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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
    CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO DE
   HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO BRASIL - CPDOC




    ESTUDANDO A MPB
Reflexões sobre a MPB, Nova MPB e o
   que o público entende por isso
                                 Autor: RAFAEL MACHADO SALDANHA
                                Orientador: Fernando Lattman-Weltman



                Rio de Janeiro, 2008
Avaliação crítica


          Walner Mamede
OBJETIVO
• Estudar o processo de modificação do
  significado da sigla MPB, bem como o
  processo de institucionalização desta dentro
  do campo musical brasileiro.
• Descobrir pistas do que define esse estilo
  musical que hoje conhecemos como MPB.
SUMÁRIO
• Primeiro capítulo:
  – busca pistas na história, na evolução dos usos da
    sigla através dos tempos.
• Segundo Capítulo:
  – procura entender a MPB através da Nova MPB:
    procurando o que as diferencia, tenta-se chegar àquilo
    que as define.
• Terceiro capítulo:
  – busca ouvir também alguns indivíduos que estão
    na outra ponta do processo, pessoas que
    consomem o produto final da MPB.
REVISÃO TEÓRICA
   Categorização
1- A busca de uma brasilidade na música: de
uma manifestação tipicamente branca europeizada, ao
longo das décadas, acompanhando a construção da
própria identidade nacional, a música brasileira
incorpora elementos da tradição, do folclore e do
cotidiano, assumindo uma roupagem abrasileirada, ainda
que com a contribuição de gêneros internacionais,
fomentado pela indústria cultural e numa perspectiva
elitista e artificial de brasilidade, cujo marco inicial de
emancipação é o Modernismo e sua evolução ímpar no
 • Imprecisão do conceito no qual a tradição surge como
território brasileiro, de “identidade nacional”
 • Busca por uma identidade
elemento transgressor. nacional
• O índio como símbolo da nacionalidade
• O negro como símbolo da nacionalidade
• Identidade nacional elitista
• Lampejos de nacionalismo em uma música colonizada
• Ascensão de uma música genuinamente brasileira
• O papel da indústria cultural na configuração de um nacionalismo
  musical
• MPB como símbolo de nacionalidade
•   Construção artificial da brasilidade
•   A Bossa Nova como veículo de idéias nacionalistas
•   O movimento nacionalista da Bossa Nova na direção da MPB
•   O Tropicalismo na contramão do ultra-nacionalismo bossanovista
•   Redemocratização do país
•   Legitimação popular de uma estética musical elitista
•   Invenção elitista da música tradicional e da cultura popular
•   Aspecto elitista da MPB herdado da Bossa Nova
•   A MPB como representante de uma classe média e de uma elite
    intelectual
•   O modernismo como marco da emancipação musical brasileira
•   A MPB surge como fruto da transição entre Modernidade e Pós-
    Modernidade
•   A Modernidade brasileira incorporou a tradição
•   A tradição brasileira surge como um elemento de transgressão ao
    colonialismo
2- A geração dos pioneiros:           a primeira geração
se constituiu no eixo RJ-SP; a segunda contou com
representantes nordestinos; e a terceira adentrou o
reduto universitário como seu público, dentre eles havia
um grupo marginal bem avaliado, mas pouco comercial,
todos eles porta-vozes da inovação musical, sendo a
segunda geração mais duramente criticada por pouca
                      originalidade
• As 3 primeiras gerações de emepebistas
• Os marginais da MPB e a rejeição popular
3- Sentidos atribuídos à sigla MPB: os sentidos
variam de uma polissemia estética apenas ideologicamente
delimitada até a reivindicação de um sentido próprio como
gênero musical que incorpora elementos estéticos de
outros estilos, sendo aí compreendida como sinônimo de boa
música
•   Sentido amplo de MPB
•   Sentido ideológico de MPB
•   Sentido elitista de MPB
•   Polissemia do conceito de MPB
•   Sentido restrito de MPB
•   Sentido ideológico da MPB
•   A polissemia estética da MPB
•   A ampliação do conceito de MPB pelo Tropicalismo
•   A Tropicália como reformadora da MPB
•   Sentido amplo de MPB
•   A reforma tropicalista da MPB se deu de forma diferente pelo Brasil
