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OS REFLEXOS
A cultura da busca incessante de
lucros, do individualismo e do
usufruto hedonista do dinheiro
caracterizou uma era sem objetivos
além do prazer pessoal e
instantâneo. Uma “era do vazio”.

Para conseguir mais dinheiro e
sustentar o consumo, era preciso
trabalhar mais.

Fonte: A Era do Vazio, Gilles Lipovetsky
Mais da metade dos brasileiros trabalham mais de 9 a 11
horas por dia.
Fonte: Época Negócios



77% dos americano trabalham mais de 40 horas por
semana
Fonte: Monoculture, de F.S. Michael




Mas a valorização dos lucros, a
cultura do excesso de trabalho
criaram    novos    e    sérios
problemas.
Fonte: Istoé Dinheiro
Fonte: Revista Veja
Fonte: Revista Wired
Fonte: Folha Online
“Trabalhar     o   tempo   todo
dificulta o foco das pessoas em
outras questões, como o
cuidado com as crianças, o
cuidado           com         o
envelhecimento,      manutenção
da casa, preparo de alimentos e
relacionamento com amigos e
família”
            F.S. Michael, no livro Monoculture
A geração atual   sabe   que o
dinheiro           não     é
garantia                  de
felicidade.
Sem o foco no
lucro,          as
preocupações
dessa     geração
mudam de lugar.




Fonte: USA Today
Não se trata, entretanto, de uma
geração utópica. Sabem da
importância do dinheiro, mas
seu usufruto deixa de ser
hedonista.    Querem      ganhar
dinheiro, mas querem fazendo
algo que gostam e com
propósito.
Detestam funções
vazias, sem objetivo.

Querem se sentir
inseridos no mundo.

Buscam autonomia.
Porque são assim?


  Porque eles tem


PODER.
É   uma   geração     que   não precisa lutar para
sobreviver




     “Quando, nas economias, já não se luta pela

           passa a se
     sobrevivência,

     desenvolver o interesse
     pelo sentido" Daniel Pink
     Fonte: Valor Econômico
É uma geração que       vivenciou o nascimento da
Internet
Uma geração que tem   fácil acesso à
informação, diferente da época de seus pais, quando a
informação era controlada.
Uma geração que desligou a TV, um entretenimento solitário, e passou a ver
o valor do coletivo pelas tecnologias

Uma geração que passou a   produzir conteúdo
Uma geração que não é ingênua em relação à publicidade, marcas, política e
aos seus direitos

Uma geração que sabe da importância do acesso à informação e usam seus
celulares, redes sociais e blogs para se informar e compartilhar conteúdo.
Uma geração que:

TEM MAIS ACESSO
TEM MAIS INFORMAÇÃO
TEM MAIS POSSIBILIDADES
TEM MAIS CONTATO
TEM MAIS PODER DE CONSUMO.
TEM CONFIANÇA
TEM MAIS PODER

E, por isso
BUSCAM SE INSERIR NO MUNDO
BUSCAM POR SENTIDO
BUSCAM POR PRÓPOSITOS.
É uma
geração
que...
… escreve e edita verbetes na Wikipédia não
pelo dinheiro – afinal, não recebem nada por isso
– mas pela sensação de fazer parte de algo
significativo não apenas para elas mesmas, mas
para outros

Fonte: Revista Galileu
…saiu de casa e foi limpar as ruas da Estônia, no
movimento Let’s Do It.

Mais de 700 voluntários fotografaram 10.000
locais onde o lixo havia sido jogado ilegalmente.
Com a ajuda de um software de
mapeamento, criou-se um mapa do lixo na
Estônia. E, em um dia, 50 mil estonianos saíram
de casa para varrer as ruas.

