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4/9/2010
1
Gestão Ambiental
Uma questão estratégica
Eng°AntonioFernandoNavarro.M.Sc.
afnavarro@terra.com.br
2006
Conceito Básico
O meio ambiente pode ser definido:
Æ no sentido amplo, como o conjunto
dos aspectos econômicos, sociais,
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condições de vida;
Æ no sentido estrito, como a totalidade
das condições externas que afetam uma
comunidade de organismos (biocenose)
em seu hábitat.
4/9/2010
2
Gestão Ambiental - Conceito
e Histórico
A Gestão Ambiental é o conjunto dos
aspectos de gerenciamento global que as
empresas econômicas devem adotar, com
a função de realizar o planejamento, o
desenvolvimento, a implementação e a
manutenção de uma política ambiental em
sintonia com o desenvolvimento
sustentável.
A aplicação dos princípios do
desenvolvimento sustentável envolve a
integração dos critérios de proteção
ambiental na prática econômica, a fim de
que o planejamento estratégico
empresarial torne efetiva esta conciliação.
Para efeito de Avaliação de Impacto
Ambiental, - instrumento de política
ambiental estabelecido pelo art. 225, § 1º,
IV, da Constituição Federal -, e de acordo
com a Resolução CONAMA n. 001, de
23.01.86, o meio ambiente subdivide-se
nos seus aspectos biológico, físico e social.
O meio biológico é constituído pelo
conjunto dos seres animais e vegetais de
uma região (biota); o meio social é
constituído pelo conjunto dos bens
culturais; enquanto que o meio físico se
constitui de elementos abióticos ou
inanimados do ambiente.
4/9/2010
3
As intervenções humanas devem ser
avaliadas globalmente, em todos os
seus aspectos, procurando diagnosticar
e prognosticar os seus efeitos de forma
multilateral.
Os resultados esperados pela
implantação de projetos e pela
implementação de ações antrópicas
devem se basear na estratégia do não
comprometimento da capacidade de
suporte do ambiente.
A qualidade de vida humana depende da
manutenção do equilíbrio dinâmico entre os
elementos bióticos (vivos) e abióticos (não vivos)
da biosfera.
Este equilíbrio está submetido a limites
estabelecidos pelas leis da natureza.
Os projetos e atividades humanas promovem
alterações na parte de um todo, cuja resultante
no conjunto das intervenções em nível de
biosfera, contém ameaças em potencial de
rupturas dos limites que asseguram a
sustentabilidade do ambiente.
Os desequilíbrios ecológicos globais são um claro
exemplo deste fenômeno.
4/9/2010
4
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5
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6
Exaustão dos recursos naturais
A produtividade dos ecossistemas é um
conceito muito importante para se entender a
dinâmica do ambiente no sentido da busca do
relacionamento auto-sustentável entre o
homem e a natureza. A produtividade é
conceituada como sendo “a energia
armazenada pelos produtores que pode ser
empregada como alimento pelos
consumidores”.
Não poderia haver sistemas ecológicos sem a
energia e os comportamentos a ela
associados “a energia não se cria nem se
destrói, mas transforma-se” (1ª Lei da
Termodinâmica).
Evolução do Conceito de
Desenvolvimento Sustentável
No último meio século o mundo experimentou
o fenômeno da globalização da economia e
da ecologia. Esse fenômeno, com base nos
argumentos de Maimon (1996)15, pode ser
assim itemizado:
Os fenômenos da poluição transcendem as
fronteiras nacionais, afetando as regiões ou o
planeta como um todo, trazendo as
preocupações com os riscos globais tanto
para os empresários como para os
consumidores;
4/9/2010
7
A difusão do conceito de Desenvolvimento Sustentável,
pelas Nações Unidas, formulado na década de 80 pelo
Relatório Brundtland, “Nosso Futuro Comum”, da busca
simultânea de eficiência econômica, justiça social e
harmonia ecológica. O Desenvolvimento Sustentável é
aquele “que atende às necessidades do presente, sem
comprometer a capacidade das futuras gerações
atenderem às suas próprias necessidades” (World
Comission on Environment and Development, 1987).
Este conceito passa a ser o eixo dominante das
relações internacionais, quando as nações assumiram
responsabilidades pelo cumprimento das Convenções
assinadas na Rio-92 (Biodiversidade, Floresta, Mudança
Climática, Agenda 21). A avaliação do desempenho
destas Convenções se dará na Conferência Mundial de
Cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10,
marcada para agosto/setembro de 2002, em
Joanesburgo, África do Sul. Estima-se que 65 mil
pessoas participarão deste evento, incluindo 5 mil
representantes de 193 Estados e das Nações Unidas, e
50 mil de organizações não-governamentais.
