Aristóteles nasceu no ano 384 a.C., em Estagira (Macedónia);
Filho de Nicómaco e Faístias, foi educado por um tutor
(Próxeno d´Atarneia) por ter perdido os pais muito
cedo.
Mudou‐se para Atenas, onde durante vinte anos
recebeu os ensinamentos de Platão, até à morte do
mesmo;
A relação entre ambos foi próxima, embora Aristóteles
discordasse de Platão em alguns aspectos.
Aristóteles encara a felicidade como o maior
bem do homem;
Abordando este conceito não como um estado (uma
emoção passageira) mas sim como uma atividade
baseada no bem e nas virtudes, assumindo‐se como
algo relacionado com a alma e a plenitude da vida
humana;
Valiosas em si mesmas e valiosas para outros
fins, enquadramos a felicidade no primeiro tipo, uma vez que
se trata de uma atividade que se promove a si mesma e onde
a auto‐suficiência é uma das principais características.
O autor distingue dois tipos de atividades:
A felicidade não existe em função de outros fins, justifica a sua
existência em si própria.
Aristóteles
A felicidade não deve ser resumida ao prazer, a
felicidade não deve ser encarada como sinônimo de
diversão. Embora esta última seja importante (para o
ser humano) quando praticada de forma controlada;
A felicidade é atingida quando o homem se liberta
dos males terrestres, mas não pode ser contínua.
Por isso, é preciso ser virtuoso e respeitar os valores
morais.
Diz Aristóteles que prazer é o sentimento que guia
os jovens. Comprazer–se das coisas apropriadas e
desprezar as más tem fundamental importância na
formação do carácter.
O divertimento não
significa, portanto, o mesmo que
felicidade, pois esta envolve ações
sérias, numa expressão da virtude;
O estudo teórico como a atividade mais propícia a
uma maior felicidade. O estudo, em relação com a
virtude da compreensão, é elevado a algo que para
além de humano tem também um quê de divino;
Aristóteles aponta que
O sábio possui:
O estudo e a compreensão que se demarcam ainda das
restantes atividades e virtudes, na medida em que são
os que menos necessitam de bens exteriores. Este facto
não invalida, porém, que estes bens façam parte da
felicidade do ser humano, uma vez que o estudo não
atende à totalidade das necessidades de uma pessoa.
Algo acima do nível humano comum. Segundo esta
perspectiva, quem estuda fá‐lo pelo prazer de o fazer e
o estudo ocorre paralelamente com momentos de
lazer, contribuindo igualmente para uma aproximação à
felicidade;
No que toca à aquisição da felicidade, Aristóteles afirma que:
A mesma pode ser facilitada pela
aprendizagem, rejeitando, à partida, que a felicidade
seja uma bênção divina;
Existem outros aspectos condicionantes que
também têm a sua influência. A sorte é um
deles, sendo que a ausência da mesma pode
impedir que se alcance a felicidade;
Quando o prazer complementa as atividades, tornando a
vida completa. Estando os dois (prazer e vida)
intimamente ligados, ele difere em várias espécies, por
ocorrer sua divisão de acordo com a atividade que este
complementa e intensifica.
Quando o homem se liberta dos males terrestres, mas não
pode ser contínua. Por isso, é preciso ser virtuoso e
respeitar os valores morais.
A felicidade é algo relacionado com a plenitude interior
humana. Uma atividade auto‐suficiente baseada no bem e
nas virtudes, que ultrapassa os limites de um estado
emocional fugaz e não pode ser confundida com prazer ou
diversão.
A felicidade está directamente relacionada com a atividade
intelectual continuada e a aprendizagem pode ajudar na
sua aquisição. Mas perdurará a perspectiva de Aristóteles
atualmente? É bastante difícil. Cada vez mais se assiste a
um afastamento da mesma,