Fonte: O Que é Meu é Seu, de Rachel Bostman e Roo Rogers
CLIQUE NA IMAGEM PARA VER O VÍDEO
…transformou ficção em realidade e criou o
momimento da Corrente do Bem em 2007.
Consiste basicamente praticar ações de
gentileza e pedir para que o receptor da boa-
ação a leve adiante, faça uma boa ação a outra
pessoa como forma de “pagamento"
…se uniu contra a influência empresarial nos
Estados Unidos e se posiciona contra a
impunidade dos poderosos que provocaram a
crise financeira no Occupy Wall Street.
OS NEGÓCIOS
 dos novos tempos
Aproveitando esse novo espírito da época, o novo perfil
da geração, surge uma série de produtos, marcas e
empresas focadas no  engajamento social, no
coletivismo, no compartilhamento como forma
de alternativa ao hiperconsumo.
Rede social que conecta pessoas
ocupadas e pessoas com tempo e vontade
                                                   TAGS
para realizar tarefas importantes e
triviais, como fazer compras, ficar em uma    Conexão
fila, realizar trabalhos domésticos, lavar
roupas, marcenaria, entre outros              Coletivo
A TaskRabitt gera receita através de uma
                                              Comércio justo
taxa de 13% a 30% por cada serviço
oferecido. Há relatos de pessoas que          Sensação de
ganharam 5000 dólares por mês só com os       fazer algo
serviços oferecidos no TaskRabbit. No final   significativo.
de 2011, a empresa arrecadou de
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expansão.
Airbnb é uma plataforma virtual de
compartilhamento de imóveis. Se
você viajar e quiser alugar
temporariamente sua casa ou
apartamento enquanto está fora, é
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site e esperar o contato.
                                                Conexão
Da mesma forma, você pode entrar
em contato para passar suas férias              Compartilhar
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e depois os revendem.
                                              Sustentabilida
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                                              Uso de produto
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Fonte: Bloomberg BusinessWeek
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carros. Parte do princípio que não é
necessário usar carros em tempo           Sustentabilida
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Fonte: CNN
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Publicidade através do esquema de
crowdsourcing.                             Autonomia

A Jovoto recebe briefing de clientes e o   Enpoderament
                                           o
abre para a comunidade de criativos de
sua plataforma virtual.                    Feedback

Esses criativos dão ideias e além de       Uso de produto
receberem feedbacks, são premiados         ocioso
pelo bom trabalho
Clique na imagem para ver o video de
apresentação
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                                        Sustentabilida
                                        de
A De-Lá é uma empresa que
faz a ponte entre pequenos              Conexão
produtores que não
                                        Comércio
conseguem levar seus                    Justo
produtos para as grandes
cidades e os moradores das              Vida Saudável
grandes cidades que não
conseguem ter acesso à
alimentos caseiros e naturais
feitos por pequenos
produtores rurais

Site: http://www.produtosdela.com.br/
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Consultoria de criação de
novos produtos e novos         Buscar sentido
negócios através da produção
social.                        Coletivo

Mais sobre produção social:
http://www.mutopo.com.br/o-
que-fazemos
Outras marcas humanitárias. Clique na logo para ir ao
site oficial de cada um
Mas as marcas não seriam
marcas se não existisse o
lucro. De novo, não se trata de
ideias        utópicas       ou
contracultura. A questão das
marcas humanitárias é o
equilíbrio entre o humano e o
capital. Ou melhor, os lucros
importam, mas o ser humano
vem em primeiro lugar.
A diferença é que o objetivo
não é a maximização de lucros.
O objetivo é outro, o propósito
é outro, mas gerar lucros é
necessário, até mesmo para
manter essas marcas vivas. O
lucro nessas empresas é
delimitado à priori. “Pode-se
estabelecer um retorno de
capital de x% ao ano, e o que
passar    dessa   projeção    é
reinvestido     no      próprio
negócio.”

Apesar dos objetivos serem
outros,    os    mecanismos
utilizados   são   os    do
mercado, como venda de
Não se trata apenas de novas empresas
humanitárias.

Marcas antigas sentem a pressão de tomar
medidas para a humanização de seus
produtos e de suas relações dentro e fora
das empresas.


Afinal, essa geração do propósito são os
consumidores atuais e, também, a força de
trabalho.
Como consumidores, eles valorizam empresas com
objetivos além do lucro vazio.

O consumidor hoje não quer apenas um produto. Querem
uma experiência. Querem algo que signifique alguma
coisa. Querem participar. Não são mais consumidores
passivos e ingênuos.
A empresa deste tempo não foca apenas no produto. Afinal, um produto pode
ser facilmente copiado. Mas uma experiência, um conjunto de serviços sempre
serão únicos
A Starbucks vende café nos quatro cantos do
                      mundo. Mas não oferece os mesmos produtos.
                      A empresa leva em conta as tradicões locais e
                      em cada país oferece um cardápio que reflete
                      essas tradições, mas sem perder o espírito da
                      marca.

