessantes quanto as narrativas apocalípticas do fim do mun-
do são as muitas histórias em torno da origem dos calendários.
Quem teve a ideia de fatiar o tempo em dia, semana, mês
e ano? Tudo começou com o desenvolvimento da agricultu-
ra. Como a maioria das culturas agrícolas segue os ciclos das
estações do anorera preciso saber qual o melhor momento para
plantar e colher. Assim, as estrelas e os movimentos da Lua e do
Sol passaram a ser essenciais para organizar a vida das pessoas.
Ahistória de observaçáo e criação de umaforma de contar o
tempo é recontada nesta edição pelo professor da Universidade
Federal do ParanâRoberto Filizola, que propõe formas de explo-
tar os movimentos solares e lunares por meio do calendário.
' Entre outros temas, propomos apresentar aos alunos um
a'
inimigo oculto à saúd€, o sódio, muito presente em doces, chips
e outras guloseimas que seduzem o paladar infantil. Há também
uma homenagem ao escritor mineiro Bartolomeu Campos de
Queirós, que faleceu em 16 de janeiro: um roteiro de leitura por
algumas de suas obras carregadas de deli cadezae poesia. Há
ainda um convite para visitar virtualmente um museu muito
especial de Diamantina, em Minas Gerais, eu€ guarda riquezas
e mistérios do Brasil colonial. Líaia Perozim, redatora-chefe
4 cnnrA FUNDAMENTAL
Entrevista
CARLOS EDUARDOSANCHES
O real custo da educação I
Matérias
Fl M? Os cosmos não permittrão que o mundo acabe com a prevtsão maia
EDUCAçÃO FTNANCEIRA
Quanto vale o dinheiro?
Por Marcia Tclotti 14
EDUCADOR HOJE
Constance Kamii
Por Pedro Palhares 52
SINAL FECHADO
Por Tory Oliveira 56
A VIA-C RTT C IS PEDAGOG I CA
Por Clarice Cardoso 58
5eçÕes
LEITORES 6
CARTADAANA
Ana Maria Machado 12
FUNDAMENTAIS 16
FALARES
Marcos Bagno 48
MATEMAGICA
Danilo Braun 5O
CULTURA
Meu primeiro grande livro 61
Livros Fundamentais 62
Agenda 65
Aprendiz 66
6. INFÂNCIA EM FOCO
Eles perderam tudo
Casa, lembranÇa,
dignidade: restaram
apenas escombros
da expuÌsão, em ZZII,
das 9 mil pessoas
que viviam no terreno
Pinheirinho, em
São Jose dos Campos
e7 km de São pauÌo)
AO tAD Oz Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress
CAPA: Ilustração: Cárcamo
Tem&sdeaeãïËn
Hffis.&ffitrgã. ffi F,ffigçffietuHffiffi?ÃL ã
JOGOS E BRINCADEIRAS
Brincar para escrever 2O
INFANTET, E FUNDAIVíENTAI T E IÏ
ARTES Passeios orientados 23
7' J7:é7= ?=táÉffiru ffibt ã
ClÊNCnS O inimigo ocutto 26
p-wruffiÃtugffiffi3'&t
ãx
HISTóRA O tesouro de Minas 3O
ãffi F=& roYãil ffi ã,. gi Fü,ffi&&íg ffi ffi Y,&H", g
GEOGRAFIAO poder do tempo 33
|ï' t.i iiij ,ii; il Ì'Ë ii.. ii iii; í.i
LíNGUA PORTUGUESA
Dicionário repaginado 36
FUNDAÏUIENTAI II
CONTO
O aniversário do lobo,
por Nelson Cruz 40
F"ffiruffi&tuHffiffiw&K" ã ffi gH
LíNGUA PORTUGUESA
A obra de Bartolomeu
Campos de eu eiros 44
8. ORIGIN ALBrían
Selznick usa tecnicas
dos quadrinhos e do
cinema no livro
Entrevista
RODOLFOYAMAMOTO
Pop arte sacra B
Matérias
EDUCAçÃO FINANCEIRA
De casa para a escola
Por Celina Macedo 18
EDUCADOR HOJE
Zygmunt Bauman
Por Felipe Quintão de Almeida, lvan Marcelo
Gomes e Valter Bracht 52
PODER DE ESCOLHA
Por Tory Oliveira 55
o ESPAçO É Oems
Por Clarice Cardoso 56
JOGADA RITMADA
Por Tory Oliveira 58
Seções
LEITORES 6
CARTADAANA
Ana Maria Macha do 14
,FUNDAMENTAIS
20
FALARES
Marcos Bagno 48
MATEMAGICA
Danilo Braun 5O
CULTURA
Meu primeiro grande livro 6Ï
Livros Fundamentais 62
Agenda 65
Aprendiz 66
Artes e linguagens
T Jm garoto atravessa correndo uma estação de trem.
