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Suicídio Indireto ou
Inconsciente
i
SUMÁRIO
1. SUICÍDIO - DEFINIÇÕES..............................................................................................1
1.1 Suicídio Direto.............................................................................................................1
1.1.1 Suicídio Intencional ....................................................................................................1
1.1.2 Suicídio Assistido ........................................................................................................2
1.1.3 Eutanásia .....................................................................................................................3
1.2 Suicídio Indireto..........................................................................................................4
1.2.1 Suicídio Moral.............................................................................................................4
1.2.2 Suicídio Inconsciente ..................................................................................................5
2. SUICÍDIO INCONSCIENTE ........................................................................................10
1.3 O que é o suicídio inconsciente? ..............................................................................10
1.4 Pode dar um exemplo? .............................................................................................10
1.5 Quem come muito está se matando?.......................................................................10
1.6 Se é assim, podemos dizer que, com raras exceções, somos todos suicidas
inconscientes?......................................................................................................................10
1.7 No Plano Espiritual, a situação daqueles que desencarnam por terem
maltratado o corpo é a mesma dos que o fazem por iniciativa consciente? ..................10
1.8 Assim como o suicida consciente, o inconsciente terá sequelas em existência
futura?..................................................................................................................................11
3. SUICÍDIO INDIRETO: ACIDENTES “INTENCIONAIS” ......................................12
2.1 A imprudência no trânsito mata milhares de pessoas, anualmente, no Brasil.
Podemos caracterizá-la como um suicídio inconsciente?................................................12
2.2 Não tem nada a ver com o carma?..........................................................................12
2.3 Pessoas que exercem profissões de alto risco, como pilotos de corridas, podem
ser enquadradas como suicidas inconscientes, se falecem num acidente?.....................12
2.4 Como fica o jovem que morre por Imprudência? .................................................12
2.5 E depois?....................................................................................................................12
4. SUICÍDIO INDIRETO – MENSAGENS SELECIONADAS.....................................13
3.1 Suicídio - Cairbar Schutel........................................................................................13
3.2 Loucura Suicida - Joanna de Angelis......................................................................14
3.3 Doenças do Comportamento - Joanna de Angelis .................................................16
3.4 Socorre a Ti Mesmo – Emmanuel ...........................................................................18
3.5 Como Adoecer – Joanna de Angelis........................................................................19
3.6 Dupla Renovação – Emmanuel................................................................................21
3.7 A conduta mental - a saúde ou a doença.................................................................23
3.8 Processos Obsessivos Simples e as enfermidades...................................................25
ii
3.9 Alergia e Obsessão - Dias da Cruz ..........................................................................27
3.10 Parasitose Mental – Dias da Cruz ...........................................................................28
3.11 Suicídio e Loucura – Joanna de Angelis.................................................................29
3.12 Mortos voluntários – André Luiz............................................................................31
3.13 Suicídio moral – Joanna de Angelis ........................................................................33
3.14 Opção pela vida – Joanna de Angelis......................................................................35
3.15 Suicídio – Emmanuel................................................................................................36
3.16 Socorre a ti mesmo – Emmanuel.............................................................................38
3.17 Temperança – Casemiro Cunha..............................................................................39
1
1. SUICÍDIO - DEFINIÇÕES
1.1 Suicídio Direto
1.1.1 Suicídio Intencional
É o ato de causar a própria morte de forma intencional.
O suicídio é a causa de cerca de 0,5% das mortes.
Em cada ano, 12 em cada 100 000 pessoas morrem por suicídio.
Três quartos dos suicídios ocorrem nos países em desenvolvimento.
As taxas de suicídios consumados são geralmente mais elevadas nos homens do que nas
mulheres.
Em países em desenvolvimento suicidam-se 1,5 vezes mais homens do que mulheres e
em países desenvolvidos suicidam-se 3,5 vezes mais homens do que mulheres.
Na generalidade dos países, o suicídio é mais comum entre os maiores de 70 anos. No
entanto, em alguns países o grupo etário de maior risco é aquele com idades compreendidas
entre os 15 e 30 anos.
Estima-se que em todo o mundo haja anualmente entre 10 a 20 milhões de tentativas de
suicídio não fatais.
As tentativas de suicídio – gestos auto-destrutivos não fatais – podem provocar lesões e
incapacidade a longo prazo. No mundo ocidental, as tentativas são mais comuns nos jovens e
pessoas do sexo feminino.
2
1.1.2 Suicídio Assistido
É o suicídio perpetrado com a ajuda de outra pessoa.
O termo é muitas vezes usado como sinónimo de suicídio medicamente assistido, que é
o suicídio praticado com a ajuda de um médico que, de forma intencional, disponibiliza à pessoa
as informações ou os meios necessários para cometer suicídio, incluindo aconselhamento sobre
doses letais de fármacos e prescrição ou fornecimento desses fármacos.
O suicídio medicamente assistido é muitas vezes confundido com eutanásia.
No entanto, na eutanásia quem administra o meio pela qual se dá a morte é o próprio
médico, sendo geralmente uma dose letal de um fármaco, enquanto no suicídio medicamente
assistido é o próprio paciente quem se auto-administra o fármaco.
No suicídio medicamente assistido é obrigatório que a pessoa tenha plena posse das suas
capacidades mentais e que voluntariamente expresse o desejo de morrer e que requisite uma
dose de medicamentos que ponha termo à vida.
O suicídio medicamente assistido é legal na:
Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Canadá, Suíça, Colômbia, Alemanha e em sete estados norte-
americanos.
Geralmente é necessário que a pessoa seja um doente terminal com um prognóstico de
seis meses ou menos de vida para que possa requisitar uma dose letal de um fármaco que possa
auto-administrar para pôr termo à vida.
3
1.1.3 Eutanásia
É o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor para aliviar o
sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa.
Geralmente a eutanásia é realizada por um profissional de saúde mediante pedido
expresso da pessoa doente.
A eutanásia é diferente do suicídio assistido, que é o ato de disponibilizar ao paciente
meios para que ele próprio cometa suicídio.
Entre os motivos mais comuns que levam os doentes terminais a pedir uma eutanásia
estão a dor intensa e insuportável e a diminuição permanente da qualidade de vida por condições
físicas como paralisia, incontinência, falta de ar, dificuldade em engolir, náuseas e vómitos.
Entre os fatores psicológicos estão a depressão e o medo de perder o controlo do corpo,
a dignidade e independência.
A eutanásia pode ser classificada em voluntária e involuntária.
Na eutanásia voluntária é a própria pessoa doente que, de forma consciente, expressa o
desejo de morrer e pede ajuda para realizar o procedimento.
Na eutanásia involuntária a pessoa encontra-se incapaz de dar consentimento para
determinado tratamento e essa decisão é tomada por outra pessoa, geralmente cumprindo o
desejo anteriormente expresso pelo próprio doente nesse sentido.
A eutanásia pode também ser classificada em ativa e passiva.
A eutanásia ativa é o ato de intervir de forma deliberada para terminar a vida da pessoa
(por exemplo, injetando uma dose excessiva de sedativos).
A eutanásia passiva consiste em não realizar ou interromper o tratamento necessário à
sobrevivência do doente.
4
1.2 Suicídio Indireto
1.2.1 Suicídio Moral
O homem que perece como vítima do abuso das paixões que, como o sabe, deve abreviar
o seu fim, mas às quais não tem mais o poder de resistir, porque o hábito as transformou em
verdadeiras necessidades físicas, comete um suicídio?
-- É um suicídio moral. Não compreendeis que o homem, neste caso, é duplamente
culpado.
Há nele falta de coragem e bestialidade, e além disso o esquecimento de Deus.
Allan Kardec – Livro dos Espíritos – Perg. 952
É mais ou é menos culpado do que aquele que corta a sua vida por desespero?
É mais culpado, porque teve tempo de raciocinar sobre o seu suicídio.
Naquele que o comete instantaneamente há às vezes uma espécie de desvario que se
aproxima da loucura; o outro será muito mais punido, porque as penas são sempre
proporcionadas à consciência que se tenha das faltas cometidas.
Allan Kardec – Livro dos Espíritos – Perg. 952a
O suicídio não consiste somente no ato voluntário que produz a morte instantânea, mas
em tudo quanto se faça conscientemente para apressar a extinção das forças vitais.
Allan Kardec - o céu e o inferno – 2º Parte – Cap. 5 - Suicidas
5
1.2.2 Suicídio Inconsciente
Sorridente, o velhinho amigo apresentou-me o companheiro. Tratava-se, disse, do irmão
Henrique de Luna, do Serviço de Assistência Médica da colônia espiritual.
Trajado de branco, traços fisionômicos irradiando enorme simpatia, Henrique
auscultou-me demoradamente, sorriu e explicou:
– É de lamentar que tenha vindo pelo suicídio.
Enquanto Clarêncio permanecia sereno, senti que singular assomo de revolta me
borbulhava no íntimo.
Suicídio?
Recordei as acusações dos seres perversos das sombras.
Não obstante o cabedal de gratidão que começava a acumular, não calei a incriminação.
– Creio haja engano – asseverei, melindrado –, meu regresso do mundo não teve essa
causa. Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Saúde, tentando vencer a morte. Sofri duas
operações graves, devido a oclusão intestinal...
– Sim – esclareceu o médico, demonstrando a mesma serenidade superior –, mas a
oclusão radicava-se em causas profundas.
Talvez o amigo não tenha ponderado bastante. O organismo espiritual apresenta em si
mesmo a história completa das ações praticadas no mundo.
E inclinando-se, atencioso, indicava determinados pontos do meu corpo:
– Vejamos a zona intestinal – exclamou – A oclusão derivava e elementos cancerosos,
e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis.
A moléstia talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento
mental no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança.
Entretanto, seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava
destruidoras vibrações naqueles que o ouviam.
Nunca imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos?
A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais
muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no freqüentemente à esfera dos seres doentes e
inferiores.
Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico.
Depois de longa pausa, em que me examinava atentamente, continuou:
– Já observou, meu amigo, que seu fígado foi maltratado pela sua própria ação; que os
rins foram esquecidos, com terrível menosprezo às dádivas sagradas?
6
Singular desapontamento invadira-me o coração.
Parecendo desconhecer a angústia que me oprimia, continuava o médico, esclarecendo:
– Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios
do Senhor. O meu amigo, no entanto, iludiu excelentes oportunidades, esperdiçando
patrimônios preciosos da experiência física.
A longa tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi
reduzida a meras tentativas de trabalho que não se consumou.
Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas
alcoólicas, aparentemente sem importância.
Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável.
Meditei nos problemas dos caminhos humanos, refletindo nas oportunidades perdidas.
Na vida humana, conseguia ajustar numerosas máscaras ao rosto, talhando-as conforme
as situações. Aliás, não poderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas de episódios
simples, que costumava considerar como fatos sem maior significação.
Conceituara, até ali, os erros humanos, segundo os preceitos da criminologia.
Todo acontecimento insignificante, estranho aos códigos, entraria na relação de
fenômenos naturais.
Deparava-se-me, porém, agora, outro sistema de verificação das faltas cometidas.
Não me defrontavam tribunais de tortura, nem me surpreendiam abismos infernais;
contudo, benfeitores sorridentes comentavam-me as fraquezas como quem cuida de uma
criança desorientada, longe das vistas paternas.
Aquele interesse espontâneo, no entanto, feria-me a vaidade de homem.
Talvez que, visitado por figuras diabólicas a me torturarem, de tridente nas mãos,
encontrasse forças para tornar a derrota menos amarga.
Todavia, a bondade exuberante de Clarêncio, a inflexão de ternura do médico, a calma
fraternal do enfermeiro, penetravam-me fundo o espírito.
Não me dilacerava o desejo de reação; doía-me a vergonha. E chorei. Rosto entre as
mãos, qual menino contrariado e infeliz, pus-me a soluçar com a dor que me parecia
irremediável.
Não havia como discordar.
Henrique de Luna falava com sobejas razões.
Por fim, abafando os impulsos vaidosos, reconheci a extensão de minhas leviandades
de outros tempos.
7
A falsa noção da dignidade pessoal cedia terreno à justiça. Perante minha visão
espiritual só existia, agora, uma realidade torturante: era verdadeiramente um suicida, perdera
o ensejo precioso da experiência humana, não passava de náufrago a quem se recolhia por
caridade.
Foi então que o generoso Clarêncio, sentando-se no leito, a meu lado, afagou-me
paternalmente os cabelos e falou comovido:
– Oh! Meu filho, não te lastimes tanto. Busquei-te atendendo à intercessão dos que te
amam, dos planos mais altos. Tuas lágrimas atingem seus corações. Não desejas ser grato,
mantendo-te tranqüilo no exame das próprias faltas?
Na verdade, tua posição é a do suicida inconsciente; mas é necessário reconhecer que
centenas de criaturas se ausentam diariamente da Terra, nas mesmas condições.
Acalma-te, pois.
Aproveita os tesouros do arrependimento, guarda a bênção do remorso, embora tardio,
sem esquecer que a aflição não resolve problemas.
Confia no Senhor e em nossa dedicação fraternal. Sossega a alma perturbada, porque
muitos de nós outros já perambulamos igualmente nos teus caminhos.
Ante a generosidade que transbordava dessas palavras, mergulhei a cabeça em seu colo
paternal e chorei longamente.
André Luiz – Nosso Lar – Cap. 4
(...)
Para fazer uma idéia, basta lembrar que apenas aqui, na seção em que se encontra,
existem mais de mil doentes espirituais, e note que este é um dos menores edifícios do nosso
parque hospitalar.
– Tudo isso é maravilhoso! – exclamei.
Adivinhando que minhas observações iam descambar para o elogio espontâneo, Lísias
levantou-se da poltrona a que se recolhera e começou a auscultar-me, atento, impedindo-me o
agradecimento verbal.
– A zona dos seus intestinos apresenta lesões sérias com vestígios muito exatos do
câncer; a região do fígado revela dilacerações; a dos rins demonstra característicos de
esgotamento prematuro.
Sorrindo, bondoso, acrescentou:
– Sabe o irmão o que significa isso?
8
– Sim – repliquei, o médico esclareceu ontem, explicando que devo esses distúrbios a
mim mesmo...
Reconhecendo o acanhamento da confissão reticenciosa, apressou-se a consolar:
– Na turma de oitenta enfermos a que devo assistência diária, cinqüenta e sete se
encontram nas suas condições.
E talvez ignore que existem, por aqui, os mutilados. Já pensou nisso?
Sabe que o homem imprevidente, que gastou os olhos no mal, aqui comparece de órbitas
vazias?
Que o malfeitor, interessado em utilizar o dom da locomoção fácil nos atos criminosos,
experimenta a desolação da paralisia, quando não é recolhido absolutamente sem pernas?
Que os pobres obsidiados nas aberrações sexuais costumam chegar em extrema loucura?
André Luiz – Nosso Lar – Cap. 5
(...)
Todos os seus amigos esperam que você volte, mais tarde, à nossa colônia, na gloriosa
condição de um «completista».
O interpelado mostrou um raio de esperança nos olhos, agradeceu e despediu-se.