                      Além disso, a empresa iniciou um projeto
                      participativo de sustentabilidade. Um dos seus
                      maiores problemas são os copinhos de papel do
                      café para viagem. Ao mesmo tempo que são
                      uma ode ao desperdício, são também um ícone
                      da    empresa.    Para    tentar    resolver o
                      problema, abriu um concurso para buscar
                      soluções. E não deixou esse concurso entre as
                      quatro paredes. Lançou para quem quiser
                      participar.
Fonte: Fast Company
A Brastemp, desde 2003, trabalha
com uma estratégia que envolve
vender um purificador de água por
uma assinatura mensal.          Dessa
forma, o cliente não precisa entrar em
contato com a empresa quando o
produto tiver problemas. De 6 em 6
meses, a empresa vai até o cliente e
faz a manutenção.

As vendas aumentaram 160%

Fonte: Época Negócios
Os produtos da Danone são ligados à
saúde e nutrição. Na realidade, segundo o
site da empresa, essa parece ser a
missão: levar saúde e nutrição para o
maior número de pessoa.

Em 2006, os executivos da Danone
resolveram levar e missão à sério e
passaram a oferecer nutrição para quem
realmente precisa. Criaram a Grameen
Danone       Foods,     uma      empresa
social, sediada em Bangladesh. Trata-se
de uma fábrica da Danone, localizada em
uma das regiões mais pobres do
mundo, onde são produzidos iogurtes
enriquecidos.    A     empresa    compra
ingredientes         de        produtores
locais, emprega a população local e usa
soluções sustentáveis, como captar água
da chuva, transforma parte dos resíduos
em energia e limita a distribuição a um
raio de 30 quilômetros
Como força de trabalho, a geração da era do propósito busca
ser motivada.

As pessoas querem ajudar as empresas a lucrar. Mas querem
fazer isso com autonomia.

A relação patrão e empregado mudou. E é preciso mudar os
ambientes de trabalho. Dar mais autonomia, ser mais
flexível, permitir as pessoas trabalharem com o que
querem, dar feedbacks..
As empresas demoraram para perceber
isso, provocando uma falta de sintonia entre o que os
trabalhadores querem e o que as empresas tem a
oferecer.

Com o acesso à informação e tecnologias, esses
trabalhadores começaram a perceber que podem se
virar sozinhos e buscar eles mesmos sua autonomia.

Uma das tendências mais fortes do mundo do trabalho
é o crescimento dos trabalhadores autônomos.

Algumas empresas usam essa tendência
em benefício próprio.
A TopCoder, por exemplo, é uma startup americana de
software que divide em partes projetos de TI e apresenta
cada uma delas à sua rede de colaboradores. Cada um, ou
cada grupo, se responsabiliza por uma especialidade. Fazem
no seu horário, da forma como preferem e recebem por isso.
Muitas vezes a TopCoder consegue oferecer ao cliente um
trabalho de programação de qualidade igual ou superior do
que por meios tradicionais por quase 25% do preço.
Fonte: Harvard Business Review
Outras      empresas     que
precisam de trabalhadores
contratados, adotam medidas
para      humanizar        a
relação,      entender     o
funcionário, valorizá-lo com
peça importante de toda a
produção.
A Kimberly-Clark, multinacional de produtos
de higiene, estabeleceu apenas cinco graus
de hierarquia entre os 3000
funcionários, incluindo a presidência e a
diretoria. É uma forma de aproximar os
funcionários, tornar as chefias mais
disponíveis, mostrar que cada trabalhador
importa.

Fonte: Época Negócios
Na SAS, líder de mercado em softwares de
inteligência analítica, cada um é responsável pelo
seu horário. O funcionário monta sua jornada de
trabalho de acordo com os compromissos e metas.
O que importa é entregar um trabalho de qualidade
no prazo.

Fonte: Época Negócios
A geração atual não perdoa empresas com práticas
desumanas.

