O perdão nunca é fácil, pois acarreta em ficar com todo o prejuízo que lhe causaram, seja ele qual for. O perdão não envolve justiça por parte de quem perdoa, pois quem perdoa, doa o perdão, oferece para aquele que não merece. Ao perdoar fica-se com o prejuízo e valorizá-se o culpado.
2. Ressentimento ou Perdão?
“O ressentimento é o caminho do rancor e
da vingança.”
O que é um ressentimento?
Define-se como uma lembrança amarga e
enraizada de uma injúria particular,a qual
deseja satisfazer-se.
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3. Rancor, vem do latim, que significa queixa,
querela, demanda.
O ressentido guarda em seu íntimo algo velho que
já está em decomposição, mal resolvido, ele
sente, e ressente, e volta ressentir. É uma
disposição mórbida para passar e repassar as
desgraças, é quase uma fascinação
pelas sombras.
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4. Ressentimento é o cansaço do espírito que
lhe sussurra não valer a pena se esforçar,
porque está tudo perdido.
A pessoa deixa-se cair no abismo,
abandona-se, renuncia, permite que
a vontade se corrompa, comete então
o pecado da desesperança.
5. “Raquel, era uma mulher de 44 anos,
casada e com duas filhas.
Seu rosto era inexpressivo,
tornou-se corpulenta, rígida como uma
estátua, sua cabeça latejava, vivia o dia
todo na cama, mas não dormia já que
sofria de insônia.
Não se interessava por ninguém, e nada a
atraía. Perdeu totalmente a vontade de
trabalhar... A quatro anos
sofria de depressão...
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6. Ela tinha problemas com o marido... Desconfiava
que o marido tinha outra mulher, mas ele
negava sempre.
Ela brigava muito com ele, ele era o
culpado de tudo.
Esta mulher estava ressentida. Ela resolvera não
perdoar, ela resolvera lembrar, lembrar e
lembrar novamente.
Aqueles sentimentos já estavam em
decomposição dentro de seu coração, ela
repassava a desgraça, gastava toda a sua
energia para isto.
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7. Ela apegava-se ao passado, liberando-o muitas e muitas
vezes, arrancando cada nova casca, de modo que a
ferida nunca sarasse.
Durante algum tempo ela viveu num clima de guerra e
agressões constantes. Finalmente, a disputa ficou
emperrada entre as acusações de Raquel e as
negativas do marido.
A briga naufragou
no silêncio e ela
ficou doente, obesa
e depressiva.
Ela havia resolvido não
perdoar.
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8. “O orgulho é o pecado com menos remédio,
pois, o orgulhoso nunca se considera como
tal, muito pelo contrário.”
Desculpas para não perdoar:
1. Se o outro se arrepender,
eu lhe perdoarei.
2. Se aquela pessoa me pedir perdão,
eu perdôo.
3. O outro tem que tomar a iniciativa.
4. Eu só vou perdoar quando a
aquela pessoa merecer.
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9. Fazemos do perdão uma lei de reciprocidade. E
isso não funciona nunca. Ficamos observando
se há alguma sinalização de mudança no outro:
“Eu estou sempre disposto a
perdoar, mas, nunca perdôo.
Eu sou justo demais.”
Realmente o perdão não é fácil, acalentamos
feridas, percorremos longas distâncias para
justificar nosso comportamento, perpetuamos
brigas familiares, nos tornamos doentios porque
decidimos não perdoar.
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10. “O preço do ressentimento e da
falta de perdão é muito alto.”
Perdoar não é uma questão simples, pois
envolve valores pessoais e auto-estima.
O perdão nunca é fácil, mas o que mais
poderia quebrar as cadeias que
escravizam as pessoas ao seu passado?
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11. Qual seria a saída?
Reconheça que no ressentimento nunca há vitória
ou empate, a justiça
nunca acontece.
Perdão não é algo que alguém mereça, a própria
palavra perdoar, contém
a palavra doar.
Uma doação é sempre dada para quem não tem
como pagar, é de graça
para quem recebe.
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12. Teria a Bíblia um conselho ou sugestão para
que possamos definir
melhor o perdão?
Naturalmente, a Torá nos ensina lições
importantíssimas sobre o perdão, no caso,
de D’us para com os homens, que servem
como modelo para o perdão
de nosso próximo.
