2. Via Parenteral
Administração de drogas ou nutrientes por qualquer
via que não seja a oral e a intestinal.
- Especificidade de cada medicamento
- Tipo de ação desejada (local ou geral)
- Velocidade de absorção pretendida
ESCOLHA
DA
VIA
4. VANTAGENS
Absorção mais rápida e completa.
Possibilidade de administrar determinadas drogas
que são destruídas pelos sucos digestivos.
Doses mais precisas.
5. DESVANTAGENS
Picada da agulha ou irritação da droga DOR
Engano lesão considerável.
Rompimento da pele risco de infecção.
Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la.
6. Requisitos Básicos
Drogas em forma líquida. Pode estar em veículo aquoso ou
oleoso (E.V. só pode ser aquosa).
Soluções absolutamente estéreis.
Material estéril e descartável.
Introdução lenta de líquidos, a fim de evitar ruptura de
capilares.
10. Escolha do calibre adequado
Espessura do
Soluções Oleosas Soluções Aquosas
tecido subcutâneo
Adulto magro
25x8
25x6 ou 7
Adulto normal
30x8
30x6 ou 7
Adulto obeso
40x8
40x6 ou 7
Criança magra
20x8
20x6 ou 7
Criança normal
25x8
25x6 ou 7
Criança obesa
30x8
30x6 ou 7
FONTE: MOTTA (2003, p.167)
11. Locais para administração de injeção
intramuscular:
Região deltóidea (músculo deltóide).
Região dorsoglútea (músculo glúteo máximo).
Região ventroglútea (músculos glúteos, médio e mínimo).
Região face ântero-lateral da coxa (músculo vasto lateral).
12. Região Deltóidea
Volume máximo: 3 ml.
Angulação da agulha: perpendicular à pele (90°).
Evitar várias aplicações consecutivas (massa muscular
relativamente pequena).
Delimitação:
4 dedos abaixo do final do ombro (Acrômio)
ponto médio no sentido da largura (ao nível da axila)
3 a 3,5 cm acima da margem inferior do deltóide
13. Região Deltóidea
Deve ser usado para adultos como última
alternativa.
Contra-indicada para crianças com idade de 0 a
10 anos.
15. Região Ventroglútea
É a região mais indicada por estar livre de estruturas
anatômicas importantes.
Não apresenta vasos sangüíneos ou nervos
significativos.
PRIVATIVO DO ENFERMEIRO
17. Região Dorsoglútea
Indicada quando tiver a necessidade de se
administrar 3 a 5 ml.
Um dado anatômico importante é o nervo ciático,
fundamental para a motricidade dos membros
inferiores.
18. Região Dorsoglútea
Delimitação:
Traçar um eixo imaginário horizontal com origem na
saliência mais proeminente da região sacra
Outro eixo vertical na metade do primeiro eixo.
Aplicar a injeção no quadrante látero-superior
externo.
20. Região Dorsoglútea
Angulação da agulha: 90°.
Não é indicada para crianças menores de 2 anos, pois
nesta faixa etária a região dorso glútea é composta
de tecido adiposo e há somente um pequeno volume
de massa muscular.
21. Região face ânterolateral da coxa
Local seguro por ser livre de vasos sangüíneos ou
nervos importantes nas proximidades.
Apresenta grande massa muscular.
Extensa área de aplicação, podendo receber injeções
repetidas.
22. Região face ânterolateral da coxa
Delimitação:
Medir 5 dedos ou 12 cm acima da parte superior
do joelho e 12 cm abaixo da região inguinal
(articulação coxo-femural).
Entre a linha média lateral e a linha média
anterior da coxa.
23. Região face ânterolateral da coxa
Volume máximo: 3 ml.
Angulação da agulha: 90 - 45°.
Indicada para lactente e infante (29 dias a 10 anos).
Contra-indicada para RN devido ao risco de
contratura do quadríceps femoral.
24.
25.
26. Cuidados gerais na via I.M.
Minimizar risco de infecção.
Orientar paciente sobre o medicamento que irá receber,
usando palavras simples.
Respeitar os 6 certos.
Trocar a agulha após aspirar a solução.
Técnica asséptica do início ao fim do procedimento.
27. Cuidados gerais na via I.M.
Após anti-sepsia da área com álcool 70%, aguarde um
momento para que o mesmo seque, evitando ardor quando o
álcool penetrar pelo orifício da punção da agulha.
Aspirar SEMPRE antes de injetar o medicamento,
certificando-se de que não tenha atingido nenhum vaso
sanguíneo.
28. RISCOS
Trauma ou compressão acidental de nervos
Injeção acidental em veia ou artéria
Difusão da solução
Injeção em músculo contraído
Lesão do músculo por soluções irritantes
Abcessos
31. Via Subcutânea
É a administração de pequena quantidade de
medicamento no tecido subcutâneo (S.C.).
Volume máximo: 1 ml.
32. Via Subcutânea
Angulação da agulha: 45 ou 90°.
Ângulo de 45º agulhas 20x5,5; 20x5 e 20x6.
Ângulo de 90º agulhas 10x5; 10x6 e 13x4,5.
33. Vantagens
Absorção quase completa se a circulação do paciente
for boa.
Injeção relativamente indolor.
Há vários locais de aplicação, podendo a medicação
ser ministrada durante períodos prolongados.
34. Recomendações
Realizar rodízio sistemático dos locais de aplicação e
que seja feita a alguns centímetros (2,5 cm) da
aplicação anterior.