•   Nova ampliação do conceito de MPB, que incorpora o BRock
•   Representantes da MPB se rendem aos encantos do Rock
•   Rockeiros assumem uma identidade emepebista
•   A MPB se distancia do Rock
•   O conceito de MPB sofre uma retração de suas fronteiras
•   A MPB reivindica um sentido próprio e incorpora elementos de
    outros estilos em novas leituras
•   MPB como sinônimo de refinamento e maturidade
•   A novidade da Bossa Nova na direção do experimentalismo
    emepebista
•   O acolhimento popular do Tropicalismo como MPB
•   A MPB se consolida como sinônimo de ‘boa música’, mas perde
    mercado
4- O romance proibido da MPB com a
indústria cultural: a relação evolui de uma
arrogante aversão, politicamente orientada, até um
casamento conturbado, quando ela se rende aos encantos
da cultura pop e se consolida como sinônimo de boa música
com         pretensa          autonomia          criativa
• Industrialização da MPB
• A consolidação do compromisso entre MPB e indústria
  fonográfica
• A MPB se rende ao mercado e à cultura pop
• A repressão militar recrudesce, o mercado se encolhe e a MPB
  se ressente
• A MPB recupera mercado
• A MPB assume definitivamente seu romance com a indústria
  fonográfica e a cultura pop
• Pretensa autonomia em relação ao mercado, possibilitada
  pelas facilidades tecnológicas
5- A despolitização gradual da música:
surgido dentro de um movimento de politização da Bossa
Nova como uma manifestação cultural politicamente
engajada, a MPB se opõe ao Rock e à Jovem Guarda, mas aos
poucos perde seu engajamento, fenômeno que se inicia com a
Tropicália e estaciona na ‘Nova’-MPB na déc de 90.
• A MPB afrouxa seu engajamento político e assume uma identidade
  mais camp
• Atitudes adesistas de representantes da MPB
• A redução do engajamento político da MPB
• Os ataques da esquerda a uma MPB insípida
• A música como veículo e aparelho ideológico do Estado
• A Jovem Guarda como sinônimo de música alienada
• O pop, o kitsch e o camp tropicalista versus o engajamento político
  e o paroditismo da MPB
• O descompromisso político tropicalista
• A MPB surge como contraponto à Jovem Guarda
• O engajamento político da Bossa Nova
• A MPB como música politicamente engajada
6- Colonização à americana: liberta do
colonialismo europeu e do ultranacionalismo dos
idos iniciais de seu surgimento, principalmente
com a Tropicália, a MPB se abre para o exterior
e se rende aos encantos da música norte
americana.

•   A internacionalização da música brasileira
•   EUA: um novo modelo de colonialismo cultural
•   A influência norte americana na MPB
•   Internacionalização da Bossa Nova
7- A nova cara da juventude brasileira:                 o
Rock poesia ganha espaço e recebe apoio da MPB. Ao final
da década de 80 ambos cedem para estilos musicais mais
dançantes, quando surge uma nova geração de
emepebistas menos comprometidos com ideologias políticas
• BRock como novo símbolo da juventude
• O BRock perde espaço para a Lambada, o Sertanejo, o Pagode
  e o Axé
• Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown inauguram
  uma nova fase
8- A quarta geração de emepebistas:              uma
suposta ruptura estética entre o novo e velho apenas
estabelece uma releitura de seus precursores se
caracterizando     pelo   descomprometimento político,
predomino feminino e um flerte com o ambiente
universitário sem grandes novidades
•   A oposição ideológica entre ‘nova’ e ‘velha’ MPB
•   Possibilidades de uma Nova MPB
•   Ausência de ruptura legítima entre Nova e Velha MPB
•   Completa frouxidão do engajamento político
•   O flerte entre a MPB e o ambiente universitário
•   A presença feminina
•   Predomínio feminino como intérpretes de precursoras
•   Pequena originalidade musical
Método
• Abordagem qualitativa
• Aplicação do conceito de grupo focal em ambiente virtual
• Perfil dos respondentes:
   – Faixa etária: 15-45 anos
   – Escolaridade: Ensino Médio – Pós-Graduação
   – Região geográfica: Sudeste, Nordeste, Sul e exterior
• Foi criado o “Grupo de Pesquisa - MPB” no Orkut,
  restrito a inscritos (máx. 25)=>Laços fracos
• A apresentação dos resultados será ilustrada com os
  comentários mais significativos e repetitivos.
