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Violência doméstica 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
Violência doméstica é a violência, explícita ou velada, literalmente praticada 
dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos unidos por parentesco 
civil (marido e mulher, sogra, padrasto) ou parentesco natural (pai, mãe, 
filhos, irmãos, etc).1 Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso 
sexual contra as crianças, maus-tratos contra idosos, e violência contra a 
mulher e contra o homem geralmente nos processos de separação litigiosa além da 
violência sexual contra o parceiro. 
Pode ser dividida em violência física — quando envolve agressão direta, contra 
pessoas queridas do agredido ou destruição de objectos e pertences do mesmo 
(patrimonial); violência psicológica — quando envolve agressão verbal, ameaças, 
gestos e posturas agressivas, juridicamente produzindo danos morais; e violência 
sócio-económica, quando envolve o controle da vida social da vítima ou de seus 
recursos económicos. Também alguns consideram violência doméstica o abandono e a 
negligência quanto a crianças, parceiros ou idosos. Enquadradas na tipologia 
proposta por Dahlberg; Krug, 2 na categoria interpessoais, subdividindo-se 
quanto a natureza Física, Sexual, Psicológica ou de Privação e abandono. 
Afetando ainda a vida doméstica pode-se incluir da categoria autodirigida o 
comportamento suicida especialmente o suicídio ampliado (associado ao homicídio 
de familiares) e de comportamentos de auto-abuso especialmente se consideramos o 
contexto de causalidade. É mais frequente o uso do termo "violência doméstica" 
para indicar a violência contra parceiros, contra a esposa, contra o marido e 
filhos. A expressão substitui outras como "violência contra a mulher". Também 
existem as expressões "violência no relacionamento", "violência conjugal" e 
"violência intra-familiar". 
Note que o poder num relacionamento envolve geralmente a percepção mútua e 
expectativas de reação de ambas as partes calcada nos preconceitos e/ou 
experiências vividas. Uma pessoa pode se considerar como subjugada no 
relacionamento, enquanto que um observador menos envolvido pode discordar disso. 
Muitos casos de violência doméstica encontram-se associados ao consumo de álcool 
e drogas, pois seu consumo pode tornar a pessoa mais irritável e agressiva 
especialmente nas crises de abstinência. Nesses casos o agressor pode apresentar 
inclusive um comportamento absolutamente normal e até mesmo "amável" enquanto 
sóbrio, o que pode dificultar a decisão da parceira em denunciá-lo. 
Violência e as doenças transmissíveis são as principais causas de morte 
prematura na humanidade desde tempos imemoriais, com os avanços da medicina, 
disponibilidade de água potável e melhorias da urbanização a redução das doenças 
infecciosas e parasitárias, tem voltado o foco da saúde pública para a 
ocorrência da violência. Contudo como observa Minayo e Souza 3 este é um 
fenômeno que requer a colaboração interdisciplinar e ação multiprofissional, sem 
invalidar o papel da epidemiologia para o dimensionamento e compreensão do 
problema alerta para os riscos de reducionismo e necessidade de uma ação 
pública. 
Estatisticamente a violência contra a mulher é muito maior do que a contra o 
homem. Um estudo realizado em Araçatuba, município no Estado de São Paulo, 4 
concluiu, quanto à relação autor-vítima naquela localidade, que 1.496 (81,1%) 
das agressões ocorreram entre casais, 213 (11,6%) entre pais/responsáveis e 
filhos, e 135 (7,3%) entre outros familiares. Esse mesmo estudo referindo-se 
acerca dos motivos da agressão, os chamados —desentendimentos domésticos— que se 
referem às discussões ligadas à convivência entre vítima e agressor (educação 
dos filhos; limpeza e organização da casa; divergência quanto à distribuição das 
tarefas domésticas) prevaleceram em todos os grupos, fato compreensível se for 
considerado que o lar foi o local de maior ocorrência das agressões. Para muitos 
autores, são os fatos corriqueiros e banais os responsáveis pela conversão de 
agressividade em agressão. Complementa ainda que o sentimento de posse do homem 
em relação à mulher e filhos, bem como a impunidade, são fatores que generalizam 
a violência.
