2. OBJETIVO
Trazer ao aluno a discussão sobre o tema Ditadura Militar no
Brasil, situando as práticas de
tortura e repressão e os movimentos de
protesto, principalmente os festivais musicais. A
discussão de um tema tão importante para o entendimento e
conhecimento da História do Brasil
3. REFERÊNCIAS PARA
APROFUNDAMENTO, ESTUDO E
PESQUISA
Visite os sites:
http://www.cafehistoria.ning.com/
http://www.youtube.com/watch?v=Gc4lIAAPKrE (Dilma na Ditadura)
historia_brasil
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/regime_militar/abre.html
Assista os filmes: O que é isso companheiro?
Batismo de Sangue
O ano que meus pais saíram de férias
Zuzu Angel
Procure na Barsa:
Ditadura Militar
4. O Golpe
Em 1964, o comício organizado por Leonel Brizola e João
Goulart, na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, serviu
como estopim para o golpe. Neste comício eram
anunciadas as reformas que mudariam o Brasil, tais como:
• um plebiscito pela convocação de uma nova constituinte,
•reforma agrária
• a nacionalização de refinarias estrangeiras.
5. Primeiras ações
As principais cidades brasileiras foram tomadas por soldados
armados, tanques, jipes, etc. Os militares incendiaram a Sede, situada no Rio
de Janeiro, da União Nacional dos Estudantes (UNE). As associações que
apoiavam João Goulart foram tomadas pelos soldados, dentre elas podemos
citar: sedes de partidos políticos e sindicatos de diversas categorias.
9. Presidente Castelo Branco
•considerado um militar moderado
•proibiu greves e intervenções nos sindicatos trabalhistas. E
a União Nacional dos Estudantes (UNE).
• Vários funcionários públicos também foram aposentados e a
suspensão dos direitos políticos de várias pessoas.
•O AI-2 estabeleceu as eleições indiretas para presidente e a
extinção de todos os partidos políticos. Essa última medida
trouxe a criação do bipartidarismo com duas
agremiações: ARENA eMDB.
•O AI-3 que estabelecia as eleições indiretas, que seriam feitas
pelos colégios eleitorais, para os cargos de governador e vice do
cargo.
•O AI-4 e estabeleceu que o Congresso aprovasse uma nova
Constituição e promulgou uma nova Lei de Segurança
Nacional (LSN) que passou a ser usada para controlar e vigiar a
sociedade civil.
11. Governo Costa e Silva
•Costa e Silva assumiu a presidência da República e imediatamente foi
intensificando a repressão policial-militar contra todos os
movimentos, grupos e focos de oposição política.
•As esquerdas armadas constituiram núcleos guerrilheiros urbanos e
passaram
a
atuar
por
meio
de
atos
terroristas:
sequestros, atentados, assaltos a bancos.
•Os estudantes promoveram inúmeros atos e protestos públicos contra
o que chamavam de interferência dos Estados Unidos no sistema
educacional brasileiro. Em 26 de junho, a UNE promove a passeata
dos Cem Mil, no Rio de Janeiro, movimento que representou o auge
da atuação do movimento estudantil.
13. Consequência da passeata dos cem
mil
A passeata dos 100 mil, no Rio de
Janeiro. A guerra, entre estudantes
do Makenzie e da Faculdade de
Filosofia da USP, na Rua Maria
Augusta, culminou no assassinato
do estudante Edson Luis no
restaurante Calabouço no Rio de
Janeiro. E finalmente, em 18 de
dezembro de 1968, a promulgação
do Ato Institucional nº5, o AI5.
14. Reação de Costa e Silva
O presidente Costa e Silva reagiu a todas essas pressões
oposicionistas fechando o Congresso Nacional e editando o Ato
Institucional nº 5 (AI-5), que foi o instrumento jurídico que
suspendeu todas as liberdades democráticas e direitos
constitucionais, permitindo que a polícia efetuasse
investigações, perseguições e prisões de cidadãos sem
necessidade de mandato judicial.
16. Costa Silva é afastado
O mandato de Costa e Silva como presidente da República foi
interrompido por uma grave doença: um derrame cerebral.
Impossibilitado de governar, os militares decidiram que o vicepresidente, o civil Pedro Aleixo, não deveria assumir a presidência.
O Alto Comando das Forças Armadas organizou uma Junta Militar
governativa, formada pelos três ministros militares
(Exército, Aeronáutica e Marinha) que assumiu provisoriamente o
governo.