E, agora, eles tem esse poder. Afinal, seus celulares
e suas redes sociais estão aí para isso:
compartilhar e dar acesso às informações
Fonte: Revista Época
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  • 2. A cultura da busca incessante de lucros, do individualismo e do usufruto hedonista do dinheiro caracterizou uma era sem objetivos além do prazer pessoal e instantâneo. Uma “era do vazio”. Para conseguir mais dinheiro e sustentar o consumo, era preciso trabalhar mais. Fonte: A Era do Vazio, Gilles Lipovetsky
  • 3. Mais da metade dos brasileiros trabalham mais de 9 a 11 horas por dia. Fonte: Época Negócios 77% dos americano trabalham mais de 40 horas por semana Fonte: Monoculture, de F.S. Michael Mas a valorização dos lucros, a cultura do excesso de trabalho criaram novos e sérios problemas.
  • 8. “Trabalhar o tempo todo dificulta o foco das pessoas em outras questões, como o cuidado com as crianças, o cuidado com o envelhecimento, manutenção da casa, preparo de alimentos e relacionamento com amigos e família” F.S. Michael, no livro Monoculture
  • 9. A geração atual sabe que o dinheiro não é garantia de felicidade.
  • 10. Sem o foco no lucro, as preocupações dessa geração mudam de lugar. Fonte: USA Today
  • 11. Não se trata, entretanto, de uma geração utópica. Sabem da importância do dinheiro, mas seu usufruto deixa de ser hedonista. Querem ganhar dinheiro, mas querem fazendo algo que gostam e com propósito.
  • 12. Detestam funções vazias, sem objetivo. Querem se sentir inseridos no mundo. Buscam autonomia.
  • 13. Porque são assim? Porque eles tem PODER.
  • 14. É uma geração que não precisa lutar para sobreviver “Quando, nas economias, já não se luta pela passa a se sobrevivência, desenvolver o interesse pelo sentido" Daniel Pink Fonte: Valor Econômico
  • 15. É uma geração que vivenciou o nascimento da Internet Uma geração que tem fácil acesso à informação, diferente da época de seus pais, quando a informação era controlada. Uma geração que desligou a TV, um entretenimento solitário, e passou a ver o valor do coletivo pelas tecnologias Uma geração que passou a produzir conteúdo Uma geração que não é ingênua em relação à publicidade, marcas, política e aos seus direitos Uma geração que sabe da importância do acesso à informação e usam seus celulares, redes sociais e blogs para se informar e compartilhar conteúdo.
  • 16. Uma geração que: TEM MAIS ACESSO TEM MAIS INFORMAÇÃO TEM MAIS POSSIBILIDADES TEM MAIS CONTATO TEM MAIS PODER DE CONSUMO. TEM CONFIANÇA TEM MAIS PODER E, por isso BUSCAM SE INSERIR NO MUNDO BUSCAM POR SENTIDO BUSCAM POR PRÓPOSITOS.
  • 18. … escreve e edita verbetes na Wikipédia não pelo dinheiro – afinal, não recebem nada por isso – mas pela sensação de fazer parte de algo significativo não apenas para elas mesmas, mas para outros Fonte: Revista Galileu
  • 19. …saiu de casa e foi limpar as ruas da Estônia, no movimento Let’s Do It. Mais de 700 voluntários fotografaram 10.000 locais onde o lixo havia sido jogado ilegalmente. Com a ajuda de um software de mapeamento, criou-se um mapa do lixo na Estônia. E, em um dia, 50 mil estonianos saíram de casa para varrer as ruas. Fonte: O Que é Meu é Seu, de Rachel Bostman e Roo Rogers
  • 20. CLIQUE NA IMAGEM PARA VER O VÍDEO
  • 21. …transformou ficção em realidade e criou o momimento da Corrente do Bem em 2007. Consiste basicamente praticar ações de gentileza e pedir para que o receptor da boa- ação a leve adiante, faça uma boa ação a outra pessoa como forma de “pagamento"
  • 22. …se uniu contra a influência empresarial nos Estados Unidos e se posiciona contra a impunidade dos poderosos que provocaram a crise financeira no Occupy Wall Street.
  • 23. OS NEGÓCIOS dos novos tempos
  • 24. Aproveitando esse novo espírito da época, o novo perfil da geração, surge uma série de produtos, marcas e empresas focadas no engajamento social, no coletivismo, no compartilhamento como forma de alternativa ao hiperconsumo.