As últimas observações de Manassés acenderam-me curiosidade mais forte. Não contive
a indagação que me vagueava no pensamento e perguntei sem rebuços:
- Meu amigo, que significa a palavra «completista»?
Ele sorriu, complacente, e retrucou, bem-humorado:
- É o título que designa os raros irmãos que aproveitaram todas as possibilidades
construtivas que o corpo terrestre lhes oferecia.
Em geral, quase todos nós, em regressando à esfera carnal, perdemos oportunidades
muito importantes no desperdício das forças fisiológicas.
Perambulamos por lá, fazendo alguma coisa de útil para nós e para outrem, mas, por
vezes, desprezamos cinqüenta, sessenta, setenta per cento e, freqüentemente, até mais, de
nossas possibilidades.
Em muitas ocasiões, prevalece ainda, contra nós, a agravante de termos movimentado
as energias sagradas da vida em atividades inferiores que degradam a inteligência e embrutecem
o coração.
Aqueles, porém, que mobilizam a máquina física, à maneira do operário fidelíssimo,
conquistam direitos muito expressivos em nossos planos.
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O «completista», na qualidade de trabalhador leal e produtivo, pode escolher, à vontade,
o corpo futuro, quando lhe apraz o regresso à Crosta em missões de amor e iluminação, ou
recebe veículo enobrecido para o prosseguimento de suas tarefas, a caminho de círculos mais
elevados de trabalho.
Semelhante notícia representava para mim valiosa revelação.
Nada mais legítimo que dotar o servidor fiel de recursos completos. E lembrei-me dos
desregramentos de toda a sorte a que se entregam as criaturas humanas, em todos os países,
doutrinas e situações, complicando os caminhos evolutivos, criando laços escravizantes,
enraizando-se no apego aos quadros transitórios da existência material, alimentando enganos e
fantasias, destruindo o corpo e envenenando a alma.
Num transporte de justificada admiração, redargúi:
- Recordando o cativeiro dos Espíritos encarnados no plano da sensação, consola-nos
saber que há um prêmio aos raríssimos homens que vivem na sublime arte do equilíbrio
espiritual, mesmo na carne.
- Sim - disse Manassés, aprovando-me com o olhar -, por mais estranho que possa
parecer, semelhantes exceções existem no mundo. Passam, freqüentemente, para cá, entre os
anônimos da Crosta, sem fichas de propaganda terrestre, mas com imenso lastro de
espiritualidade superior.
André Luiz – Missionários da Luz – Cap. 12
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2. SUICÍDIO INCONSCIENTE
1.3 O que é o suicídio inconsciente?
É quando a pessoa não toma consciência de que determinado comportamento, a sua
maneira de viver, seus hábitos e costumes, podem complicar e abreviar a sua existência.
1.4 Pode dar um exemplo?
Há inúmeros, a começar pelos vícios. O cigarro provoca câncer no pulmão, enfisema
pulmonar, enfarto; o álcool cozinha o fígado; as drogas aniquilam o cérebro; a gula produz
obesidade, que sobrecarrega o corpo. Por isso, raros vivem integralmente o tempo de vida que
lhes foi concedido.
1.5 Quem come muito está se matando?
Quem o diz é a Medicina. Excesso de peso sobrecarrega o coração, além de favorecer
inúmeros males como diabetes, cardiopatias, distúrbios circulatórios. A lista é imensa. E não é
só a quantidade. Também a qualidade do alimento. A má alimentação adiciona toxinas ao corpo
e subtrai tempo na came ao espírito.
1.6 Se é assim, podemos dizer que, com raras exceções, somos todos suicidas
inconscientes?
Correto. Na existência humana há o que os médicos chamam de fatores de risco, como
a hereditariedade, resistência baixa em virtude de problemas genéticos. Mas o maior risco é a
nossa maneira de viver. Passamos a vida maltratando o corpo. Acabamos expulsos dele, como
de uma casa que desaba porque o morador negligenciou sua conservação.
1.7 No Plano Espiritual, a situação daqueles que desencarnam por terem maltratado
o corpo é a mesma dos que o fazem por iniciativa consciente?
Não, porquanto não têm a intenção de se matar, mas enfrentam dificuldades de
adaptação. Partem antes do tempo, guardam ainda forte impregnação envolvendo os vícios e as
situações da Terra. É como um balão que não se livra do lastro para ascender. Fica preso ao
chão.
11
1.8 Assim como o suicida consciente, o inconsciente terá sequelas em existência futura?
Esse será o seu drama. O fumante terá problemas nos pulmões; o alcoólatra, no fígado;
o drogado, no cérebro; o glutão, terá distúrbios hormonais.
Funcionarão não apenas como resultado de seus excessos, mas, também, como veículos
de contenção, destinados a sofrear e eliminar as tendências e vícios desenvolvidos.
Richard Simonetti – Suicídio – Tudo o Que Você Precisa Saber – Cap. Inconsciência
12
3. SUICÍDIO INDIRETO: ACIDENTES “INTENCIONAIS”
2.1 A imprudência no trânsito mata milhares de pessoas, anualmente, no Brasil.
Podemos caracterizá-la como um suicídio inconsciente?
Não apenas no trânsito, mas em qualquer óbito decorrente dela. Sempre que desrespeitamos as
regras da Vida, na jornada humana, ficamos por conta do que possa acontecer, incluindo a morte
extemporânea, de funestas consequências.
2.2 Não tem nada a ver com o carma?
Chico Xavier fala do carma da imprudência, cobrado de imediato. Seria a consequência de algo
feito no passado, mas um passado tão próximo que se contaria em segundos, como uma
ultrapassagem de veículo indevida, um racha no trânsito, uma disputa para ver quem bebe mais,
e muitas outras situações em que, consciente ou inconscientemente, se pretenda
desafiar a morte.
2.3 Pessoas que exercem profissões de alto risco, como pilotos de corridas, podem
ser enquadradas como suicidas inconscientes, se falecem num acidente?
Só se agirem de forma imprudente, o que é raro. Normalmente os profissionais que
desempenham atividades de grande risco costumam cercar-se de sofisticado aparato de
segurança. E mais fácil morrer num acidente de trânsito, na estrada ou na cidade, do que numa
corrida daquela modalidade.
Richard Simonetti - Suicídio – Tudo o Que Você Precisa Saber – Cap. Imprudência
2.4 Como fica o jovem que morre por Imprudência?
Se seu pai lhe der um carro para trabalhar em determinada região, de forma a assegurar
seu futuro, com uma vida produtiva e honrada e você o destroça por imprudência, perdendo
tempo, oportunidade e dinheiro e baixando no hospital, como ficará com seu pai? Muito mal,
sem dúvida. Não melhor fica o Espírito perante Deus, quando destrói o carro físico por
desastradas manobras na viagem humana, determinado pela falta de responsabilidade.
2.5 E depois?
Primeiro, estágios depuradores no Plano Espiritual, seguindo-se a recomendação em
situação precária, com um «carro” frágil, limitado, a fim de que seja cerceado em sua volúpia
pelo perigo e pela inconsequência.
Richard Simonetti – Não Pise na Bola – Cap. 20
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4. SUICÍDIO INDIRETO – MENSAGENS SELECIONADAS
3.1 Suicídio - Cairbar Schutel
Não somente pelo gesto arrojado nos despenhadeiros da autodestruição, dominado
pela loucura e a insensatez, o Homem comete suicídio.
Mas também pelo desrespeito ás leis do equilíbrio e da serenidade com que a vida nos
dignifica em toda a parte.
Suicidas ! Suicidas ! Quase todos o somos.
Coléricos extremados são suicidas impenitentes.
Ciumentos inveterados,
Glutões renitentes,
Sexualistas descontrolados,
Ambiciosos incorrigíveis,
Preguiçosos dissolutos,
Toxicômanos inconsequentes,
Alcoólatras insistentes, covardes e melancólicos que cultivam as viciações
do corpo e da mente, escravizando-se às paixões aniquilantes em que se comprazem, são
suicidas lentos, caminhando para surpresas dolorosas, em que empenharão séculos de luta
reeducativa e dor reparadora para a própria libertação, nos círculos das reencarnações
retificadoras.
Espírita! Tenha cuidado! Ligue-se ao pensamento superior e cultive no Espiritismo a
idéia universal do bem, irrigando sua alma de consolo e esperança, a fim de caminhar acima
das paixões, tranquilo e feliz, após as lutas necessárias no caminho renovador do aprendizado
espiritual, na carne.
Valorizemos, desse modo, o auxílio ao próximo, mas consideremos que o respeito a
própria vida, para preservação do vaso orgânico que nos serve de veículo à evolução, é
Caridade que não pode ser desconsiderada em nosso roteiro iluminativo.
Suicidas – suicidas, quase todos nós o somos !
Porém, como Jesus é a “Luz do Mundo”, busquemo-Lo, empenhando-nos nas lides da
imortalidade e despertaremos, além-da-morte, como a andorinha feliz singrando o ar ridente de
Eterna Primavera.
Cairbar Schutel – Crestomatia da Imortalidade – Cap. 6 – Suicídio
14
3.2 Loucura Suicida - Joanna de Angelis
Não se encerrando a Vida, no pórtico da morte, quem se arroja no salto espetacular da
alucinação autodestrutiva defronta, complicado, o problema de que desejou livrar-se,
agravado pelos padecimentos que o gesto insano impõem à organização espiritual do
trânsfuga da vida física.
Outrossim, as consequências danosas que a atitude malsã promove entre os que
ficaram na Terra são adicionadas à economia da sua desdita, porquanto a fuga do corpo a
ninguém libera dos compromissos que assumiu, bruscamente interrompidos, mas não
liberados...
O suicida, infelizmente, adia, com gravames, a realização dos deveres e
dificuldades a que lhe cumpre atender.
Ocultando o orgulho que o cega e a rebeldia ante as soberanas leis, que o anestesia, o
suicida não logra fugir do que deseja afastar, sofrendo a larga pena de acompanhar e vier os
problemas que lhe pareciam insuportáveis.
***
• Educa a mente no bem e disciplina o comportamento moral, jamais oferecendo guarida
às idéias suicidas.
Mentes desatreladas da matéria, em regime de ociosidade ou vampirização, trabalham
mediante hipnose persistente, inspirando estados de alienação que culminam no suicídio.
• Cultiva o hábito da prece e dá guarida aos pensamentos otimistas, estimulando
conversações edificantes, com que te desvencilharás dos cipós que asfixiam, levando à
autodestruição.
• Trabalha pelo bem geral, liberando-te da presunção e do egoísmo, de mãos dadas ao amor
fraternal e o amor fraternal conduzir-te-á com segurança por todos os dias até o término da
tua vilegiatura física.
• Valoriza o “Milagre das Horas”.
O que ora te falta, fruirás mais tarde;
A dor moral te espezinha agora, logo mais terá desaparecido;
O afeto que se foi além, abandonando-te com ingratidão, encontrarás adiante;
A calúnia que padeces, depois será diluída;
A enfermidade difícil, que por enquanto te dilacera, cederá lugar à saúde perfeita
posteriormente;
15
A solidão aparente que te aturde nestes dias, será sucedida pelas companhias
abençoadas, se esperares.
Viaja confiante no veículo do tempo.
Dia chegará, se permaneceres na luta, em que considerarás as dificuldades e aflições
que parecem superlativas, como verdadeiras bagatelas de valor nenhum, que superaste
para o próprio bem.
SUICIDAR-TE, JAMAIS !
Nem através da atitude violenta, final, irreversível, nem pelos largos métodos indiretos,
elaborados pela insensatez e sustentados pelo materialismo.
Joanna de Ângelis – Alerta – Cap. 28 – Loucura Suicida
16
3.3 Doenças do Comportamento - Joanna de Angelis
A vida mental responde pelas atitudes comportamentais expressando-se em formas
de saúde ou doença conforme o teor vibratório de que se revista.
O bombardeio de petardos contínuos, portadores de alta carga destrutiva, agindo
sobre os tecidos sutis da alma, desarticula as engrenagens do perispírito que reflete, no
corpo e na emoção, as enfermidades de etiologia difícil de ser detectada pelos métodos
comuns.
À exceção dos severos problemas de saúde defluentes das reencarnações passadas,
como as viroses e psicoses profundas, as mutilações e deficiências traumatizantes, as baciloses
e idiotias irreversíveis que se agravam como necessidade provacional ou expiatória, grande
parte dos males que pesam na economia da área do equilíbrio fisiopsíquico decorre da
ação da mente desgovernada, sujeita à indisciplina de conduta e, sobretudo, rebelde, fixada
aos caprichos das paixões primitivas.
É natural e justo que a descarga mental desagregadora lançada contra alguém,
primeiramente atinja os equipamentos que lhe sustentam a onda emissora acumulando cargas
deletérias desconjuntam-se os delicados tecidos sustentados pela energia, ocasionando os
desastres no campo da inarmonia propiciadora de distúrbios variados e contaminação
compreensíveis.
A ação imunológica do organismo desaparece sob a continua descarga das forcas
perniciosas, abrindo espaço às calamidades físicas e psicológicas.
Relacionemos algumas ocorrências:
− A impetuosidade bloqueia a razão e desarticula o sistema nervoso central.
− A queixa e o azedume emitem ondas pessimistas que sobrecarregam os sistemas de
comunicação, produzindo envenenamento mental.
− A ira obnubila o discernimento e produz disfunções gastrintestinais pelos tóxicos que lança
na organização biológica.
− A mágoa enlouquece, em razão de produzir fixações que se transformam em monoideísmo
avassalador.
− A insatisfação perturba o senso de observação e afeta o ritmo circulatório promovendo
quadros depressivos, ou excitantes e prejudiciais.
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− O ciúme enceguece e desencadeia disritmias emocionais pela tensão que domina os
neurônios condutores do pensamento. A maledicência incorpora a calúnia e ambas
desorganizam a escala de valores, aumentando os estímulos no aparelho endócrino que se
exaure.
− A ansiedade e o medo desestruturam o edifício celular dando margens às distonias
complexas.
− A vingança ,sob qualquer aspecto agasalha, corrói os sentimentos, qual ácido destruidor
abrindo brechas para a amargura, o suicídio e a alucinação…
Não nos referimos aos componentes obsessivos por desnecessário, que tais atitudes
facultam por sintonia.
Vários tipos de cânceres, alergias e infecções na esfera física, e neuroses,
esquizofrenias e psicoses na faixa psíquica, têm suas gêneses no comportamento mental e
nos seus efeitos morais.
A ação dos medicamentos de varias psicoterapias por não alcançarem os centros
mentais geradores do mau comportamento, tornam-se inócuos, quando não constituem
sobrecarga nos órgãos encarregados dos fenômenos de assimilação e de eliminação
compreensível, portanto que as construções positivas do Bem e o cultivo das virtudes
evangélicas positivas produzem quadros de saúde e de bem estar pelos estímulos e recursos que
oferecem à organização fisiopsíquica do homem.
Mantém-te equilibrado a qualquer preço, para que não pagues o preço da culpa.
Não sejas aquele que se faz o mau exemplo.
Sê discreto e aprende a superar-te.