Mas a solução definitiva para a crise institucional aberta com o afastamento
do presidente Costa e Silva foi encontrada com a escolha de um general
para um novo mandato governamental. O escolhido foi o general Emílio
Garrastazu Médici.
17. Governo Médici 1969-1974
"Milagre econômico" e a tortura
oficial
Durante o seu governo, eram
proibidas manifestações,
reivindicações salariais e qualquer
expressão popular contra o
governo e a ordem estabelecida na
época. No setor econômico,
marcou pelo conhecido Milagre
Econômico brasileiro que propiciou
um ótimo crescimento econômico,
mas nas questões sociais houve
pouquíssima distribuição de renda
18. Ernesto G. Médice
Pensamento ufanista de "Brasil
potência", que se evidencia com a
conquista da terceira Copa do Mundo de
Futebol em 1970 no México, e a criação do
mote de significado dúbio: "Brasil, ame-o
ou deixe-o".
19. Auge das TORTURAS
O Pau-de-Arara consistia numa barra de
ferro que era atravessada entre os
punhos amarrados e a dobra do
joelho, sendo o conjunto colocado entre
duas mesas, ficando o corpo do
torturado pendurado a cerca de 20 ou 30
centímetros do solo. Este método quase
nunca era utilizado isoladamente, seus
complementos normais eram
eletrochoques, a palmatória e o
afogamento.
21. Torturas
O Choque Elétrico foi um dos métodos de
tortura mais cruéis e largamente
utilizados durante o regime militar.
Geralmente, o choque dado através
telefone de campanha do exército que
possuía dois fios longos que eram
ligados ao cor-po nu, normalmente nas
partes sexuais, além dos
ouvidos, dentes, língua e dedos. O
acusado recebia descargas sucessivas, a
ponto de cair no chão.
22. TORTURAS
Pimentinha era uma máquina que
era constituída de uma caixa de
madeira que, no seu interior, tinha
um ímã permanente, no campo do
qual girava um rotor combinado, de
cujos termi-nais uma escova
recolhia corrente elétrica que era
conduzida através de fios. Essa
máquina dava choques em torno
de 100 volts no acusado.
23. No Afogamento, os torturadores fechavam as narinas do preso e
colocavam uma mangueira, toalha molhada ou tubo de borracha
dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro
método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou
tambor cheio de água (ou até fezes), forçando sua nuca para baixo
até o limite do afogamento.
24. A Cadeira do Dragão era uma espécie de cadeira elétrica, onde
os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco
ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na
eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas
vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde
de metal, onde também eram aplicados choques.
25. A Palmatória era como uma raquete de madeira, bem pesada.
Geralmente, esta instrumento era utilizado em conjunto com
outras formas de tortura, com o objetivo de aumentar o
sofrimento do acusado. Com a palmatória, as vítimas eram
agredidas em várias partes do corpo, principalmente em seus
órgãos genitais.
26. Haviam vários Produtos Químicos que eram
comprovadamente utilizados como método de
tortura. Para fazer o acusado confessar, era
aplicado soro de pentatotal, substância que fazia
a pessoa falar, em estado de sonolência. Em
alguns casos, ácido era jogado no rosto da
vítima, o que podia causar inchaço ou mesmo
deformação permanente.
27. Governo Geisel(1974-1979)
Se em termos de popularidade o regime
militar ia de mal a pior, a economia
brasileira também não era das melhores.
Quando
Geisel
assumiu
a
presidência, enfrentou o fim do processo
do “milagre brasileiro”, com a redução do
crescimento e a alta da inflação. Para
evitar uma revolução, a proposta do
governo do General Ernesto Geisel, cujo
lema era “a democracia de forma
“lenta, gradual e segura” e marcou o
início do processo de abertura política no
Brasil.
28. A morte do jornalista Vladimir
Herzog, em 1975, e do
sindicalista Manoel Fiel Filho
também causaram
manifestações políticas contra o
governo e trouxeram à tona o
conflito de interesses dentro do
Estado. Para evitar que uma
revolta popular, Geisel passou a
adotar mais medidas de
abertura, o que o distanciou de
vários militares opostos à
abertura. Entre elas, a mais
importante foi a revogação do
AI-5 que acabou com grande
parte da censura.
29. Fim do Governo Geisel
Ele reatou relações diplomáticas com a China, fez com o Brasil fosse o
primeiro país do mundo a reconhecer a independência de Angola
e, buscando novas fontes de energia para o país, firmou o acordo nuclear
com a Alemanha e incentivou a utilização do álcool como combustível.