| | Certifica-se de que não está sendo seguido, antes de
J entrar por uma porta quadrada. No corredor, apoia-se
na parede. Abaixa-se e estica o braço em direção a uma grade de
ferro. Como numa tomada em zoom de cineffiâ, vemos suabota
furada na sola desaparecer no duto. Essas cinco cenas ilustradas
magistralmente com lápis formam (junto a outras 15, também
desenhadas em páginas duplas) a sequência inicial da história de
Hugo Cabret, u5n 6rffio que vive escondido na estação de trens
de Montparnasse na Paris dos anos 30.
poderia ser o roteiro de um filme (como foi depois), mas está ori-
ginalmente ÍlAInvenção de Hugo Cabret,livro em que o escritor
e ilustrad.or americano Brian Selznick alterna texto literário, de-
senho e fotografia. Lançado em 2OO7,o best seller nos Estados
Unidos tornou-se conhecido no Brasil agora, com a adaptaçáo
do cineasta Martin Scorsese.
O diretor nova-iorquino usou a técnica 3D para contar a trama
de um garoto que vive de furtos e de ajustar relógios. O destino
o coloc atâem contato com Georges Méliès (rs6r-1938)' pioneiro
da produção de filmes. A partir daí,a vida dos dois será outra.
Afora poucos detalhes, o enredo do filme segue o lido na obra.
Mas não se julga aqui o trabalho de Scorsese. Propomos, sim,
levar Hugo Cabret para a sala de aula e explorar seu fabuloso
híbrido de linguagens, presente no livro e transposto para a tela
grande. Boa leitural Líaia Perozim, redatora-chefe
4 cnnrA FUNDAMENTAL
9. INFÂNCIA EM FOCO
EmB de abril,
completaumano
que 12 crianças
foramrnorfas no
ataqueâ escola
Tasso da SilveÍra, no
batrro de Reaïengo,
no^RÍo de Janetro
Wmsmffiffi ffim ffiaããffi
rNF-AÌ{TIT"
CONSTRUIR SONS
Peças musicais como Pedro
e o Lobo e a construção de
instrumentos estimulam o
processo de musicalização 24
FT NMÃMHNTAL T
DE RABISCOSA LINGUAGEM
O desenho e urn meio de
expressão formador, mas
esquecido pela escola depois
da primeira infância 28
trq"Fhwg},ruF-€ffiffiwékt ã ffi HH
HíBRIDO DE LINGUAGENS
A lnvenção de llugo
Cabrel desafia o leitor
a decifrar imagens
em narrativa que une
quadrinhos, literatura
e cinema 32
F.Wffiffi&trãffiHSYÃL g
CONTO
Dói so um pouquinho,
por Carolina Moreyra 36
AO tADOz Celso Pupo/Folhapress
CAPA: Divulgação
trffir€ffi&ruãffiffiY&tu gã
O MITO DA FI-ORESTAQUT
ÉO PULMÃo Do MUNDo
A analogia carece de base
cientÍfica, mas renova a
importância do bioma
e de sua preservação 40
ïiï'ïi"ï,ild 13,'.':'.í, ffi, j{:;jllf 'ï,,ft ïï" ïi;i
OS SERTANEJOS
CONTRAA REPUBLICA
O estopim para a secular
Guerra do Contestado 44
cARTA FUNDAMTNTnI 5
10. W WW. CA RTACA P I TA L. CO M . B R I C NRTA- FU N DA M E N TA L
MAIO DE 2012
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: d)
.No 38 . R$ 4,00.
