Este documento apresenta conceitos fundamentais da teoria cinética dos gases, incluindo:
1) Definições de unidades de massa atômica, átomo-grama e molécula-grama;
2) Lei dos gases ideais e sua relação entre pressão, volume e temperatura;
3) Cálculos envolvendo número de Avogadro e conversão entre massa e número de partículas.
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Teoria Cinética dos Gases
1. Física 2
A Teoria Cinética dos
Gases
Prof. Dr. Walmor Cardoso Godoi
Departamento de Física - DAFIS
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR
URL: http://www.walmorgodoi.com/utfpr
E-mail: walmorgodoi@utfpr.edu.br
2. Referência
• Halliday e Resnick, Fundamentos de Física Gravitação, Ondas e Termodinâmica, vol. 2, 9ª
ed., Cap 19.
3. • Gás-> átomos isolados ou unidos em
moléculas
• Variáveis macroscópicas de Estado: P, V, T, n
4.
5. Unidade de Massa Atômica (u.m.a.)
Exemplo:
p+ massa de 1,00759 u.m.a
n0 massa de 1,00898 u.m.a
e- massa de 0,0005486 u.m.a (1836 x menor que p+)
6. ÁTOMO-GRAMA E MOLÉCULA-GRAMA (MOL)
Átomo-grama de um elemento químico corresponde ao peso atômico,
tomado em gramas.
Exemplo, Alumínio:
Peso atômico do alumínio = 26,9815 u.m.a.
Portanto...
Átomo-grama do alumínio = 26,9815 g.
7. ÁTOMO-GRAMA E MOLÉCULA-GRAMA (MOL)
Molécula-grama (Mol) de uma substância composta é o peso da molécula
tomado em gramas.
Exemplo, Água:
Peso molecular da água = 18,015 u.m.a , portanto,
Molécula-grama da água = 18,015 g.
O átomo-grama ou a molécula-grama de
uma substância corresponde a um número
fixo de partículas (átomos ou moléculas),
denominado
NÚMERO
AVOGADRO (NA):
DE
8. ÁTOMO-GRAMA E MOLÉCULA-GRAMA (MOL)
Molécula-grama (Mol) de uma substância composta é o peso da molécula
tomado em gramas.
Exemplo, Água:
Peso molecular da água = 18,015 u.m.a , portanto,
Molécula-grama da água = 18,015 g.
O átomo-grama ou a molécula-grama de
uma substância corresponde a um número
fixo de partículas (átomos ou moléculas),
denominado
NÚMERO
AVOGADRO (NA):
DE
10. • Com estas definições pode-se calcular o
número de átomos (N) contidos em uma
determinada massa (m) através da seguinte
relação:
m
N
NA
M
• onde M é o átomo-grama ou molécula-grama
da substância.
11. Exemplo 1
• Calcular o número de átomos contidos em
13,5 mg de Urânio.
O átomo-grama do Urânio é igual a 238,02891 g, portanto:
m
0,0135
N
NA
6,022 10 23 3,415 1019
M
238,02891
átomos.
18. Gases Ideais
• Lei dos gases ideais
pV NkT
pV nRT
R= 8,31 J/mol K (constante dos gases ideais)
n: número de mols contido em um gás
19. Gases Ideais
Se a massa de gás for constante ( ou o
número de mols) nR = cte tem-se
piVi p f V f
cte
Ti
Tf
20. Gases Ideais
• Exemplo 3: Volume de 1 mol de gás - Calcular
o volume de 1 mol de um gás ideal para
mantê-lo em CNTP
CNTP IUPAC (1 mol, 273,15 K; 1,01325 x 105 Pa)
Vol CNTP (1 mol, 273,15 K; 1,01325 x 105 Pa) =
22,413968
0,000020 litros/mol *
* Medidas no NIST-USA
Nas CPTP IUPAC (1 mol, 273,15 K; 100 000 Pa) =
22,710 953 ± 0,000 021 L mol−1
21. Observações
• As Condições Normais de Temperatura e Pressão (cuja sigla é CNTP no
Brasil) referem-se à condição experimental com temperatura e pressão de
273,15 K (0 °C) e 101.325 Pa (101,325 kPa = 1,01325 bar = 1 atm=
760 mmHg), respectivamente.
• Esta condição é geralmente empregada para medidas de gases em
condições atmosféricas (ou de atmosfera padrão).
• O equivalente de CNTP em inglês é NTP (Normal Temperature and
Pressure).
• Há duas condições de temperatura e pressão comumente utilizadas,
sendo elas:
– CNTP no Brasil, com valores de temperatura e pressão de 293,15 K e
101.325 Pa (pressão normal), respectivamente.
– CPTP no Brasil (sigla significando Condições Padrão de Temperatura e
Pressão), referindo-se às atuais STP (do inglês - Standard Temperature and
Pressure) com valores de temperatura e pressão de 273,15 K (0 °C) e 100
000 Pa = 1 bar, respectivamente.
22. • Exemplo 4. Um cilindro contém 12 litros de
oxigênio a 20 oC e 15 atm. A temperatura é
aumentada para 35 oC e o volume reduzido
para 8,5 litros. Qual a pressão final do gás em
atm? Supor gás ideal.