Vence os pequenos problemas e percalços com dignidade, a fim de superares os grandes
desafios da vida com honradez.
Podes o que queres.
Resolve-te, em definitivo, por ser Cristão, não te permitindo o que nos outros censuras,
sem desculpismos nem uso de medidas infelizes com as quais esperas do próximo aquilo que
ainda não podes ser.
Joanna de Angelis – Seara do Bem – Cap. 3 - Doenças do Comportamento
18
3.4 Socorre a Ti Mesmo – Emmanuel
Cura a catarata e a conjuntivite, mas corrige a visão espiritual de teus olhos.
Defende-te contra a surdez, entretanto, retifica o teu modo de registrar as vozes e
solicitações variadas que te procuram.
Medica a arritmia e a dispnéia, contudo, não entregues o coração à impulsividade
arrasadora.
Combate a neurastenia e o esgotamento, no entanto, cuida de reajustar as emoções e
tendências.
Persegue a gastralgia, mas educa teus apetites à mesa.
Melhora as condições do sangue, todavia, não o sobrecarregues com os resíduos de
prazeres inferiores.
Guerreia a hepatite, entretanto, livra o fígado dos excessos em que te comprazes.
Remove os perigos da uremia, contudo, não sufoques os rins com os venenos de taças
brilhantes.
Desloca o reumatismo dos membros, reparando, porém, o que fazes com teus pés,
braços e mãos.
Sana os desacertos cerebrais que te ameaçam, todavia, aprende a guardar a mente no
idealismo superior e nos atos nobres.
Consagra-te à própria cura, mas não esqueças a pregação do Reino Divino aos teus
órgãos.
Eles são vivos e educáveis. Sem que teu pensamento se purifique e sem que a tua
vontade comande o barco do organismo para o bem, a intervenção dos remédios humanos
não passará de medida em trânsito para a inutilidade.
Emmanuel – Pão Nosso – Cap. 51 – Socorre a Ti Mesmo
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3.5 Como Adoecer – Joanna de Angelis
1º. Descuide-se do seu corpo. Alimente-se mal. Desconsidere a vida. Use bastante o sexo, as
drogas, o fumo, os alcoólicos e, acima de tudo, mantenha sua consciência de culpa. Isto
é fundamental para viver doente.
2º. Desista da luta, porque sua existência não tem mais significado. Depois que perdeu isto ou
aquilo, para que lutar? Perdeu namorado (a)? Para que lutar? Fique doente para ele (ou ela)
ficar feliz e namorar outra (o). Aja dessa maneira, porque é muito bom para enfermar.
3º. Procure fazer o que lhe desagrada. Castigue seu corpo. Tudo aquilo que é ruim, Deus
reservou para você. Ele não gosta mesmo de você! Das atividades domésticas, faça aquelas
que são as piores: lavar pratos e raspar panelas sem luvas. Para que unhas bem-cuidadas?
Negativo!
4º. Guarde ressentimento ao máximo. Não perdoe. Perdoar é coisa para gente fraca.
Desculpar? Por que seria você a única pessoa no mundo que tem o dever de desculpar? De
forma nenhuma! Conserve as lembranças pessimistas; lembre bem das coisas infelizes da
sua vida. Queixe-se bastante. Isto produz venenos maravilhosos no seu corpo.
5º. Construa ideias perturbadoras e concentre-se nelas, mantendo-se fixo na maior parte do
tempo (senão todo tempo) nessas ideias desastrosas. Elas fazem um bem tão grande à
doença, que tornam o indivíduo pior.
6º. Isole-se. Você não merece a sociedade; suas relações são muito prejudiciais e todo mundo
é hipócrita. Só você é formidável. Ninguém o compreende. Seja, pois, um isolado, ou, de
mau humor, aquele que chama a atenção e a quem todos dizem: "Ele é muito infeliz! É um
coitado!" Isto é excelente para o seu sistema respiratório: proporciona dispneia e
ansiedade... Faça isso. Constatará que vai continuar doente e que todo mundo vai saber.
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7º. A culpa de tudo quanto lhe acontece é dos outros. Os outros é que são culpados e você
sempre é uma vítima, é uma pessoa muito desequipada, um pobre coitado.
8º. Dissimule os seus sentimentos. Finja o que puder. Não seja autêntico. Mesmo quando não
goste de algo, dê a impressão que sim e obedeça sempre ao que os outros pensam. Seja uma
pessoa que não tem ideias próprias. Você será sempre muito infeliz cultivando isso.
9º. Evite o bom humor. Já notou que as pessoas de bom humor são felizes? Por que você vai
cultivar o bom humor? Evite-o, e então continuará doente! Por que sorrir? A sua vida é
trágica. Por que transformá-la numa comédia? Continue sem sorrir!
10º.Mantenha esses itens inalterados. Por que deveria mudá-los? Não há mais jeito! Está tudo
perdido. Por que você é que deve mudar? De maneira nenhuma! Mantenha este ideal e a
doença estará sempre alojada no seu organismo.
Joanna de Angelis – O Colar de Diamantes – Cap. 7 -Como Adoecer
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3.6 Dupla Renovação – Emmanuel
“Época de Transição”: esta é a legenda que repetis frequentemente para definir a
atualidade terrestre, em que surpreendeis, a cada passo, larga fieira de ocorrências inusitadas:
• Conflitos.
• Desencarnações em massa.
• Acidentes enlutando almas e lares.
• Desvinculações violentas.
• Dramas no instituto doméstico.
• Processos obsessivos, culminando com perturbações e lágrimas.
• Moléstias de etiologia obscura.
• Incompreensões.
Forçoso observar, no entanto, que o plano físico e o plano espiritual que se lhe segue
reagem constantemente um sobre o outro.
Criaturas desencarnadas atuam no ambiente dos companheiros encarnados e vice-versa.
E se vos reportais ao término do segundo milênio de civilização cristã em que vos achais, com
a expectativa e o entusiasmo de quem se vê à frente de uma era nova, as mesmas
circunstâncias se verificam na Espiritualidade, entre aqueles que aspiram a obter o retorno
à Terra, expressando propósitos de auto-burilamento em nível mais alto de evolução.
É por isso que legiões enormes de irmãos, domiciliados no Mais Além, vêm
solicitando, desde algum tempo,
• Reencarnações difíceis;
• Testemunhos acerbos de aperfeiçoamento íntimo;
• Tempo curto no veículo físico, de modo a complementarem tarefas inacabadas
em diversos setores da experiência humana;
• Presença ligeira, junto de seres queridos, a fim de chamá-los à consideração da
Vida Superior;
• Ou empreitadas de serviço moral para a liquidação de empreendimentos
redentores, largados por eles nos caminhos do tempo.
Para isso, tentam aproveitar-se da última vigésima parte do segundo milênio, a que nos
referimos, para encerrarem o balanço das experiências menos felizes que lhes dizem respeito
nos séculos últimos.
22
Perante a Vida Maior, quase tudo aquilo que vedes, presentemente, em matéria de
agitação ou desequilíbrio, nada mais significa que a movimentação mais intensa de vastas
coletividades que retornam à Esfera Física, em regime de urgência, no intuito de
conseguirem retoques e meios com que possam abordar os tempos novos em condições mais
dignas de trabalho e progresso.
Mantenhamo-nos prudentes, abstenhamo-nos de agravar dificuldades, evitemos a
formação de problemas, orando e construindo, seja nos obstáculos que nos atinjam, seja nas
inquietações que assaltem aos outros.
Mas sejam quais forem as circunstâncias, estejamos atentos à fé para servir e
compreender, reconhecendo que todas as provas de hoje são recursos e instrumentos de que
se vale a Providência Divina a fim de conduzir-nos à Vida Melhor de amanhã.
Emmanuel – Diálogos dos Vivos – Cap. 21 – Dupla Renovação
23
3.7 A conduta mental - a saúde ou a doença
Na raiz de todas as enfermidades que sitiam o homem encontramos, como causa
preponderante, o desequilíbrio dele próprio.
O Espírito é o modelador dos equipamentos de que se utilizará na reencarnação. Assim
sendo, desdobra as células da vesícula seminal sobre as matrizes vibratórias do perispírito,
dando surgimento aos folhetos blastodérmicos que se encarregam de compor os tubos intestinal
e nervoso, os tecidos cutâneos e todos os elementos constitutivos das organizações física e psí-
quica.
São bilhões de seres microscópicos, individualizados, que trabalham sob o comando da
mente, que retrata as aquisições anteriores, que cumpre aprimorar ou corrigir.
Cada um desses seres que se ajustam perfeitamente aos implementos vibratórios
da alma, emite e capta irradiações específicas, em forma de oscilações eletromagnéticas, que
compõem o quadro da individualidade humana.
Em razão da conduta mental, as células são estimuladas ou bombardeadas pelos
fluxos dos interesses que lhe aprazem, promovendo a saúde ou dando origem aos dese-
quilíbrios que decorrem da inarmonia, quando essas unidades em estado de mitose degeneram,
oferecendo campo às bactérias patológicas que se instalam vencendo os fatores imunológicos,
desativados ou enfraquecidos pelas ondas contínuas de mau humor, pessimismo, revolta, ódio,
ciúme, lubricidade e viciações de qualquer natureza que se transformam em poderosos agentes
da perturbação e do sofrimento.
No caso dos fenômenos teratológicos das patogenias congênitas, encontramos o
Espírito infrator encarcerado na organização que desrespeitou impunemente, quando a
colocou a serviço da irresponsabilidade ou da alucinação. Problemas de graves mutilações e
deficiências, enfermidades irreversíveis surgem como efeitos da culpa guardada no campo da
consciência, em forma de arrependimentos tardios pelas ações nefastas antes praticadas.
(...)
Os atos infelizes, deliberadamente praticados, em razão da força mental de que
necessitam, destroem os tecidos sutis do perispírito, os quais, ressentindo-se do desconcerto,
deixarão matrizes na futura forma física, em que se manifestarão as deficiências purificadoras.
A queda do tom vibratório específico permitirá, então, que os envolvidos no fato, no
tempo e no espaço, próximos ou não, se vinculem pelo processo de uma sintonia automática de
que não se furtarão. Estabelecem-se aí as enfermidades de qualquer porte.
24
Os fatores imunológicos do organismo, padecendo a disritmia vibratória que os envolve,
são vencidos por bactérias, vírus e toda a sorte de micróbios patogênicos que logo se
desenvolvem, dando gênese às doenças físicas.
Por sua vez, na área mental, os conflitos, as mágoas, os ódios acerbos, as ambições
tresvariadas e os tormentosos delitos ocultos, quando da reencarnação, por estarem ínsitos no
Espírito endividado, respondem pelas distonias psíquicas e alienações mais variadas.
Acrescente-se a isso a presença dos cobradores desencarnados, cuja ação mental
encontra perfeito acoplamento na paisagem psicológica daqueles a quem perseguem, e teremos
instalada a constrição obsessiva. Eis porque é rara a enfermidade que não conte com a presença
de um componente espiritual, quando não seja diretamente o seu efeito.
Corpo e mente refletem a realidade espiritual de cada criatura.
(...)
O médico informou, ainda, que há casos em que a incidência do pensamento maléfico,
aceito pela mente culpada, destrambelha a intimidade da célula, interferindo no seu núcleo,
acelerando a sua reprodução e dando gênese a neoplasias e cânceres de variadas
expressões.
Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap. 1
25
3.8 Processos Obsessivos Simples e as enfermidades
− Acrescentemos a essas predisposições a presença dos cobradores
desencarnados, cuja ação mental encontra perfeito acoplamento na paisagem psicofísica
dos a quem perseguem, e teremos a presença da constrição obsessiva.
− A mente, viciada e aturdida pelas ondas perturbadoras que capta do obsessor,
perde controle harmônico, automático sobre as células, facultando que as bactérias
patológicas proliferem, dominadoras. Tal inarmonia propicia a degenerescência celular
em forma de cânceres, tuberculose, hanseníase e outras doenças de características
complexas, que a Ciência vem estudando.(9)
− O corpo e a mente refletem a realidade espiritual de cada criatura. Argos
reencarnou com a região pulmonar descompensada, em face do sério comprometimento no
qual se envolveu, ao mesmo tempo com a mente aturdida, lutando contra o ressumar das
reminiscências que, de quando em quando, o assaltam e a consciência que tem daquilo que
lhe cumpre realizar.
− Podemos afirmar que o desencadear da sua enfermidade se deveu a fatores
fisiológicos, mas foi precipitada pela ação pertinaz de companheiros desencarnados.
(...)
− Dirigimo-nos a um apartamento bem decorado do recinto hospitalar, no qual se
debatia, nas garras da tuberculose pulmonar, um senhor de setenta anos aproximadamente.
– O enfermo, que se encontra em processo de desencarnação, é o senhor Marcondes.
− As suas dores não se encerrarão, no entanto, quando lhe cessarem os
movimentos físicos...Como vemos, as presenças espirituais que aqui se movimentam, são
de péssima procedência e tem motivos para o fazer. Alguns são adversários pessoais dele,
que os tem desde vivências anteriores; outros foram adquiridos na atual reencarnação e
outros, ainda, procedem de simpatizantes e amigos daqueles a quem ele prejudicou
mais recentemente nesta encarnação, que aderiram às magoas dos seus amigos e se
resolveram por cooperar no extermínio da personagem odiada.
− Marcondes sempre estremunhado, cultiva formas-pensamentos que nutre os
seus adversários desencarnados, recebendo, com incidência poderosa, a resposta deles
transformada em energia deletéria, que terminou por arruinar-lhe a vida física e a mental já
seriamente abalada. Temos, no companheiro duplamente afetado, no corpo e na alma, um
exemplo típico da ação do petardo mental disparado pelo ódio contra alguém que o
recebe, em sintonia de faixa psíquica equivalente.
26
− Em face das suas atitudes, o nosso enfermo passou a sofrer o cerco de entidades
perversas que interferiam no seu comportamento mental, com as naturais reações
psicológicas e humanas. Simultaneamente, o desencadear da animosidade que as suas
atitudes provocavam, fez que as pessoas encarnadas passassem a desfechar-lhe
flechadas mentais, desejando-lhe a ruína, a infelicidade, a morte. A principio, em razão de
encontrar-se mergulhado em verdadeira carapaça das próprias construções psíquicas,
aqueles petardos não o atingiam com facilidade. Lentamente, as sucessivas ondas
prejudiciais alcançaram-lhe os equipamentos orgânicos, desarticulando as defesas
imunológicas que foram vencidas, degenerando células e dando inicio, a principio, à
irrupção do bacilo de Kock, agora em fase final do processo.
− No caso em tela, foram os petardos mentais dos encarnados que, por sintonia
dele próprio, desencadearam os distúrbios que o afligiram, dentro, naturalmente, das
balizas do seu programa cármico.
Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap.4
27
3.9 Alergia e Obsessão - Dias da Cruz
TODOS OS NOSSOS PENSAMENTOS definidos por vibrações,
palavras ou atos, ARROJAM DE NÓS RAIOS ESPECÍFICOS.