11. Millôl; o melhor
erdemos no último mês de março um dos nossos maio-
res frasistas e pensadores. Millôr Fernandes morreu aos
88 anos e deixou o mundo - e este país - bem mais sem
graça. O escritor, desenhista, dramaturgo e tradutor iniciou a
sua carreira na imprensa por volta de 194,3, com 20 anos. Des-
de então, muitos leitores brasileiros o acompanharam por dé-
cadas em jornais e revistas de grande circulaçáo.
Ateu confesso, Millôr detestavao politicamente correto e ria,
para não chorar, da "esculhamb açáááo" geral do País, como
costum avaacentuar. Foi referência para as juventudes de várias
gerações. EntreJ94,2 e1973, publicou textos que condensam
a sua essência. Em ThintaAnos d,e Mim Mesmo, diziaum dos
"mandamentos" do decálogo do machão: "Machão que é ma-
t-d!ttlaa
chão não come mel, come abeJha'. Outras obras desse mesmo
período ainda arrancam gargalhadas , Um Elefante no Caos, Pa-
pó.aerum Mitlôr, Livro Vermelho d,os Pensamentos d,e Millôr.
Millôr também revisitou as grandes fábulas e revelou o ho-
mem ao homeffi, com o sarcasmo que a sociedade merecia, co-
mo se pode ler em Fábulas Fabulosas e Noaas'Fábulas Fabu-
losa,s. Embora não tenha escrito especificamente para adoles-
centes ou jovens, suas fábulas, seus haicais e poemas são bas-
tante apreciados por esse público. Para não se deixar esquecer
ou simplesmente apresentar aos estudantes essa figura genial,
trazemos Millôr Fernandes em nossa capa. Educar é também
direcionar para o que há de melhor na nossa cultura. E nisso
Millôr é dos melhores. Líaia Perozim, redatora-chefe
4 cnnrA FUNDAMENTAL
EntrevistaLER PARA CRER
Os alúnos precisam
conhecer toda
a sua irreverência
e humor
MARíA TERESA ANDRUETTO
A literatura infantil barrada B
Matérias
EDUCAçÃO FINANCEIRA
Consumistas precoces
Por Márcia Tolotti 16
AURA DE BARBIE
Por Mario Corso 48
UMAGRAMÁNCNPARA
PROFESSORES
Por SÍrio Possenti 50
MAIOR E MELHOR?
Por Tory Oliveira 52
É unrs DoeuE ESPoRTE
Por Tory Oliveira 54
DO OUTRO LADO DA PAREDE
Por Tory Oliveira 58
Seções
LEITORES 6
CARTA DAANA
Ana Maria Macha do'14
FUNDAMENTAIS 18
FALARES
Marcos Bag no 44
MATEMAGICA
Danilo Bra un 46
CULTURA
Meu primeiro grande livro 61
Livros Fundamentais 62
Agenda 65
Aprendiz 66
12. SUMARIO
Tesnas de aula INFANCIA EM FOCO
CrianÇas da comunidade Kurusu Amba
vivem em situaÇão de miseria e rísco no
Mato Grosso do,Sul mais de 25O indígenas
foram mortos na estado em otto anos
=t
INFANTI[,
O RETRATO DA IDENTIDADE
As crianÇas, ao desenhar, constroem
imagem simbolica de si e do oulro 22
TIRO CERTEIRO Observe o ângulo
de arremesso no jogo Angry Birds 25
QUE REI SOU EU? As monarquias
em diferentes civilizaçÕes e hoje 28
FT-ÏNDAMENTAL ÏT
u M G TGANTESCO QU EBRA-CABEçA
Na Terra, varios supercontinentes
se formaram e se fraqmentaram 32
FUNDAMENTAL II
UM GRANDECONFABULADOR
Millôr Fernandes revisitou as fabulas
classicas e ironizou a sociedade 36
CONTO A Bruxa da ilha, por
Silvana Salerno 40 ACIMA:
Wilson Dias/ABr
CAPA: Baptístão
cARTA FUNDAMrnrnl 5
14. Pinoquio de verdade
história do "pedaço de pau que ria e chorava como
criança" nasceu de forma seriadaparaum folhetim ita-
liano no fim do século XIX e não demorou a ser alça-
da a um clássico da literatura ocidental. Escritas por C. Collodi,
pseudônimo do florentino Carlo LorenZini (tsz6-rggo), as pe-
ripécias de Pinóquio conquistaram a geração de seu autor e as
que üeram nos 131 anos seguintes à sua publicaçáo.
