3. Por mais que pareça uma coisa difícil de acreditar, mas
sim, zoológicos humanos existiam no século XIX e no
começo do século XX. Na verdade, não faz muito
tempo que eles deixaram de existir, pois uma das
últimas atrações desse tipo, foi realizada em Bruxelas no
ano de 1958 – há 56 anos atrás – com o espetáculo
chamado de “vilarejo congolês”, que foi fechado
devido às críticas na época.
Um dos exemplos bizarros de Zoológicos Humanos é o
do “Jardin d’Agronomie Tropicale” localizada em Paris,
onde eram realizadas diversas exposições humanas.
4. Por mais que pareça uma coisa difícil de acreditar, mas
sim, zoológicos humanos existiam no século XIX e no
começo do século XX. Na verdade, não faz muito
tempo que eles deixaram de existir, pois uma das
últimas atrações desse tipo, foi realizada em Bruxelas no
ano de 1958 – há 56 anos atrás – com o espetáculo
chamado de “vilarejo congolês”, que foi fechado
devido às críticas na época.
Um dos exemplos bizarros de Zoológicos Humanos é o
do “Jardin d’Agronomie Tropicale” localizada em Paris,
onde eram realizadas diversas exposições humanas.
5.
6. O Jardin d’Agronomie Tropicale contava com a exposição
de várias “réplicas de territórios franceses”, como
Madagascar, Indochina, Sudão, Congo, Tunísia e Marrocos.
Onde – para começar a piorar a história – essas exposições
contavam com habitantes humanos reais – aqueles tirados
diretamente dos lugares que as réplicas foram criadas para
representar.
Mas essa barbaridade não acontecia apenas em Paris,
humanos eram expostos – em feiras, circos e zoológicos – por
serem considerados “exóticos, selvagens ou monstruosos” em
vários lugares do mundo durante séculos! Nesse período, se
desenvolveram noções sobre a raça e o conceito de
hierarquia racial, com teses de que os africanos seriam o elo
que faltava entre o macaco e os homens brancos ocidentais,
ou o “homem normal”, como consideravam os cientistas.
Dentre as várias “atrações” feitas em países exploradores,
uma bem marcante foi a chegada de alguns índios
tupinambá, do Brasil, que “desfilaram”, em 1550, para o rei
Henrique 2º em Rouen, na França.
7.
8.
9.
10. Londres, também apresentou uma exposição de índios
brasileiros Botocudos em 1817, e era considerada
“capital dos espetáculos étnicos”, seguida pela França,
Alemanha e Estados Unidos. Vale lembrar que nessa
época pessoas com deformações físicas e mentais
também serviam de atração para as cortes europeias.
A descoberta dos zoológicos humanos nos permitiu
entender melhor por que certos pensamentos racistas
ainda existem na nossa sociedade. É difícil acreditar,
mas o bisavô de Christian Karembeu – ex-jogador da
seleção francesa – foi exibido em uma jaula como
canibal em 1931.
11.
12.
13.
14.
15. O apogeu dessas exibições ocorreu entre 1890 e os
anos 1940. Depois disso, os “shows étnicos” deixaram de
existir por razões diversas: falta de interesse do público,
surgimento do cinema e desejo das potências de excluir
o “selvagem” da propaganda de colonização.
Segundo pesquisadores, mais de 1 bilhão de pessoas
assistiram aos espetáculos exóticos realizados entre 1800
e 1958.