• Convite realizado nas principais comunidades que discutem
  MPB no Orkut (a maior delas, chamada “MPB – Música
  Brasileira” conta com mais de 350.000 membros)
• Também foram enviados convites às comunidades de ódio
  à MPB
• Dos 25 membros ativos da “Grupo de Pesquisa - MPB”,
  20 responderam todas as enquetes.
• As respostas foram armazenadas, codificadas e categorizadas,
  conforme a Análise de Conteúdo proposta por Bardin
• Foram seis discussões propostas ao longo de dois meses sobre
  as seguintes questões:
Primeiro debate: qual o conceito de MPB?

• O que vocês acham? Concordam com alguma
  destas alternativas? Se concorda, justifique. Se
  não, como você definiria a MPB?
     • Opção 1) Todo tipo de música popular que seja feita no
       Brasil. Ou seja, ritmos e gêneros tradicionais como samba,
       baião e choro e outros mais atuais e “globalizados”,
       como rock, o funk e o sertanejo.
     • Opção 2) Somente música de boa qualidade.
     • Opção 3) Somente música ligada às tradições culturais
       do Brasil, independente da qualidade.
     • Opção 4) Uma sigla discriminatória que coloca em “guetos
       do mau gosto” artistas com tendências mais “populares”
Segundo debate: como é a relação da MPB com
                  a mídia?

• Onde vocês procuram informações sobre a
  MPB? A grande imprensa dá cobertura
  adequada à MPB? O que vocês acham das
  rádios especializadas nela? Quando ela é tema
  dos cadernos culturais dos jornais ou das
  revistas, o que vocês acham do tratamento a
  ela dispensado?
Terceiro debate: MPB define música de boa
                  qualidade?
• Você acredita que ser classificado como MPB
  faz um artista ser mais "respeitado"?
  – Por exemplo: Concordando ou não com a
    classificação, a banda carioca Los Hermanos
    mudou de status depois que a grande
    imprensa e boa parcela do público começou a
    considerá-los um grupo de MPB ao invés de uma
    banda de Rock?
Quarto debate: existe uma “Nova-MPB”?

• A partir do final dos anos 90, começa a se falar de uma
  "Nova MPB", não como uma nova onda da MPB, mas
  como algo isolado... surgem no cenário musical
  nomes nunca ouvidos antes. Na nova MPB o som
  não se restringe mais a apenas um toque do violão...
  o processo de composição ora adotado incorpora
  novas informações de forma rápida, ágil, numa
  mistura de veículos, tendências, cores e sons. O que
  definiria essa "Nova MPB"? Quais seriam as
  principais diferenças (estéticas, temáticas, etc) dessa
  em relação a MPB tradicional? Quais artistas fariam
  parte dessa "Nova MPB"?
Quinto debate: existe apadrinhamento na MPB?

• Em muitas áreas de atuação, algumas figuras
  atingem um tamanho grau de influência (ou
  legitimidade) que uma palavra deles pode
  servir para transferir um pouco dessa
  legitimidade para o referido... Isso também
  acontece na música brasileira e, sendo mais
  específico, na MPB? Quem seriam essas figuras
  com autoridade suficiente para abrirem a boca e
  elevar ou acabar com um artista?...Não quis dizer
  que seriam pessoas que influenciam vocês, e sim
  figuras que influenciam o mercado em geral, o
  público em geral.
Sexto debate: como é a relação entre música
       brasileira e música estrangeira?

• O que vocês acham da influência estrangeira
  sobre a música brasileira? É necessário tomar
  alguma medida protecionista sobre ela? As
  rádios tocam músicas estrangeiras demais? A
  exposição a estes ritmos deturpa ou deforma
  de alguma forma a música brasileira?
Resultados
• Podemos então concluir que, na opinião da maioria, a
  MPB deveria ser compreendida como o somatório de
  todas as expressões musicais produzidas no Brasil por
  brasileiros, mas que, no entanto, a sigla cada vez mais
  é usada para designar um gênero específico de “boa”
  música, havendo uma postura desconfiada quanto à
  atuação da mídia:
   – “Para mim MPB é a música que nosso povo cria. Quer
     eu goste dela ou não. Se é influenciada pela tradição
     ou pela tradução de influencias globalizadas tanto faz.