O fascínio pelo boneco de madeira que sonha ser gente não
arrefeceu. Porém, as suas aventuras foram eclipsadas por
adaptações e versões cinematográficas que reduziram o prota-
gonista de Collodi a um traquinas mentiroso, mas de bom co-
raçáo. Pinóquio, os personagens e os lugares por onde ele passa
são mais complexos do que isso. O fantoche criado pelas mãos
do humitde carpínteiro Geppetto passa fome, morre e ressusci-
la, ézombado na escola, vai para a prisão mesmo inocente, vi-
ra cão de guarda e um burro de cár ga, é roubado por dois ma-
landros. Diverte-se também, mas quase sempre se dá mal.
O que faz de Pinóquio, esse herói desprovido de poderes mâ-
gicos, inteligência invejável ou car ater nobre, personagem de ta-
manha relevância? A resposta vai depender de você, caro lei-
tor, e da sua experiência com o texto integral da obra-prima de
Collodi, cuja leitura propomos e orientamos nesta edição. A Co-
sac Naify acabade lançar uma benfeita edição traduzidapor lvo
Barroso (leia nas págs. 32 e 33 aentrevista que fizemos com ele).
Outras editoras brasileiras, como a Iluminuras e Cia. das Letras,
já tradu zirama prosa do autor italiano, "límpida e simples, qua-
se musical nessa simplicidade", nas palavras de Humberto Eco.
Lía i a P er o zim, r e d at or a- chefe
4 cnnrA FUNDAMENTAL
Entrevista
TÂNN RESENDE
Dever para pai ver B
Matérias
CASTIG O Sempre que foge do trabalho ou da escola, o boneco se dá mal
EDUCAçÃO HNANCETRA
Muito além da Matemática
Por Denise T. Hills 16
EDUCADOR HOJE
AzizAb'Saber
Por Vicente Eudes Lemos Alves 52
O DESPERTAR DA LEITURA
Por Clarice Cardoso 55
POR QUE PUBUCIDADE
INFANTIL É NruTIËTICA
Por lsabella Henriques 56
MARAVILHAS DOCHICO
Por Tory Oliveira 58
Seções
LEITORES 6
CARTADAANA
Ana Maria Macha do 14
FUNDAMENTAIS 18
FALARES
Marcos Bagn o 48
MATEMAGICA
Danilo Braun 50
CULTURA
Meu primeiro grande livro 61
Livros Fundamentais 62
Agenda 65
Aprendiz 66
15. SUMÁRIO
*'3rr3üâs dm mexãm
INFANCIA EM FOCO
Oplar lugar rlo mundo para ser mãe e no
Níger", seg,undo a ONGSave The Children.
O maior motivo e a fome, responsavel
pela a/fÍss íma mortalídade infantíl
!._._
.,,-*ì.Ì]Ì:::lil':-:--.. 2s
FoTocRAFAR PARn euÊz o que
dizem as irnagens feitas diariamente 22
F ï"i N I ),A;14 r, ï{ ïA [, ï
A MATEMATICA NO TANGRAM
O quebra-cabeça que ensina
o fazer matematico 25
COMO TODO MENINO Pinoquio
e as lembranÇas de criança 28
FUNDAMENTAL I
A CRIATURA DA MESA DA
COZINHA Conto, de Índigo 36
A NATUREZASOBAMEAÇAAs
extinçÕes induzidas pelo homem 40
ISABEL, UMA PRINCESA
Como valores moviam a signataria
da Lei Aurea 44
ACIMA: /ssou/Sanogo/
AFP
CAPA: Ilustração
Odilon Moraes
cARTA FUNDAMENTnT 5
16.
17. Obaleiêseavida
no fundo do mar
stá aberïa atemporada das baleias-jubarte à costa brasilei-
ra. Desde julho, ffi grandonas buscam us ágoas calmas
e quentes do nosso litoral para acasalar e ter seus bebês.