O conceito de desenvolvimento sustentável é
de fácil aceitação, pois exige bom senso, mas
de difícil aplicação, pois estabelece novas
exigências de desempenho ambiental para a
sociedade e para as indústrias e empresas
em geral.
As exigências ambientais para as empresas
surgem como pressões externas ou como
oportunidades de obter benefícios internos.
Estas exigências podem se converter num
conjunto de procedimentos para gerir ou
administrar uma organização, de forma a
obter o melhor relacionamento com o meio
ambiente.
4/9/2010
8
Diretrizes para a Gestão
Ambiental
Para Bursztyn (1994)117, o modelo de crescimento
adotado desde o início da revolução industrial tem se
revelado como um agente de quebra do equilíbrio
ecológico, o que acarreta, em termos econômicos, um
desequilíbrio da alocação de recursos e, em termos
sociais, da distribuição do bem-estar.
Segundo a autora, o padrão tecnológico adotado
pressupõe a inesgotabilidade e a apropriação gratuita
do estoque dos recursos ambientais por parte dos
produtores e comunidades. Consequentemente, nas
atividades de produção e consumo, os bens
ambientais são explorados à exaustão e, por se tratar
de um interesse difuso, a variável ambiental não é
incorporada na composição dos custos de produção,
resultando que a sociedade absorve um custo social
traduzido na forma de poluição ambiental.
4/9/2010
9
A poluição, nesta ótica, é considerada um efeito externo
negativo ou deseconomia externa, pois os seus danos
não são diretamente considerados pelo mercado, sendo
impostos à sociedade como um custo social não
compensado.
É nesse sentido que a variável ambiental deve ser
considerada como um bem econômico, juntamente com
outros fatores como trabalho, capital, matéria-prima.
Para isto, é necessário compatibilizar o crescimento
econômico com a política de preservação do meio
ambiente.
De acordo com as conclusões da Conferência
Internacional sobre Meio Ambiente e Economia (Paris,
1984), esta compatibilização se dará com a
incorporação integral da variável ambiental aos
processos de tomada de decisão, de produção e de
consumo.
Assim, as diretrizes para a gestão racional do meio
ambiente podem ser consubstanciadas nas linhas de
ação, citadas por Bursztyn (Op. Cit.).
Aperfeiçoamento dos métodos
de ajuda à decisão
Os principais métodos de ajuda à decisão para uma
gestão racional são:
Análise Custo-Benefício - consiste em avaliar os
ganhos e as perdas decorrentes da implantação de
um programa ou projeto;
Avaliação e Gestão de Riscos - consiste na estimativa
científica da amplitude do risco diante da exposição
de um determinado poluente, considerando os
perigos potenciais, os dados dose-efeito e os riscos à
exposição, bem como nas decisões acerca das
normas regulamentares decorrentes da avaliação;
Avaliação de Impacto Ambiental - objetiva orientar a
concepção de projetos ou programas de
desenvolvimento, de maneira a identificar e avaliar,
previamente, as conseqüências ambientais da
implantação dos mesmos.
4/9/2010
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Gestão Ambiental Privada
A responsabilidade ambiental da empresa é resultado
da sua interação com atores externos e internos. Os
principais atores externos são o governo e os
respectivos órgãos de controle (local, regional e
nacional), o movimento ambientalista, as instituições de
comércio e industriais, em particular o setor de
ecobusiness, as instituições de pesquisa, os sindicatos
e, obviamente, os consumidores.
Dentre os atores internos, vale mencionar: o
departamento de segurança e meio ambiente, o de
pesquisa e desenvolvimento, o de qualidade, o de
produção, o de venda e marketing, o de controle
financeiro, o jurídico, o departamento de administração e
de pessoal, as comissões de fábrica e os prestadores de
serviços de terceirização.
O programa institucional da empresa, a dinâmica de
competição, o setor de atividade e o grau de pressão
dos distintos atores externos acarretará a escolha dos
atores com os quais a empresa vai interagir com mais
intensidade.
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Modelos Empresariais de
Responsabilidade Ambiental
CONCEITO DE GESTÃO
AMBIENTAL
Por gestão ambiental entende-se o conjunto de
princípios, estratégias e diretrizes de ações e
procedimentos para proteger a integridade dos meios
físico e biótico, bem como a dos grupos sociais que
deles dependem. Esse conceito inclui, também,
também, o monitoramento e o controle de elementos
essenciais à qualidade de vida, em geral, e à
salubridade humana, em especial. Suas atividades
envolvem o monitoramento, o controle e a fiscalização
do uso dos recursos naturais, bem como o processo
de estudo, avaliação e eventual licenciamento de
atividades potencialmente poluidoras. Envolve,
também, a normatização de atividades, definição de
parâmetros físicos, biológicos e químicos dos
elementos naturais a serem monitorados, assim como
os limites de sua exploração e/ou as condições de
atendimento dos requerimentos ambientais em geral.