     Quanto a isso, devo lembrar que os únicos que podem
     dizer que fazem música brasileira "pura" são nossos
     indígenas e faz muito que eles sumiram de nossas paradas
     de sucesso...”
Conclusão
• Ao longo de sua história, MPB significou várias coisas
  diferentes. Serviu para nomear a música engajada do
  início dos anos 60, aceitou os experimentalismos do
  tropicalismo, herdando seus artistas após o fim do
  movimento. Se ampliou indefinidamente para aceitar
  os roqueiros-poetas dos anos 80 até ser tomado
  cada vez mais como um estilo musical definido,
  que herda a brasilidade das tradições musicais
  antigas, a sofisticação da Bossa Nova e o flerte
  com      o popular e com o pop principiado no
  tropicalismo, ampliado nos anos 80 e retraído após os
  anos 90, em um clima de elitismo e superioridade
• Dilema Tostines
Crítica
• Não houve descrição do processo de categorização dos
  resultados, apenas menção ao que foi feito, apresentação
  de conclusões daí decorrentes e ilustração com falas
  pertinentes e recorrentes nos debates.
• Não foi apresentado um quadro-síntese das categorias.
• A estrutura formal de um trabalho científico não foi
  adotada:
   – Elementos da metodologia foram apresentados numa mescla
     com o que seria “Resultado”.
   – O que seria “Conclusão” apareceu como “Resultado”
   – A “Discussão” apareceu apenas ao final sem o devido
     tratamento (“O fim?”)
Problematização
(BERNARDES, Antonio. QUANTO ÀS CATEGORIAS E AOS CONCEITOS. Revista Formação Online, n.
                        18, volume 2, p. 39-62 , jan./jun., 2011)

• “...Tanto para perspectiva oniposicional como para perspectiva
  posicional as categorias indicam as essências, o ser do fenômeno, e,
  os conceitos indicam as existências, o estar dos fenômenos. Elas são
  definidas tendo em vista o método e a doutrina utilizada para
  o desenvolvimento da pesquisa, assim como, principalmente, a
  perspectiva de mundo desenvolvida, que é uma forte indicação
  da postura do pesquisador, como ser-no-mundo...É nesse
  entrevero que as categorias e os conceitos ganham relevância, pois
  possuem um valor histórico como instrumentais teóricos para o
  entendimento da realidade, mas, quando isolados do seu corpo
  teórico podem perder todo o seu sentido...”
    – Assim, seria a utilização dos juízes um meio verdadeiramente seguro
      para se garantir a inequivocidade das categorias ou seria mera
      estratégia para se reduzirem as chances de uma variabilidade
      interpretativa, legitimando uma certa forma de se analisar
      determinado conteúdo?
É O FIM!

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A MPB e suas múltiplas faces

  • 1. FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO BRASIL - CPDOC ESTUDANDO A MPB Reflexões sobre a MPB, Nova MPB e o que o público entende por isso Autor: RAFAEL MACHADO SALDANHA Orientador: Fernando Lattman-Weltman Rio de Janeiro, 2008
  • 2. Avaliação crítica Walner Mamede
  • 3. OBJETIVO • Estudar o processo de modificação do significado da sigla MPB, bem como o processo de institucionalização desta dentro do campo musical brasileiro. • Descobrir pistas do que define esse estilo musical que hoje conhecemos como MPB.
  • 4. SUMÁRIO • Primeiro capítulo: – busca pistas na história, na evolução dos usos da sigla através dos tempos. • Segundo Capítulo: – procura entender a MPB através da Nova MPB: procurando o que as diferencia, tenta-se chegar àquilo que as define. • Terceiro capítulo: – busca ouvir também alguns indivíduos que estão na outra ponta do processo, pessoas que consomem o produto final da MPB.
