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ANUNCIANTES FALAM SOBRE
                                                 A IMPORTÂNCIA DO CENP


                                                          A LIBERDADE DE
                                                EXPRESSÃO COMERCIAL É A
Ano 6 – Nº 24 – Setembro – 2010                 MAIOR LUTA DO SETOR, DIZ
       www.cenp.com.br
                                                  PRESIDENTE DA FENAPRO




                         PRECISO, CLARO E OBJETIVO
                   É do briefing que nasce a boa comunicação publicitária
           e a aprovação da Lei nº 12.232/10 reforça a sua importância na licitação
                        de serviços de publicidade por entes públicos
Palavra do Presidente
                  O REVIGORANTE EFEITO DAS ELEIÇÕES
                  Tenho orgulho em habitar uma das maiores democracias do mundo
                  e também por participar da nossa autorregulação comercial.
                                                                                                                 Caio Barsotti


                          ob revigorante efeito das eleições, manifesto     nal da ABAP da qual participamos e que traz um firme
                   S      aqui o que já postei no twitter (@caiobarsotti)   posicionamento em defesa da criança. Saudamos
                  em 03/10: “Me desculpem os pessimistas de plantão,        ainda, por meio de moção aprovada pelo Conselho
                  mas tenho orgulho em habitar numa das maiores de-         Executivo do CENP, os 30 anos do Conar e a criação do
                  mocracias do mundo. Parabéns pra nós!”                    Instituto Palavra Aberta, que seguramente muito con-
                     Aqui, neste espaço, com mais de 140 caracteres,        tribuirá para os debates travados hoje na sociedade a
                  complemento que tenho orgulho também por partici-         respeito de consumo e propaganda. Já a entidade retra-
                  par da nossa autorregulação comercial, a qual, pelo que   tada em profundidade neste número é a Fenapro, cujo
                  sabemos, não tem similar em outro país. Claro, exige      Presidente, Ricardo Nabhan, acaba de ser reeleito. E
                  muito, mas, também vale muito! Como disse Gilberto        mais: fomos ouvir anunciantes para saber o que pen-
                  Leifert, Presidente do Conar e também conselheiro do      sam sobre o CENP. Encontramos respostas bastante
                  CENP, durante seu discurso no evento de 30 anos da        interessantes e inteligentes.
                  entidade que iniciou no Brasil este inteligente modelo       Por fim, dedicamos nossa capa a um assunto funda-
                  de autorregulamentação, o CENP é o irmão caçula           mental para a propaganda de boa qualidade: o briefing!
                  desta bem-sucedida realização.                            Tratamos o assunto tanto sob a ótica privada como
                     Ao preparar esta edição, procuramos repercutir         também sobre sua importância para a comunicação,
                  alguns importantes fatos recentes, como os 60 anos da     notadamente após a Lei 12.232/10.
                  TV brasileira, num artigo do novo Presidente da ABERT,       Esperamos que este conteúdo seja uma contribuição
                  Emanuel Soares Carneiro, os Congressos da ABTA e          para as melhores práticas comerciais.
                  ANJ e a Carta de Fortaleza, aprovada em reunião nacio-       Aproveite!


                  Sumário
                                                        14 MEMÓRIA:                             SEÇÕES
                                                           OS 60 ANOS DA
                                                           TV BRASILEIRA                        06   EM 1O LUGAR
                                                                                                     Moção homanageia Conar
                                                                                                     e Instituto Palavra Aberta
                                                        16 DEPOIMENTOS:
                                                           “A PUBLICIDADE BRASILEIRA            08   ACONTECE
                                                           NÃO É UM MERCADO                     44   REGIONAIS
                  30 CAPA                                  PARA AVENTUREIROS”
                                                                                                46   ACONTECE NO CENP
                  BRIEFING
CENP EM REVISTA




                                                        22 ENTREVISTA:                          48   CRÔNICA
                  PRECISO, CLARO                           RICARDO NABHAN,
                                                           PRESIDENTE DA FENAPRO                50   CARTAS
                  E OBJETIVO
4
A MISSÃO DO CENP
             Criado em dezembro de 1998, o Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP) tem como missão
        o estabelecimento de princípios éticos no relacionamento comercial entre anunciantes, agências de publi-
        cidade e veículos de comunicação, por meio da autorregulação.

             O CENP foi fundado pela ABA, ABAP, ABERT, ABTA, ANER, ANJ, Central de Outdoor e FENAPRO e
        tem como principal instrumento de trabalho o documento Normas-Padrão da Atividade Publicitária, que
        estabelece as bases do relacionamento comercial e ético da atividade.