E aqui que elas vivem o chamado período de reprodução: depois
de se alimentar e armazenar bastante gordura durante meses,
elas percorrem (sotitárias ou em grupo) cerca de 5 mil quilôme-
tros do continente antártico até o banco dos Abrolhos e o litoral
norbe da Bahia, seus berços reprodutivos preferidos.
As jubarte chegam também a outros pontos do nosso litoral e
se tornam atração turística: imagrne ver um animal do tamanho
de um carro e um ônibus e o peso de oito elefantes dando saltos
de costas, estapeando a Superficie com as SuaS nadadeiras e
deixando cair um tcharammm! que se ouve a quilômetros. Mas
não só o tamanho desse grgante mamífero impressiona. Vistas
em todos os oceanos do mundo, ffi jubarte são conhecidas por
namor ar aD som de uma seren ataentoada por seus machos que'
para atrair as fêmÊffi, propagam suas canções pelo silêncio dos
oceanos. No entanto, nem tudo é festa na vida das baleias-
cantoras. Elas quase desapareceram na década de 6o, quando o
abate passou a ser proibido, € enfrentam agora sérias ameaças
com encalhamentos, atropelamentos por navios, falta de
alimentos e degradações causadas pelas mudanças climáticas.
Até novembro, os espetáculos das jubarte serão em águas
tropicais. É uma excelente opor[unidade para dividir com a
turma hábitos, curiosidades e ameaças à carismâticabaleia e à
vida no fundo do mar. Líaia Perozim, redatora-chefe
4 cnnrA FUNDAMENTAL
Entrevista
IRMAZARDOYA
Diretora de entidade americana defende que
gestores incorporem a atividade habilidades
de lideranÇa típicas de emPresas B
Matérias
EDUCAçÃO FINANCEIRA
O dinheiro e a sustentabilidade
Por Denise T. Hills 14
ARTIGO
Os números na pré'escola
Por Pedro Palhares 46
EDUCADOR HOJE
Edgar Morin
Por Edgard de Assis Carvalho 5O
PROFESSOR SOB AMEAçA
Por Tory Oliveira 54
CÉU DE ESTRELAS
Por Tory Oliveira 57
INFÂNCIA NA MIRA
Por Tory Oliveira 6O
Seções
LEITORES 6
CARTA DAANA
Ana Maria Macha do 12
FUNDAMENTAIS 16
FALARES
Marcos Bag no 44
CULTURA
Meu primeiro grande livro 61
Livros Fundamentais 62
Agenda 65
Aprendiz F6
TCHARAMMM!
O show das
jubarte na
costa brasiletra
desperta para
os encantos
da vtda marinha
18. INFÂNCIA EM FOCO
Cerca de l,4rntlhão
de críanÇas entre 4
e 14 anos trabalham
írregularmente
no País, revela
o Ministerto do
Trabalho eümprego"
Sonosprtmeiros
ctncomeses de 201,2,
foramftagrados
2.275 casos
de trabalhoinfantíI
AO LADO:
Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
CAPA: Enrico Marcovaldi/
Instituto B aleta-Jub arte
Wmsãruffiffi ffim ffieããffi
HffiF&ffiYHT
A EDUCAçÃO PELAS RUAS
Brincadeiras simbólicas e
experiências dos alunos são
usadas para educar para a
convivência no trânsito 20
tr â3 F.ã ffi Ék tu"€ ffi hr T-& K- H ã
ARTES EM TRÊS DIMENSÕES
Trabalho a partir de obra de
Giacometti e oportunidade
para que aulas sejam mais
que renitentes repetiçÕes 23
F.ffiffiffi&&€ffiffiK,&tu Hã
AS VIAGENS DA
BALEIA.CANTORA
Saiba mais sobre os habitos
e as populaçÕes das jubarte,
que entre os meses de julho
e dezembro migram para se
reproduzir 26
FUNDATIÏENTAL II
UM DIARIO HíENIDO
Sucesso de vendas, série
de livros Dnflo de um
Banana e exercicio Ímpar
de treino de compreensão
ao unir elementos de
varias modalidades 3O
trwruffi&&€ffiffiY&L Hã
CONTO
Zezinho e Filomena
Por Lucia HiratsukaS4
FËTruM&MHNTAL TT
RIO BRANCO E OS
DESENHOS DO BRASIL
Como a atuaÇão do Barão
ajudou a moldar as fronteiras
atuais do PaÍs 38
ii't i i i+ i,r .ii l.l rri Ï,ii' 'li',iii Ï., Ï Ï
O DESAFIO DA DIVISÃO
Apresente os conceitos
ligados a operação
que e uma das
principais dificuldades
dos alunos 41
19.