Assim sendo, é indispensável curar de nossas próprias atitudes, na
autodefesa e no amparo aos semelhantes, porquanto a cólera e a irritação, a
leviandade e a maledicência, a crueldade e a calúnia, a irreflexão e a
brutalidade, a tristeza e o desânimo, produzem ELEVADA
PERCENTAGEM DE AGENTES DE NATUREZA DESTRUTIVA, EM
NÓS E EM TORNO DE NÓS.
Dias da Cruz – Instruções Psicofônicas – Cap. 19
28
3.10 Parasitose Mental – Dias da Cruz
Através do próprio pensamento desgovernado,
O HOMEM PODE FABRICAR PARA SI MESMO as mais graves
eclosões de alienação mental, como sejam
as psicoses de angustia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinqüência,
desanimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico
PROCESSOS PATOGÊNICOS INDEFINÍVEIS, que lhe
FAVORECEM A DERROCADA OU A MORTE.
Dias da Cruz – Instruções Psicofônicas – Cap. 34
29
3.11 Suicídio e Loucura – Joanna de Angelis
Esta melancolia sistemática, atormentadora, vem-se aprofundando no teu comportamento, de
tal forma, que enveredas, sem dar-te conta, pelas vias torpes da depressão de grave trato.
Essa tristeza que agasalhas, prejudicial e renitente, coloca a máscara de dor na tua face,
conduzindo-te, inadvertidamente, a uma neurose de lento curso com todos os seus efeitos
danosos.
Aquela fixação, que te vai dominando as paisagens mentais, substitui, a pouco e pouco, a
polivalência das idéias, alienando-te da sociedade onde te encontras...
A marca do sofrimento reflete-se no teu rosto, qual se fosse feita por garras devastadoras, que
procedem, no entanto, do teu mundo íntimo, conspirando contra o teu progresso.
A impressão do desgosto passou a compartir com as tuas alegrias, diminuindo-as e
empurrando-te sempre para os abismos da psicose maníaco-depressiva.
O cultivo dos pensamentos deprimentes gera, na tua conduta, a destruição dos ideais
superiores, amargurando as horas que poderias fruir como estímulo para o prosseguimento da
tua jornada.
REFLEXIONA com cuidado e desperta do letargo, da estagnação emocional a que te estás
relegando.
Além da loucura decorrente dos problemas orgânicos e emocionais, existe a de natureza que
agasalhas e que pode irromper em tragédia de um para outro momento.
Na área dos pensamentos depressivos a loucura se instala, preparando terreno para mais
graves cometimentos infelizes, dentre os quais, se destaca o suicídio.
É suicida, não apenas quem assume uma atitude autodestrutiva, através de um só golpe de alta
violência...
E também suicida aquele que se não renova para o bem, entregando-se aos excessos de
qualquer natureza, exorbitando das suas possibilidades vitais.
Desse modo, a melancolia e seus sequazes são passos de alucinação para o irremediável
comportamento suicida.
És filho de Deus a serviço da vida.
Estás na Terra para crescer e progredir.
Tens compromisso com a Criação, contigo e com o teu próximo. Indispensável despertares
para a responsabilidade e conscientizares-te do que podes fazer, para aceitar o que não podes
alterar, modificar o que seja possível de transformado e dispor de sabedoria para distinguir
uma de outra coisa...
Assume, contigo próprio, o elevado compromisso de amar-te e desenvolver as aptidões que te
30
auxiliarão a conquistar o vir a ser.
Ama-te, porquanto esses clichês pessimistas são decorrência do descuido que te permites, do
desamor a que te relegas.
Contempla o Sol e viaja com a claridade, não aceitando o convite das sombras da noite, que
clarearás com as estrelas da tua fé religiosa.
Loucura e suicídio são termos da tragédia do cotidiano, que somente o amor, conforme o
lecionou Jesus, conseguirá diluir, abrindo espaço para o êxito da Vida, a alegria de viver.
Joanna de Ângelis - Revista Reformador - nº 1910 - Maio – 1988
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3.12 Mortos voluntários – André Luiz
Condicionou-se a mente humana, de maneira geral, a crer que a madureza orgânica é
antecâmara da inutilidade e eis muita gente a se demitir, indebitamente, do dever que a vida lhe
delegou.
Inúmeros companheiros, porque hajam alcançado aposentadoria profissional ou pelo
motivo de abraçarem garotos que lhes descendem do sangue, dizem-se no paralelo final da
carreira física.
Esquecem-se de que o fruto amadurecido é a garantia de toda a renovação da espécie, e
rojam-se prostrados, à soleira da inércia, proclamando-se desalentados.
Falam do crepúsculo, como se não contassem com a manhã seguinte.
Começam qualquer comentário em torno dos temas palpitantes do presente, pela frase
clássica: ”no meu tempo não era assim”.
Enquanto isso, a vida, ao redor, é desafio incessante ao progresso e à transformação,
chamando-os ao rejuvenescimento.
Filhos lhes reclamam orientação sadia, netos lhes solicitam calor da alma, amigos lhes
pedem o concurso da experiência e os irmãos da Humanidade contam com eles para novas
jornadas evolutivas.
Bastará pensar, porém, que as crianças e os jovens não acertam o passo sem os mentores
adestrados na experiência, peritos em discernimento e trabalho, para que não menosprezem a
função que lhes cabe.
Nada de esquecer que o Espírito reencarna, atravessando as faces difíceis da infância e
da juventude para alcançar a maioridade fisiológica e começar a viver, do ponto de vista da
responsabilidade individual.
Quanto empeço vencido e quanta ilusão atravessada para consolidar uma reencarnação,
longe das praias estreitas do berço e da meninice, a fim de que o Espírito, viajor da eternidade,
alcance o alto mar da experiência terrestre!
Entretanto, grande número de felizardos que chegam ao período áureo da reflexão, com
todas as possibilidades de serviço criador, estacam em suposta incapacidade, batendo à porta
do desencanto como quem se compraz na volúpia da compaixão por si mesmos.
Trabalhemos por exterminar a praga do desânimo nos corações que atingiram a quadra
preciosa da prudência e da compreensão.
Vida é chama eterna. Todo o dia é tempo de inventar, clarear e prosseguir.
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Os companheiros experientes no esforço terrestre constituem a vanguarda dos que
renascem no Planeta e não a chamada “velha guarda” que a rabugice de muitos imaginou para
deprimir a melhor época da criatura reencarnada na Terra.
Desencarnação é libertação da alma, morte é outra coisa. Morte constitui cessação da
vida, apodrecimento, bolor.
Os que desanimam de lutar e trabalhar, renovar e evoluir são os que verdadeiramente
morrem, conquanto vivos, convertendo-se em múmias de negação e preguiça, e, ainda que a
desencarnação passe, transfiguradora, por eles, prosseguem inativos na condição de mortos
voluntários que recusam a viver.
Acompanhemos a marcha do Sol, que diariamente cria, transforma, experimenta,
embeleza.
Renovemo-nos.
André Luiz – Estude e Viva – Cap. 26 – Mortos Voluntários
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3.13 Suicídio moral – Joanna de Angelis
Vários são os mecanismos que desencadeiam o autocídio.
Multiplicam-se desde aqueles de natureza moral aos terríveis sofrimentos que defluem
de enfermidades degenerativas e dolorosas, passando pelos dramas existenciais e torpezas do
comportamento, aflições econômicas e sociais... Dentre outros, os transtornos psicológicos em
forma de depressão respondem por altas cifras de desencarnações pelo suicídio.
Há, no entanto, uma forma insidiosa e traiçoeira de autodestruição, de referência ao
corpo somático, que não passa de instrumento indireto para atingir o mesmo fim.
Esse cruel adversário da vida é o cultivo de idéias mórbidas e perturbadoras, que se
instalam como pessimismo ou culpa, desestruturando o ser nos seus objetivos elevados.
Inicialmente surgem como pensamentos infelizes que prosseguem, fixando-se e
alienando o indivíduo que foge ao convívio saudável com outras pessoas, transformando-se em
conflitos destrutivos que terminam de maneira penosa, injustificável.
...
A vida física é oportunidade sublime para o crescimento íntimo e a auto-iluminação,
que não pode ser exposta a esses fatores de desagregação e perda.
Da mesma forma, o hábito doentio de entregar-se aos vícios, sejam quais forem, desde
aqueles que criam dependência química ou os que se fazem compromissos morais devastadores,
culminando no esfacelamento das forças com o conseqüente fenômeno da desencarnação.
O corpo é instrumento da Vida com finalidades específicas, que deve ser preservado a
qualquer preço. A partir dos hábitos saudáveis de higiene até aos do trabalho dignificante em
favor da sua manutenção, a fim de mantê-lo em equilíbrio conforme os costumes da sociedade,
apresenta-se a necessidade de oferecer-lhe auxílio para os equipamentos que o constituem,
através dos contributos morais que melhormente o preservam.
Sem as disciplinas hábeis, que conservam as funções de que se constitui, facilmente
degenera e sucumbe.
Sob condicionamentos infelizes e sujeição de drogas desgastantes ou vapores mentais
tóxicos, a sua maquinaria desajusta-se e interrompe a marcha.
Certamente aquele que assim procede, por negligência ou indiferença, está contribuindo
para a própria desencarnação, sub-repticiamente desejando-a.
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É menos responsável aquele que, mediante gesto intempestivo e alucinado, atira-se no
abismo do suicídio covarde, do que o indivíduo que dispõe de tempo para a reflexão e a
mudança de comportamento, não obstante prosseguindo no programa de desrespeito à vida
conforme se entrega.
...
Nada justifica o ato insano do autocídio.
A noite tempestuosa de hoje sempre cede lugar ao dia claro e risonho de amanhã.
Dor é instrumento de reflexão e análise de como se está vivendo, enquanto que os
acidentes e incidentes sociais e morais são chamados de atenção de que dispõe a Vida para o
auto-aprimoramento do ser.
Tem paciência, pois, em qualquer situação em que te encontres, e aguarda a Divina
Providência.
Coisa alguma acontece fora das Leis Cósmicas e das necessidades de evolução.
Não poucas vezes, quando algo negativo ou perturbador, em forma de desar ou
enfermidade, chega-te, afligindo-te, e a Vida chamando-te à reflexão em torno daquilo que
necessita ser corrigido e deves averiguá-lo para logo o fazer.
Preserva o teu corpo, preparando-o para servir-te de domicílio pelo período mais largo
possível, a fim de que, ao desencarnares, não te dês conta de que te encontras entre aqueles que
chegaram à Pátria espiritual antes da hora, pelo nefando instrumento do suicídio indireto.
Joanna de Angelis - Diretrizes para o Êxito - Cap. 14 – Suicídio Moral
35
3.14 Opção pela vida – Joanna de Angelis
Nos atuais dias turbulentos aumenta, assustadora e consideravelmente, os números dos
indivíduos que se negam a viver, a enfrentar os desafios e as dificuldades, fugindo por meio da
ingestão de drogas alucinógenas, do álcool, dos excessos desvigorantes, ao prosseguimento da
existência corporal.
Ao lado desses programas de autodestruição, surgem os casos dos suicídios
psicológicos, nos quais as suas vítimas se enredam nas teias da depressão, da paranóia, da
psicose, da esquizofrenia, sem valor moral para enfrentar os problemas e dificuldades que
fazem parte da vida.
O suicídio é o ato sumamente covarde de quem opta por fugir, despertando em realidade
mais vigorosa, sem outra alternativa de escapar.
A vida não se consome na morte física e o fenômeno biológico não é a expressão real
do ser.
Como conseqüência, o ex-suicida reencarnado sempre traz as matrizes do crime
perpetrado, sofrendo contínua tentação de repetir o delito, quando defrontado por dificuldade
de qualquer natureza.
...........................................
É cômodo e trágico fugir psicologicamente da vida, jamais o conseguindo realmente.
...........................................
Por outro lado, aparecem indivíduos que se aferram aos objetivos que se lhes
representam como vida: amar apaixonadamente alguém, cuidar de outrem, dedicar-se a um
labor, a uma tarefa artística ou não, a um ideal ou à abnegação, e que, concluída a motivação,
negam-se a viver, matando-se emocionalmente e sucumbindo depois...
...........................................
Quem se considere livre para morrer, assume um compromisso com a liberdade para
viver.
Joanna de Angelis - Momentos de Iluminação – Cap. Opção pela Vida
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3.15 Suicídio – Emmanuel
No suicídio intencional, sem as atenuantes da moléstia ou da ignorância, há que
considerar não somente o problema da infração ante as Leis Divinas, mas também o ato de
violência que a criatura comete contra si mesma, através da premeditação mais profunda, com
remorso mais amplo.
Atormentada de dor, a consciência desperta no nível de sombra a que se precipitou,
suportando compulsoriamente as companhias que elegeu para si própria, pelo tempo
indispensável à justa renovação.
Contudo, os resultados não se circunscrevem aos fenômenos de sofrimento intimo,
porque surgem os desequilíbrios consequentes nas sinergias do corpo espiritual, com
impositivos de reajuste em existências próximas.
É assim que após determinado tempo de reeducação, nos círculos de trabalho
fronteiriços da Terra, os suicidas são habitualmente reinternados no plano carnal, em regime de
hospitalização na cela física, que lhes reflete as penas e angústias na forma de enfermidades e
inibições.
Ser-nos-á fácil, desse modo, identificá-los, no berço em que repontam, entremostrando
a expiação a que se acolhem.
Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem trazendo as
afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções
endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura;
os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que
se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os processos mórbidos
das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares;
os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso,
como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio
ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma
espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e
os que se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia
muscular progressiva ou da osteíte difusa.
Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas,
que correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o câncer, a surdez
e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica providencial na cura da alma.
37
Junto de semelhantes quadros de provação regenerativa, funciona a ciência médica por
missionária da redenção, conseguindo ajudar e melhorar os enfermos de conformidade com os
créditos morais que atingiram ou segundo o merecimento de que disponham.
Guarda, pois, a existência como dom inefável, porque teu corpo é sempre instrumento
divino, para que nele aprendas a crescer para a luz e a viver para o amor, ante a glória de Deus.
Emmanuel – Religião dos Espíritos – Cap. 48 – Suicídio
38
3.16 Socorre a ti mesmo – Emmanuel
“Pregando o Evangelho do reino e curando todas as enfermidades.”
(Mateus, 9:35)
Cura a catarata e a conjuntivite, mas corrige a visão espiritual de teus olhos.
Defende-te contra a surdez, entretanto, retifica o teu modo de registrar as vozes e
solicitações variadas que te procuram.
Medica a arritmia e a dispnéia, contudo, não entregues o coração à impulsividade
arrasadora.
Combate a neurastenia e o esgotamento, no entanto, cuida de reajustar as emoções e
tendências.
Persegue a gastralgia, mas educa teus apetites à mesa.
Melhora as condições do sangue, todavia, não o sobrecarregues com os resíduos de
prazeres inferiores.
Guerreia a hepatite, entretanto, livra o fígado dos excessos em que te comprazes.
Remove os perigos da uremia, contudo, não sufoques os rins com os venenos de taças
brilhantes.