             O CENP concede Certificado de Qualificação Técnica às agências que cumprem as regras estabeleci-
        das pelas Normas-Padrão, certificação essa que lhes garante o recebimento do “desconto-padrão” de
        agência, concedido pela legislação que trata da publicidade.

             A contrapartida à certificação é o cumprimento, pelas agências, das Normas-Padrão, o que é verifi-
        cado rotineiramente pela equipe do CENP por meio de vistoria.

            Conflitos observados ou denunciados são dirimidos pelo Conselho de Ética do CENP, formado por
        36 membros, representando anunciantes, agências e veículos.


Agências certificadas
                                                                       3.753   3.909      3.800
                                                              3.623                                   3.532
                                                 3.110
                                                                                                                   2.895
                                    2.728
                          2.358
              1.904


  934



  2000        2001        2002      2003         2004         2005     2006     2007      2008        2009         2010
                                                                                                                  27/9/2010

                                                                                                                 Fonte: CENP



10.431        AGÊNCIAS
              CADASTRADAS
                                             334         PROCESSOS AVALIADOS
                                                         NO TRIMESTRE
                                                                                       1.257      VISITAS TÉCNICAS E
                                                                                                  VISTORIAS EM AGÊNCIAS

           EM 27/9/2010                           JULHO A SETEMBRO/2010                           EM 27/9/2010


    O CENP
   na internet:                   @         • Escreva para nós (inclusive para questões técnicas): carta@cenp.com.br
                                            • Para questões sobre ética comercial: alerta@cenp.com.br
                                            • Para questões de cadastro e certificação: cadastro@cenp.com.br
 www.cenp.com.br
                                                                                                                               CENP EM REVISTA




           Faça download desta revista e das                                     Fale com o CENP:
           edições anteriores em nosso site.                          (11) 2172-2367 – cenp@cenp.com.br


                                                                                                                               5
Em 1º lugar



                      MOÇÃO HOMENAGEIA
                      CONAR E INSTITUTO
                      PALAVRA ABERTA

                      O Conselho Executivo do CENP, reunido em            art. 5o dos Estatutos Sociais
                                                                   O      CENP incluiu no Item III o “de-
                      meados de setembro, aprovou, “por sua
                                                                  fender a liberdade de expressão publici-
                      bela história de respeito à ética”, moção   tária” como um dos objetivos sociais
                      em homenagem aos trinta anos do Conar.      da entidade, demonstrando claramente
                      No mesmo documento, o Conselho saudou       que, sem aquela estaria ameaçada a
                      a criação do Instituto Palavra Aberta,      liberdade de expressão, pensamento e
                                                                  cultural, tudo o que assegura a existên-
                      entidade fundada para a defesa da
                                                                  cia dos estados democráticos de direi-
                      liberdade de expressão comercial,           to. A história brasileira recomenda que
                      asseguradora das liberdades de imprensa e   a liberdade de manifestação do pensa-
                      de difusão cultural em nosso país.          mento, que engloba e sintetiza todas as
                      Confira a íntegra da moção:                 outras, deve ser permanentemente sus-
                                                                  tentada, evitando-se que, por equívo-
                                                                  cos, boa ou má-fé, prosperem os movi-
                                                                  mentos de restrição, notadamente con-
                                                                  tra a comunicação publicitária, assegu-
                                                                  radora das manifestações democráticas
                                                                  porque possibilita o acesso aos bens de
                                                                  informação e cultura a qualquer do
                                                                  povo, sem nenhum tipo de restrição ou
                                                                  preconceito.
CENP EM REVISTA




                                                                      O Brasil viveu nas duas últimas
                                                                  décadas sob o estado de direito, ine-



6
cráticos, tais iniciativas. É a constru-
                                                                                    ção do futuro pela inteligência atuan-
                                                                                    do contra a intransigência.
                                                                                       São dois instrumentos e dois
                                                                                    momentos de suma importância,
                                                                                    razão pela qual a diretoria do CENP
                                                                                    resolveu indicar ao conselho a conces-
                                                                                    são de dois votos de louvor:


                                                                                    1. Ao Conar, pelo que é e já fez, nos
                                                                                    trinta anos de fundação que está co-
                                                                                    memorando.
                                                                                    2. Ao Instituto Palavra Aberta, pela
                                                                                    pertinácia e oportunidade do que se
xistindo tentativa de estado contra as     um exemplo de resistência pela cons-     propõe a fazer em defesa da liberdade
liberdades fundamentais. Convive, no       trução de um modelo de autocontrole      comercial.
entanto, com equívocos de interpreta-      em campo de atividade intelectual,
ção de leis que levam, de fato, a episó-   oferecendo, pela liberdade de questio-      Aos dois, o reconhecimento de
dios lamentáveis de censura e com as       namento e discussão com absoluto         veículos, agências e anunciantes reu-
tentativas legislativas de romper a        respeito ao contraditório, uma opção     nidos no CENP.
grandeza do texto constitucional que       democrática de análise de mensagens
condena qualquer tipo de censura.          publicitárias. Acerta até mesmo quan-    São Paulo, 14 de setembro de 2010
Não raro, a comunicação publicitária       do nem todos aprovam a leitura feita
é o caminho que buscam os incorrigí-       pelos seus conselheiros éticos.
veis defensores das restrições de pen-        Agora, por iniciativa de entidades    “O Conar é um
samento e consumo para assegurar           representativas de veículos e agên-      exemplo de resistência
êxito a seus propósitos. Em nome da        cias, foi criado o Instituto Palavra
saúde, das crianças, das diferenças        Aberta, que é uma entidade que se        pela construção
sociais e tudo o mais que é respeitável    dedicará exclusivamente a desenvol-      de um modelo de
defender, ameaçam, pelas restrições        ver estudos sobre o impacto do cer-
que propõem, a liberdade de saber          ceamento da liberdade de expressão
                                                                                    autocontrole,
para escolher, conhecer para decidir       comercial nos direitos dos consumi-      oferecendo uma opção
sobre o que se deseja.                     dores à informação, atuando, com         democrática de análise
   Há 30 anos, comemorados agora,          base no que estudar, para mostrar ao
                                                                                    de mensagem
                                                                                                                               CENP EM REVISTA




o Conar – Conselho Nacional de             poder constituído e à sociedade o que
Autorregulamentação Publicitária é         pode representar, em termos demo-        publicitária”

                                                                                                                               7
Acontece


                   JORNALISMO E DEMOCRACIA
                   NA ERA DIGITAL
                           tema do 80 Congresso Brasileiro          polêmico foi o dedicado à discussão          dade. “Queremos um código de ética
                    O      de Jornais, organizado pela ANJ,         sobre a autorregulamentação dos jor-         que avalie também os nossos associa-
                   em agosto, no Rio de Janeiro, foi resu-          nais e a criação de um conselho de ética     dos”, afirmou.
                   mido em seu título: Jornalismo e demo-           da ANJ. Os palestrantes Aluízio Ma-             No encerramento do encontro, reali-
                   cracia na era digital.                           ranhão, editor de opinião de O Globo, e      zado a cada dois anos, foi eleita em
                      O encontro reuniu cerca de oito-              Sidnei Basile, vice-presidente de rela-      Assembleia Geral a nova diretoria da
                   centos profissionais e teve como um              ções institucionais do Grupo Abril,          entidade. Judith Brito, da Folha de
                   dos destaques as presenças e as assina-          admitiram a existência de dificuldades       S.Paulo, foi reeleita presidente e deve
                   turas dos presidenciáveis à Declaração           na implantação de um Conselho de             permanecer à frente da ANJ até 2012.
                   de Chapultepec. O documento, lançado             Ética dos jornais brasileiros.               “Nossa missão continua absolutamen-
                   em 1994, no México, defende as liber-                O vice-presidente da ANJ, Nelson         te a mesma: defender a liberdade de
                   dades de expressão e de imprensa. José           Sirotsky, esclareceu na ocasião que o        expressão”, afirmou a executiva em seu
                   Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e              objetivo do projeto elaborado por uma        discurso, acrescentando que outra
                   Marina Silva (PV) foram, em momentos             comissão composta por membros da             meta fundamental é discutir as novas
                   diferentes, ao evento para assinar a             diretoria da ANJ é estender para todos       mídias digitais e como encontrar um
                   declaração.                                      os jornais associados os princípios de       modelo saudável para preservação do
                      Entre os painéis realizados, o mais           liberdade expressos no estatuto da enti-     jornalismo de qualidade.




