3. DEFINIÇÃO
A definição de coluna na imprensa brasileira
dá margem a ambigüidades. Há uma
tendência geral para chamar de coluna toda
seção fixa.
Assim sendo, a coluna abrange, segundo essa
noção, o comentário, a crônica e até mesmo
a resenha.
4. A HISTÓRIA
Historicamente, a coluna originou-se dentro da
antiga diagramação vertical, em que as
matérias eram dispostas de cima para baixo,
passando, se necessário, à coluna vizinha.
Hoje, com a diagramação horizontal, a coluna
já não mais ocupa o espaço disposto
verticalmente e se alarga pelo espaço
fronteiriço. Por isso, é comum o uso da palavra
seção para denominar a coluna.
5. A HISTÓRIA
A coluna surgiu na imprensa norte-americana,
em meados do século XIX, quando os jornais
deixaram
de ser doutrinários e adquiriam feição
informativa.
O público começou a desejar matérias que
escapassem do anonimato redatorial e
tivessem personalidade. Isso deu lugar ao
aparecimento de seções sob a
responsabilidade de jornalistas conhecidos,
superando a frieza e a impessoalidade do
corpo do jornal, e originando espaços dotados
de valor informativo e de vigor pessoal.
6. CARACTERÍSTICAS
As colunas mantêm um título ou cabeçalho
constante.
São diagramadas geralmente numa posição
fixa e sempre na mesma página o que facilita
a sua localização imediata pelos leitores.
7. A ESTRUTURA
Do ponto de vista estrutural, a coluna é um
complexo de mini-informações.
Fatos relatados com muita brevidade.
Comentários rápidos sobre situações
emergentes. Ponto de vista apreendido de
personalidades do mundo noticioso.
Trata-se de uma colcha de retalhos, com
unidades informativas e opinativas que se
articulam.
8. O FURO
A coluna cumpre hoje uma função que foi
peculiar ao jornalismo impresso antes do
aparecimento do rádio e da televisão: o furo.
Procura trazer fatos, idéias e julgamentos em
primeira mão, antecipando-se à sua
apropriação pelas outras seções dos jornais,
quando não funciona como fonte de
informação.
9. OS BASTIDORES
A coluna tem como espaço
privilegiado os bastidores da
notícia, descobrindo fatos que
estão por acontecer, pinçando
opiniões que ainda não se expressaram, ou exercendo um
trabalho sutil de orientação da opinião pública.
10. TIPOS DE COLUNA
Existe quatro tipos de coluna:
•Coluna padrão
•Coluna miscelânea
•Coluna de mexericos
•Coluna sobre política
11. A COLUNA PADRÃO
•Dedicada aos assuntos editoriais
de menor importância,
reservando a cada um pouco mais
de um parágrafo, o que implica
um tratamento superficial, apenas
sugerindo tendências ou propondo padrões de julgamento;
12. A COLUNA DE MISCELANEA
•Combinação de prosa e verso,
foge ao padrão tipográfico
convencional, misturando tipos;
não se prende a nenhum assunto,
incluindo uma grande variedade de temas e atribuindo uma
certa dose de humor e sarcasmo aos assuntos tratados;
13. A COLUNA DE MEXERICO
•Centralizada em pessoas,
principalmente as figuras da alta
sociedade, as personalidades
famosas, ou mesmo, no caso dos
pequenos jornais, às pessoas de destaque na comunidade.
Divulga confidências, indiscrições, faz elogios, impõe sanções
comportamentais. Inicialmente voltado para o high society,
esse tipo de coluna subdivide-se depois por ramos de
atividades: cinema, teatro, música, esporte, economia;
14. A COLUNA DE POLITICA
•Variante da coluna de mexericos,
mas sem adotar a sua "tagarelice",
situa o leitor no mundo do poder,
mostrando-o na sua intimidade.
15. VALOR
Você só “vale” se sair na coluna
Aparentemente a coluna tem
caráter informativo, registrando
apenas o que está ocorrendo na
sociedade. Mas, na prática, é uma
seção que emite juízos de valor, com sutileza ou de modo
ostensivo. O próprio ato de selecionar os fatos e os
personagens a merecerem registro já revela o seu caráter
opinativo.
17. VAIDADE
•O colunismo atende a uma
necessidade de satisfação
substitutiva existente no público
leitor. Já que a maioria das pessoas
está excluída do círculo reduzido dos colunáveis
(poder/estrelato), passa a sensação de participar desse
mundo, através dos colunistas. Trata-se de uma forma de
participação artificial, abstrata. Participam sem fazer parte.
Acompanham à distância.
18. ESNSAIO
•O colunismo tem a função de "ensaio". Insinua fatos, lança
idéias,
sugere situações, com a finalidade de
avaliar as repercussões. Isso se chama,
em linguagem jornalística, “plantar
notícia”. Da reação do público, estimulada por essas
informações sutis, depende muitas vezes a tomada de decisões
empresariais, políticas. Passado o impacto, refeito o susto, o
público as aceita com tranqüilidade. Ou se as rejeita,
fortemente, é o caso de adiá-las, transferi-las para ocasião
mais oportuna.
19. MODELO
Alimentando a vaidade das
pessoas importantes (do mundo
da arte, do espetáculo e da
política), o colunismo oferece ao
mesmo tempo "modelos" de
comportamento. Estimula o modismo, incrementa o consumo,
alimenta a esperança dos que pretendem ingressar no "paraíso
burguês".
20. A COLUNA LTDA.
•No jornalismo norte-americano,
os grandes colunistas deixaram
de ser profissionais assalariados
por uma determinada empresa e
criaram seus próprios escritórios de informação (espécies de
agências noticiosas de futilidades), que vendem as colunas
para jornais e revistas de diferentes cidades e regiões onde são
produzidas simultaneamente.
21. A POPULARIZAÇÃO
Se no princípio o colunismo
restringia-se ao ambiente da alta
sociedade, hoje ele se alastra para
todas as áreas cobertas pelos
jornais diários. Onde há setores que
projetam personalidades e instituições,
o colunismo se estrutura e atua.
22. NO BRASIL
•Os tipos de colunas mais comuns na imprensa brasileira são:
coluna social, coluna política, coluna econômica, coluna
policial, coluna esportiva, coluna de livros, coluna de cinema,
coluna de televisão, coluna de música etc.