3. • A origem etmológica da palavra “ texto” é
“textum”. Que significa entrelaçamento.
• Na WEB o texto é visto como entrelaçamento.
4. Tece a informação por um conjunto de
blocos ligados por links, num
hipertexto;
A palavra hipertexto foi usada pela
primeira vez por Theodor Nelson, que
definiu o conceito como uma escrita
não conceitual,
5. Um texto com várias opções de
leitura que permite o leitor efetuar
uma escolha;
Esta definição inicial passou a ser
atualizadas por vários autores;
6. Nelson define também possibilidade
usar a hiperligação para ligar dois nós
informativos;
Landow (1995) sublinha esta ideia de
fragmentação do texto (atomização) e
as diversas possibilidades de leituras
oferecidas, podem ameaçar o texto e
transformá-lo num caos;
7. Codina (2003) salienta da mesma
forma a sequencialidade de um
hiperdocumento, mas introduz a
necessidade de uma certa composição
interna, embora os elementos que
constituem pode não ser
homogêneos.
8. Codina (2003) salienta da mesma
forma a sequencialidade de um
hiperdocumento, mas introduz a
necessidade de uma certa
composição interna, embora os
elementos que constituem pode
não ser homogêneos.
9. O bloco informativo textual é o
tipo de conteúdo mais
usado para a inserção de
hiperligações.
10. A dimensão do texto é um
elemento fundamental na
arquitetura noticiosa
Devem ser adaptados em cada
meio;
O hipertexto é descentralizado
11. Uma hiperligação também pode ser
chamada de conexão ou link (Lévy,1993) ,
(Landow, 1992), pode ser definida como o
elemento que permite a ligação entre dois
blocos informativos (Codina, 2003) ou
ainda como o eixo dos modelos hipermídia
(Edo, 2002).
Hiperligações: tipologia.
12. No campo do jornalismo
Destacam-se duas funções:
13. A primeira é documental: as
hiperligações funcionam como
elementos de contextualização que
oferecem por menores do relato
através da oferta de informação
mais especifica sobre determinado
aspecto.
14. A segunda função é narrativa:
acontece a libertação do leitor, é
oferecido a ele diferentes
percursos de leitura .
15. Salverría identifica quatro tipos de
hiperligações:
Documental:
Ampliação informativa;
Atualização;
Definição
16. A hiperligação é embutida quando é
grafada em palavras ou em outros
elementos icônicos existentes dentro
do bloco informativo.
17. A evolução tecnológica permite que
autores mais recentes, possam ter
uma visão menos preocupada, como
Moraes e Jorge ( 2011) e defina
hipertexto como “um modo de
organização textual cuja função é unir
sentidos” (p.107). introduzindo assim
um papel textual dos blocos
informativos de colocar ordem no caos
referido por Landow.
18. O bloco informativo tenta situar o
leitor no contexto temático e na
macroestrutura do documento.
19. O conceito de bloco informativo, também
conhecidos por nó (Lévy, 1993) ou
lexia (Landow, 1992) aplica-se a todo o tipo de
conteúdo, sejam textos, imagens
fixas, imagens em movimento, sons ou
infografias.
20. 2. Técnicas de redação jornalística: o
que muda com o hipertexto
21. • Pirâmide invertida é a
técnica fundamental do
jornalismo escrito.
• Técnica que consiste em
uma organização dos
dados importantes.
• Pode transformar o
jornalismo em uma
rotina com espaços
definidos.
22. • Quando a notícia é a mesma para todos, o
diferencial vem do profissional jornalista.
• O que atrai o leitor é, principalmente, a
abordagem dos fatos e o estilo da escrita.
23. A pirâmide invertida é inadequada
para o webjornalismo.
• Porque na web não há limitações espaciais,
• O jornalista não precisa cortar informações.
Pode colocar todas que achar interessante ao
leitor.
24. Algumas dificuldades
• A diversidade do público dificulta na hora de
fazer a seleção das informações importantes.
É impossível agradar a todos.
• A proximidade perde sentido quando o
conteúdo é publicado para o mundo e em
várias línguas.
25. Vantagens
Possibilidade de separar a informação em blocos
informativos ligados através de hiperligações
(links) facilitando itinerários de leitura.