                       SITE DA ANJ PASSA A DISPONIBILIZAR
                       LISTA DE AGÊNCIAS CERTIFICADAS
                                esde setembro, quem acessa o          os veículos associados é importante        ANJ (que é uma das signatárias das
                        D       site da ANJ – Associação Nacio-       em muitos sentidos, inclusive para esti-   Normas-Padrão), e tem como consul-
                       nal de Jornais (www.anj.org.br) encon-         mular que os jornais de todo o país        tar as agências certificadas. Para isso,
                       tra a lista completa das agências certifi-     atentem para a necessidade de respei-      basta escolher a região de interesse ou
                       cadas pelo CENP.                               tarem as Normas-Padrão da Atividade        digitar o CNPJ da agência.
                           Como explica Oscar Mattos, diretor         Publicitária.                                 A inclusão desta opção no site da
                       do Comitê Mercado Anunciante, res-                No endereço, ao clicar no banner        ANJ faz parte de uma série de iniciati-
                       ponsável pela implantação da nova fer-         com o logotipo do CENP, o internauta       vas adotadas para acrescentar mais
CENP EM REVISTA




                       ramenta, a iniciativa de disponibilizar a      tem acesso a um texto explicativo sobre    prestação de serviços ao endereço ele-
                       informação de forma rápida e fácil para        a entidade, com ênfase no papel da         trônico da associação. Por exemplo: foi



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ABTA 2010 ABORDOU OS DESAFIOS
DA TV PAGA NO BRASIL
        edição de 2010 da Feira e Con-                                                         Semeghini, vice-presidente da Comissão
 A      gresso ABTA, realizada em agos-                                                        de Ciência, Tecnologia, Comunicação e
to, em São Paulo, registrou números re-                                                        Informática da Câmara; senador Antônio
cordes em termos de público. Foram                                                             Carlos Jr., membro da Comissão de
mais de 9 mil visitantes durante os três                                                       Ciência, Tecnologia, Inovação e Comu-
dias de evento, entre profissionais do                                                         nicação do Senado Federal; e senador
setor e autoridades. O encontro também                                                         Flexa Ribeiro, presidente da Comissão
superou as expectativas no volume de              Congresso da ABTA aconteceu em               de Ciência, Tecnologia, Inovação e
                                                  São Paulo
expositores: duzentas empresas partici-                                                        Comunicação do Senado Federal.
param com 97 estandes, um crescimen-           Marinho, presidente das Organizações                O evento ainda discutiu questões
to superior a 30% em relação a 2009.           Globo, fez uma análise positiva da situa-       bastante atuais para a evolução da
    A abertura do evento, que foi nortea-      ção do setor, estimando que o meio atin-        indústria da TV por assinatura no Brasil,
do pelo tema “Revolução na Convergên-          ja, em 2015, cerca de 15 milhões de lares.      como o papel dos diferentes players no
cia”, colocou em destaque a evolução do            A abertura do mercado de TV por             desenvolvimento do setor e os desafios
mercado e os desafios que programado-          assinatura foi o tema central no primeiro       na produção de conteúdo, considerando
res e distribuidores devem enfrentar. A        dia do Congresso, em um debate que              as novas tecnologias. Nas sessões temá-
TV por assinatura alcança hoje 8,5 mi-         contou também com as presenças de               ticas, os profissionais acompanharam
lhões de lares brasileiros, o que significa    Alexandre Annerberg, presidente da              os debates relacionados à regulamenta-
quase 30 milhões de espectadores.              ABTA; embaixador Ronaldo Sardenberg,            ção, à programação e as novas platafor-
Presente ao evento, Roberto Irineu             presidente da Anatel; deputado Julio            mas de distribuição de conteúdo.




incluído também um link semelhante            preciso”, diz, observando que como            do CENP, a ANJ entende que é sua mis-
para abordar a importância do Projeto         uma das fundadoras e mantenedoras             são ajudar a promover as Normas-
Inter-Meios, explicando passo a passo                                                       -Padrão.
como os veículos associados devem             “A iniciativa é                                   Aprimorar a atuação da entidade no
proceder para fazer parte do estudo                                                         campo das melhores práticas comer-
organizado pela publicação Meio &
                                              importante em muitos                          ciais é justamente o objetivo do Comitê
Mensagem.                                     sentidos, inclusive                           Mercado Anunciante, que tem reuniões
    No caso do CENP, Oscar conta que                                                        a cada dois meses e coordena diversas
                                              para estimular que os
a ideia surgiu durante a realização do                                                      iniciativas que auxiliam na dissemina-
último congresso da entidade e, para          jornais atentem para a                        ção de boas práticas. Ficam sob a res-
viabilizá-la, a associação contou com o       necessidade de                                ponsabilidade deste grupo, também,
apoio do próprio CENP. “Caio Barsotti                                                       outras atividades, como as campanhas
                                              respeitarem as Normas-
                                                                                                                                           CENP EM REVISTA




fez uma apresentação para os integran-                                                      da ANJ para datas promocionais e a
tes do Comitê e nos ajudou no que foi         -Padrão”                                      realização do Prêmio ANJ.