Há quem afirme que em geral os homens que batem nas mulheres o fazem entre 
quatro paredes, para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares e 
colegas do trabalho. A cultura popular tanto propõe a proteção das mulheres (em 
mulher não se bate nem com uma flor) como estimula a agressão contra as mulheres 
(mulher gosta de apanhar) chegando a aceitar o homicídio destas em casos de 
adultério, em defesa da honra. Outra suposição é que a maioria dos casos de 
violência doméstica são classes financeiras mais baixas, a classe média e a alta 
também tem casos, mas as mulheres denunciam menos por vergonha e medo de se 
exporem e a sua família. Segundo Dias 5 o fenômeno ocorre em todas as classes 
porém mais visíveis entre os indivíduos com fracos recursos econômicos. 
A violência praticada contra o homem também existe, mas o homem tende a esconder 
mais por vergonha. Pode ter como agente tanto a própria mulher quanto parentes 
ou amigos, convencidos a espancar ou humilhar o companheiro. Também existem 
casos em que o homem é pego de surpresa, por exemplo, enquanto dorme. Analisando 
os denominados crimes passionais a partir de notícias publicadas em jornais 
Noronha e Daltro 6 identificaram que estes representam 8,7% dos crimes 
noticiados e que destes 68% (51/75) o agressor era do sexo masculino 
(companheiro, ex-companheiro, noivo ou namorado) nos crimes onde a mulher é a 
agressora ressalta-se a circunstância de ser o resultado de uma série de 
agressões onde a mesma foi vítima. 
É impossível discutir a violência doméstica sem discutir os papéis de género, e 
se eles têm ou não têm impacto nessa violência. Algumas vezes a discussão de 
género pode encobrir qualquer outro tópico, em razão do grau de emoção que lhe é 
inerente. 
Quando as mulheres passaram a reclamar por seus direitos, maior atenção passou a 
ser dada com relação à violência doméstica, e hoje o movimento feminista tem 
como uma de suas principais metas a luta para eliminar esse tipo de violência. O 
primeiro abrigo para mulheres violentadas foi fundado por Erin Pizzey (1939), 
nas proximidades de Londres, Inglaterra. Isso aconteceu na década de 1960. 
Pizzey fez certas críticas a linhas do movimento feminista, afirmando que a 
violência doméstica nada tinha a ver com o patriarcado, sendo praticada contra 
vítimas vulneráveis independentemente do sexo. 
Vale ressaltar que os homens vítimas de violência doméstica, em função de 
encontrarem-se em uma sociedade sexista, acabam por não denunciar a violência 
que sofrem em âmbito familiar, tanto por vergonha quanto pelo fato de que a 
sociedade e as autoridades dão pouca atenção e auxílio a homens que denunciam. A 
situação de violência doméstica contra homens pode então chegar aos extremos de 
graves mutilações ou homicídio onde a vítima nem ao menos é ouvida. 
Estratégias de controle[editar | editar código-fonte] 
Como resposta imediata, além do atendimento adequado as vítimas de violência 
tanto nos aspectos físicos como psicossociais, urge reconhecer a demanda nos 
termos epidemiológicos que se apresenta. Com essa intenção vem se estabelecendo 
no Brasil. O sistema de notificação de notificação/investigação individual da 
violência doméstica, sexual e/ou outras violências através das secretarias 
estaduais e municipais de saúde após promulgação da lei nº 10778, de 24 de 
novembro de 2003 que estabeleceu a notificação compulsória, no território 
nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de 
saúde públicos ou privados. 
Além das dificuldades de produzir informações fidedignas da amplitude desses 
agravos face a natureza burocrática dos sistemas de informação e cultura de 
omitir tais agravos vergonha ou descrédito nas instituições públicas por parte 
das vítimas a complexidade do aparelho de Estado ou setores da administração 
publica onde se insere essa assistência resulta tanto na assistência inadequada 
a estas como no controle social do fenômeno violência ou seja a prevenção destas 
ocorrências e punição dos agressores.