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13. Como é que D’us demonstrava o seu perdão
nos tempos bíblicos?
Através do ritual judaico no Mishkan Kodesh, o Tabernáculo de
Moisés e, posteriormente no Templo.
Mizgbach ha’olah
Altar do Holocausto
Kodesh
Lugar Santo
Kodesh Kadashim
Lugar Santíssimo
Shekinah s/ a arca
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14. “Nenhuma linguagem pode descrever a glória do
cenário apresentado dentro do Mishkan Kodesh, as
paredes chapeadas de ouro que refletiam a luz da
áurea Menorah, os brilhantes matizes das cortinas
ricamente bordadas com seus resplendentes anjos, o
incensário, Mizbach há-ketoreh, brilhante pelo ouro;
além do segundo véu, Paroketh, a Arca Sagrada, Ha’
aron, com seus querubins, e acima dela o Shekinah.”
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15. Como se processava o perdão?
Os serviços se desenvolviam em diversas formas, porém,a
parte mais importante do serviço diário era o realizado a
favor do individuo. O pecador arrependido trazia sua
oferta à porta do Tabernáculo e, colocando a mão sobre
o animal confessava seus pecados, transferindo-os
assim, figurativamente, de si para o sacrifício inocente, e
por sua própria mão era morto o animal.
O culpado fica livre e o inocente
ficava com o prejuízo.
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16. Mas o que tudo isto tem haver
com o perdão? Por exemplo:
Você me empresta R$ 5.000,00, uma
semana depois eu retorno dizendo que
não tenho condições de pagar.
Você, então, como é uma pessoa abastada,
me perdoa a dívida, eu, o devedor vou
embora livre, e você que perdoou
fica com o prejuízo.
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17. Outros exemplos:
Nos encontramos, e eu sem querer piso em seu
pé, peço-lhe desculpas e você me perdoa.
Quem fica com a dor?
Alguém falou mal de você, mas, se arrependeu e
lhe pediu perdão, você como é
camarada perdoa.
O culpado sai livre, e você fica com
a má fama durante algum tempo.
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18. Entendeu?
Sempre que alguém perdoa fica
com o prejuízo.
Até D’us para perdoar, por amor, fica com o
prejuízo do pecado que é a morte, a
vítima inocente era sacrificada e o
culpado saía livre, perdoado.
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19. A Bíblia Hebraica destaca esse conceito
judaico muito bem:
“Ferido estava, porém, por nossas
transgressões, e oprimido por nossas
iniquidades, seu penar era para nosso
beneficio e, através de suas chagas,
fomos curados...sobre ele fez o Eterno
recair a iniquidade de todos nós...”
Ieshaiáhu, Isaías 53:05 a 06
.
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20. Mas isto não é justo!!!
Você têm razão.
Porém, faz parte da natureza do perdão,
não é uma questão de justiça, mas de
doação a alguém que não pode pagar ou
não merece receber, é de graça.
Valorizando o ofensor e não a ofensa
permitimos um relacionamento renovado.
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21. “Quem não perdoa queima a ponte
por onde terá que passar um dia.”
O perdão é uma escolha. Quando me
recuso a perdoar fico sob o poder da
outra pessoa. Estou permitindo
que o outro decida como devo me sentir, a
falta de perdão aprisiona, um assassino
pode manter quem não perdoa como um
prisioneiro emocional.
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22. Não perdoar te aprisiona ao passado
e exclui todo potencial de mudança, a única coisa
mais difícil que o perdão,é não perdoar.
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“Eu não conseguia assimilar bem este assunto...
sabia que devia perdoá-lo, não por causa dele,
mas por minha causa. Antes de havê-lo
perdoado, não conseguia me livrar da pressão
que esse mal exercia em minha vida...
23. ... recusar-me a perdoá-lo significava estar sempre
sob o peso de tudo que se referia a ele, minha
dor, minha vergonha, minha autocomiseração.
Foi disso que me livrei ao perdoá-lo e foi
somente quando o fiz é que teve inicio a cura
real,eu
era a vencedora.”
Ultimo parágrafo de Debbie Cuevas, “Forgiving the Dead Man Walking”,
testemunho sobre o perdão dado a um assassino.
Aquilo que D’us pede, Ele capacita,
escolha perdoar.
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