1. P R O F º J O S É F E R R E I R A J Ú N I O R
A CRISTIANIZAÇÃO DE
ARISTÓTELES
2. SANTO ALBERTO MAGNO
“Mas as doutrinas
teológicas não
coincidem, nos seus
princípios, com as da
filosofia: a teologia
fundamenta-se na
razão, mas na
revelação e na
inspiração.”
3. SANTO ALBERTO MAGNO
Santo Alberto representou a primeira grande
expressão filosófica e científica do impacto de
Aristóteles sobre a cultura ocidental latina.
Ele foi um dos mais universais pensadores da
Idade Média. Seus interesses iam das ciências
naturais à teologia.
Deixou contribuições à lógica, psicologia,
metafísica, meteorologia, mineralogia, botânica e
zoologia.
É considerado o santo padroeiro das ciências
naturais.
4. SANTO ALBERTO MAGNO
Estudou na Universidade de Pádua e entrou
para a Ordem Dominicana em 1223.
Ele foi o mais ilustre catedrático da faculdade
de teologia de Paris, onde lecionou de 1245 a
1248, e nesse período São Tomás de Aquino se
tornou seu discípulo.
Foi chamado "Magno" porque seu pensamento
científico, filosófico e teológico teve grande
repercussão enquanto ainda vivia.
5. SANTO ALBERTO MAGNO
Em 1248, ele foi nomeado para dirigir um importante
centro de estudos (chamado studium generale) da ordem
dominicana em Colônia, para onde foi com Tomás de
Aquino, o qual retornaria em seguida a Paris para terminar
os estudos.
Alberto passou grande parte da vida estudando o
pensamento de Aristóteles.
Ele procurou compreendê-lo distanciando-se dos
estudiosos árabes, que haviam inserido suas próprias idéias
nos escritos sobre o pensamento aristotélico.
No entanto, ele leu os escritos dos mais importantes
filósofos árabes para desenvolver suas próprias idéias em
filosofia.
6. SANTO ALBERTO MAGNO
Especulando como atingir o conhecimento
da verdade, procurou demonstrar que se
podia alcançá-la tanto por meio da revelação
e da fé quanto por meio da filosofia e da
ciência, sem contradições.
Embora houvesse mistérios acessíveis
somente à fé, alguns aspectos da doutrina
cristã, como a imortalidade da alma, podiam
ser compreendidos também pela razão.
7. SANTO ALBERTO MAGNO
Sua notável compreensão de grande
diversidade de textos filosóficos permitiu que
ele fizesse uma das mais importantes sínteses
da cultura medieval.
Entre seus principais escritos científicos,
podemos citar: "Sobre os Vegetais e as Plantas",
"Sobre os Minerais" e "Sobre os Animais".
Entre os escritos filosóficos: a "Metafísica" e
suas paráfrases da "Ética", "Física" e "Política"
de Aristóteles.
8. SANTO ALBERTO MAGNO
Tanto na paráfrase de obras aristotélicas como
em seus escritos originais, Alberto se mostrou
um admirador da filosofia e da ciência de
Aristóteles.
Um de seus grandes méritos foi ter inserido o
aristotelismo no pensamento cristão,
orientando assim o caminho de estudos de seu
ilustre discípulo Tomás de Aquino, que herdou
do mestre o interesse pela metafísica e pela
antropologia.
9. SANTO ALBERTO MAGNO
Sua doutrina teológica aceita as verdades baseadas na
autoridade de Deus, que se revela.
Por outro lado, a filosofia estabelece as verdades
enquanto conhecidas pela luz natural da razão.
Acredita, assim, em vias cognitivas especificamente
distintas, autônomas e capazes de conduzir-se
isoladamente dentro de suas esferas; como ciências, são
corpos distintos, com método e princípios próprios.
Admite que a existência de Deus e da alma espiritual
pode ser provada por ambos os caminhos, o da razão e o
da fé.
10. SANTO TOMÁS DE AQUINO
“Para que a inteligência
humana possa
investigar a Deus pela
sabedoria, é necessário
conhecer muitas outras
coisas antes, pois
praticamente todos os
conhecimentos
filosóficos se ordenam a
esse modo de
conhecimento de Deus.”
11. SANTO TOMÁS DE AQUINO
Nasceu em Nápoles, sul da Itália, e faleceu
no convento Fossanuova, aos 49 anos de
idade.
Sua filosofia (Tomismo) nasceu com
objetivos claros: não contrariar a fé.
Tomás de Aquino reviveu em grande parte o
pensamento aristotélico em busca de
argumentos que explicassem os principais
aspectos da fé cristã.
12. SANTO TOMÁS DE AQUINO
Retomando as idéias de Aristóteles sobre o ser e o saber
Tomás de Aquino enfatizou a importância da realidade
sensorial.
Em relação ao processo de conhecimento dessa realidade,
ressaltou uma série de princípios considerados básicos,
dentre os quais se destacam:
PRINCÍPIO DA NÃO-CONTRADIÇÃO – o ser é ou não é.