Desloca o reumatismo dos membros, reparando, porém, o que fazes com teus pés,
braços e mãos.
Sana os desacertos cerebrais que te ameaçam, todavia, aprende a guardar a mente no
idealismo superior e nos atos nobres.
Consagra-te à própria cura, mas não esqueças a pregação do Reino Divino aos teus
órgãos.
Eles são vivos e educáveis. Sem que teu pensamento se purifique e sem que a tua
vontade comande o barco do organismo para o bem, a intervenção dos remédios humanos não
passará de medida em trânsito para a inutilidade.
Emmanuel – Pão Nosso – Cap. 51 – Socorre a Ti Mesmo
39
3.17 Temperança – Casemiro Cunha
Consagra-te à temperança
Se queres vida segura.
Quem mais se farta no corpo,
Na Terra, é quem menos dura.
Casemiro Cunha – Pássaros Humanos – Cap. 2

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Suicídios Indiretos - como prevenir

  • 2. i SUMÁRIO 1. SUICÍDIO - DEFINIÇÕES..............................................................................................1 1.1 Suicídio Direto.............................................................................................................1 1.1.1 Suicídio Intencional ....................................................................................................1 1.1.2 Suicídio Assistido ........................................................................................................2 1.1.3 Eutanásia .....................................................................................................................3 1.2 Suicídio Indireto..........................................................................................................4 1.2.1 Suicídio Moral.............................................................................................................4 1.2.2 Suicídio Inconsciente ..................................................................................................5 2. SUICÍDIO INCONSCIENTE ........................................................................................10 1.3 O que é o suicídio inconsciente? ..............................................................................10 1.4 Pode dar um exemplo? .............................................................................................10 1.5 Quem come muito está se matando?.......................................................................10 1.6 Se é assim, podemos dizer que, com raras exceções, somos todos suicidas inconscientes?......................................................................................................................10 1.7 No Plano Espiritual, a situação daqueles que desencarnam por terem maltratado o corpo é a mesma dos que o fazem por iniciativa consciente? ..................10 1.8 Assim como o suicida consciente, o inconsciente terá sequelas em existência futura?..................................................................................................................................11 3. SUICÍDIO INDIRETO: ACIDENTES “INTENCIONAIS” ......................................12 2.1 A imprudência no trânsito mata milhares de pessoas, anualmente, no Brasil. Podemos caracterizá-la como um suicídio inconsciente?................................................12 2.2 Não tem nada a ver com o carma?..........................................................................12 2.3 Pessoas que exercem profissões de alto risco, como pilotos de corridas, podem ser enquadradas como suicidas inconscientes, se falecem num acidente?.....................12 2.4 Como fica o jovem que morre por Imprudência? .................................................12 2.5 E depois?....................................................................................................................12 4. SUICÍDIO INDIRETO – MENSAGENS SELECIONADAS.....................................13 3.1 Suicídio - Cairbar Schutel........................................................................................13 3.2 Loucura Suicida - Joanna de Angelis......................................................................14 3.3 Doenças do Comportamento - Joanna de Angelis .................................................16 3.4 Socorre a Ti Mesmo – Emmanuel ...........................................................................18 3.5 Como Adoecer – Joanna de Angelis........................................................................19 3.6 Dupla Renovação – Emmanuel................................................................................21 3.7 A conduta mental - a saúde ou a doença.................................................................23 3.8 Processos Obsessivos Simples e as enfermidades...................................................25
  • 3. ii 3.9 Alergia e Obsessão - Dias da Cruz ..........................................................................27 3.10 Parasitose Mental – Dias da Cruz ...........................................................................28 3.11 Suicídio e Loucura – Joanna de Angelis.................................................................29 3.12 Mortos voluntários – André Luiz............................................................................31 3.13 Suicídio moral – Joanna de Angelis ........................................................................33 3.14 Opção pela vida – Joanna de Angelis......................................................................35 3.15 Suicídio – Emmanuel................................................................................................36 3.16 Socorre a ti mesmo – Emmanuel.............................................................................38 3.17 Temperança – Casemiro Cunha..............................................................................39
  • 4. 1 1. SUICÍDIO - DEFINIÇÕES 1.1 Suicídio Direto 1.1.1 Suicídio Intencional É o ato de causar a própria morte de forma intencional. O suicídio é a causa de cerca de 0,5% das mortes. Em cada ano, 12 em cada 100 000 pessoas morrem por suicídio. Três quartos dos suicídios ocorrem nos países em desenvolvimento. As taxas de suicídios consumados são geralmente mais elevadas nos homens do que nas mulheres. Em países em desenvolvimento suicidam-se 1,5 vezes mais homens do que mulheres e em países desenvolvidos suicidam-se 3,5 vezes mais homens do que mulheres. Na generalidade dos países, o suicídio é mais comum entre os maiores de 70 anos. No entanto, em alguns países o grupo etário de maior risco é aquele com idades compreendidas entre os 15 e 30 anos. Estima-se que em todo o mundo haja anualmente entre 10 a 20 milhões de tentativas de suicídio não fatais. As tentativas de suicídio – gestos auto-destrutivos não fatais – podem provocar lesões e incapacidade a longo prazo. No mundo ocidental, as tentativas são mais comuns nos jovens e pessoas do sexo feminino.
  • 5. 2 1.1.2 Suicídio Assistido É o suicídio perpetrado com a ajuda de outra pessoa. O termo é muitas vezes usado como sinónimo de suicídio medicamente assistido, que é o suicídio praticado com a ajuda de um médico que, de forma intencional, disponibiliza à pessoa as informações ou os meios necessários para cometer suicídio, incluindo aconselhamento sobre doses letais de fármacos e prescrição ou fornecimento desses fármacos. O suicídio medicamente assistido é muitas vezes confundido com eutanásia. No entanto, na eutanásia quem administra o meio pela qual se dá a morte é o próprio médico, sendo geralmente uma dose letal de um fármaco, enquanto no suicídio medicamente assistido é o próprio paciente quem se auto-administra o fármaco. No suicídio medicamente assistido é obrigatório que a pessoa tenha plena posse das suas capacidades mentais e que voluntariamente expresse o desejo de morrer e que requisite uma dose de medicamentos que ponha termo à vida. O suicídio medicamente assistido é legal na: Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Canadá, Suíça, Colômbia, Alemanha e em sete estados norte- americanos. Geralmente é necessário que a pessoa seja um doente terminal com um prognóstico de seis meses ou menos de vida para que possa requisitar uma dose letal de um fármaco que possa auto-administrar para pôr termo à vida.
  • 6. 3 1.1.3 Eutanásia É o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa. Geralmente a eutanásia é realizada por um profissional de saúde mediante pedido expresso da pessoa doente. A eutanásia é diferente do suicídio assistido, que é o ato de disponibilizar ao paciente meios para que ele próprio cometa suicídio. Entre os motivos mais comuns que levam os doentes terminais a pedir uma eutanásia estão a dor intensa e insuportável e a diminuição permanente da qualidade de vida por condições físicas como paralisia, incontinência, falta de ar, dificuldade em engolir, náuseas e vómitos. Entre os fatores psicológicos estão a depressão e o medo de perder o controlo do corpo, a dignidade e independência. A eutanásia pode ser classificada em voluntária e involuntária. Na eutanásia voluntária é a própria pessoa doente que, de forma consciente, expressa o desejo de morrer e pede ajuda para realizar o procedimento. Na eutanásia involuntária a pessoa encontra-se incapaz de dar consentimento para determinado tratamento e essa decisão é tomada por outra pessoa, geralmente cumprindo o desejo anteriormente expresso pelo próprio doente nesse sentido. A eutanásia pode também ser classificada em ativa e passiva. A eutanásia ativa é o ato de intervir de forma deliberada para terminar a vida da pessoa (por exemplo, injetando uma dose excessiva de sedativos). A eutanásia passiva consiste em não realizar ou interromper o tratamento necessário à sobrevivência do doente.
  • 7. 4 1.2 Suicídio Indireto 1.2.1 Suicídio Moral O homem que perece como vítima do abuso das paixões que, como o sabe, deve abreviar o seu fim, mas às quais não tem mais o poder de resistir, porque o hábito as transformou em verdadeiras necessidades físicas, comete um suicídio? -- É um suicídio moral. Não compreendeis que o homem, neste caso, é duplamente culpado. Há nele falta de coragem e bestialidade, e além disso o esquecimento de Deus. Allan Kardec – Livro dos Espíritos – Perg. 952 É mais ou é menos culpado do que aquele que corta a sua vida por desespero? É mais culpado, porque teve tempo de raciocinar sobre o seu suicídio. Naquele que o comete instantaneamente há às vezes uma espécie de desvario que se aproxima da loucura; o outro será muito mais punido, porque as penas são sempre proporcionadas à consciência que se tenha das faltas cometidas. Allan Kardec – Livro dos Espíritos – Perg. 952a O suicídio não consiste somente no ato voluntário que produz a morte instantânea, mas em tudo quanto se faça conscientemente para apressar a extinção das forças vitais. Allan Kardec - o céu e o inferno – 2º Parte – Cap. 5 - Suicidas
  • 8. 5 1.2.2 Suicídio Inconsciente Sorridente, o velhinho amigo apresentou-me o companheiro. Tratava-se, disse, do irmão Henrique de Luna, do Serviço de Assistência Médica da colônia espiritual. Trajado de branco, traços fisionômicos irradiando enorme simpatia, Henrique auscultou-me demoradamente, sorriu e explicou: – É de lamentar que tenha vindo pelo suicídio. Enquanto Clarêncio permanecia sereno, senti que singular assomo de revolta me borbulhava no íntimo. Suicídio? Recordei as acusações dos seres perversos das sombras. Não obstante o cabedal de gratidão que começava a acumular, não calei a incriminação. – Creio haja engano – asseverei, melindrado –, meu regresso do mundo não teve essa causa. Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Saúde, tentando vencer a morte. Sofri duas operações graves, devido a oclusão intestinal... – Sim – esclareceu o médico, demonstrando a mesma serenidade superior –, mas a oclusão radicava-se em causas profundas. Talvez o amigo não tenha ponderado bastante. O organismo espiritual apresenta em si mesmo a história completa das ações praticadas no mundo. E inclinando-se, atencioso, indicava determinados pontos do meu corpo: – Vejamos a zona intestinal – exclamou – A oclusão derivava e elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis. A moléstia talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança. Entretanto, seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava destruidoras vibrações naqueles que o ouviam. Nunca imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no freqüentemente à esfera dos seres doentes e inferiores. Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico. Depois de longa pausa, em que me examinava atentamente, continuou: – Já observou, meu amigo, que seu fígado foi maltratado pela sua própria ação; que os rins foram esquecidos, com terrível menosprezo às dádivas sagradas?
  • 9. 6 Singular desapontamento invadira-me o coração. Parecendo desconhecer a angústia que me oprimia, continuava o médico, esclarecendo: – Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios do Senhor. O meu amigo, no entanto, iludiu excelentes oportunidades, esperdiçando patrimônios preciosos da experiência física. A longa tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi reduzida a meras tentativas de trabalho que não se consumou. Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável. Meditei nos problemas dos caminhos humanos, refletindo nas oportunidades perdidas. Na vida humana, conseguia ajustar numerosas máscaras ao rosto, talhando-as conforme as situações. Aliás, não poderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas de episódios simples, que costumava considerar como fatos sem maior significação. Conceituara, até ali, os erros humanos, segundo os preceitos da criminologia. Todo acontecimento insignificante, estranho aos códigos, entraria na relação de fenômenos naturais. Deparava-se-me, porém, agora, outro sistema de verificação das faltas cometidas. Não me defrontavam tribunais de tortura, nem me surpreendiam abismos infernais; contudo, benfeitores sorridentes comentavam-me as fraquezas como quem cuida de uma criança desorientada, longe das vistas paternas. Aquele interesse espontâneo, no entanto, feria-me a vaidade de homem. Talvez que, visitado por figuras diabólicas a me torturarem, de tridente nas mãos, encontrasse forças para tornar a derrota menos amarga. Todavia, a bondade exuberante de Clarêncio, a inflexão de ternura do médico, a calma fraternal do enfermeiro, penetravam-me fundo o espírito. Não me dilacerava o desejo de reação; doía-me a vergonha. E chorei. Rosto entre as mãos, qual menino contrariado e infeliz, pus-me a soluçar com a dor que me parecia irremediável. Não havia como discordar. Henrique de Luna falava com sobejas razões. Por fim, abafando os impulsos vaidosos, reconheci a extensão de minhas leviandades de outros tempos.
  • 10. 7 A falsa noção da dignidade pessoal cedia terreno à justiça. Perante minha visão espiritual só existia, agora, uma realidade torturante: era verdadeiramente um suicida, perdera o ensejo precioso da experiência humana, não passava de náufrago a quem se recolhia por caridade. Foi então que o generoso Clarêncio, sentando-se no leito, a meu lado, afagou-me paternalmente os cabelos e falou comovido: – Oh! Meu filho, não te lastimes tanto. Busquei-te atendendo à intercessão dos que te amam, dos planos mais altos. Tuas lágrimas atingem seus corações. Não desejas ser grato, mantendo-te tranqüilo no exame das próprias faltas? Na verdade, tua posição é a do suicida inconsciente; mas é necessário reconhecer que centenas de criaturas se ausentam diariamente da Terra, nas mesmas condições. Acalma-te, pois. Aproveita os tesouros do arrependimento, guarda a bênção do remorso, embora tardio, sem esquecer que a aflição não resolve problemas. Confia no Senhor e em nossa dedicação fraternal. Sossega a alma perturbada, porque muitos de nós outros já perambulamos igualmente nos teus caminhos. Ante a generosidade que transbordava dessas palavras, mergulhei a cabeça em seu colo paternal e chorei longamente. André Luiz – Nosso Lar – Cap. 4 (...) Para fazer uma idéia, basta lembrar que apenas aqui, na seção em que se encontra, existem mais de mil doentes espirituais, e note que este é um dos menores edifícios do nosso parque hospitalar. – Tudo isso é maravilhoso! – exclamei. Adivinhando que minhas observações iam descambar para o elogio espontâneo, Lísias levantou-se da poltrona a que se recolhera e começou a auscultar-me, atento, impedindo-me o agradecimento verbal. – A zona dos seus intestinos apresenta lesões sérias com vestígios muito exatos do câncer; a região do fígado revela dilacerações; a dos rins demonstra característicos de esgotamento prematuro. Sorrindo, bondoso, acrescentou: – Sabe o irmão o que significa isso?