  • 5. REVISÃO TEÓRICA Categorização
  • 6. 1- A busca de uma brasilidade na música: de uma manifestação tipicamente branca europeizada, ao longo das décadas, acompanhando a construção da própria identidade nacional, a música brasileira incorpora elementos da tradição, do folclore e do cotidiano, assumindo uma roupagem abrasileirada, ainda que com a contribuição de gêneros internacionais, fomentado pela indústria cultural e numa perspectiva elitista e artificial de brasilidade, cujo marco inicial de emancipação é o Modernismo e sua evolução ímpar no • Imprecisão do conceito no qual a tradição surge como território brasileiro, de “identidade nacional” • Busca por uma identidade elemento transgressor. nacional • O índio como símbolo da nacionalidade • O negro como símbolo da nacionalidade • Identidade nacional elitista • Lampejos de nacionalismo em uma música colonizada • Ascensão de uma música genuinamente brasileira • O papel da indústria cultural na configuração de um nacionalismo musical • MPB como símbolo de nacionalidade
  • 7. Construção artificial da brasilidade • A Bossa Nova como veículo de idéias nacionalistas • O movimento nacionalista da Bossa Nova na direção da MPB • O Tropicalismo na contramão do ultra-nacionalismo bossanovista • Redemocratização do país • Legitimação popular de uma estética musical elitista • Invenção elitista da música tradicional e da cultura popular • Aspecto elitista da MPB herdado da Bossa Nova • A MPB como representante de uma classe média e de uma elite intelectual • O modernismo como marco da emancipação musical brasileira • A MPB surge como fruto da transição entre Modernidade e Pós- Modernidade • A Modernidade brasileira incorporou a tradição • A tradição brasileira surge como um elemento de transgressão ao colonialismo
  • 8. 2- A geração dos pioneiros: a primeira geração se constituiu no eixo RJ-SP; a segunda contou com representantes nordestinos; e a terceira adentrou o reduto universitário como seu público, dentre eles havia um grupo marginal bem avaliado, mas pouco comercial, todos eles porta-vozes da inovação musical, sendo a segunda geração mais duramente criticada por pouca originalidade • As 3 primeiras gerações de emepebistas • Os marginais da MPB e a rejeição popular
  • 9. 3- Sentidos atribuídos à sigla MPB: os sentidos variam de uma polissemia estética apenas ideologicamente delimitada até a reivindicação de um sentido próprio como gênero musical que incorpora elementos estéticos de outros estilos, sendo aí compreendida como sinônimo de boa música • Sentido amplo de MPB • Sentido ideológico de MPB • Sentido elitista de MPB • Polissemia do conceito de MPB • Sentido restrito de MPB • Sentido ideológico da MPB • A polissemia estética da MPB • A ampliação do conceito de MPB pelo Tropicalismo • A Tropicália como reformadora da MPB
  • 10. Sentido amplo de MPB • A reforma tropicalista da MPB se deu de forma diferente pelo Brasil • Nova ampliação do conceito de MPB, que incorpora o BRock • Representantes da MPB se rendem aos encantos do Rock • Rockeiros assumem uma identidade emepebista • A MPB se distancia do Rock • O conceito de MPB sofre uma retração de suas fronteiras • A MPB reivindica um sentido próprio e incorpora elementos de outros estilos em novas leituras • MPB como sinônimo de refinamento e maturidade • A novidade da Bossa Nova na direção do experimentalismo emepebista • O acolhimento popular do Tropicalismo como MPB • A MPB se consolida como sinônimo de ‘boa música’, mas perde mercado
  • 11. 4- O romance proibido da MPB com a indústria cultural: a relação evolui de uma arrogante aversão, politicamente orientada, até um casamento conturbado, quando ela se rende aos encantos da cultura pop e se consolida como sinônimo de boa música com pretensa autonomia criativa • Industrialização da MPB • A consolidação do compromisso entre MPB e indústria fonográfica • A MPB se rende ao mercado e à cultura pop • A repressão militar recrudesce, o mercado se encolhe e a MPB se ressente • A MPB recupera mercado • A MPB assume definitivamente seu romance com a indústria fonográfica e a cultura pop • Pretensa autonomia em relação ao mercado, possibilitada pelas facilidades tecnológicas