Aplicar em locais que apresentem adequada
circulação, que não tenham cicatrizes, irritação,
prurido ou lesão tecidual.
35. Locais para
administração
Face externa anterior e posterior dos braços.
Face lateral das coxas.
Região glútea.
Região escapular e infraescapular.
Região abdominal (hipocôndrios D e E), dois dedos
longe da cicatriz umbilical.
38. Via Intradérmica
Administração de pequena quantidade de líquido
(0,1 – 0,5 ml) na camada dérmica, utilizando seringa
milimetrada e agulha hipodérmica.
Via indicada para aplicação da vacina BCG, testes
alérgicos e tuberculínicos.
39. Via Intradérmica
Área usada para aplicação: face interna do
antebraço.
A área deve ter pouca pigmentação, poucos pêlos,
pouca vascularização superficial e ser de fácil acesso
para leitura dos resultados das reações aos alérgenos
introduzidos.
40. Técnica de aplicação
Preparar o material;
Colocar o paciente sentado, com o antebraço descoberto e
apoiado sobre um suporte ou mesa;
Esticar a pele com o polegar da outra mão e introduzir a
agulha aproximadamente 3 mm com o bisel voltado para
cima, num ângulo de 10 a 15° graus;
41. Técnica de aplicação
Injetar a medicação lentamente (observar a formação de uma
pápula no local);
Retirar a agulha e não friccionar ou massagear;
Proceder a leitura conforme recomendações específicas.
43. Intravenosa / Endovenosa
Introdução de droga diretamente na corrente sanguínea.
Vantagens:
Efeito farmacológico imediato.
Admite grandes volumes.
Controle da dose.
Desvantagens:
Efeito farmacológico imediato.
Material esterilizado.
Facilidade de intoxicação.
44. Critérios para seleção da rede
venosa para punção
Visibilidade;
Calibre;
Elasticidade;
Trajeto;
Palpação.
45. Critérios para escolha do local de
aplicação
Acessibilidade;
Mobilidade;
(longe das articulações)
Localização;
(de distal para proximal)
Ausência de terminação nervosa importante.
50. Tipos de cateteres venosos
Cateter agulhado ou com asas, dispositivo com asas (scalp,
butterfly).
Cateter flexível sem asas, cateter curto (Abocath ou Jelco).
São os mais conhecidos e utilizados, e são adaptados com um
conector em Y (Polifix 2V e 4V).
51. Tipos de cateteres venosos
Tempo de permanência: 24h.
Números: 19, 21, 23, 25, 27.
Tempo de permanência: 72 a 96h.
Números: 14, 16, 18, 20, 22, 24.
52. Material para punção
venosa
Bandeja;
Luva de procedimento;
Medicação prescrita;
Seringa ou equipo de soro;
Cateter venoso;
Polifix (se necessário);
Algodão com álcool 70%;
Garrote;
Esparadrado ou micropore;
Seringa com S.F. 0,9% ou solução heparinizada.
54. Garrote
Tira de velcro ou tubo de borracha;
15 a 20cm acima do local punção venosa (paciente
normotenso);
Paciente hipertenso + distante;
Paciente hipotenso + próximo;
Desinfecção álcool 70%.
55. Técnica de punção
periférica
Lavar a mãos.
Calçar as luvas.
Garrotear e selecionar a veia.
Anti-sepsia da pele com álcool 70%.
Movimento circular vigoroso do centro para fora (5 a 8cm).
Deixar secar completamente.
Perfurar a veia.
Fixar o acesso.
Identificar.
Controlar o gotejamento.
Registrar os dados.
Descartar os dispositivos.
56. Manutenção do
cateter periférico
Trocar a cobertura diariamente ou de acordo com a
tecnologia utilizada.
Proteger no banho.
Inspecionar o local da punção quanto a dor, calor, rubor,
edema.
Heparinizar ou administrar
protocolo da instituição.
Técnica asséptica no manuseio.
solução
salina,
conforme
57. Heparina x Salina
HEPARINA Inibe reações que levam a coagulação do
sangue.
SALINA Utilização de Cloreto de Sódio a 0,9% como
agente de manutenção da permeabilidade.
58. Orientações
As drogas para administração I.V. devem ser:
Límpidas;
Transparentes;
Não oleosas;
Não conter cristais visíveis em suspensão;
Diluídas.
60. Injeção in bolus
Administração do medicamento diretamente da seringa para
um acesso venoso.
Produz um nível de medicamento máximo quase imediato no
sangue do paciente.
Monitorar cuidadosamente quanto aos efeitos adversos.
61. Infusão intermitente
ou contínua
Feita através de um equipo.
Os medicamentos são diluídos em bolsas ou frascos com
soluções salinas, glicosadas ou outras específicas.
63. Cálculo de
gotejamento
NÚMERO DE GOTAS =
Volume (ml)
3xT(horas)
Onde:
- Número de gotas = número de gotas prescrito ou desejado.
- Volume = volume total a ser infundido.
- T = tempo solicitado para a infusão.
- 3 = regra geral
64. Referências Bibliográficas
BAISCH, A. L. M. Vias de administração de medicamentos. Disponível em:
www.octopus.furg.br.
CABRAL, I. E. Administração de Medicamentos. Rio de Janeiro:
Reichmann & Affonso Editores, 2002.
KOCH, R. M. Técnicas Básicas de Enfermagem. Curitiba: Século XXI, 2005.
MOTTA, A. L. C. Manuseio e Administração de Medicamentos . São Paulo:
Iátria, 2003.