                                                                                                                                           9
ABAP HOMENAGEIA PERSONAGENS
                  DA APROVAÇÃO DA LEI Nº 12.232/10
                           lmoço para mais de cem convi-
                                                               Danise Andrade
                   A       dados, promovido pela Abap em
                  agosto, em São Paulo, homenageou os
                  principais personagens da luta do mer-
                  cado publicitário pela aprovação da Lei
                  n0 12.232/10, que disciplinou os proces-
                  sos de licitação e a gestão dos contratos
                  de publicidade por órgãos da adminis-
                  tração pública. A lei é considerada uma                       A partir da esquerda Lara, Caio, Monti         A partir da esquerda Monti, Pastore,
                                                                                e Petrônio                                     Cardozo e Ottoni
                  grande vitória também por reconhecer o
                  modelo de agência brasileira.
                      Durante o almoço foram entregues                     ficador e avança por legitimar a escolha      vários dos meus companheiros. Muitos
                  placas comemorativas ao deputado José                    de uma agência pela melhor técnica,           pagaram os custos das ações inescru-
                  Eduardo Cardozo, autor do projeto de                     onde a criatividade tem que nortear, não      pulosas de poucos”, disse ele. “A nova
                  lei, ao deputado Milton Monti, presiden-                 o preço”, disse Luiz Lara, presidente         lei torna mais difícil os possíveis vícios
                  te da Frente Parlamentar da Comuni-                      nacional da Abap. Para ele, o CENP e o        das licitações. Ela traz transparência e
                  cação Social, a Ottoni Fernandes Júnior,                 Conar são “âncoras” da atividade publi-       tranquilidade a todo o processo de lici-
                  secretário executivo da Secretaria de                    citária no Brasil.                            tação de publicidade”, emendou o
                  Comunicação Social do governo, e a                           Pastore lembrou o escândalo do            deputado Milton Monti. Ottoni, princi-
                  Dalton Pastore, presidente do Conselho                   mensalão (ele respondia pela presidên-        pal interlocutor do mercado publicitário
                  da Abap e do Fórum Permanente da                         cia da Abap na época) e o envolvimento        no governo federal, disse que a Se-
                  Indústria da Comunicação (ForCom).                       de agências. “Surgiu uma aura de culpa,       cretaria de Comunicação do governo já
                  Ele foi importante interlocutor do Poder                 e a Abap tomou as dores do setor,             adotava os princípios da lei antes
                  Legislativo para a elaboração da lei.                    demonstrando que era uma questão              mesmo da sua promulgação. Ele consi-
                      O trabalho realizado pelo CENP, ins-                 isolada, de uma minoria”, disse ele.          dera que a medida profissionaliza o
                  titucionalizado como órgão certificador                  Para Cardozo, a nova lei não elimina a        mercado, principalmente para estados
                  de qualidade do setor da publicidade                     corrupção, mas a dificulta. “Ela torna as     e municípios. “As pequenas e médias
                  brasileira pela lei, também foi reconheci-               relações mais transparentes. Terminar o       agências serão beneficiadas, e a comu-
                  do por meio de placa, entregue a                         meu mandato com uma lei como esta é           nicação pública, mais correta e precisa.”
                  Petrônio Corrêa e Caio Barsotti. “A Lei no               gratificante, pois ela surgiu em um           Para Petrônio, a legislação “dá um ru-
                  12.232 consagra o modelo brasileiro de                   momento difícil, quando fui sub-relator       mo vital à propaganda, que é livre e con-
CENP EM REVISTA




                  agências, reconhece o CENP como certi-                   da CPMI dos Correios, que envolveu            tinuará assim”.




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A PUBLICIDADE E A
                                         PROTEÇÃO DA CRIANÇA

                                                        CARTA DE FORTALEZA
                  A ABAP Associação Brasileira das Agências de Publicidade, diante da disseminação de conceitos, oriundos de seto-
                         ,
                  res pontuais, porém movidos por uma determinação afeita às organizações de vocação absolutista, e que buscam rela-
                  cionar a imagem da atividade publicitária à ameças à proteção da criança, declara:


                  • Que a proteção da criança é um dever de todos, igual-    • Que    a proteção da criança, no que diz respeito à
                    mente, e julga presunçosa, inconveniente e desalinha-       publicidade, deve incluir a resistência às propostas
                    da dos propósitos de liberdade e democracia, toda e         alienantes, que sugerem proibições incondicionais,
                    qualquer tentativa de fazê-la bandeira de propriedade       censura pura e simples e outras iniciativas que
                    exclusiva de determinados segmentos, entidades ou           tenham, como princípio, a negação da informação.
                    indivíduos.
                                                                             • Que a proteção da criança deve ser objeto de campa-
                  • Que a proteção da criança é tarefa de grande respon-       nhas publicitárias específicas dirigidas a pais ou res-
                    sabilidade e de alta complexidade e, portanto, deplora     ponsáveis, educadores e à sociedade em geral, esti-
                    as opiniões simplistas que pregam a contextualização       mulando práticas saudáveis e alertando sobre riscos
                    da publicidade, por definição, como vilã.                  de qualquer origem.