20. Olhares da
lndependência
inguém ouviu do lpiranga o brado (que se tornaria
retumbante cem anos depois , frãletra do Hino Nacio-
nal) de dom Pedro I. Primeiro porque a distância entre
o riacho e o local onde foi dado o "Grito" era bem maior do
que a representada por Pedro Américo na tela que consagrou
o momento da Independência. Segundo, porque os registros
de casas às margens desse que é hoje mais um fiétido e poluído
riacho de São Paulo são de 1884. Se o príncipe regente gritou,
foi ouvido por sua comitiva que montava em mulas, e não cava-
los. A pose de galã do imperador também é liberdade artística
do pintor. Ele estava, naquela ocasião, com "desconfortos gás-
tricos", de acordo com os documentos da época.
Outro registro artístico, feito pelo pintor francês François-
-René Moreaux, desconsidera o riacho do lpiranga e substitui
a espada de dom Pedro pelo chapéu, enaltecendo a imagem
central de um legítimo descendente do trono português capaz
de unir uma nação. Foi assim, pincelado de heroísmo, eüe 1..822
entrou para a história.
Até hoje há controvérsias sobre a data da Independência
e o papel de dom Pedro I. É certo, porém, eüe os proprietários
rurais e de escravos temiam perder a liberdade econômica que
ganharam com a vinda da família real em 18oB e a abertura
dos portos. O clima estava tenso por aqui desde o retorno
de dom João VI a Portugal. Nesse cenârio, a Independência
de dom Pedro não resultou em transformações políticas e
sociais profundas e ele ainda levou o protagonismo da história,
um processo bem diferente dos nossos vizinhos e que talvez
explique muito do nosso país. Lír:ia Perozim, redatora-chefe
4 cp,RTA FU N DAM ENTAL
Entrevista
JOSÉ JORGE LETRIA
Escritor portug uês reitera necessidade
de treino e ambiente propÍcio para
a formação de leitores para a vida I
Matérias
EDUCAçÃO FTNANCEIRA
Ética começa na infância
Por LaÍs Fontenelle Pereira14
SENTI DOS DA IN DEPEN DÊIUCIA
Por Maria Ligia Prado 40
EDUCADOR HOJE
Mikhail Bakhtin
Por Beth Brail- 48
CARTOGRAFIA DO MEIO AMBIENTE
Por Tory Oliveira 52
UMA ESCOLASEM
MUROS E AMARRAS
Por Lívia Perozim 54
JUVENTUDE NO ALVO
Por lsabela Morais 58
AJUDA DOS HACKERS 60
Seções
LEITORES 6
CARTA DA ANA
Ana Maria Macha do12
FUNDAMENTAIS 16
FALARES
Marcos Bag no 46
CULTURA
Meu primeiro grande livro 61
Livros Fundamentais 62
Agenda 65
Aprendiz 66
REGISTRO A obra de Pedro Americo consagrou o "Grito" de 7 de Setembro
21. SUMÁRIO
INFANCIA EM FOCO
Conflito na Síria
Centenas cle cnanÇas crLrzarrì as fronteÌras
sozÌrlÌras e buscaÌTÌ refugio na Turqura e outros
paÍses vtzÌÌlÌros, reÌatoLÌ a ONU
I ìï F'Ãi *"ï'"i' í :.,
ABRA A RODA As possibilidades
de brincar com cantigas20
SUCATA REVIGORADA
O uso de material na escola 24
FUNDAMENTAL I
A SINA DA TABUADA Desperte
a intu ição e cu riosidad e 28
AS DEVORADORAS DE CARNE
As plantas carnivoras e o estudo
da Botânica 32
OS TONS DO GRITO As diferentes
representaçÕes da lndependência
do Brasil 36
SUA MAJESTADE, A PELOTA
Por lutz Antonio Agurar 42
w
ACIMA: Adem AItan/AFP
CAPA: Ilustração Cárcamo
CARTA FUNDAIV,lENTNL 5
22.