• Existem dois tipos:
– Intratextual ou internos são aqueles que remetem
para lexias dentro do site;
– Os intertextuais “intertextual” ou externos linkam
para conteúdos exteriores à página que está sendo
acessada.
26. • A notícia web é fragmentada em blocos. E isso
pode dificultar um pouco a compreensão do
conteúdo. Por isso, cada bloco precisa se fazer
compreender.
• Sabendo-se que o recurso ao hipertexto pode
gerar desorientação.
• Os blocos informativos devem ser dispostos
com coerência para facilitar a compreensão
deste bloco e sua relação com os anteriores.
27. Exemplo
Segundo o autor a hipertextualidade “é a
possibilidade de separar a informação em blocos
informativos ligados através de hiperligações que
abre uma diversidade de itinerários de leitura tão
vasta quanto o número de arranjos e
combinações possíveis”.
28. • Um exemplo é a matéria “Professores e
polícia entram em confronto durante votação
na Alep”, do Portal de notícias G1.
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/04
/professores-entram-em-confronto-com-pm-
durante-votacao-na-alep.html
Exemplo
34. Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo de Mario Garcia
• Semelhante a imprensa
escrita;
• “Copo de Champanhe”;
• Texto único: informação é
limitada por blocos de 21
linhas (dimensão ecrã);
• Organização pirâmide
invertida;
• A informação deve atrair o
leitor para avançar para o
próximo bloco informativo;
35. Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo de Ramón Salaverría:
• Harmonia entre os blocos de texto e as
hiperligações;
• O leitor não tem opção de criar seu roteiro
de leitura;
• A estrutura noticiosa se adapta de acordo
com as características da notícia;
• Tipos de ligação entre os blocos:
Arbóreas: cada bloco está ligado a outro (vários
sucessivamente);
Paralela: um bloco dá origem a várias
estruturas lineares (único caminho de leitura);
Reticulares: existem múltiplas ligações entre
os blocos e liberdade de navegação;
39. Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo de João Canavilhas:
• A organização característica
dos meios tradicionais( o
jornalista hierarquiza as
informações) não é
semelhante a maneira como
o leitor na web vai organizar
sua leitura;
• Notícia é organizada por
níveis de informação
(diferentes percursos);
41. Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo de Paul Bradshaw:
Parte da forma mais simples para o
nível de contexto máximo
(personalização);
1. Versão curta(alerta);
2. Desenvolvimento e distribuição
para o blog da publicação (draft
–rascunho);
3. Informação fundamental sobre
o tema (article – artigo);
43. Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo Black’s Wheel (Martinez e Ferreira, 2010)
• Elemento central (eixo) e os elementos
secundários(raios) ligados por linhas que mostram a
hierarquia da notícia;
• Cada elemento narrativo é auto explicativo, mas
quando é inserido no contexto narrativo ganha uma
melhor compreensão;
• Bloco informativo seja autónomo (ponto de entrada);
44. Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo Black’s Wheel
(Martinez e Ferreira, 2010)
46. QUESTÃO BÁSICA
• As técnicas de redação hipertextual tem como
objetivo principal organizar a informação disponível
dentro do espaço, ou do tempo, atribuídos à notícia
em causa.
• Isso faz com que as prioridades dos jornalistas sejam
diferentes de meio para meio.
47. JORNALISTA IMPRENSA ESCRITA
X
JORNALISTA DA WEB
• Suas preocupações no momento de redigir o
texto são diferentes:
O jornalista da imprensa escrita preocupa-se necessariamente
com a seleção da informação, pois sabe que lhe está atribuído um
determinado espaço no jornal. O jornalista que trabalha para
uma edição Web não tem limitações espaciais, e por isso
concentra-se na estrutura da notícia, procurando encontrar a
melhor maneira de oferecer toda a informação disponível de uma
forma apelativa. (CANAVILHAS, 2014, p.17)
52. Técnica da Pirâmide Invertida
(Jornal Impresso)
• Os factos mais importantes aparecem
no início, os menos importantes no final da
notícia, e uma parte significativa da informação
acaba mesmo por não ser utilizada.
• O critério utilizado pelo jornalista é a
“importância” da informação para a linha
editorial ou para a imagem que o autor tem
do seu público.
53. WEB
• Nesse caso a disponibilidade espacial é infinita
e o público é global;
• A importância nessa situação é variável;
• A notícia veiculada na Web tem blocos
ligados por hiperligações.