  • 11. 8 – Sim – repliquei, o médico esclareceu ontem, explicando que devo esses distúrbios a mim mesmo... Reconhecendo o acanhamento da confissão reticenciosa, apressou-se a consolar: – Na turma de oitenta enfermos a que devo assistência diária, cinqüenta e sete se encontram nas suas condições. E talvez ignore que existem, por aqui, os mutilados. Já pensou nisso? Sabe que o homem imprevidente, que gastou os olhos no mal, aqui comparece de órbitas vazias? Que o malfeitor, interessado em utilizar o dom da locomoção fácil nos atos criminosos, experimenta a desolação da paralisia, quando não é recolhido absolutamente sem pernas? Que os pobres obsidiados nas aberrações sexuais costumam chegar em extrema loucura? André Luiz – Nosso Lar – Cap. 5 (...) Todos os seus amigos esperam que você volte, mais tarde, à nossa colônia, na gloriosa condição de um «completista». O interpelado mostrou um raio de esperança nos olhos, agradeceu e despediu-se. As últimas observações de Manassés acenderam-me curiosidade mais forte. Não contive a indagação que me vagueava no pensamento e perguntei sem rebuços: - Meu amigo, que significa a palavra «completista»? Ele sorriu, complacente, e retrucou, bem-humorado: - É o título que designa os raros irmãos que aproveitaram todas as possibilidades construtivas que o corpo terrestre lhes oferecia. Em geral, quase todos nós, em regressando à esfera carnal, perdemos oportunidades muito importantes no desperdício das forças fisiológicas. Perambulamos por lá, fazendo alguma coisa de útil para nós e para outrem, mas, por vezes, desprezamos cinqüenta, sessenta, setenta per cento e, freqüentemente, até mais, de nossas possibilidades. Em muitas ocasiões, prevalece ainda, contra nós, a agravante de termos movimentado as energias sagradas da vida em atividades inferiores que degradam a inteligência e embrutecem o coração. Aqueles, porém, que mobilizam a máquina física, à maneira do operário fidelíssimo, conquistam direitos muito expressivos em nossos planos.
  • 12. 9 O «completista», na qualidade de trabalhador leal e produtivo, pode escolher, à vontade, o corpo futuro, quando lhe apraz o regresso à Crosta em missões de amor e iluminação, ou recebe veículo enobrecido para o prosseguimento de suas tarefas, a caminho de círculos mais elevados de trabalho. Semelhante notícia representava para mim valiosa revelação. Nada mais legítimo que dotar o servidor fiel de recursos completos. E lembrei-me dos desregramentos de toda a sorte a que se entregam as criaturas humanas, em todos os países, doutrinas e situações, complicando os caminhos evolutivos, criando laços escravizantes, enraizando-se no apego aos quadros transitórios da existência material, alimentando enganos e fantasias, destruindo o corpo e envenenando a alma. Num transporte de justificada admiração, redargúi: - Recordando o cativeiro dos Espíritos encarnados no plano da sensação, consola-nos saber que há um prêmio aos raríssimos homens que vivem na sublime arte do equilíbrio espiritual, mesmo na carne. - Sim - disse Manassés, aprovando-me com o olhar -, por mais estranho que possa parecer, semelhantes exceções existem no mundo. Passam, freqüentemente, para cá, entre os anônimos da Crosta, sem fichas de propaganda terrestre, mas com imenso lastro de espiritualidade superior. André Luiz – Missionários da Luz – Cap. 12
  • 13. 10 2. SUICÍDIO INCONSCIENTE 1.3 O que é o suicídio inconsciente? É quando a pessoa não toma consciência de que determinado comportamento, a sua maneira de viver, seus hábitos e costumes, podem complicar e abreviar a sua existência. 1.4 Pode dar um exemplo? Há inúmeros, a começar pelos vícios. O cigarro provoca câncer no pulmão, enfisema pulmonar, enfarto; o álcool cozinha o fígado; as drogas aniquilam o cérebro; a gula produz obesidade, que sobrecarrega o corpo. Por isso, raros vivem integralmente o tempo de vida que lhes foi concedido. 1.5 Quem come muito está se matando? Quem o diz é a Medicina. Excesso de peso sobrecarrega o coração, além de favorecer inúmeros males como diabetes, cardiopatias, distúrbios circulatórios. A lista é imensa. E não é só a quantidade. Também a qualidade do alimento. A má alimentação adiciona toxinas ao corpo e subtrai tempo na came ao espírito. 1.6 Se é assim, podemos dizer que, com raras exceções, somos todos suicidas inconscientes? Correto. Na existência humana há o que os médicos chamam de fatores de risco, como a hereditariedade, resistência baixa em virtude de problemas genéticos. Mas o maior risco é a nossa maneira de viver. Passamos a vida maltratando o corpo. Acabamos expulsos dele, como de uma casa que desaba porque o morador negligenciou sua conservação. 1.7 No Plano Espiritual, a situação daqueles que desencarnam por terem maltratado o corpo é a mesma dos que o fazem por iniciativa consciente? Não, porquanto não têm a intenção de se matar, mas enfrentam dificuldades de adaptação. Partem antes do tempo, guardam ainda forte impregnação envolvendo os vícios e as situações da Terra. É como um balão que não se livra do lastro para ascender. Fica preso ao chão.
  • 14. 11 1.8 Assim como o suicida consciente, o inconsciente terá sequelas em existência futura? Esse será o seu drama. O fumante terá problemas nos pulmões; o alcoólatra, no fígado; o drogado, no cérebro; o glutão, terá distúrbios hormonais. Funcionarão não apenas como resultado de seus excessos, mas, também, como veículos de contenção, destinados a sofrear e eliminar as tendências e vícios desenvolvidos. Richard Simonetti – Suicídio – Tudo o Que Você Precisa Saber – Cap. Inconsciência
  • 15. 12 3. SUICÍDIO INDIRETO: ACIDENTES “INTENCIONAIS” 2.1 A imprudência no trânsito mata milhares de pessoas, anualmente, no Brasil. Podemos caracterizá-la como um suicídio inconsciente? Não apenas no trânsito, mas em qualquer óbito decorrente dela. Sempre que desrespeitamos as regras da Vida, na jornada humana, ficamos por conta do que possa acontecer, incluindo a morte extemporânea, de funestas consequências. 2.2 Não tem nada a ver com o carma? Chico Xavier fala do carma da imprudência, cobrado de imediato. Seria a consequência de algo feito no passado, mas um passado tão próximo que se contaria em segundos, como uma ultrapassagem de veículo indevida, um racha no trânsito, uma disputa para ver quem bebe mais, e muitas outras situações em que, consciente ou inconscientemente, se pretenda desafiar a morte. 2.3 Pessoas que exercem profissões de alto risco, como pilotos de corridas, podem ser enquadradas como suicidas inconscientes, se falecem num acidente? Só se agirem de forma imprudente, o que é raro. Normalmente os profissionais que desempenham atividades de grande risco costumam cercar-se de sofisticado aparato de segurança. E mais fácil morrer num acidente de trânsito, na estrada ou na cidade, do que numa corrida daquela modalidade. Richard Simonetti - Suicídio – Tudo o Que Você Precisa Saber – Cap. Imprudência 2.4 Como fica o jovem que morre por Imprudência? Se seu pai lhe der um carro para trabalhar em determinada região, de forma a assegurar seu futuro, com uma vida produtiva e honrada e você o destroça por imprudência, perdendo tempo, oportunidade e dinheiro e baixando no hospital, como ficará com seu pai? Muito mal, sem dúvida. Não melhor fica o Espírito perante Deus, quando destrói o carro físico por desastradas manobras na viagem humana, determinado pela falta de responsabilidade. 2.5 E depois? Primeiro, estágios depuradores no Plano Espiritual, seguindo-se a recomendação em situação precária, com um «carro” frágil, limitado, a fim de que seja cerceado em sua volúpia pelo perigo e pela inconsequência. Richard Simonetti – Não Pise na Bola – Cap. 20
  • 16. 13 4. SUICÍDIO INDIRETO – MENSAGENS SELECIONADAS 3.1 Suicídio - Cairbar Schutel Não somente pelo gesto arrojado nos despenhadeiros da autodestruição, dominado pela loucura e a insensatez, o Homem comete suicídio. Mas também pelo desrespeito ás leis do equilíbrio e da serenidade com que a vida nos dignifica em toda a parte. Suicidas ! Suicidas ! Quase todos o somos. Coléricos extremados são suicidas impenitentes. Ciumentos inveterados, Glutões renitentes, Sexualistas descontrolados, Ambiciosos incorrigíveis, Preguiçosos dissolutos, Toxicômanos inconsequentes, Alcoólatras insistentes, covardes e melancólicos que cultivam as viciações do corpo e da mente, escravizando-se às paixões aniquilantes em que se comprazem, são suicidas lentos, caminhando para surpresas dolorosas, em que empenharão séculos de luta reeducativa e dor reparadora para a própria libertação, nos círculos das reencarnações retificadoras. Espírita! Tenha cuidado! Ligue-se ao pensamento superior e cultive no Espiritismo a idéia universal do bem, irrigando sua alma de consolo e esperança, a fim de caminhar acima das paixões, tranquilo e feliz, após as lutas necessárias no caminho renovador do aprendizado espiritual, na carne. Valorizemos, desse modo, o auxílio ao próximo, mas consideremos que o respeito a própria vida, para preservação do vaso orgânico que nos serve de veículo à evolução, é Caridade que não pode ser desconsiderada em nosso roteiro iluminativo. Suicidas – suicidas, quase todos nós o somos ! Porém, como Jesus é a “Luz do Mundo”, busquemo-Lo, empenhando-nos nas lides da imortalidade e despertaremos, além-da-morte, como a andorinha feliz singrando o ar ridente de Eterna Primavera. Cairbar Schutel – Crestomatia da Imortalidade – Cap. 6 – Suicídio
  • 17. 14 3.2 Loucura Suicida - Joanna de Angelis Não se encerrando a Vida, no pórtico da morte, quem se arroja no salto espetacular da alucinação autodestrutiva defronta, complicado, o problema de que desejou livrar-se, agravado pelos padecimentos que o gesto insano impõem à organização espiritual do trânsfuga da vida física. Outrossim, as consequências danosas que a atitude malsã promove entre os que ficaram na Terra são adicionadas à economia da sua desdita, porquanto a fuga do corpo a ninguém libera dos compromissos que assumiu, bruscamente interrompidos, mas não liberados... O suicida, infelizmente, adia, com gravames, a realização dos deveres e dificuldades a que lhe cumpre atender. Ocultando o orgulho que o cega e a rebeldia ante as soberanas leis, que o anestesia, o suicida não logra fugir do que deseja afastar, sofrendo a larga pena de acompanhar e vier os problemas que lhe pareciam insuportáveis. *** • Educa a mente no bem e disciplina o comportamento moral, jamais oferecendo guarida às idéias suicidas. Mentes desatreladas da matéria, em regime de ociosidade ou vampirização, trabalham mediante hipnose persistente, inspirando estados de alienação que culminam no suicídio. • Cultiva o hábito da prece e dá guarida aos pensamentos otimistas, estimulando conversações edificantes, com que te desvencilharás dos cipós que asfixiam, levando à autodestruição. • Trabalha pelo bem geral, liberando-te da presunção e do egoísmo, de mãos dadas ao amor fraternal e o amor fraternal conduzir-te-á com segurança por todos os dias até o término da tua vilegiatura física. • Valoriza o “Milagre das Horas”. O que ora te falta, fruirás mais tarde; A dor moral te espezinha agora, logo mais terá desaparecido; O afeto que se foi além, abandonando-te com ingratidão, encontrarás adiante; A calúnia que padeces, depois será diluída; A enfermidade difícil, que por enquanto te dilacera, cederá lugar à saúde perfeita posteriormente;
  • 18. 15 A solidão aparente que te aturde nestes dias, será sucedida pelas companhias abençoadas, se esperares. Viaja confiante no veículo do tempo. Dia chegará, se permaneceres na luta, em que considerarás as dificuldades e aflições que parecem superlativas, como verdadeiras bagatelas de valor nenhum, que superaste para o próprio bem. SUICIDAR-TE, JAMAIS ! Nem através da atitude violenta, final, irreversível, nem pelos largos métodos indiretos, elaborados pela insensatez e sustentados pelo materialismo. Joanna de Ângelis – Alerta – Cap. 28 – Loucura Suicida
  • 19. 16 3.3 Doenças do Comportamento - Joanna de Angelis A vida mental responde pelas atitudes comportamentais expressando-se em formas de saúde ou doença conforme o teor vibratório de que se revista. O bombardeio de petardos contínuos, portadores de alta carga destrutiva, agindo sobre os tecidos sutis da alma, desarticula as engrenagens do perispírito que reflete, no corpo e na emoção, as enfermidades de etiologia difícil de ser detectada pelos métodos comuns. À exceção dos severos problemas de saúde defluentes das reencarnações passadas, como as viroses e psicoses profundas, as mutilações e deficiências traumatizantes, as baciloses e idiotias irreversíveis que se agravam como necessidade provacional ou expiatória, grande parte dos males que pesam na economia da área do equilíbrio fisiopsíquico decorre da ação da mente desgovernada, sujeita à indisciplina de conduta e, sobretudo, rebelde, fixada aos caprichos das paixões primitivas. É natural e justo que a descarga mental desagregadora lançada contra alguém, primeiramente atinja os equipamentos que lhe sustentam a onda emissora acumulando cargas deletérias desconjuntam-se os delicados tecidos sustentados pela energia, ocasionando os desastres no campo da inarmonia propiciadora de distúrbios variados e contaminação compreensíveis. A ação imunológica do organismo desaparece sob a continua descarga das forcas perniciosas, abrindo espaço às calamidades físicas e psicológicas. Relacionemos algumas ocorrências: − A impetuosidade bloqueia a razão e desarticula o sistema nervoso central. − A queixa e o azedume emitem ondas pessimistas que sobrecarregam os sistemas de comunicação, produzindo envenenamento mental. − A ira obnubila o discernimento e produz disfunções gastrintestinais pelos tóxicos que lança na organização biológica. − A mágoa enlouquece, em razão de produzir fixações que se transformam em monoideísmo avassalador. − A insatisfação perturba o senso de observação e afeta o ritmo circulatório promovendo quadros depressivos, ou excitantes e prejudiciais.