  • 25. Rede social que conecta pessoas ocupadas e pessoas com tempo e vontade TAGS para realizar tarefas importantes e triviais, como fazer compras, ficar em uma Conexão fila, realizar trabalhos domésticos, lavar roupas, marcenaria, entre outros Coletivo A TaskRabitt gera receita através de uma Comércio justo taxa de 13% a 30% por cada serviço oferecido. Há relatos de pessoas que Sensação de ganharam 5000 dólares por mês só com os fazer algo serviços oferecidos no TaskRabbit. No final significativo. de 2011, a empresa arrecadou de investidores 17 milhões para sua expansão.
  • 26. Airbnb é uma plataforma virtual de compartilhamento de imóveis. Se você viajar e quiser alugar temporariamente sua casa ou apartamento enquanto está fora, é só postar informações e fotos no TAGS site e esperar o contato. Conexão Da mesma forma, você pode entrar em contato para passar suas férias Compartilhar em imóveis que outras pessoas disponibilizam paraaté o início de 2011 a Air Comércio justo Segundo a Forbes, alugar. BNB tinha confirmado 1 milhão de diárias. Gastos Como o site cobra uma taxa de 6% a 12% do menores valor dos turistas, tem uma média de 100 dólates por noite. Por ano, trata-se de uma Uso de espaço ocioso receita de 10 milhões. Tem recebido altos investimento e tem o valor estimado de 1 bilhão
  • 27. Serviço de reciclagem de aparelhos TAGS eletrônicos. Criado por Robert Casey, 23 anos, a empresa paga por eletrônicos usados Reaproveitame nto e depois os revendem. Sustentabilida Casey foi considerado um dos de empreendedores mais promissores do ano passado pelo Bloomberg BusinessWeek Comércio justo Uso de produto Receita em 2010: 2 milhões. ocioso Receita em 2011: 2,5 milhões Fonte: Bloomberg BusinessWeek
  • 28. TAGS Serviço de compartilhamento de Compartilhar carros. Parte do princípio que não é necessário usar carros em tempo Sustentabilida integral e oferece transportes por hora de ou por dia. A Zipcar vale, hoje, 1 bilhão. Fonte: CNN
  • 29. TAGS Publicidade através do esquema de crowdsourcing. Autonomia A Jovoto recebe briefing de clientes e o Enpoderament o abre para a comunidade de criativos de sua plataforma virtual. Feedback Esses criativos dão ideias e além de Uso de produto receberem feedbacks, são premiados ocioso pelo bom trabalho
  • 30. Clique na imagem para ver o video de apresentação
  • 31. TAGS Sustentabilida de A De-Lá é uma empresa que faz a ponte entre pequenos Conexão produtores que não Comércio conseguem levar seus Justo produtos para as grandes cidades e os moradores das Vida Saudável grandes cidades que não conseguem ter acesso à alimentos caseiros e naturais feitos por pequenos produtores rurais Site: http://www.produtosdela.com.br/
  • 32. TAGS Consultoria de criação de novos produtos e novos Buscar sentido negócios através da produção social. Coletivo Mais sobre produção social: http://www.mutopo.com.br/o- que-fazemos
  • 33. Outras marcas humanitárias. Clique na logo para ir ao site oficial de cada um
  • 34. Mas as marcas não seriam marcas se não existisse o lucro. De novo, não se trata de ideias utópicas ou contracultura. A questão das marcas humanitárias é o equilíbrio entre o humano e o capital. Ou melhor, os lucros importam, mas o ser humano vem em primeiro lugar.
  • 35. A diferença é que o objetivo não é a maximização de lucros. O objetivo é outro, o propósito é outro, mas gerar lucros é necessário, até mesmo para manter essas marcas vivas. O lucro nessas empresas é delimitado à priori. “Pode-se estabelecer um retorno de capital de x% ao ano, e o que passar dessa projeção é reinvestido no próprio negócio.” Apesar dos objetivos serem outros, os mecanismos utilizados são os do mercado, como venda de
  • 36. Não se trata apenas de novas empresas humanitárias. Marcas antigas sentem a pressão de tomar medidas para a humanização de seus produtos e de suas relações dentro e fora das empresas. Afinal, essa geração do propósito são os consumidores atuais e, também, a força de trabalho.
  • 37. Como consumidores, eles valorizam empresas com objetivos além do lucro vazio. O consumidor hoje não quer apenas um produto. Querem uma experiência. Querem algo que signifique alguma coisa. Querem participar. Não são mais consumidores passivos e ingênuos.