                  • Que a proteção da criança, no que se refere ao uso       • Que a proteção da criança deve prever, no curriculum
                    da mídia publicitária, está contemplada na Cons-           escolar, que a criança, o quanto antes, passe a convi-
                    tituição Federal, no Código de Defesa do Consu-            ver com conteúdos que a familiarizem com os códigos
                    midor e no Código Brasileiro de Aurorregulamen-            publicitários, estimulando seu senso crítico sobre as
                    tação Publicitária.                                        diversas manifestações da publicidade.


                  • Que a proteção da criança deve ser, necessariamente,     • Que a proteção da criança é garantida, primordial-
                    objeto de um debate global permanente e inspirador         mente, pela família e pelos sistemas educacionais,
                    de propostas equilibradas, realistas e embasadas por       que devem ser permanentemente encorajados a for-
                    uma percepção sociocultural alinhada com a contem-         mar jovens intelectualmente livres, aptos a escolhas e
                    poraneidade.                                               plenamente conscientes a respeito do mundo em
                                                                               que vivem.
                  • Que a proteção da criança deve estar no foco de todos
                    os profissionais de comunicação incumbidos de a ela
                    se dirigirem, recomendando vigorosamente o uso res-
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                    ponsável e criterioso dos recursos da publicidade e de                              Fortaleza, 27 de agosto de 2010.
                    seu inegável poder de sedução e influência.                  ABAP – Associação Brasileira de Agências de Publicidade



12
Memória


                  OS 60 ANOS
                  DA TV BRASILEIRA
                  Emanuel Soares Carneiro
                  Presidente da Abert

                  A televisão aberta completou sessenta anos no país em
                  18 de setembro. Desde a primeira transmissão da TV Tupi,
                  em São Paulo, na iniciativa ousada de Assis Chateaubriand, a
                  evolução tecnológica, o arrojo empresarial e o talento dos
                  nossos profissionais fizeram da TV brasileira um case de
                  padrão internacional.

                          om penetração de 95,7% dos          que é um dos mais respeitados especia-
                   C      domicílios (2009, Pnad/IBGE),       listas em comunicação no mundo, a
                  este meio popular por vocação tem sido      televisão “produz uma cultura mediana
                  capaz de integrar milhões de pessoas,       acessível, sensibiliza o telespectador
                  valorizar as realidades regionais, e dar-   para outras culturas e reflete o mundo
                  -lhes acesso gratuito a informação, cul-    contemporâneo”, instigando o cidadão
                  tura e entretenimento. Seu papel para o     a buscar informação e conhecimento
                  fortalecimento da identidade nacional é     antes ignorados.
                  incontestável.                                  Nas palavras de Wolton, a “cultura
                      Nos mais longínquos rincões, é pos-     televisiva popular” é, em síntese, o que
                  sível encontrar cidadãos que se conec-      as pessoas têm em comum, mas que ao
                  tam com o restante do Brasil e com o        ser repartida entre os pares, fortalece a   da opinião da população brasileira, mos-
                  mundo por intermédio de seu televisor       noção de democracia. Dessa forma, a TV      tram que as percepções de Wolton em
                  e, independente de classe social ou         promove um indiscutível processo de         relação ao papel deste meio de comuni-
                  nível de instrução, têm acesso às mes-      evolução social, como observamos no         cação estão corretas.
                  mas informações.                            Brasil nessas últimas décadas.                  A pesquisa revela, por exemplo, que
                      Em entrevista à revista Época, em           Dados de uma recente pesquisa           para 66,3% das pessoas a televisão aber-
                  2006, o sociólogo francês Dominique         encomendada à empresa Meta pela             ta é o meio de comunicação mais rele-
                  Wolton afirma que a televisão provocou,     Secretaria de Comunicação Social da         vante para buscar informação, e para
CENP EM REVISTA




                  nos últimos anos, uma revolução na          Presidência da República (Secom), so-       69,4% é a mídia mais confiável. Quanto
                  vida de milhões de pessoas. Para ele,       bre o acesso à informação e a formação      à programação, 64,6% dos entrevista-



