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Aline Araújo nº 33
José maria Eça de Queiroz foi um
importante romancista português do
século XIX. Nasceu em 25 de Novembro,
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decide casar-se com Luísa e comunica a sua decisão ao seu tio que
não aceitou a ideia. O jovem Macário perdeu o seu emprego com o
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pediu para que Macário fosse fiador de uma grande quantia e foge com o
dinheiro. Macário fica mais uma vez na miséria. Quando decide voltar
novamente para cabo verde em busca de trabalho, vai visitar o seu tio
Francisco que inesperadamente muda de ideias a seu respeito e aceita o
casamento de Macário com Luísa voltando a dar-lhe emprego. Marcado o dia
do matrimónio, Macário leva a noiva a fazer compras e esta rouba um anel
com duas pérolas. O empregado da joalheria colhe o flagrante do furto e
Macário sem perder a calma pede desculpas e paga o anel roubado. Chegando
na esquina, o jovem abandona Luísa, chamando-lhe de ladra e no dia seguinte
parte para a província.
A narrativa constrói personagens de uma forma marcante
com uma coerência psicológica invejável.
Luísa Vilaça– Traços físicos: Era uma loira esbelta.
Psicológicos: sofre diretamente a ação do determinismo: é
portadora de uma doença de ordem psíquica (cleptomania).
Macário - descrição do personagem em dois momentos:
Macário jovem – romântico, ingênuo. A fragilidade e estupidez
do romântico Macário é gritante não compreende a doença de
sua noiva, confunde cleptomaníaco com ladra, ameaça a moça à
policia, quando deveria procurar –lhe um psicanalista.
Macário velho -(condenado a uma perpétua e infeliz solidão –
Luísa era o motivo de sua realização existencial).
Tio Francisco - O tio Francisco é qualificado como um velho
autoritário e tirânico, solteirão e misógino. Ele exerce a função
de ajudante do protagonista com relação ao seu processo
profissional e económico, mas de oponente relativamente ao
casamento de Macário com Luísa
-> Pagamento do anel
Chamada de atenção do ourives
para o que havia acontecido
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-> Macário assume o
“esquecimento”
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Macário de Luísa atinge o ponto de
ruptura.
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ladra. (O Realismo sobrepõe-se ao
Romantismo)
 No caso do narrador de
Singularidades de uma
rapariga loura, estamos
diante de um narrador
homodiegético e o narrador
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através de um narrador
que fala na primeira
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assumindo todos os riscos de uma mudança de vida verdadeiramente radical;
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Singularidades de uma rapariga loura

  • 2. José maria Eça de Queiroz foi um importante romancista português do século XIX. Nasceu em 25 de Novembro, de 1845, na cidade portuguesa de póvoa de varzim. Em 1866 formou-se em direito na universidade de Coimbra e trabalhou como administrador municipal no município de leiria e também como cônsul de Portugal na Inglaterra. Algumas características comuns em seus romances, como, por exemplo, abordagem de temas cotidianos, descrição de locais e comportamento de pessoas, pessimismo, ironia e humor. Eça de Queiroz morreu na cidade de paris em 1900.
  • 3.  Macário era um homem de 22 anos, guarda-livros de um armazém de panos do tio Francisco, solteirão, na cidade de lisboa no ano de 1823. A serenidade deste jovem aplicado e comportado que ainda não conhecera os prazeres do sexo é perturbada quando vê uma loira muito bonita de 20 anos chamada Luísa Vilaça. Após 5 dias de tímido flerte, Macário se apaixona pela jovem de cabelos loiros que nas tardes se debruçava na janela. Após alguns encontros, Macário decide casar-se com Luísa e comunica a sua decisão ao seu tio que não aceitou a ideia. O jovem Macário perdeu o seu emprego com o seu tio e desesperado aceitou partir para cabo verde para trabalhar e até arrecadou uma pequena fortuna para se casar.
  • 4.  Mas ao chegar a Lisboa, o amigo que lhe arrumou emprego no cabo verde pediu para que Macário fosse fiador de uma grande quantia e foge com o dinheiro. Macário fica mais uma vez na miséria. Quando decide voltar novamente para cabo verde em busca de trabalho, vai visitar o seu tio Francisco que inesperadamente muda de ideias a seu respeito e aceita o casamento de Macário com Luísa voltando a dar-lhe emprego. Marcado o dia do matrimónio, Macário leva a noiva a fazer compras e esta rouba um anel com duas pérolas. O empregado da joalheria colhe o flagrante do furto e Macário sem perder a calma pede desculpas e paga o anel roubado. Chegando na esquina, o jovem abandona Luísa, chamando-lhe de ladra e no dia seguinte parte para a província.
  • 5. A narrativa constrói personagens de uma forma marcante com uma coerência psicológica invejável. Luísa Vilaça– Traços físicos: Era uma loira esbelta. Psicológicos: sofre diretamente a ação do determinismo: é portadora de uma doença de ordem psíquica (cleptomania). Macário - descrição do personagem em dois momentos: Macário jovem – romântico, ingênuo. A fragilidade e estupidez do romântico Macário é gritante não compreende a doença de sua noiva, confunde cleptomaníaco com ladra, ameaça a moça à policia, quando deveria procurar –lhe um psicanalista. Macário velho -(condenado a uma perpétua e infeliz solidão – Luísa era o motivo de sua realização existencial). Tio Francisco - O tio Francisco é qualificado como um velho autoritário e tirânico, solteirão e misógino. Ele exerce a função de ajudante do protagonista com relação ao seu processo profissional e económico, mas de oponente relativamente ao casamento de Macário com Luísa
  • 6. -> Pagamento do anel Chamada de atenção do ourives para o que havia acontecido (roubo) -> Discussão -> Macário assume o “esquecimento” -> Já na rua a discussão entre Macário de Luísa atinge o ponto de ruptura. -> Macário não casa com uma ladra. (O Realismo sobrepõe-se ao Romantismo)
  • 7.  No caso do narrador de Singularidades de uma rapariga loura, estamos diante de um narrador homodiegético e o narrador é personagem (o leitor vai tomar conhecimento da história ficcional do personagem Macário através de um narrador que fala na primeira pessoa).
  • 8.  O Romantismo na obra: -> No momento da paixão de Macário por Luísa; -> Na perseverança em querer casar com ela, mesmo contrariando o seu tio e protector, assumindo todos os riscos de uma mudança de vida verdadeiramente radical; - No sofrimento que acompanhará Macário, provavelmente até ao fim da sua vida.  O Realismo na obra: -> Na forma como Macário parte para a nova vida, ou seja, tenta resolver o problema que o seu tio lhe coloca nas mãos, pondo a render as suas capacidades intelectuais e físicas; -> Não aceitando Luísa como esposa, depois da terrível descoberta, mesmo sabendo que a iria amar para sempre; -> O apelo aos valores ético, morais e comportamentais saem reforçados no homem em que Macário se torna, à imagem do seu tio Francisco.  Em Portugal, as semelhanças entre Realismo e Naturalismo eram muito fortes. O principal representante do Realismo português foi Eça de Queirós, com a publicação do conto Singularidades duma rapariga loira que, na opinião de Fialho de Almeida, foi a primeira narrativa realista escrita em português