  • 12. 5- A despolitização gradual da música: surgido dentro de um movimento de politização da Bossa Nova como uma manifestação cultural politicamente engajada, a MPB se opõe ao Rock e à Jovem Guarda, mas aos poucos perde seu engajamento, fenômeno que se inicia com a Tropicália e estaciona na ‘Nova’-MPB na déc de 90. • A MPB afrouxa seu engajamento político e assume uma identidade mais camp • Atitudes adesistas de representantes da MPB • A redução do engajamento político da MPB • Os ataques da esquerda a uma MPB insípida • A música como veículo e aparelho ideológico do Estado • A Jovem Guarda como sinônimo de música alienada • O pop, o kitsch e o camp tropicalista versus o engajamento político e o paroditismo da MPB • O descompromisso político tropicalista • A MPB surge como contraponto à Jovem Guarda • O engajamento político da Bossa Nova • A MPB como música politicamente engajada
  • 13. 6- Colonização à americana: liberta do colonialismo europeu e do ultranacionalismo dos idos iniciais de seu surgimento, principalmente com a Tropicália, a MPB se abre para o exterior e se rende aos encantos da música norte americana. • A internacionalização da música brasileira • EUA: um novo modelo de colonialismo cultural • A influência norte americana na MPB • Internacionalização da Bossa Nova
  • 14. 7- A nova cara da juventude brasileira: o Rock poesia ganha espaço e recebe apoio da MPB. Ao final da década de 80 ambos cedem para estilos musicais mais dançantes, quando surge uma nova geração de emepebistas menos comprometidos com ideologias políticas • BRock como novo símbolo da juventude • O BRock perde espaço para a Lambada, o Sertanejo, o Pagode e o Axé • Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown inauguram uma nova fase
  • 15. 8- A quarta geração de emepebistas: uma suposta ruptura estética entre o novo e velho apenas estabelece uma releitura de seus precursores se caracterizando pelo descomprometimento político, predomino feminino e um flerte com o ambiente universitário sem grandes novidades • A oposição ideológica entre ‘nova’ e ‘velha’ MPB • Possibilidades de uma Nova MPB • Ausência de ruptura legítima entre Nova e Velha MPB • Completa frouxidão do engajamento político • O flerte entre a MPB e o ambiente universitário • A presença feminina • Predomínio feminino como intérpretes de precursoras • Pequena originalidade musical
  • 17. • Abordagem qualitativa • Aplicação do conceito de grupo focal em ambiente virtual • Perfil dos respondentes: – Faixa etária: 15-45 anos – Escolaridade: Ensino Médio – Pós-Graduação – Região geográfica: Sudeste, Nordeste, Sul e exterior • Foi criado o “Grupo de Pesquisa - MPB” no Orkut, restrito a inscritos (máx. 25)=>Laços fracos • A apresentação dos resultados será ilustrada com os comentários mais significativos e repetitivos.
  • 18. • Convite realizado nas principais comunidades que discutem MPB no Orkut (a maior delas, chamada “MPB – Música Brasileira” conta com mais de 350.000 membros) • Também foram enviados convites às comunidades de ódio à MPB • Dos 25 membros ativos da “Grupo de Pesquisa - MPB”, 20 responderam todas as enquetes. • As respostas foram armazenadas, codificadas e categorizadas, conforme a Análise de Conteúdo proposta por Bardin • Foram seis discussões propostas ao longo de dois meses sobre as seguintes questões:
  • 19. Primeiro debate: qual o conceito de MPB? • O que vocês acham? Concordam com alguma destas alternativas? Se concorda, justifique. Se não, como você definiria a MPB? • Opção 1) Todo tipo de música popular que seja feita no Brasil. Ou seja, ritmos e gêneros tradicionais como samba, baião e choro e outros mais atuais e “globalizados”, como rock, o funk e o sertanejo. • Opção 2) Somente música de boa qualidade. • Opção 3) Somente música ligada às tradições culturais do Brasil, independente da qualidade. • Opção 4) Uma sigla discriminatória que coloca em “guetos do mau gosto” artistas com tendências mais “populares”
  • 20. Segundo debate: como é a relação da MPB com a mídia? • Onde vocês procuram informações sobre a MPB? A grande imprensa dá cobertura adequada à MPB? O que vocês acham das rádios especializadas nela? Quando ela é tema dos cadernos culturais dos jornais ou das revistas, o que vocês acham do tratamento a ela dispensado?
  • 21. Terceiro debate: MPB define música de boa qualidade? • Você acredita que ser classificado como MPB faz um artista ser mais "respeitado"? – Por exemplo: Concordando ou não com a classificação, a banda carioca Los Hermanos mudou de status depois que a grande imprensa e boa parcela do público começou a considerá-los um grupo de MPB ao invés de uma banda de Rock?