  • 38. A empresa deste tempo não foca apenas no produto. Afinal, um produto pode ser facilmente copiado. Mas uma experiência, um conjunto de serviços sempre serão únicos
  • 39. A Starbucks vende café nos quatro cantos do mundo. Mas não oferece os mesmos produtos. A empresa leva em conta as tradicões locais e em cada país oferece um cardápio que reflete essas tradições, mas sem perder o espírito da marca. Além disso, a empresa iniciou um projeto participativo de sustentabilidade. Um dos seus maiores problemas são os copinhos de papel do café para viagem. Ao mesmo tempo que são uma ode ao desperdício, são também um ícone da empresa. Para tentar resolver o problema, abriu um concurso para buscar soluções. E não deixou esse concurso entre as quatro paredes. Lançou para quem quiser participar. Fonte: Fast Company
  • 40. A Brastemp, desde 2003, trabalha com uma estratégia que envolve vender um purificador de água por uma assinatura mensal. Dessa forma, o cliente não precisa entrar em contato com a empresa quando o produto tiver problemas. De 6 em 6 meses, a empresa vai até o cliente e faz a manutenção. As vendas aumentaram 160% Fonte: Época Negócios
  • 41. Os produtos da Danone são ligados à saúde e nutrição. Na realidade, segundo o site da empresa, essa parece ser a missão: levar saúde e nutrição para o maior número de pessoa. Em 2006, os executivos da Danone resolveram levar e missão à sério e passaram a oferecer nutrição para quem realmente precisa. Criaram a Grameen Danone Foods, uma empresa social, sediada em Bangladesh. Trata-se de uma fábrica da Danone, localizada em uma das regiões mais pobres do mundo, onde são produzidos iogurtes enriquecidos. A empresa compra ingredientes de produtores locais, emprega a população local e usa soluções sustentáveis, como captar água da chuva, transforma parte dos resíduos em energia e limita a distribuição a um raio de 30 quilômetros
  • 42. Como força de trabalho, a geração da era do propósito busca ser motivada. As pessoas querem ajudar as empresas a lucrar. Mas querem fazer isso com autonomia. A relação patrão e empregado mudou. E é preciso mudar os ambientes de trabalho. Dar mais autonomia, ser mais flexível, permitir as pessoas trabalharem com o que querem, dar feedbacks..
  • 43. As empresas demoraram para perceber isso, provocando uma falta de sintonia entre o que os trabalhadores querem e o que as empresas tem a oferecer. Com o acesso à informação e tecnologias, esses trabalhadores começaram a perceber que podem se virar sozinhos e buscar eles mesmos sua autonomia. Uma das tendências mais fortes do mundo do trabalho é o crescimento dos trabalhadores autônomos. Algumas empresas usam essa tendência em benefício próprio.
  • 44. A TopCoder, por exemplo, é uma startup americana de software que divide em partes projetos de TI e apresenta cada uma delas à sua rede de colaboradores. Cada um, ou cada grupo, se responsabiliza por uma especialidade. Fazem no seu horário, da forma como preferem e recebem por isso. Muitas vezes a TopCoder consegue oferecer ao cliente um trabalho de programação de qualidade igual ou superior do que por meios tradicionais por quase 25% do preço. Fonte: Harvard Business Review
  • 45. Outras empresas que precisam de trabalhadores contratados, adotam medidas para humanizar a relação, entender o funcionário, valorizá-lo com peça importante de toda a produção.
  • 46. A Kimberly-Clark, multinacional de produtos de higiene, estabeleceu apenas cinco graus de hierarquia entre os 3000 funcionários, incluindo a presidência e a diretoria. É uma forma de aproximar os funcionários, tornar as chefias mais disponíveis, mostrar que cada trabalhador importa. Fonte: Época Negócios
  • 47. Na SAS, líder de mercado em softwares de inteligência analítica, cada um é responsável pelo seu horário. O funcionário monta sua jornada de trabalho de acordo com os compromissos e metas. O que importa é entregar um trabalho de qualidade no prazo. Fonte: Época Negócios
  • 48. A geração atual não perdoa empresas com práticas desumanas. E, agora, eles tem esse poder. Afinal, seus celulares e suas redes sociais estão aí para isso: compartilhar e dar acesso às informações
  • 49.