4/9/2010
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Gestão ambiental: uma questão estratégica

  • 1. 4/9/2010 1 Gestão Ambiental Uma questão estratégica Eng°AntonioFernandoNavarro.M.Sc. afnavarro@terra.com.br 2006 Conceito Básico O meio ambiente pode ser definido: Æ no sentido amplo, como o conjunto dos aspectos econômicos, sociais, políticos e ecológicos que afetam as condições de vida; Æ no sentido estrito, como a totalidade das condições externas que afetam uma comunidade de organismos (biocenose) em seu hábitat.
  • 2. 4/9/2010 2 Gestão Ambiental - Conceito e Histórico A Gestão Ambiental é o conjunto dos aspectos de gerenciamento global que as empresas econômicas devem adotar, com a função de realizar o planejamento, o desenvolvimento, a implementação e a manutenção de uma política ambiental em sintonia com o desenvolvimento sustentável. A aplicação dos princípios do desenvolvimento sustentável envolve a integração dos critérios de proteção ambiental na prática econômica, a fim de que o planejamento estratégico empresarial torne efetiva esta conciliação. Para efeito de Avaliação de Impacto Ambiental, - instrumento de política ambiental estabelecido pelo art. 225, § 1º, IV, da Constituição Federal -, e de acordo com a Resolução CONAMA n. 001, de 23.01.86, o meio ambiente subdivide-se nos seus aspectos biológico, físico e social. O meio biológico é constituído pelo conjunto dos seres animais e vegetais de uma região (biota); o meio social é constituído pelo conjunto dos bens culturais; enquanto que o meio físico se constitui de elementos abióticos ou inanimados do ambiente.
  • 3. 4/9/2010 3 As intervenções humanas devem ser avaliadas globalmente, em todos os seus aspectos, procurando diagnosticar e prognosticar os seus efeitos de forma multilateral. Os resultados esperados pela implantação de projetos e pela implementação de ações antrópicas devem se basear na estratégia do não comprometimento da capacidade de suporte do ambiente. A qualidade de vida humana depende da manutenção do equilíbrio dinâmico entre os elementos bióticos (vivos) e abióticos (não vivos) da biosfera. Este equilíbrio está submetido a limites estabelecidos pelas leis da natureza. Os projetos e atividades humanas promovem alterações na parte de um todo, cuja resultante no conjunto das intervenções em nível de biosfera, contém ameaças em potencial de rupturas dos limites que asseguram a sustentabilidade do ambiente. Os desequilíbrios ecológicos globais são um claro exemplo deste fenômeno.
  • 6. 4/9/2010 6 Exaustão dos recursos naturais A produtividade dos ecossistemas é um conceito muito importante para se entender a dinâmica do ambiente no sentido da busca do relacionamento auto-sustentável entre o homem e a natureza. A produtividade é conceituada como sendo “a energia armazenada pelos produtores que pode ser empregada como alimento pelos consumidores”. Não poderia haver sistemas ecológicos sem a energia e os comportamentos a ela associados “a energia não se cria nem se destrói, mas transforma-se” (1ª Lei da Termodinâmica). Evolução do Conceito de Desenvolvimento Sustentável No último meio século o mundo experimentou o fenômeno da globalização da economia e da ecologia. Esse fenômeno, com base nos argumentos de Maimon (1996)15, pode ser assim itemizado: Os fenômenos da poluição transcendem as fronteiras nacionais, afetando as regiões ou o planeta como um todo, trazendo as preocupações com os riscos globais tanto para os empresários como para os consumidores;
  • 7. 4/9/2010 7 A difusão do conceito de Desenvolvimento Sustentável, pelas Nações Unidas, formulado na década de 80 pelo Relatório Brundtland, “Nosso Futuro Comum”, da busca simultânea de eficiência econômica, justiça social e harmonia ecológica. O Desenvolvimento Sustentável é aquele “que atende às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações atenderem às suas próprias necessidades” (World Comission on Environment and Development, 1987). Este conceito passa a ser o eixo dominante das relações internacionais, quando as nações assumiram responsabilidades pelo cumprimento das Convenções assinadas na Rio-92 (Biodiversidade, Floresta, Mudança Climática, Agenda 21). A avaliação do desempenho destas Convenções se dará na Conferência Mundial de Cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10, marcada para agosto/setembro de 2002, em Joanesburgo, África do Sul. Estima-se que 65 mil pessoas participarão deste evento, incluindo 5 mil representantes de 193 Estados e das Nações Unidas, e 50 mil de organizações não-governamentais. O conceito de desenvolvimento sustentável é de fácil aceitação, pois exige bom senso, mas de difícil aplicação, pois estabelece novas exigências de desempenho ambiental para a sociedade e para as indústrias e empresas em geral. As exigências ambientais para as empresas surgem como pressões externas ou como oportunidades de obter benefícios internos. Estas exigências podem se converter num conjunto de procedimentos para gerir ou administrar uma organização, de forma a obter o melhor relacionamento com o meio ambiente.