  • 22. Quarto debate: existe uma “Nova-MPB”? • A partir do final dos anos 90, começa a se falar de uma "Nova MPB", não como uma nova onda da MPB, mas como algo isolado... surgem no cenário musical nomes nunca ouvidos antes. Na nova MPB o som não se restringe mais a apenas um toque do violão... o processo de composição ora adotado incorpora novas informações de forma rápida, ágil, numa mistura de veículos, tendências, cores e sons. O que definiria essa "Nova MPB"? Quais seriam as principais diferenças (estéticas, temáticas, etc) dessa em relação a MPB tradicional? Quais artistas fariam parte dessa "Nova MPB"?
  • 23. Quinto debate: existe apadrinhamento na MPB? • Em muitas áreas de atuação, algumas figuras atingem um tamanho grau de influência (ou legitimidade) que uma palavra deles pode servir para transferir um pouco dessa legitimidade para o referido... Isso também acontece na música brasileira e, sendo mais específico, na MPB? Quem seriam essas figuras com autoridade suficiente para abrirem a boca e elevar ou acabar com um artista?...Não quis dizer que seriam pessoas que influenciam vocês, e sim figuras que influenciam o mercado em geral, o público em geral.
  • 24. Sexto debate: como é a relação entre música brasileira e música estrangeira? • O que vocês acham da influência estrangeira sobre a música brasileira? É necessário tomar alguma medida protecionista sobre ela? As rádios tocam músicas estrangeiras demais? A exposição a estes ritmos deturpa ou deforma de alguma forma a música brasileira?
  • 26. • Podemos então concluir que, na opinião da maioria, a MPB deveria ser compreendida como o somatório de todas as expressões musicais produzidas no Brasil por brasileiros, mas que, no entanto, a sigla cada vez mais é usada para designar um gênero específico de “boa” música, havendo uma postura desconfiada quanto à atuação da mídia: – “Para mim MPB é a música que nosso povo cria. Quer eu goste dela ou não. Se é influenciada pela tradição ou pela tradução de influencias globalizadas tanto faz. Quanto a isso, devo lembrar que os únicos que podem dizer que fazem música brasileira "pura" são nossos indígenas e faz muito que eles sumiram de nossas paradas de sucesso...”
  • 28. • Ao longo de sua história, MPB significou várias coisas diferentes. Serviu para nomear a música engajada do início dos anos 60, aceitou os experimentalismos do tropicalismo, herdando seus artistas após o fim do movimento. Se ampliou indefinidamente para aceitar os roqueiros-poetas dos anos 80 até ser tomado cada vez mais como um estilo musical definido, que herda a brasilidade das tradições musicais antigas, a sofisticação da Bossa Nova e o flerte com o popular e com o pop principiado no tropicalismo, ampliado nos anos 80 e retraído após os anos 90, em um clima de elitismo e superioridade • Dilema Tostines
  • 30. • Não houve descrição do processo de categorização dos resultados, apenas menção ao que foi feito, apresentação de conclusões daí decorrentes e ilustração com falas pertinentes e recorrentes nos debates. • Não foi apresentado um quadro-síntese das categorias. • A estrutura formal de um trabalho científico não foi adotada: – Elementos da metodologia foram apresentados numa mescla com o que seria “Resultado”. – O que seria “Conclusão” apareceu como “Resultado” – A “Discussão” apareceu apenas ao final sem o devido tratamento (“O fim?”)
  • 31. Problematização (BERNARDES, Antonio. QUANTO ÀS CATEGORIAS E AOS CONCEITOS. Revista Formação Online, n. 18, volume 2, p. 39-62 , jan./jun., 2011) • “...Tanto para perspectiva oniposicional como para perspectiva posicional as categorias indicam as essências, o ser do fenômeno, e, os conceitos indicam as existências, o estar dos fenômenos. Elas são definidas tendo em vista o método e a doutrina utilizada para o desenvolvimento da pesquisa, assim como, principalmente, a perspectiva de mundo desenvolvida, que é uma forte indicação da postura do pesquisador, como ser-no-mundo...É nesse entrevero que as categorias e os conceitos ganham relevância, pois possuem um valor histórico como instrumentais teóricos para o entendimento da realidade, mas, quando isolados do seu corpo teórico podem perder todo o seu sentido...” – Assim, seria a utilização dos juízes um meio verdadeiramente seguro para se garantir a inequivocidade das categorias ou seria mera estratégia para se reduzirem as chances de uma variabilidade interpretativa, legitimando uma certa forma de se analisar determinado conteúdo?