O documento discute estratégias integradoras e inclusivas para a educação considerando a diversidade como força e suavidade. Ele propõe a construção de espaços que cruzam diferentes saberes, linguagens e culturas de forma transdisciplinar e ecossistêmica, visando a expressão do conhecimento humano e a sustentabilidade. A educação é vista como meio de transmitir o passado e abrir a mente para o novo.
Estratégias integradoras e inclusivas na diversidade
1. PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO
PAULO
II WEB CURRÍCULO
CONSTRUINDO ESTRATÉGIAS
INTEGRADORAS E INCLUSIVAS:
A força e suavidade da diversidade.
DOUTORANDOS:
MARIA DOLORES FORTES ALVES & JOÃO BEAUCLAIR
2. "Sem a curiosidade que me move, que
me inquieta, que me insere na
busca, não aprendo nem ensino".
Paulo Freire
3. Com aportes oriundos do Pensamento
Ecossistêmico, da Complexidade, da Inter
e Transdisciplinaridade buscamos a
construção de estratégias integradoras e
inclusivas, concebendo a diversidade como
força e suavidade, capazes de corroborar
para a ampliação de uma Consciência Ética
e Planetária.
4. espaços de cruzamento de diversos
saberes, linguagens, culturas,
metodologias e representações
voltadas para expressão do
conhecimento humano, da criatividade
e da sustentabilidade constitutiva do
triângulo da vida (D’AMBRÓSIO, 1997).
1997)
6. “Rigor sem sensibilidade é vazio,
sensibilidade sem rigor é insignificante”
(SEARLE, 2000, p.147)
Em nossos encontros contínuos de
partilhamentos e compartilhamentos,
estamos focados na compreensão dos
estilos distintos de ensinar e aprender,
vinculando-
vinculando-os aos princípios
interdisciplinares da espera, da humildade,
da coerência, do respeito e do desapego
2005)
(FAZENDA, 2005).
7. A TESSITURA COMUM: Complexidade.
É na busca do entrelaçar das relações e
emoções que podemos vislumbrar o
encontro de nossos valores essenciais,
do nosso linguagear,
linguagear, do nosso
emocionar para refazer a tessitura
comum que nos liga a natureza, a
sociedade e ao todo.
todo.
8. É preciso chuva para florir, é preciso
amor para abraçar, é preciso abraço para
o amor concretizar. A poésis, a intuição,
concretizar.
a sensibilidade, a afetividade, o sagrado
não tem fronteiras. São para além de
fronteiras.
gaiolas, são para além de disciplinas.
disciplinas.
9. PENSAMENTO ECOSSISTÊMICO:
Eu abraçado ao outro e ao Todo.
Escrevemos numa folha de papel e a folha
de papel inscreve-se em nós. Somos a
inscreve- nós.
folha de papel que escrevemos e nela
está tudo de nós. Ao todo estamos
nós.
ligados num imenso círculo
ecossistêmico.
ecossistêmico. A árvore que é a folha que
escrevemos, buscou no solo a seiva de
nós mesmos. Nutrimos o solo e pelo solo
mesmos.
somos nutridos.
nutridos.
10.
11. Ambiente de ressignificar as relações
humanas vencer barreiras preconceitos,
conhecer o sujeito humano além de sua
aparência, estado físico ou status social.
Lócus privilegiado para compartilhar
angústias e frustrações e também
sonhos e emoções. Lugar para se tocar
no mais dentro da alma, encontro de
subjetividades que supera barreiras e
fronteiras.
12. A partir das dificuldades, da desordem,
dificuldades, desordem,
do desequilíbrio, das dificuldades e das
desequilíbrio,
diferenças, aparentemente
diferenças,
contraditórias, podem emergir
situações que estimulam de modo
positivo a criação e a renovação do
processo educativo
13. Recursivamente construímos e
construímo-
construímo-nos a cada palavra, gesto,
símbolo.
símbolo. Transformamos a nós mesmos,
ao outro e ao meio; o meio e o outro nos
meio;
transformam.
transformam. Assim, num imenso círculo
recursivo e/ou retroativo, tudo que
transforma se transforma.
transforma. Quando
tecemos a teia nos tecemos na Teia e a
Teia da Vida tece-se em nós e conosco.
tece- conosco.
(ALVES e BEAUCLAIR, 2010)
2010)
14. “Se é verdade que o gênero humano, cuja
dialógica cérebro/mente não está
encerrada, possui em si mesmo recursos
criativos inesgotáveis, pode-se então
pode-
vislumbrar para o terceiro milênio a
possibilidade de nova criação cujos
germes e embriões foram trazidos pelo
século XX: a cidadania terrestre. E a
XX: terrestre.
educação, que é ao mesmo tempo
transmissão do antigo e abertura da mente
para receber o novo, encontra-se no cerne
encontra-
dessa nova missão.”(MORIN, 1991)
missão. 1991)
15. A multidimensionalidade abrindo-nos a
possibilidades, novos significados e sentidos
17. Como parcial conclusão: a criação
a partir das emergências.
Na partitura da vida, a sinfonia não tem
início nem partida.
partida. Todos somos
maestros.
maestros. Tocamos nossos instrumentos
e, com nossos sons, em alguns arranjos
harmônicos criados por nossas
diferenças, criamos canções novas que
dão sentido as nossas existências.
existências.
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19. Profª Maria Dolores Fortes Alves
Doutoranda e Mestre em Educação pela
PUC/SP
Pedagogoga, Psicopedagoga, Escritora.
Pesquisadora ECOTRANSD e RIES
Site pessoal: http://www.edupsicotrans.net
mdfortes@gmail.com