  • 20. 17 − O ciúme enceguece e desencadeia disritmias emocionais pela tensão que domina os neurônios condutores do pensamento. A maledicência incorpora a calúnia e ambas desorganizam a escala de valores, aumentando os estímulos no aparelho endócrino que se exaure. − A ansiedade e o medo desestruturam o edifício celular dando margens às distonias complexas. − A vingança ,sob qualquer aspecto agasalha, corrói os sentimentos, qual ácido destruidor abrindo brechas para a amargura, o suicídio e a alucinação… Não nos referimos aos componentes obsessivos por desnecessário, que tais atitudes facultam por sintonia. Vários tipos de cânceres, alergias e infecções na esfera física, e neuroses, esquizofrenias e psicoses na faixa psíquica, têm suas gêneses no comportamento mental e nos seus efeitos morais. A ação dos medicamentos de varias psicoterapias por não alcançarem os centros mentais geradores do mau comportamento, tornam-se inócuos, quando não constituem sobrecarga nos órgãos encarregados dos fenômenos de assimilação e de eliminação compreensível, portanto que as construções positivas do Bem e o cultivo das virtudes evangélicas positivas produzem quadros de saúde e de bem estar pelos estímulos e recursos que oferecem à organização fisiopsíquica do homem. Mantém-te equilibrado a qualquer preço, para que não pagues o preço da culpa. Não sejas aquele que se faz o mau exemplo. Sê discreto e aprende a superar-te. Vence os pequenos problemas e percalços com dignidade, a fim de superares os grandes desafios da vida com honradez. Podes o que queres. Resolve-te, em definitivo, por ser Cristão, não te permitindo o que nos outros censuras, sem desculpismos nem uso de medidas infelizes com as quais esperas do próximo aquilo que ainda não podes ser. Joanna de Angelis – Seara do Bem – Cap. 3 - Doenças do Comportamento
  • 21. 18 3.4 Socorre a Ti Mesmo – Emmanuel Cura a catarata e a conjuntivite, mas corrige a visão espiritual de teus olhos. Defende-te contra a surdez, entretanto, retifica o teu modo de registrar as vozes e solicitações variadas que te procuram. Medica a arritmia e a dispnéia, contudo, não entregues o coração à impulsividade arrasadora. Combate a neurastenia e o esgotamento, no entanto, cuida de reajustar as emoções e tendências. Persegue a gastralgia, mas educa teus apetites à mesa. Melhora as condições do sangue, todavia, não o sobrecarregues com os resíduos de prazeres inferiores. Guerreia a hepatite, entretanto, livra o fígado dos excessos em que te comprazes. Remove os perigos da uremia, contudo, não sufoques os rins com os venenos de taças brilhantes. Desloca o reumatismo dos membros, reparando, porém, o que fazes com teus pés, braços e mãos. Sana os desacertos cerebrais que te ameaçam, todavia, aprende a guardar a mente no idealismo superior e nos atos nobres. Consagra-te à própria cura, mas não esqueças a pregação do Reino Divino aos teus órgãos. Eles são vivos e educáveis. Sem que teu pensamento se purifique e sem que a tua vontade comande o barco do organismo para o bem, a intervenção dos remédios humanos não passará de medida em trânsito para a inutilidade. Emmanuel – Pão Nosso – Cap. 51 – Socorre a Ti Mesmo
  • 22. 19 3.5 Como Adoecer – Joanna de Angelis 1º. Descuide-se do seu corpo. Alimente-se mal. Desconsidere a vida. Use bastante o sexo, as drogas, o fumo, os alcoólicos e, acima de tudo, mantenha sua consciência de culpa. Isto é fundamental para viver doente. 2º. Desista da luta, porque sua existência não tem mais significado. Depois que perdeu isto ou aquilo, para que lutar? Perdeu namorado (a)? Para que lutar? Fique doente para ele (ou ela) ficar feliz e namorar outra (o). Aja dessa maneira, porque é muito bom para enfermar. 3º. Procure fazer o que lhe desagrada. Castigue seu corpo. Tudo aquilo que é ruim, Deus reservou para você. Ele não gosta mesmo de você! Das atividades domésticas, faça aquelas que são as piores: lavar pratos e raspar panelas sem luvas. Para que unhas bem-cuidadas? Negativo! 4º. Guarde ressentimento ao máximo. Não perdoe. Perdoar é coisa para gente fraca. Desculpar? Por que seria você a única pessoa no mundo que tem o dever de desculpar? De forma nenhuma! Conserve as lembranças pessimistas; lembre bem das coisas infelizes da sua vida. Queixe-se bastante. Isto produz venenos maravilhosos no seu corpo. 5º. Construa ideias perturbadoras e concentre-se nelas, mantendo-se fixo na maior parte do tempo (senão todo tempo) nessas ideias desastrosas. Elas fazem um bem tão grande à doença, que tornam o indivíduo pior. 6º. Isole-se. Você não merece a sociedade; suas relações são muito prejudiciais e todo mundo é hipócrita. Só você é formidável. Ninguém o compreende. Seja, pois, um isolado, ou, de mau humor, aquele que chama a atenção e a quem todos dizem: "Ele é muito infeliz! É um coitado!" Isto é excelente para o seu sistema respiratório: proporciona dispneia e ansiedade... Faça isso. Constatará que vai continuar doente e que todo mundo vai saber.
  • 23. 20 7º. A culpa de tudo quanto lhe acontece é dos outros. Os outros é que são culpados e você sempre é uma vítima, é uma pessoa muito desequipada, um pobre coitado. 8º. Dissimule os seus sentimentos. Finja o que puder. Não seja autêntico. Mesmo quando não goste de algo, dê a impressão que sim e obedeça sempre ao que os outros pensam. Seja uma pessoa que não tem ideias próprias. Você será sempre muito infeliz cultivando isso. 9º. Evite o bom humor. Já notou que as pessoas de bom humor são felizes? Por que você vai cultivar o bom humor? Evite-o, e então continuará doente! Por que sorrir? A sua vida é trágica. Por que transformá-la numa comédia? Continue sem sorrir! 10º.Mantenha esses itens inalterados. Por que deveria mudá-los? Não há mais jeito! Está tudo perdido. Por que você é que deve mudar? De maneira nenhuma! Mantenha este ideal e a doença estará sempre alojada no seu organismo. Joanna de Angelis – O Colar de Diamantes – Cap. 7 -Como Adoecer
  • 24. 21 3.6 Dupla Renovação – Emmanuel “Época de Transição”: esta é a legenda que repetis frequentemente para definir a atualidade terrestre, em que surpreendeis, a cada passo, larga fieira de ocorrências inusitadas: • Conflitos. • Desencarnações em massa. • Acidentes enlutando almas e lares. • Desvinculações violentas. • Dramas no instituto doméstico. • Processos obsessivos, culminando com perturbações e lágrimas. • Moléstias de etiologia obscura. • Incompreensões. Forçoso observar, no entanto, que o plano físico e o plano espiritual que se lhe segue reagem constantemente um sobre o outro. Criaturas desencarnadas atuam no ambiente dos companheiros encarnados e vice-versa. E se vos reportais ao término do segundo milênio de civilização cristã em que vos achais, com a expectativa e o entusiasmo de quem se vê à frente de uma era nova, as mesmas circunstâncias se verificam na Espiritualidade, entre aqueles que aspiram a obter o retorno à Terra, expressando propósitos de auto-burilamento em nível mais alto de evolução. É por isso que legiões enormes de irmãos, domiciliados no Mais Além, vêm solicitando, desde algum tempo, • Reencarnações difíceis; • Testemunhos acerbos de aperfeiçoamento íntimo; • Tempo curto no veículo físico, de modo a complementarem tarefas inacabadas em diversos setores da experiência humana; • Presença ligeira, junto de seres queridos, a fim de chamá-los à consideração da Vida Superior; • Ou empreitadas de serviço moral para a liquidação de empreendimentos redentores, largados por eles nos caminhos do tempo. Para isso, tentam aproveitar-se da última vigésima parte do segundo milênio, a que nos referimos, para encerrarem o balanço das experiências menos felizes que lhes dizem respeito nos séculos últimos.
  • 25. 22 Perante a Vida Maior, quase tudo aquilo que vedes, presentemente, em matéria de agitação ou desequilíbrio, nada mais significa que a movimentação mais intensa de vastas coletividades que retornam à Esfera Física, em regime de urgência, no intuito de conseguirem retoques e meios com que possam abordar os tempos novos em condições mais dignas de trabalho e progresso. Mantenhamo-nos prudentes, abstenhamo-nos de agravar dificuldades, evitemos a formação de problemas, orando e construindo, seja nos obstáculos que nos atinjam, seja nas inquietações que assaltem aos outros. Mas sejam quais forem as circunstâncias, estejamos atentos à fé para servir e compreender, reconhecendo que todas as provas de hoje são recursos e instrumentos de que se vale a Providência Divina a fim de conduzir-nos à Vida Melhor de amanhã. Emmanuel – Diálogos dos Vivos – Cap. 21 – Dupla Renovação
  • 26. 23 3.7 A conduta mental - a saúde ou a doença Na raiz de todas as enfermidades que sitiam o homem encontramos, como causa preponderante, o desequilíbrio dele próprio. O Espírito é o modelador dos equipamentos de que se utilizará na reencarnação. Assim sendo, desdobra as células da vesícula seminal sobre as matrizes vibratórias do perispírito, dando surgimento aos folhetos blastodérmicos que se encarregam de compor os tubos intestinal e nervoso, os tecidos cutâneos e todos os elementos constitutivos das organizações física e psí- quica. São bilhões de seres microscópicos, individualizados, que trabalham sob o comando da mente, que retrata as aquisições anteriores, que cumpre aprimorar ou corrigir. Cada um desses seres que se ajustam perfeitamente aos implementos vibratórios da alma, emite e capta irradiações específicas, em forma de oscilações eletromagnéticas, que compõem o quadro da individualidade humana. Em razão da conduta mental, as células são estimuladas ou bombardeadas pelos fluxos dos interesses que lhe aprazem, promovendo a saúde ou dando origem aos dese- quilíbrios que decorrem da inarmonia, quando essas unidades em estado de mitose degeneram, oferecendo campo às bactérias patológicas que se instalam vencendo os fatores imunológicos, desativados ou enfraquecidos pelas ondas contínuas de mau humor, pessimismo, revolta, ódio, ciúme, lubricidade e viciações de qualquer natureza que se transformam em poderosos agentes da perturbação e do sofrimento. No caso dos fenômenos teratológicos das patogenias congênitas, encontramos o Espírito infrator encarcerado na organização que desrespeitou impunemente, quando a colocou a serviço da irresponsabilidade ou da alucinação. Problemas de graves mutilações e deficiências, enfermidades irreversíveis surgem como efeitos da culpa guardada no campo da consciência, em forma de arrependimentos tardios pelas ações nefastas antes praticadas. (...) Os atos infelizes, deliberadamente praticados, em razão da força mental de que necessitam, destroem os tecidos sutis do perispírito, os quais, ressentindo-se do desconcerto, deixarão matrizes na futura forma física, em que se manifestarão as deficiências purificadoras. A queda do tom vibratório específico permitirá, então, que os envolvidos no fato, no tempo e no espaço, próximos ou não, se vinculem pelo processo de uma sintonia automática de que não se furtarão. Estabelecem-se aí as enfermidades de qualquer porte.
  • 27. 24 Os fatores imunológicos do organismo, padecendo a disritmia vibratória que os envolve, são vencidos por bactérias, vírus e toda a sorte de micróbios patogênicos que logo se desenvolvem, dando gênese às doenças físicas. Por sua vez, na área mental, os conflitos, as mágoas, os ódios acerbos, as ambições tresvariadas e os tormentosos delitos ocultos, quando da reencarnação, por estarem ínsitos no Espírito endividado, respondem pelas distonias psíquicas e alienações mais variadas. Acrescente-se a isso a presença dos cobradores desencarnados, cuja ação mental encontra perfeito acoplamento na paisagem psicológica daqueles a quem perseguem, e teremos instalada a constrição obsessiva. Eis porque é rara a enfermidade que não conte com a presença de um componente espiritual, quando não seja diretamente o seu efeito. Corpo e mente refletem a realidade espiritual de cada criatura. (...) O médico informou, ainda, que há casos em que a incidência do pensamento maléfico, aceito pela mente culpada, destrambelha a intimidade da célula, interferindo no seu núcleo, acelerando a sua reprodução e dando gênese a neoplasias e cânceres de variadas expressões. Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap. 1
  • 28. 25 3.8 Processos Obsessivos Simples e as enfermidades − Acrescentemos a essas predisposições a presença dos cobradores desencarnados, cuja ação mental encontra perfeito acoplamento na paisagem psicofísica dos a quem perseguem, e teremos a presença da constrição obsessiva. − A mente, viciada e aturdida pelas ondas perturbadoras que capta do obsessor, perde controle harmônico, automático sobre as células, facultando que as bactérias patológicas proliferem, dominadoras. Tal inarmonia propicia a degenerescência celular em forma de cânceres, tuberculose, hanseníase e outras doenças de características complexas, que a Ciência vem estudando.(9) − O corpo e a mente refletem a realidade espiritual de cada criatura. Argos reencarnou com a região pulmonar descompensada, em face do sério comprometimento no qual se envolveu, ao mesmo tempo com a mente aturdida, lutando contra o ressumar das reminiscências que, de quando em quando, o assaltam e a consciência que tem daquilo que lhe cumpre realizar. − Podemos afirmar que o desencadear da sua enfermidade se deveu a fatores fisiológicos, mas foi precipitada pela ação pertinaz de companheiros desencarnados. (...) − Dirigimo-nos a um apartamento bem decorado do recinto hospitalar, no qual se debatia, nas garras da tuberculose pulmonar, um senhor de setenta anos aproximadamente. – O enfermo, que se encontra em processo de desencarnação, é o senhor Marcondes. − As suas dores não se encerrarão, no entanto, quando lhe cessarem os movimentos físicos...Como vemos, as presenças espirituais que aqui se movimentam, são de péssima procedência e tem motivos para o fazer. Alguns são adversários pessoais dele, que os tem desde vivências anteriores; outros foram adquiridos na atual reencarnação e outros, ainda, procedem de simpatizantes e amigos daqueles a quem ele prejudicou mais recentemente nesta encarnação, que aderiram às magoas dos seus amigos e se resolveram por cooperar no extermínio da personagem odiada. − Marcondes sempre estremunhado, cultiva formas-pensamentos que nutre os seus adversários desencarnados, recebendo, com incidência poderosa, a resposta deles transformada em energia deletéria, que terminou por arruinar-lhe a vida física e a mental já seriamente abalada. Temos, no companheiro duplamente afetado, no corpo e na alma, um exemplo típico da ação do petardo mental disparado pelo ódio contra alguém que o recebe, em sintonia de faixa psíquica equivalente.