23. Uma imagem
a ser refeita
Brasil indígena cresceu e é mais diverso do que se imagi-
nava. O Censo 2O1O, divulgado pelo IBGE há alguns me-
ses, identifica 896,9 mil pessoas, 3O5 etnias e 2741ínguas.
Até 2ooo, os pesquisadores estimavam em 73+ mil indígenas,
22o povos e 18O línguas. Além do aumento demogrâfico,chama
a atençáo amegadiversidade, retratada, em parte, por ser esta
a primeira vezque um censo apura as etnias, Iínguas e regiões
de moradia dessas populações com o critério da autodeclaração.
A pesquisa decenal rompeu também alguns chavões. LJm deles
é que "lugar de índio é na floresta'. Segundo os dados, a maior
parte dos indígenas brasileiros não está na Am azõnia Legal, e
sim no Centro-Sul e no Nordeste do País, onde milhares migram
ou residem temporariamente nas cidades.
O Censo desfaztambém a imagem de um país majoritaria-
mente branco perpetrada durante décadas e mostra que a falta
de terras e de políticas públicas ainda é um problema. Os indí-
genas não amazônicos, pouco mais de 50% do total, têm menos
de 2% das terras demarcadas. Em algumas regiões, como Bahia
ou Mato Grosso do Sul, esse processo é conflituoso e encontra-se
indefinido até hoje. As ameaças culturais também preocupam.
Mais da metad.e dos indígenas não fala nenhuma língua
indígena, o que as coloca em sérios riscos de extinção.
Os números refletem uma realidade indtgetru complexa:
o modo de ser desses povos não pode ser generalizado. Nossa
proposta com o tema de aula "O Brasil mais diverso", nas
páginas 32 a 35, é justamente olhar para os números do Censo
e enxergar o conjunto diverso que há por trás deles, ulgo para
ser repensado e problematizado em sala de aula. Boa leitura!
Líaia Pero zim, redatora- chefe
4 cnRTA FUNDAMENTAL
Entrevista
WAGNERWEY MOREIRA
Brincadeira antes do esporte 8
Matérias
EDUCAçÃO FTNANCETRA
O tripé da educação financeira
Por Martin Casals lglesias 16
PARA CONTINUAR NA ESCOLA
Por Tory Oliveira 52
EDUCAçÃO PARA A AUTONOMIA
Por Clarice Cardoso 56
UM EDUCADOR DE OURO
Por Tory Oliveira 58
Seções
LEITORES 6
CARTA DAANA
Ana Maria Macha do'i,4
FUNDAMENTAIS 18
FALARES
N/arcos Bagno 5O
CULTURA
Meu primeiro grande livro 61
Livros Fundamentais 62
Agenda 65
Aprendiz 66
LUGAR
oe ÍnDro
A maior parte
deles não
está maís
na floresta
e prec6a
de terras
24. SUMARIO
INFANCIA EM FOCO
Um dos países mais
jovens do mundo,
a Índia oferece
educação gratuÍta
e obrigatoría para
menores de 14 anos
e tem B milhões
de críanÇas fora
da escola
AO LADO: GWEI/Divulgação
CAPA: Foto Pablo Jacob/Ag. O Globo
Temasdeaula
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SENTIDOS PRESENTES
Um passeio
pela Bienal S? 22
AS CONTAS DE CABEçA
FUNCIONAM!
Calculo mental28
FUNDAMENTAL II
UM BRASIL MAIS DIVERSO
Censo revela rnaior população
e novas etnias indÍgenas 32
O MAIS BRASILEIRO DE
TODOS OS RIOS A historia
do Ric São Francisco 36
UM MODO
DE LER POESIA
A leitura para crianÇas
FUNDAMEN'TAL II
TESOURO
Conto,por
Marcos Bagno 46
cARTA FUNDAMENTnT 5
26. NÃO SE ENGANE
Na Ílusfração de
Rackhan, as garras
revelam que o lobo de
toca e oculos não é bom
Para a vida inteira
á dois séculos Jacob e Wilhelm Grimm publicaram seu
primeiro livro de contos. Estudiosos e letrados, eles
pesquisaram em manuscritos antigos e buscaram nas
endas orais e no folclore alemáo afonte de suas histórias. As-
;im, o apanhado de contos que ouviram de amigos e conhecidos
bi moldado pela sensibilidade literária dos irmãos. Sem fazer
ilterações profundas ou arbitrárias, como conta a pesquisadora
Karin Volobu ef (pá,g. 2o),eles lapidaram os contos de forma
;istemática e criaram um estilo "típico de conto de fadas".