• Resposta: 22 atm
piVi p f V f
Ti
Tf
23. Gases Ideais
Exemplo 5: Compressão de um
gás no motor de um automóvel
Razão de compressão 9:1
(gasolina)
P1= 1 atm
P2=21,7 atm
T1 = 27 oC
Resposta: 450 C
T2=?
o
26. Processos Isotérmicos
Vf
T = const
Wi f P dV
VI
Vf
nRT
Wi f
dV
V
V
I
Vf
Wi f nRT ln
V
i
27. Processos Isotérmicos
Vf
Wi f nRT ln
V
i
se
V cte: Vf=Vi : Wif = nRT ln(1)= 0
Expansão: Vf > Vi : Wif > 0
Compressão: Vf < Vi : Wif< 0
28. Processos Isotérmicos
• Exemplo 6. Um mol de oxigênio se expande a
uma temperatura constante T de 310 K de um
volume inicial V1 de 12 L para um volume final
V2 de 19 L. Qual é o trabalho realizado pelo
gás durante a expansão?
V2
W12 nRT ln
V
1
19 l
W12 (1mol )(8,31 J / molK )(310 K ) ln
12 l
= +1184 J
33. Pressão, Temperatura e
Velocidade Média Quadrática
Temperatura:
Energia cinética média das partículas do gás
Pressão:
Variação do momento linear das partículas
que colidem nas paredes do recipiente de
gás
34. Colisão elástica
Cada partícula (momento transferido):
p1 x ( mv1 x ) ( mv1 x ) 2mv1 x
t 2 L / v1 x
Taxa média de transferência de momento
Fparticula ,1
p1x 2mv1x mv
t
2 L / v1x
L
2
1x
35. Fx mv / L mv / L ... mv / L
p 2
2
L
L
m 2
2
2
p 3 ( v1x v2 x ... v Nx )
L
2
1x
Valor médio do quadrado da componente x
2
2x
2
Nx
2
(v x ) méd
36. Para qualquer molécula
mnN A 2
p
(vx ) méd
3
L
nM 2
p
(v x )méd
V
v v v v
2
x
2
y
2
z
1 2
v v v v
3
2
x
2
y
2
z
assim
nM 2
p
( v ) méd
3V
48. • Exemplo 8:
• a) Qual é o livre caminho médio de moléculas
de O2 a uma temperatura T = 300 K e a uma
pressão de 1 atm ? Diâmetro moléculas 290
pm, gás ideal)
• b) Suponha que a velocidade média das
moléculas seja v = 450 m/s, qual o tempo
médio t entre as colisões e a frequência de
colisões?
49. Distribuição de Velocidades das
Moléculas
1852, Maxwell
3
2
M 2
P(v) 4
2 RT v e
Mv2
2 RT
M : massa molar do gás
58. Capacidade térmica
dQ C dT
Capacidade
térmica
1MOL
SE dQ é transferido à pressão constante
dQP CP dT
Calor específico molar
à pressão constante
SE dQ é transferido à volume constante
dQV CV dT
Calor específico
molar à volume
constante
64. Calor Específico Molar
à pressão constante
dEint dQP dW
dEint C P dT PdV
b
P+dP
P
f
T + dT
i
T
V
V+dV
65. Calor Específico Molar
à pressão constante
dEint dQP dW
dEint C P dT PdV
b
P+dP
P
c
T + dT
a
T
V
V+dV
66. Calor Específico Molar
à pressão constante
dEint independe do processo
dEint CV dT C P dT PdV
PARA 1 MOL : PV=RT
CV dT C P dT R dT
CP CV R
67. Calor Específico Molar
à pressão constante
C P CV R
1 MOL de um gás ideal MONOATÔMICO
5
3
Cv R C P R
2
2
CP 5
CV 3
69. Efeitos Quânticos
CV /R
(H2 )
Gás Ideal Diatômico
translação
rotação
vibração
3,5
2,5
1,5
0,02
0,1 0,2
1
2 5
Quantização da energia
T(x103 K )
70. Teorema da Equipartição da Energia
Gás ideal MONOATÔMICO
Energia Interna :
Energia Cinética de Translação do
Centro de Massa :
3 graus de liberdade
1
2
2
2
K m vx v y vz
2
3 termos quadráticos na energia
1
3
Eint 3 kT R
2
2
3
CV R
2
71. Teorema da Equipartição da Energia
Gás ideal DIATÔMICO
Energia Interna :
Energia Cinética de Translação do
Centro de Massa
3 graus de liberdade
+ Energia Cinética de Rotação
2 graus de liberdade
r
5 termos quadráticos na energia
1
5
Eint 5 kT R
2
2
5
CV R
2
72. Teorema da Equipartição da Energia
Gás ideal DIATÔMICO a altas temperaturas (ou POLI-)
Energia Interna :
Energia Cinética de Translação do
Centro de Massa
3 graus de liberdade
+ Energia Cinética de Rotação
2 graus de liberdade
+ Energia de Vibração da ligação
1 grau de liberdade
r
6 termos quadráticos na energia
1
Eint 6 kT 3R
2
CV 3R
73. Teorema da Equipartição da Energia
Gás ideal com f graus de liberdade:
f termos quadráticos na energia
1
Eint f kT
2
74. Calor Específico Molar
1 MOL de gás ideal com f graus de liberdade
f
Eint, mol (T ) nRT
2
f
CV R,
2
f 2
f
CP 1 R ,
f
2
75. Calor Específico Molar
Moléculas diatômicas rígidas
Moléculas diatômicas com vibração
Moléculas poliatômicas com
vários modos vibracionais e um
rotacional adicional
5
CP R
2
7
CP R
2
CP 3R
76. Calor Específico Molar
Molécula CV (J/mol.K)
He
12,5
Ar
12,6
N2
20,7
O2
20,8
NH4
29,0
CO2
29,7
}
}
}
3
R 12,5
2
5
R 20,8
2
3R 24,9