  • 8. 4/9/2010 8 Diretrizes para a Gestão Ambiental Para Bursztyn (1994)117, o modelo de crescimento adotado desde o início da revolução industrial tem se revelado como um agente de quebra do equilíbrio ecológico, o que acarreta, em termos econômicos, um desequilíbrio da alocação de recursos e, em termos sociais, da distribuição do bem-estar. Segundo a autora, o padrão tecnológico adotado pressupõe a inesgotabilidade e a apropriação gratuita do estoque dos recursos ambientais por parte dos produtores e comunidades. Consequentemente, nas atividades de produção e consumo, os bens ambientais são explorados à exaustão e, por se tratar de um interesse difuso, a variável ambiental não é incorporada na composição dos custos de produção, resultando que a sociedade absorve um custo social traduzido na forma de poluição ambiental.
  • 9. 4/9/2010 9 A poluição, nesta ótica, é considerada um efeito externo negativo ou deseconomia externa, pois os seus danos não são diretamente considerados pelo mercado, sendo impostos à sociedade como um custo social não compensado. É nesse sentido que a variável ambiental deve ser considerada como um bem econômico, juntamente com outros fatores como trabalho, capital, matéria-prima. Para isto, é necessário compatibilizar o crescimento econômico com a política de preservação do meio ambiente. De acordo com as conclusões da Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Economia (Paris, 1984), esta compatibilização se dará com a incorporação integral da variável ambiental aos processos de tomada de decisão, de produção e de consumo. Assim, as diretrizes para a gestão racional do meio ambiente podem ser consubstanciadas nas linhas de ação, citadas por Bursztyn (Op. Cit.). Aperfeiçoamento dos métodos de ajuda à decisão Os principais métodos de ajuda à decisão para uma gestão racional são: Análise Custo-Benefício - consiste em avaliar os ganhos e as perdas decorrentes da implantação de um programa ou projeto; Avaliação e Gestão de Riscos - consiste na estimativa científica da amplitude do risco diante da exposição de um determinado poluente, considerando os perigos potenciais, os dados dose-efeito e os riscos à exposição, bem como nas decisões acerca das normas regulamentares decorrentes da avaliação; Avaliação de Impacto Ambiental - objetiva orientar a concepção de projetos ou programas de desenvolvimento, de maneira a identificar e avaliar, previamente, as conseqüências ambientais da implantação dos mesmos.
  • 10. 4/9/2010 10 Gestão Ambiental Privada A responsabilidade ambiental da empresa é resultado da sua interação com atores externos e internos. Os principais atores externos são o governo e os respectivos órgãos de controle (local, regional e nacional), o movimento ambientalista, as instituições de comércio e industriais, em particular o setor de ecobusiness, as instituições de pesquisa, os sindicatos e, obviamente, os consumidores. Dentre os atores internos, vale mencionar: o departamento de segurança e meio ambiente, o de pesquisa e desenvolvimento, o de qualidade, o de produção, o de venda e marketing, o de controle financeiro, o jurídico, o departamento de administração e de pessoal, as comissões de fábrica e os prestadores de serviços de terceirização. O programa institucional da empresa, a dinâmica de competição, o setor de atividade e o grau de pressão dos distintos atores externos acarretará a escolha dos atores com os quais a empresa vai interagir com mais intensidade.
  • 11. 4/9/2010 11 Modelos Empresariais de Responsabilidade Ambiental CONCEITO DE GESTÃO AMBIENTAL Por gestão ambiental entende-se o conjunto de princípios, estratégias e diretrizes de ações e procedimentos para proteger a integridade dos meios físico e biótico, bem como a dos grupos sociais que deles dependem. Esse conceito inclui, também, também, o monitoramento e o controle de elementos essenciais à qualidade de vida, em geral, e à salubridade humana, em especial. Suas atividades envolvem o monitoramento, o controle e a fiscalização do uso dos recursos naturais, bem como o processo de estudo, avaliação e eventual licenciamento de atividades potencialmente poluidoras. Envolve, também, a normatização de atividades, definição de parâmetros físicos, biológicos e químicos dos elementos naturais a serem monitorados, assim como os limites de sua exploração e/ou as condições de atendimento dos requerimentos ambientais em geral.