  • 29. 26 − Em face das suas atitudes, o nosso enfermo passou a sofrer o cerco de entidades perversas que interferiam no seu comportamento mental, com as naturais reações psicológicas e humanas. Simultaneamente, o desencadear da animosidade que as suas atitudes provocavam, fez que as pessoas encarnadas passassem a desfechar-lhe flechadas mentais, desejando-lhe a ruína, a infelicidade, a morte. A principio, em razão de encontrar-se mergulhado em verdadeira carapaça das próprias construções psíquicas, aqueles petardos não o atingiam com facilidade. Lentamente, as sucessivas ondas prejudiciais alcançaram-lhe os equipamentos orgânicos, desarticulando as defesas imunológicas que foram vencidas, degenerando células e dando inicio, a principio, à irrupção do bacilo de Kock, agora em fase final do processo. − No caso em tela, foram os petardos mentais dos encarnados que, por sintonia dele próprio, desencadearam os distúrbios que o afligiram, dentro, naturalmente, das balizas do seu programa cármico. Manoel Philomeno de Miranda – Painéis da Obsessão – Cap.4
  • 30. 27 3.9 Alergia e Obsessão - Dias da Cruz TODOS OS NOSSOS PENSAMENTOS definidos por vibrações, palavras ou atos, ARROJAM DE NÓS RAIOS ESPECÍFICOS. Assim sendo, é indispensável curar de nossas próprias atitudes, na autodefesa e no amparo aos semelhantes, porquanto a cólera e a irritação, a leviandade e a maledicência, a crueldade e a calúnia, a irreflexão e a brutalidade, a tristeza e o desânimo, produzem ELEVADA PERCENTAGEM DE AGENTES DE NATUREZA DESTRUTIVA, EM NÓS E EM TORNO DE NÓS. Dias da Cruz – Instruções Psicofônicas – Cap. 19
  • 31. 28 3.10 Parasitose Mental – Dias da Cruz Através do próprio pensamento desgovernado, O HOMEM PODE FABRICAR PARA SI MESMO as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de angustia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinqüência, desanimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico PROCESSOS PATOGÊNICOS INDEFINÍVEIS, que lhe FAVORECEM A DERROCADA OU A MORTE. Dias da Cruz – Instruções Psicofônicas – Cap. 34
  • 32. 29 3.11 Suicídio e Loucura – Joanna de Angelis Esta melancolia sistemática, atormentadora, vem-se aprofundando no teu comportamento, de tal forma, que enveredas, sem dar-te conta, pelas vias torpes da depressão de grave trato. Essa tristeza que agasalhas, prejudicial e renitente, coloca a máscara de dor na tua face, conduzindo-te, inadvertidamente, a uma neurose de lento curso com todos os seus efeitos danosos. Aquela fixação, que te vai dominando as paisagens mentais, substitui, a pouco e pouco, a polivalência das idéias, alienando-te da sociedade onde te encontras... A marca do sofrimento reflete-se no teu rosto, qual se fosse feita por garras devastadoras, que procedem, no entanto, do teu mundo íntimo, conspirando contra o teu progresso. A impressão do desgosto passou a compartir com as tuas alegrias, diminuindo-as e empurrando-te sempre para os abismos da psicose maníaco-depressiva. O cultivo dos pensamentos deprimentes gera, na tua conduta, a destruição dos ideais superiores, amargurando as horas que poderias fruir como estímulo para o prosseguimento da tua jornada. REFLEXIONA com cuidado e desperta do letargo, da estagnação emocional a que te estás relegando. Além da loucura decorrente dos problemas orgânicos e emocionais, existe a de natureza que agasalhas e que pode irromper em tragédia de um para outro momento. Na área dos pensamentos depressivos a loucura se instala, preparando terreno para mais graves cometimentos infelizes, dentre os quais, se destaca o suicídio. É suicida, não apenas quem assume uma atitude autodestrutiva, através de um só golpe de alta violência... E também suicida aquele que se não renova para o bem, entregando-se aos excessos de qualquer natureza, exorbitando das suas possibilidades vitais. Desse modo, a melancolia e seus sequazes são passos de alucinação para o irremediável comportamento suicida. És filho de Deus a serviço da vida. Estás na Terra para crescer e progredir. Tens compromisso com a Criação, contigo e com o teu próximo. Indispensável despertares para a responsabilidade e conscientizares-te do que podes fazer, para aceitar o que não podes alterar, modificar o que seja possível de transformado e dispor de sabedoria para distinguir uma de outra coisa... Assume, contigo próprio, o elevado compromisso de amar-te e desenvolver as aptidões que te
  • 33. 30 auxiliarão a conquistar o vir a ser. Ama-te, porquanto esses clichês pessimistas são decorrência do descuido que te permites, do desamor a que te relegas. Contempla o Sol e viaja com a claridade, não aceitando o convite das sombras da noite, que clarearás com as estrelas da tua fé religiosa. Loucura e suicídio são termos da tragédia do cotidiano, que somente o amor, conforme o lecionou Jesus, conseguirá diluir, abrindo espaço para o êxito da Vida, a alegria de viver. Joanna de Ângelis - Revista Reformador - nº 1910 - Maio – 1988
  • 34. 31 3.12 Mortos voluntários – André Luiz Condicionou-se a mente humana, de maneira geral, a crer que a madureza orgânica é antecâmara da inutilidade e eis muita gente a se demitir, indebitamente, do dever que a vida lhe delegou. Inúmeros companheiros, porque hajam alcançado aposentadoria profissional ou pelo motivo de abraçarem garotos que lhes descendem do sangue, dizem-se no paralelo final da carreira física. Esquecem-se de que o fruto amadurecido é a garantia de toda a renovação da espécie, e rojam-se prostrados, à soleira da inércia, proclamando-se desalentados. Falam do crepúsculo, como se não contassem com a manhã seguinte. Começam qualquer comentário em torno dos temas palpitantes do presente, pela frase clássica: ”no meu tempo não era assim”. Enquanto isso, a vida, ao redor, é desafio incessante ao progresso e à transformação, chamando-os ao rejuvenescimento. Filhos lhes reclamam orientação sadia, netos lhes solicitam calor da alma, amigos lhes pedem o concurso da experiência e os irmãos da Humanidade contam com eles para novas jornadas evolutivas. Bastará pensar, porém, que as crianças e os jovens não acertam o passo sem os mentores adestrados na experiência, peritos em discernimento e trabalho, para que não menosprezem a função que lhes cabe. Nada de esquecer que o Espírito reencarna, atravessando as faces difíceis da infância e da juventude para alcançar a maioridade fisiológica e começar a viver, do ponto de vista da responsabilidade individual. Quanto empeço vencido e quanta ilusão atravessada para consolidar uma reencarnação, longe das praias estreitas do berço e da meninice, a fim de que o Espírito, viajor da eternidade, alcance o alto mar da experiência terrestre! Entretanto, grande número de felizardos que chegam ao período áureo da reflexão, com todas as possibilidades de serviço criador, estacam em suposta incapacidade, batendo à porta do desencanto como quem se compraz na volúpia da compaixão por si mesmos. Trabalhemos por exterminar a praga do desânimo nos corações que atingiram a quadra preciosa da prudência e da compreensão. Vida é chama eterna. Todo o dia é tempo de inventar, clarear e prosseguir.
  • 35. 32 Os companheiros experientes no esforço terrestre constituem a vanguarda dos que renascem no Planeta e não a chamada “velha guarda” que a rabugice de muitos imaginou para deprimir a melhor época da criatura reencarnada na Terra. Desencarnação é libertação da alma, morte é outra coisa. Morte constitui cessação da vida, apodrecimento, bolor. Os que desanimam de lutar e trabalhar, renovar e evoluir são os que verdadeiramente morrem, conquanto vivos, convertendo-se em múmias de negação e preguiça, e, ainda que a desencarnação passe, transfiguradora, por eles, prosseguem inativos na condição de mortos voluntários que recusam a viver. Acompanhemos a marcha do Sol, que diariamente cria, transforma, experimenta, embeleza. Renovemo-nos. André Luiz – Estude e Viva – Cap. 26 – Mortos Voluntários
  • 36. 33 3.13 Suicídio moral – Joanna de Angelis Vários são os mecanismos que desencadeiam o autocídio. Multiplicam-se desde aqueles de natureza moral aos terríveis sofrimentos que defluem de enfermidades degenerativas e dolorosas, passando pelos dramas existenciais e torpezas do comportamento, aflições econômicas e sociais... Dentre outros, os transtornos psicológicos em forma de depressão respondem por altas cifras de desencarnações pelo suicídio. Há, no entanto, uma forma insidiosa e traiçoeira de autodestruição, de referência ao corpo somático, que não passa de instrumento indireto para atingir o mesmo fim. Esse cruel adversário da vida é o cultivo de idéias mórbidas e perturbadoras, que se instalam como pessimismo ou culpa, desestruturando o ser nos seus objetivos elevados. Inicialmente surgem como pensamentos infelizes que prosseguem, fixando-se e alienando o indivíduo que foge ao convívio saudável com outras pessoas, transformando-se em conflitos destrutivos que terminam de maneira penosa, injustificável. ... A vida física é oportunidade sublime para o crescimento íntimo e a auto-iluminação, que não pode ser exposta a esses fatores de desagregação e perda. Da mesma forma, o hábito doentio de entregar-se aos vícios, sejam quais forem, desde aqueles que criam dependência química ou os que se fazem compromissos morais devastadores, culminando no esfacelamento das forças com o conseqüente fenômeno da desencarnação. O corpo é instrumento da Vida com finalidades específicas, que deve ser preservado a qualquer preço. A partir dos hábitos saudáveis de higiene até aos do trabalho dignificante em favor da sua manutenção, a fim de mantê-lo em equilíbrio conforme os costumes da sociedade, apresenta-se a necessidade de oferecer-lhe auxílio para os equipamentos que o constituem, através dos contributos morais que melhormente o preservam. Sem as disciplinas hábeis, que conservam as funções de que se constitui, facilmente degenera e sucumbe. Sob condicionamentos infelizes e sujeição de drogas desgastantes ou vapores mentais tóxicos, a sua maquinaria desajusta-se e interrompe a marcha. Certamente aquele que assim procede, por negligência ou indiferença, está contribuindo para a própria desencarnação, sub-repticiamente desejando-a.
  • 37. 34 É menos responsável aquele que, mediante gesto intempestivo e alucinado, atira-se no abismo do suicídio covarde, do que o indivíduo que dispõe de tempo para a reflexão e a mudança de comportamento, não obstante prosseguindo no programa de desrespeito à vida conforme se entrega. ... Nada justifica o ato insano do autocídio. A noite tempestuosa de hoje sempre cede lugar ao dia claro e risonho de amanhã. Dor é instrumento de reflexão e análise de como se está vivendo, enquanto que os acidentes e incidentes sociais e morais são chamados de atenção de que dispõe a Vida para o auto-aprimoramento do ser. Tem paciência, pois, em qualquer situação em que te encontres, e aguarda a Divina Providência. Coisa alguma acontece fora das Leis Cósmicas e das necessidades de evolução. Não poucas vezes, quando algo negativo ou perturbador, em forma de desar ou enfermidade, chega-te, afligindo-te, e a Vida chamando-te à reflexão em torno daquilo que necessita ser corrigido e deves averiguá-lo para logo o fazer. Preserva o teu corpo, preparando-o para servir-te de domicílio pelo período mais largo possível, a fim de que, ao desencarnares, não te dês conta de que te encontras entre aqueles que chegaram à Pátria espiritual antes da hora, pelo nefando instrumento do suicídio indireto. Joanna de Angelis - Diretrizes para o Êxito - Cap. 14 – Suicídio Moral
  • 38. 35 3.14 Opção pela vida – Joanna de Angelis Nos atuais dias turbulentos aumenta, assustadora e consideravelmente, os números dos indivíduos que se negam a viver, a enfrentar os desafios e as dificuldades, fugindo por meio da ingestão de drogas alucinógenas, do álcool, dos excessos desvigorantes, ao prosseguimento da existência corporal. Ao lado desses programas de autodestruição, surgem os casos dos suicídios psicológicos, nos quais as suas vítimas se enredam nas teias da depressão, da paranóia, da psicose, da esquizofrenia, sem valor moral para enfrentar os problemas e dificuldades que fazem parte da vida. O suicídio é o ato sumamente covarde de quem opta por fugir, despertando em realidade mais vigorosa, sem outra alternativa de escapar. A vida não se consome na morte física e o fenômeno biológico não é a expressão real do ser. Como conseqüência, o ex-suicida reencarnado sempre traz as matrizes do crime perpetrado, sofrendo contínua tentação de repetir o delito, quando defrontado por dificuldade de qualquer natureza. ........................................... É cômodo e trágico fugir psicologicamente da vida, jamais o conseguindo realmente. ........................................... Por outro lado, aparecem indivíduos que se aferram aos objetivos que se lhes representam como vida: amar apaixonadamente alguém, cuidar de outrem, dedicar-se a um labor, a uma tarefa artística ou não, a um ideal ou à abnegação, e que, concluída a motivação, negam-se a viver, matando-se emocionalmente e sucumbindo depois... ........................................... Quem se considere livre para morrer, assume um compromisso com a liberdade para viver. Joanna de Angelis - Momentos de Iluminação – Cap. Opção pela Vida
  • 39. 36 3.15 Suicídio – Emmanuel No suicídio intencional, sem as atenuantes da moléstia ou da ignorância, há que considerar não somente o problema da infração ante as Leis Divinas, mas também o ato de violência que a criatura comete contra si mesma, através da premeditação mais profunda, com remorso mais amplo. Atormentada de dor, a consciência desperta no nível de sombra a que se precipitou, suportando compulsoriamente as companhias que elegeu para si própria, pelo tempo indispensável à justa renovação. Contudo, os resultados não se circunscrevem aos fenômenos de sofrimento intimo, porque surgem os desequilíbrios consequentes nas sinergias do corpo espiritual, com impositivos de reajuste em existências próximas. É assim que após determinado tempo de reeducação, nos círculos de trabalho fronteiriços da Terra, os suicidas são habitualmente reinternados no plano carnal, em regime de hospitalização na cela física, que lhes reflete as penas e angústias na forma de enfermidades e inibições. Ser-nos-á fácil, desse modo, identificá-los, no berço em que repontam, entremostrando a expiação a que se acolhem. Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da osteíte difusa. Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica providencial na cura da alma.
  • 40. 37 Junto de semelhantes quadros de provação regenerativa, funciona a ciência médica por missionária da redenção, conseguindo ajudar e melhorar os enfermos de conformidade com os créditos morais que atingiram ou segundo o merecimento de que disponham. Guarda, pois, a existência como dom inefável, porque teu corpo é sempre instrumento divino, para que nele aprendas a crescer para a luz e a viver para o amor, ante a glória de Deus. Emmanuel – Religião dos Espíritos – Cap. 48 – Suicídio
  • 41. 38 3.16 Socorre a ti mesmo – Emmanuel “Pregando o Evangelho do reino e curando todas as enfermidades.” (Mateus, 9:35) Cura a catarata e a conjuntivite, mas corrige a visão espiritual de teus olhos. Defende-te contra a surdez, entretanto, retifica o teu modo de registrar as vozes e solicitações variadas que te procuram. Medica a arritmia e a dispnéia, contudo, não entregues o coração à impulsividade arrasadora. Combate a neurastenia e o esgotamento, no entanto, cuida de reajustar as emoções e tendências. Persegue a gastralgia, mas educa teus apetites à mesa. Melhora as condições do sangue, todavia, não o sobrecarregues com os resíduos de prazeres inferiores. Guerreia a hepatite, entretanto, livra o fígado dos excessos em que te comprazes. Remove os perigos da uremia, contudo, não sufoques os rins com os venenos de taças brilhantes. Desloca o reumatismo dos membros, reparando, porém, o que fazes com teus pés, braços e mãos. Sana os desacertos cerebrais que te ameaçam, todavia, aprende a guardar a mente no idealismo superior e nos atos nobres. Consagra-te à própria cura, mas não esqueças a pregação do Reino Divino aos teus órgãos. Eles são vivos e educáveis. Sem que teu pensamento se purifique e sem que a tua vontade comande o barco do organismo para o bem, a intervenção dos remédios humanos não passará de medida em trânsito para a inutilidade. Emmanuel – Pão Nosso – Cap. 51 – Socorre a Ti Mesmo
  • 42. 39 3.17 Temperança – Casemiro Cunha Consagra-te à temperança Se queres vida segura. Quem mais se farta no corpo, Na Terra, é quem menos dura. Casemiro Cunha – Pássaros Humanos – Cap. 2