A obra dos Grimm contada entre adultos à época permanece
Itual. Quem nunca leu Cinderela, Brancü de Nerse ou Chapeuzi-
,tho Ve'rmelho? É fato que são várias as versões e a maioria delas
loi suavizadapela Disney. No texto original, âs histórias são
iocosas, grotescas e violentas, o que torna a compataçáo entre
d.'1..///
rrersões ainda mais interessante (A CosacNa!f,y lançou um&
bela ediçã,o com traduçã,o do original de Christine Riihrig).
Sugerimos uma viagem pelos contos clássicos dos Grimm
3 uma reflexão sobre a influência dos contos de fadas na con-
rcpção de Literatura Infantil e na forma como pensamos e nos
expressamos. Segundo o historiador Arthur Rackhâffi, que ilus-
brou alguns desses contos: "Não há dúvidas de que estaríamos
nos comportando de maneira muito diferente se Bela não tivesse
iamais se unido à sua Fera... Ou se o Abre-te Sésamo não tivesse
aberto caminho..." Os contos de fadas deram nova dimensão aos
ilesejos infantis e aos grandes mistérios existenciais. É verdade
que os superamos e abandonamos, quando adultos. Mas os leva-
mos para a vida inteira . Líaia Perozim, redatora-chefe
4 cnRTA FUNDAMENTAL
Entrevista
HÉLIO ZISKIND
Aprender por afeto 8
Matérias
EDUCAçÃO FTNANCEIRA
Um enorme desafio pela frente
Por Gustavo Cerbasi 14
EDUCADOR HOJE
Gillés Brougère
Por Gisela Wajskop 46
EXPOSTçÃO REAL VTRTUAL
Por Luciana Ruffo 48
OTERMÔMETRO NÃOCURA
Por Tory Oliveira 5O
O START PARA AULAS MELHORES
Por Tory Oliveira 54
VONTADE DE MUDAR
Por lsabela Morais 56
Seções
LEITORES 6
CARTA DAANA
Ana Maria Macha do 12
FUNDAMENTAIS 16
CULTURA
Os Vencedores do Prêmio Jabuti 2012 59
Aprendiz 66
27. Ymmffiffiffimmmãm
ffi.KJffiffi&&#ffiffiT-&tu g
coNTos DE FADAs Dos lnruÃos
GRIMM As narrativas orais
eternizadas pelos autores 20
FWffiffi&ffigffiffiT'&t ã
GRACILIANO ENTREO FAZER EO
DIZER Como levar para a sala de aula
as obras infantojuvenis do autor 26
FT.ÏruPAruTffiNT&Ë, Ë H HE
LEMBRANçA DE UM NATAL
Garotinho busca um presente
especial 30
FUNDAMENTAT I
O PODER DA MEMÓRIA Relatos
orais contribuem na reconstrução
de fatos historicos 34
if iiji j1{ ,,"*;iir ï tÍ i:"ï'ji' + Íi, ii ji
PARA DOMAROS NUMEROS
RACIONAIS Como trabalhar com
a ferramenta japonesa soroban 42
txr'ÂNcIA EM Foco
Segundo a ONU,5 mtlhões de pessoas
das 53 minorías étntcas do Víetnã,
como os Hmong ífoto) vtvem na pobreza
F.ffiffiffi&HwãffiffiW&K- ã ffi HH
MAIS DO QUE COMIDA DE PEIXE
Os misterios da vida lsubterrânea
das minhocas 38 i
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ACIMA: HoangDin,
Nam/AF.
CAPA: Lebrecl
Music & Arts
Corbis/Lattnstoc
cARTA FUNDAMTNTnI !