Para se ter uma ideia da complexidade do fenômeno basta examinarmos a dimensão 
da rede de instituições envolvidas as Unidades de Saúde do SUS (Pronto 
Atendimento, Setores de Emergência e da Assistência Hospitalar; Serviços de 
Saúde Mental) o CRAS Centro de Referência de Assistência Social do SUAS – 
(Sistema Único de Assistência Social); o Ministério Público, o Conselho Tutelar, 
o órgão responsável em fiscalizar se os direitos previstos no Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA) e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e 
do Adolescente que administra o Fundo para Infância e Adolescência, a 
Secretarias de governo (Secretarias de Ação Social, da Mulher, etc), Delegacia 
da Mulher, Vara de Família e Juizado de Menores etc. A noção rede de serviços 
propõem a integração dessas instituições contudo as modificações institucionais 
envolvem determinações de natureza política e cultural ainda inteiramente 
compreendidas ou controláveis. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_dom%C3%A9stica

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  • 1. Violência doméstica Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Violência doméstica é a violência, explícita ou velada, literalmente praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos unidos por parentesco civil (marido e mulher, sogra, padrasto) ou parentesco natural (pai, mãe, filhos, irmãos, etc).1 Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, maus-tratos contra idosos, e violência contra a mulher e contra o homem geralmente nos processos de separação litigiosa além da violência sexual contra o parceiro. Pode ser dividida em violência física — quando envolve agressão direta, contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objectos e pertences do mesmo (patrimonial); violência psicológica — quando envolve agressão verbal, ameaças, gestos e posturas agressivas, juridicamente produzindo danos morais; e violência sócio-económica, quando envolve o controle da vida social da vítima ou de seus recursos económicos. Também alguns consideram violência doméstica o abandono e a negligência quanto a crianças, parceiros ou idosos. Enquadradas na tipologia proposta por Dahlberg; Krug, 2 na categoria interpessoais, subdividindo-se quanto a natureza Física, Sexual, Psicológica ou de Privação e abandono. Afetando ainda a vida doméstica pode-se incluir da categoria autodirigida o comportamento suicida especialmente o suicídio ampliado (associado ao homicídio de familiares) e de comportamentos de auto-abuso especialmente se consideramos o contexto de causalidade. É mais frequente o uso do termo "violência doméstica" para indicar a violência contra parceiros, contra a esposa, contra o marido e filhos. A expressão substitui outras como "violência contra a mulher". Também existem as expressões "violência no relacionamento", "violência conjugal" e "violência intra-familiar". Note que o poder num relacionamento envolve geralmente a percepção mútua e expectativas de reação de ambas as partes calcada nos preconceitos e/ou experiências vividas. Uma pessoa pode se considerar como subjugada no relacionamento, enquanto que um observador menos envolvido pode discordar disso. Muitos casos de violência doméstica encontram-se associados ao consumo de álcool e drogas, pois seu consumo pode tornar a pessoa mais irritável e agressiva especialmente nas crises de abstinência. Nesses casos o agressor pode apresentar inclusive um comportamento absolutamente normal e até mesmo "amável" enquanto sóbrio, o que pode dificultar a decisão da parceira em denunciá-lo. Violência e as doenças transmissíveis são as principais causas de morte prematura na humanidade desde tempos imemoriais, com os avanços da medicina, disponibilidade de água potável e melhorias da urbanização a redução das doenças infecciosas e parasitárias, tem voltado o foco da saúde pública para a ocorrência da violência. Contudo como observa Minayo e Souza 3 este é um fenômeno que requer a colaboração interdisciplinar e ação multiprofissional, sem invalidar o papel da epidemiologia para o dimensionamento e compreensão do problema alerta para os riscos de reducionismo e necessidade de uma ação pública. Estatisticamente a violência contra a mulher é muito maior do que a contra o homem. Um estudo realizado em Araçatuba, município no Estado de São Paulo, 4 concluiu, quanto à relação autor-vítima naquela localidade, que 1.496 (81,1%) das agressões ocorreram entre casais, 213 (11,6%) entre pais/responsáveis e filhos, e 135 (7,3%) entre outros familiares. Esse mesmo estudo referindo-se acerca dos motivos da agressão, os chamados —desentendimentos domésticos— que se referem às discussões ligadas à convivência entre vítima e agressor (educação dos filhos; limpeza e organização da casa; divergência quanto à distribuição das tarefas domésticas) prevaleceram em todos os grupos, fato compreensível se for considerado que o lar foi o local de maior ocorrência das agressões. Para muitos autores, são os fatos corriqueiros e banais os responsáveis pela conversão de agressividade em agressão. Complementa ainda que o sentimento de posse do homem em relação à mulher e filhos, bem como a impunidade, são fatores que generalizam a violência.