14
a discussão de temas de interesse nacio-    com base no conceito econométrico,
                                             nal, é com a produção regular de séries     verificou que a inserção de meios de
                                             e campanhas de utilidade pública que        comunicação, entre eles a TV, tem efeito
                                             este meio estabelece compromisso com        positivo sobre o Índice de Desenvol-
                                             as demandas sociais, seja de dimensão       vimento Humano (IDH).
                                             nacional ou comunitária, de qualquer            A televisão leva informação sobre
                                             pequena cidade interiorana.                 tendências de mercado, oportunidades
                                                 Isso só é possível graças ao modelo     de trabalho, novos produtos e tecnolo-
                                             federativo de radiodifusão, semelhante      gias, contribuindo para o desenvolvi-
                                             ao que acontece em outros países de         mento dos mercados regionais e locais.
                                             dimensões continentais. Baseado no          Esse modelo oportuniza às pequenas e
                                             conceito de redes de programação bási-      médias empresas anunciarem seus pro-
                                             ca, ele combina grandes centros de pro-     dutos e serviços localmente a um custo
                                             dução, dotados de tecnologia avançada e     adequado a sua realidade financeira,
                                             profissionais altamente qualificados,       alcançando o público-alvo, melhorando
                                             capazes de fornecer conteúdo a milhares     suas vendas e gerando empregos.
                                             de emissoras e municípios. O mesmo              Até 2012, teremos disseminado no
                                             acontece no sentido inverso – as emisso-    Brasil o padrão digital de televisão que,
                                             ras afiliadas às redes nacionais contri-    mais do que qualidade superior de ima-
                                             buem com a sua visão regional e local.      gem e som, permitirá o avanço da mobi-
                                                 Marcado pela diversidade e plurali-     lidade e da portabilidade, ou seja, a
                                             dade, este modelo compreende 496            capacidade de o telespectador receber o
                                             emissoras de televisão, sendo 295           sinal em aparelhos portáteis ou celula-
                                             comerciais e 201 educativas, e mais de 5    res. O sistema nipo-brasileiro também
                                             mil estações retransmissoras. A indús-      se internacionaliza, sendo adotado até o
                                             tria televisiva brasileira gera mais de     momento por onze países.
                                             200 mil postos de trabalho, diretos e           É um passo decisivo para a inserção
dos consideram os telejornais os progra-     indiretos, produz 70 mil horas/ano e,       da TV no ambiente de acelerada conver-
mas mais importantes, seguidos das           apenas em programas jornalísticos, 180      gência tecnológica, que permitirá cada
novelas, com 16,4%. O levantamento           mil horas/ano. Cerca de 70% desse con-      vez mais o acesso a voz, vídeo, dados e
ouviu 12 mil pessoas, em 639 cidades de      teúdo é nacional – 90% se considerado       texto nas mais variadas plataformas.
cinco regiões do país.                       apenas o horário nobre.                         Portanto, ao completar sessenta
    Com noticiários, reportagens, entre-         Uma das grandes contribuições do        anos de existência, percebemos que a
vistas e debates entre candidatos, a tele-   setor é, por certo, de estímulo ao desen-   televisão brasileira continua forte e reju-
visão tem sido fundamental também            volvimento econômico e social do país.      venescida, cumprindo o seu papel para
                                                                                                                                       CENP EM REVISTA




para a consolidação da democracia.           Estudo da empresa Tendências Con-           o crescimento econômico e a consolida-
Além de prover informação e promover         sultoria Integrada, realizado em 2007,      ção da democracia.



                                                                                                                                       15
Depoimentos


                      “A PUBLICIDADE
                      BRASILEIRA NÃO É
                      UM MERCADO PARA
                      AVENTUREIROS”
                      Anunciantes falam
                      sobre a importância do CENP


                      A aprovação da Lei no 12.232 sublinhou         Anunciante: Itaú BBA
                      a relevância do CENP para a atividade          Setor: Financeiro

                      publicitária. Nesta e nas páginas seguintes,   Depoimento de: Marcos Caetano
                                                                     Sede: São Paulo
                      seis anunciantes de diferentes setores,
                      portes e origens dão a sua opinião sobre           Marcos Caetano, diretor de comu-
                                                                     nicação corporativa do Itaú BBA, não
                      a importância da publicidade e de se
                                                                     têm dúvidas: a criação do CENP é uma
                      trabalhar com agências profissionais           grande conquista para os três princi-
                      e certificadas segundo as Normas-Padrão        pais atores do setor publicitário brasi-
                      da Atividade Publicitária.                     leiro: anunciantes, agências de publici-
                                                                     dade e veículos de comunicação.
                                                                     “Temos no Brasil um mercado muito
                                                                     maduro. As agências brasileiras são de
                                                                     nível internacional, mais de uma delas
                                                                     já tendo sido eleita como agência do
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                                                                     ano no importante Festival de Cannes.
                                                                     Da mesma forma, os veículos de
                                                                     comunicação do Brasil já conquista-