30. Governo João Batista Figueiredo
1979-1985
O general Figueiredo assumiu a presidência da República reafirmando o projeto
de abertura política iniciado no governo anterior.
Em agosto de 1979 foi aprovada a Lei de Anistia que, apesar das
restrições, beneficiou cidadãos destituídos de seus empregos, presos
políticos, Parlamentares cassados desde 1964, permitindo a volta de exilados ao
país. Foram também anistiados os responsáveis pelos excessos cometidos em
nome do governo e da segurança nacional.
34. Diretas Já
O movimento
pelas Diretas
Já, em 1984, e a
eleição de
Tancredo Neves
pelo Colégio
Eleitoral, em
1985, considerado
s marcos do fim
da ditadura
militar (19641985) e início da
democracia
brasileira
35. Músicas contra a Ditadura
O bêbado e o equilibrista, foi composto por Aldir Blanc e João Bosco e gravado
por Elis Regina, em 1979. Representava o pedido da população pela anistia
ampla, geral e irrestrita, um movimento consolidado no final da década de 70. A
letra fala sobre o choro de Marias e Clarisses, em alusão às esposas do operário
Manuel Fiel Filho e do jornalista Vladimir Herzog, assassinados sob tortura pelo
exército.
Trecho: Que sonha com a volta / Do irmão do Henfil / Com tanta gente que
partiu / Num rabo de foguete / Chora! A nossa Pátria Mãe gentil / Choram
Marias e Clarisses / No solo do Brasil…
http://www.youtube.com/watch?v=6kVBqefGcf4
36. Música contra a Ditadura
Mosca na sopa é uma música de Raul Seixas, lançada em 1973.
Apesar das controvérsias acerca do sentido da música, a letra faz
uma referência clara à ditadura militar. Através de uma metáfora, o
povo é a “mosca” e, a ditadura militar, “a sopa”. Desta forma, o povo
é apresentado como aquele que incomoda, que não pode ser
eliminado, pois sempre vão existir aqueles que se levantam contra
regimes opressores.
Trecho: E não adianta / Vir me detetizar / Pois nem o DDT / Pode
assim me exterminar / Porque você mata uma / E vem outra em meu
lugar…
http://www.youtube.com/watch?v=fi2vh_uP3Rk
37. Música contra a Ditadura
Depois de Geraldo Vandré, Chico Buarque se tornou o artista mais odiado
pelo governo militar, tendo dezenas de músicas censuradas. Apesar de
você foi lançada em 1970, durante o governo do general Médici. A letra faz
uma clara referência a este ditador. Para driblar a censura, ele afirmou que a
música contava a história de uma briga de casal, cuja esposa era muito
autoritária. A desculpa funcionou e o disco foi gravado, mas os oficiais do
exército logo perceberam a real intenção e a canção foi proibida de tocar
nas rádios.
Trecho: Quando chegar o momento / Esse meu sofrimento / Vou cobrar
com juros. Juro! / Todo esse amor reprimido / Esse grito contido / Esse
samba no escuro
http://www.youtube.com/watch?v=1ZNNUU_AbXs
38. Música Contra a Ditadura
A música Cálice, lançada por Chico Buarque em 1973, faz alusão a oração de
Jesus Cristo dirigida a Deus no Jardim do Getsêmane: “Pai, afasta de mim este
cálice”. Para quem lutava pela democracia, o silêncio também era uma forma de
morte. Para os ditadores, a morte era uma forma de silêncio. Daí nasceu a ideia
de Chico Buarque: explorar a sonoridade e o duplo sentido das palavras “cálice”
e “cale-se” para criticar o regime instaurado.
Trecho: De muito gorda a porca já não anda (Cálice!) / De muito usada a faca já
não corta / Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!) / Essa palavra presa na
garganta
http://www.youtube.com/watch?v=vWxxVt_Tbd8
39. Música contra a Ditadura
Caminhando (Pra não dizer que falei das flores) é uma música de Geraldo
Vandré, lançada em 1968. Vandré foi um dos primeiros artistas a ser
perseguido e censurado pelo governo militar. A música foi a sensação do
Festival de Música Brasileira da TV Record, se transformando em um hino para
os cidadãos que lutavam pela abertura política. Através dela, Vandré chamava
o público à revolta contra o regime ditatorial e ainda fazia fortes provocações
ao exército.
Trecho: Há soldados armados / Amados ou não / Quase todos perdidos / De
armas na mão / Nos quartéis lhes ensinam / Uma antiga lição: De morrer pela
pátria / E viver sem razão
http://www.youtube.com/watch?v=6oGlRrJLiiY