  • 2. Há quem afirme que em geral os homens que batem nas mulheres o fazem entre quatro paredes, para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares e colegas do trabalho. A cultura popular tanto propõe a proteção das mulheres (em mulher não se bate nem com uma flor) como estimula a agressão contra as mulheres (mulher gosta de apanhar) chegando a aceitar o homicídio destas em casos de adultério, em defesa da honra. Outra suposição é que a maioria dos casos de violência doméstica são classes financeiras mais baixas, a classe média e a alta também tem casos, mas as mulheres denunciam menos por vergonha e medo de se exporem e a sua família. Segundo Dias 5 o fenômeno ocorre em todas as classes porém mais visíveis entre os indivíduos com fracos recursos econômicos. A violência praticada contra o homem também existe, mas o homem tende a esconder mais por vergonha. Pode ter como agente tanto a própria mulher quanto parentes ou amigos, convencidos a espancar ou humilhar o companheiro. Também existem casos em que o homem é pego de surpresa, por exemplo, enquanto dorme. Analisando os denominados crimes passionais a partir de notícias publicadas em jornais Noronha e Daltro 6 identificaram que estes representam 8,7% dos crimes noticiados e que destes 68% (51/75) o agressor era do sexo masculino (companheiro, ex-companheiro, noivo ou namorado) nos crimes onde a mulher é a agressora ressalta-se a circunstância de ser o resultado de uma série de agressões onde a mesma foi vítima. É impossível discutir a violência doméstica sem discutir os papéis de género, e se eles têm ou não têm impacto nessa violência. Algumas vezes a discussão de género pode encobrir qualquer outro tópico, em razão do grau de emoção que lhe é inerente. Quando as mulheres passaram a reclamar por seus direitos, maior atenção passou a ser dada com relação à violência doméstica, e hoje o movimento feminista tem como uma de suas principais metas a luta para eliminar esse tipo de violência. O primeiro abrigo para mulheres violentadas foi fundado por Erin Pizzey (1939), nas proximidades de Londres, Inglaterra. Isso aconteceu na década de 1960. Pizzey fez certas críticas a linhas do movimento feminista, afirmando que a violência doméstica nada tinha a ver com o patriarcado, sendo praticada contra vítimas vulneráveis independentemente do sexo. Vale ressaltar que os homens vítimas de violência doméstica, em função de encontrarem-se em uma sociedade sexista, acabam por não denunciar a violência que sofrem em âmbito familiar, tanto por vergonha quanto pelo fato de que a sociedade e as autoridades dão pouca atenção e auxílio a homens que denunciam. A situação de violência doméstica contra homens pode então chegar aos extremos de graves mutilações ou homicídio onde a vítima nem ao menos é ouvida. Estratégias de controle[editar | editar código-fonte] Como resposta imediata, além do atendimento adequado as vítimas de violência tanto nos aspectos físicos como psicossociais, urge reconhecer a demanda nos termos epidemiológicos que se apresenta. Com essa intenção vem se estabelecendo no Brasil. O sistema de notificação de notificação/investigação individual da violência doméstica, sexual e/ou outras violências através das secretarias estaduais e municipais de saúde após promulgação da lei nº 10778, de 24 de novembro de 2003 que estabeleceu a notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos ou privados. Além das dificuldades de produzir informações fidedignas da amplitude desses agravos face a natureza burocrática dos sistemas de informação e cultura de omitir tais agravos vergonha ou descrédito nas instituições públicas por parte das vítimas a complexidade do aparelho de Estado ou setores da administração publica onde se insere essa assistência resulta tanto na assistência inadequada a estas como no controle social do fenômeno violência ou seja a prevenção destas ocorrências e punição dos agressores.
  • 3. Para se ter uma ideia da complexidade do fenômeno basta examinarmos a dimensão da rede de instituições envolvidas as Unidades de Saúde do SUS (Pronto Atendimento, Setores de Emergência e da Assistência Hospitalar; Serviços de Saúde Mental) o CRAS Centro de Referência de Assistência Social do SUAS – (Sistema Único de Assistência Social); o Ministério Público, o Conselho Tutelar, o órgão responsável em fiscalizar se os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente que administra o Fundo para Infância e Adolescência, a Secretarias de governo (Secretarias de Ação Social, da Mulher, etc), Delegacia da Mulher, Vara de Família e Juizado de Menores etc. A noção rede de serviços propõem a integração dessas instituições contudo as modificações institucionais envolvem determinações de natureza política e cultural ainda inteiramente compreendidas ou controláveis. http://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_dom%C3%A9stica