O documento discute a obsessão espiritual, classificando-a em três graus: obsessão simples, fascinação e subjugação. Apresenta também detalhes sobre a possessão e como identificar fluidos espirituais por meio da percepção mediúnica.
2. O Livro dos Espíritos
Perg 459 – Influem os espíritos em nossos
pensamentos e em nossos atos?
Resp.: “Muito mais do que imaginais, influem a tal
ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem”.
3. "Entre os escolhos que apresenta a prática do Espiritismo, cumpre
se coloque na primeira linha a obsessão, isto é, o domínio que
alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é
praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram
dominar.
Os bons Espíritos nenhum constrangimento infligem. Aconselham,
combatem a influência dos maus e, se os encarnados não os
ouvem retiram-se. Os maus, ao contrário, se agarram àqueles de
quem podem fazer suas presas. Se chegam a dominar algum,
identificam-se com o espírito deste e o conduzem como se fora
verdadeira criança".
"A obsessão apresenta caracteres diversos, que é preciso distinguir
e que resultam do grau de constrangimento e da natureza dos
efeitos que produz.
A palavra obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pela qual
se designa esta espécie de fenômeno, cujas principais variedades
são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação". (O Livro
dos Médiuns, cap. XXIII - 237).
4. GRAUS DA OBSESSÃO
GRAUS DA OBSESSÃO
Obsessão simples:
Fascinação:
Subjugação
O livro dos Médiuns,
XXIII/237-241
Anjo da guarda – amigo espiritual
5. GRAUS DA OBSESSÃO
Obsessão simples: ação inoportuna e desagradável,
em que um Espírito se agarra à pessoa com tenacidade, causando
mal estar generalizado.
6. Fascinação: é uma ilusão produzida pela
diretamente na mente do obsidiado (idéias fixas,
imagens hipnotizantes, mágoas, fantasias etc.).
Nessa situação, o obsessor é ardiloso e hipócrita,
simulando falsa virtude.
7. Subjugação: é uma constrição, moral ou física, que
paralisa a vontade do que a sofre e o faz agir a seu mau
grado.
O livro dos Médiuns, XXIII/237-241
8. POSSESSÃO
Em "O Livro dos Médiuns" que veio a lume no ano de 1861, Allan
Kardec esclarece:
"Dava-se outrora o nome de possessão ao império exercido por
maus Espíritos, quando a influência deles ia até à anulação das
faculdades da vítima. A possessão seria, para nós, sinônimo da
subjugação.
Por dois motivos deixamos de adotar esse termo: primeiro, porque
implica a crença de seres criados para o mal e perpetuamente
voltados ao mal, quando só existem seres mais ou menos
imperfeitos, suscetíveis de se melhorarem; segundo, porque implica
igualmente a idéia de apoderamento de um corpo por um Espírito
estranho, de uma espécie de coabitação, quando existe apenas
constrangimento.
A palavra subjugação exprime perfeitamente a idéia. Assim, para
nós não há possessos, no sentido vulgar do termo, há somente
obsidiados, subjugados e fascinados".
10.
Estamos mergulhados em uma atmosfera fluídica da qual absorvemos
automaticamente energias que metabolizamos dando-lhes características
particulares. Assim é que cada um de nós vive na atmosfera psíquica que
cria e recebe na proporção exata do que tenha semeado.
Todavia, é preciso salientar que não vivemos isolados, e sim que agimos e
reagimos uns sobre os outros. Essa ação, porém, se subordina à lei de
afinidade segundo a qual os semelhantes se atraem e os contrários se
repudiam.
No fenômeno mediúnico, durante o transe, ocorre uma exteriorização mais
ou menos acentuada do perispírito do médium, ampliando lhe as
percepções que se acham atenuadas em face do menor campo vibratório,
característico do corpo físico.
O médium, nesse estado, tem uma percepção mais acurada e sente, em
todo o seu corpo, uma sensação de maior vibratilidade, conseguindo entrar
em contato com os Espíritos pela associação das correntes fluídicas,
identificar-lhes a intenção, sentir-lhes o "peso específico", sabendo que
este tanto maior será quanto mais grosseiros e desagradáveis forem os
fluidos.
11.
Os fluidos projetados de uma pessoa combinam-se com os de outras e com os dos
Espíritos presentes, formando assim o ambiente fluídico local, que pode ser
percebido pelo médium que está com seus sentidos mais aguçados.
A prática ensina aos médiuns como devem diferenciar os vários tipos de Espíritos,
segundo os fluidos que lhes são particulares. De forma geral são as seguintes
sensações que diferenciam os bons e elevados dos maus e atrasados: os bons
irradiam em torno de si fluidos leves, agradáveis, suaves, calmos e harmônicos e o
médium tem uma sensação de bem estar geral e euforia espiritual podendo, então,
se entrar na faixa mental do Espírito perceber-lhe as idéias, intenções e
sentimentos.
Os maus irradiam em torno de si fluidos pesados, desagradáveis, fortes, violentos,
desarmônicos e o médium tem uma sensação de mal estar geral, ansiedade,
desassossego, nervosismo, cabeça, pálpebras chumbadas, bocejos frequentes e
arrepios.
O médium em desenvolvimento, após a concentração e a prece, ficará em atitude
passiva, relaxando física e psiquicamente, procurando se colocar em condições de
perceber o ambiente espiritual e o de alguma entidade que porventura dele se
aproxima, analisando os efeitos dessa influência, a ela se associando ou
rechaçando.
12. BIBLIOGRAFIA:
A.K.
- O Livro dos Médiuns, 2a. parte, cap. XXIII
- A Gênese, cap. XIV, itens 45/46/47.
Emmanuel, Seara dos Médiuns, pág. 205 - Imã.
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