PRINCÍPIO DA SUBSTÂNCIA – na existência dos seres
podemos distinguir a substância (a essência,
propriamente dita, de uma coisa, sem a qual ela não seria
aquilo que é) do acidente (a qualidade não-essencial,
acessória do ser).
13. SANTO TOMÁS DE AQUINO
PRINCÍPIO DA CAUSA EFICIENTE – todos
os seres que captamos pelos sentidos são
seres contingentes, isto é, não possuem,
em si próprios, a causa eficiente de suas
existências. Portanto, para existir, o ser
contingente depende de outro ser que
representa a sua causa eficiente, chamado de
ser necessário.
14. SANTO TOMÁS DE AQUINO
PRINCÍPIO DA FINALIDADE –
todo ser contingente existe em
função de uma finalidade, de um
objetivo, de uma “razão de ser”.
Enfim, todo ser contingente possui
uma causa final.
15. SANTO TOMÁS DE AQUINO
PRINCÍPIO DO ATO E DA POTÊNCIA –
todo ser contingente possui duas dimensões:
o ato e a potência.
O ato representa a existência atual do ser,
aquilo que está realizado e determinado.
A potência representa a capacidade real
do ser, aquilo que não se realizou mas pode
realizar-se. É a passagem da potência para
o ato que explica toda e qualquer mudança.
16. SANTO TOMÁS DE AQUINO
Não se pode dizer que Tomás de Aquino tenha
apenas adaptado a filosofia de Aristóteles ao
cristianismo.
O que o filósofo escolástico empreendeu foi uma
sistematização da doutrina cristã que se apóia em
parte na filosofia aristotélica, mas que contém
muitos elementos estranhos ao aristotelismo:
o conceito de criação do mundo;
a noção de um deus único;
a idéia de que o vir-a-ser (a passagem da potência ao ato)
não é autodeterminado, mas procede de Deus.
17. SANTO TOMÁS DE AQUINO
Introduziu uma distinção entre SER e
ESSÊNCIA, dividindo a metafísica em duas
partes:
A do ser em geral; e
a do ser pleno, que é Deus.
De acordo com essa distinção, o único ser
realmente pleno, no qual o ser e a essência
se identificam, é Deus.
18. SANTO TOMÁS DE AQUINO
Para o filósofo, Deus é ato puro. Não
há o que se realizar ou se atualizar em
Deus, pois ele é completo.
Deus é Ser, e o mundo tem ser.
Deus é o SER que existe como
fundamento da realidade das outras
essências que, uma vez existentes,
participam de seu SER.
19. SANTO TOMÁS DE AQUINO
As provas da existência de Deus
O primeiro motor
Tudo aquilo que se move é movido por
outro ser.
A causa eficiente
Todas as coisas existentes no mundo não
possuem em si próprias a causa eficiente
de suas existências. Devem ser
consideradas efeitos de alguma causa.
20. SANTO TOMÁS DE AQUINO
As provas da existência de Deus
Ser necessário e ser contingente
Todo ser CONTINGENTE, do mesmo modo que existe, pode
deixar de existir.
Ora, se todas as coisas que existem podem deixar de ser,
então, alguma vez, nada existiu.
Mas, se assim fosse, também agora nada existiria, pois
aquilo que não existe somente começa a existir em função de
algo que já existia.
É preciso admitir, então, que há um ser que sempre existiu,
um ser absolutamente necessário, que não tenha fora de si a
causa da sua existência, mas, ao contrário, que seja a causa
da necessidade de todos os seres contingentes.
Esse ser necessário é Deus.
21. SANTO TOMÁS DE AQUINO
As provas da existência de Deus
Os graus de perfeição
Em relação à qualidade de todas as coisas existentes,
pode-se afirmar a existência de graus diversos de
perfeição.
Ora, se uma coisa possui “mais” ou “menos” determinada
qualidade positiva, isso supõe que deve existir um ser
com o máximo dessa qualidade, no nível da perfeição.
Devemos admitir, então, que existe um ser com o máximo
de bondade, de beleza, de poder, de verdade, sendo,
portanto, um SER MÁXIMO E PLENO.
Esse ser é DEUS.
22. SANTO TOMÁS DE AQUINO
As provas da existência de Deus
A finalidade do ser
Todas as coisas brutas, que não possuem
inteligência própria, existem na natureza
cumprindo uma função, um objetivo, uma
finalidade.
Devemos admitir, então, que existe algum SER
INTELIGENTE que dirige todas as coisas da
natureza para que cumpram seu objetivo.
Esse ser é Deus.
23. SANTO TOMÁS DE AQUINO
Proclamado pela Igreja Católica
como o Doutor Angêlico e o Doutor
por Excelência, Tomás de Aquino é
reverenciado nos meios católicos
pelos filósofos e professores de
filosofia.
24. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Santo Alberto Magno. Disponível em:
<http://educacao.uol.com.br/biografias/santo-
alberto-magno.jhtm>. Acessado em 06 de junho de
2013.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia:
história e grandes temas. 16 ed. reform. e ampl. São
Paulo: Saraiva, 2006.
CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São
Paulo: Ática, 2006.