54. BLOCOS INFORMATIVOS
[...]entende-se uma unidade informativa autónoma,
independentemente de ser composta por texto, vídeo, som
ou qualquer tipo de imagem. Neste campo, as variáveis estão
relacionadas com a quantidade de informação do bloco.
(CANAVILHAS, 2014, p.18)
55. O EQUILÍBRIO
• No caso dos texto, os blocos não devem ser
excessivamente longos, pois o leitor não gosta de ler
textos extensos;
• Caso o texto seja longo demais a tendência é que o
leitor faça uma leitura diagonal, pulando trechos e
captando apenas o que considera mais relevante;
• Exemplo:
Para layouts com três colunas de informação, o valor de
referência por bloco seriam cerca de mil caracteres.
56. CONSEQUÊNCIA
Um bloco informativo com muita informação
pode demorar bastante tempo a carregar devido
a limitações no dispositivo de acesso à Internet,
o que pode levar o leitor a desistir.
57. O QUE FAZER ENTÃO?
• Para não “perder” a atenção do público leitor é preciso
então : “say it quick, say it well”, ou seja , “dizer rápido,
falando bem”;
• Essa, segundo o autor, é cada vez mais uma regra na
produção de conteúdos para a Web;
• Os conteúdos devem ser comprimidos e reduzidos
(tamanho e tempo) para dimensões que permitam um
bom acesso mesmo com ligações de baixa velocidade.
58. O LABIRINTO
• O jornalismo na Web enfrenta dificuldades não só para simplificar o
texto para seu leitor, mas também no momento da construção de
uma arquitetura noticiosa que consiga guiar o internauta;
• Em comparação com os outros meios, esse leitor vai precisar
utilizar competência ligadas ao campo da interatividade;
Para mudar de folha, (jornais e revistas, ou de canal da rádio e da televisão), basta
um gesto simples e universal. No caso do online existe um conjunto de regras que
se vai estabilizando, como o facto de uma palavra sublinhada indicar uma
hiperligação, mas tudo o resto é variado e está longe de estabilizar devido à
constante evolução do meio. Sem regras, o leitor pode sentir-se num labirinto
onde caminha livremente, mas sem saber se está no caminho certo. (CANAVILHAS,
2014, p.19)
60. AS REGRAS
• Segundo o autor é importante estabelecer
algumas regras (gramática hipertextual), para
apoiar o leitor no consumo da informação.
São elas:
1ªREGRA
Nielsen & Morkes (1997) recomendam que as hiperligações
tenham uma distribuição homogénea ao longo do texto porque
funcionam como âncoras ao impedir o leitor de fazer a chamada
“leitura na diagonal”, saltando linhas de texto. (CANAVILHAS,
2014, p.19)
61. AS REGRAS
2ªREGRA
A segunda regra assinala que é vantajoso indicar ao leitor o tipo de
bloco informativo para o qual se direciona a hiperligação. O facto desse
bloco ser outro texto, uma foto, um vídeo, um som ou uma infografia,
representa diferentes estímulos para o leitor, que poderá desistir de
seguir a hiperligação, simplesmente porque não lhe interessa esse tipo
de conteúdos ou porque a velocidade da ligação o impede de aceder a
um vídeo. (CANAVILHAS, 2014, p.20)
3ª REGRA
A terceira regra relaciona-se com a colocação da hiperligação nas frases.
Os leitores tendem a clicar nas hiperligações no preciso momento da
sua leitura. Isso significa que uma hiperligação colocada no início de
uma frase pode significar uma saída para outro bloco informativo sem
que o leitor tenha lido o parágrafo onde se encontrava e, por isso, sem
ter captado a mensagem que se pretendia transmitir. (CANAVILHAS,
2014, p.20)
62. AS REGRAS
4ª REGRA
Uma quarta regra está relacionada com a relação entre a
palavra onde se coloca a hiperligação e a natureza mediática
do bloco informativo de destino. A inexistência de um ícone
ou de uma etiqueta que assinale o tipo de bloco de destino
não deve impedir o leitor de saber que tipo de conteúdo está
associado à hiperligação. Assim, o estabelecimento de pares
“tipo de conteúdo-palavra a hiperligar” pode ajudar o leitor a
optar por clicar na hiperligação. (CANAVILHAS, 2014, p.20)