16
Para Caetano, o mercado publicitá-
                                                                  rio brasileiro é fruto da qualidade do
                                                                  relacionamento entre os anunciantes,
                                                                  as agências e os veículos. “Sempre con-
                                                                  vivemos de forma harmônica, e o CENP
                                                                  é um grande marco dessa maturidade.
                                                                  É em função de tudo isso que conside-
                                                                  ro a chegada do CENP um grande avan-
                                                                  ço para o mercado publicitário”.
                                                                      Segundo ele, é natural que as regras
                                                                  de governança e concorrência sejam
                                                                  preservadas, com liberdade e espaço
                                                                  para negociação e aperfeiçoamentos,
                                                                  mas que exista um parâmetro que evite
                                                                  o que chama de barbárie. “A publicida-
                                                                  de brasileira não é um mercado para
                                                                  aventureiros. É por estar apoiado em
                                                                  leis e autorregulamentação que é o que
                                                                  é. O CENP contribui fundamentalmen-
                                                                  te para que este ambiente torne os
                        ram importantes prêmios internacio-       negócios tão fluentes. Qualquer coisa
                        nais, como o Emmy e o New York Film       no sentido inverso seria um atraso, um
                        Festival, apenas para citar alguns.       retrocesso. Precisamos preservar este
                        Toda hora, vemos a qualidade dos tra-     modelo, que não implica mais burocra-
                        balhos dos veículos sendo reconheci-      cia e controles indevidos, e que efetiva-
                        da, aqui e no mundo. E os anuncian-       mente protege o mercado.”
                        tes também têm um comportamento               Ele não tem dúvidas de que o CENP
                        muito ético num mercado bem orga-         precisa ser preservado. “É um órgão
                        nizado”, diz ele, que considera a pu-     necessário porque procura estabelecer
“O CENP contribui       blicidade um setor de vanguarda. “O       regras mínimas de convivência merca-
fundamentalmente        mercado brasileiro já é forte o bastan-   dológica, adequadas a um setor muito
                        te a ponto de permitir um trânsito        competitivo”, disse, lembrando que
para um ambiente        intenso, do exterior para o Brasil e do   existem milhares de agências de publi-
de negócios fluentes.   Brasil para o exterior, idêntico ao que   cidade no Brasil – são perto de 3 mil
                        se vê nos mercados de Primeiro Mun-       apenas as certificadas pelo CENP. “A
O sentido inverso
                        do. As empresas de uma forma geral        publicidade é um dos setores mais
seria um atraso, um
                                                                                                              CENP EM REVISTA




                        estão passando por essa fase, mas a       competitivos da economia brasileira.
retrocesso”             publicidade já está nela desde o final
                        dos anos 90.”                                              Continua na página 20

                                                                                                              17
A IMPORTÂNCIA DO CENP




                  QUALIDADE, ÉTICA, CREDIBILIDADE, TÉCNICA, SEGURANÇA E

                  Anunciantes             Anunciante: Grupo Dias Neto           Anunciante: Beach Park
                                          Setor: Concessionárias de motos e     Setor: turismo e lazer
                  destacam a
                                          automóveis e postos de combustíveis   Depoimento de: Clarisse de
                  importância de
                                          Depoimento de: Antônio Dias Neto      Carvalho Linhares
                  trabalhar com           Sedes: Paraíba, Pernambuco,           Sede: Fortaleza
                  agências certificadas   Alagoas e Rio Grande do Norte
                  pelo CENP
                                                  Para uma agência de                 Particularmente, nunca
                                          publicidade, ter a certificação       trabalhamos com uma agência
                                          do CENP é ter um verdadeiro           que não fosse certificada pelo
                                          atestado de credibilidade.            CENP, então não podemos
                                          O fato de trabalharmos com            abordar as desvantagens. Um
                                          uma agência certificada nos           dos quesitos importantes para
                                          dá maior confiança e                  o processo de certificação é o
                                          tranquilidade ao anunciar,            emprego de pesquisas de mídia,
                                          porque sabemos que estamos            e considero fundamental que a
                                          protegidos por um órgão               agência tenha e faça uso
                                          fiscalizador, sério e eficaz.”        constante de pesquisas de
                                                                                mídia. Não existe boa
                                                                                campanha publicitária sem o
                                                                                embasamento técnico das
                                                                                pesquisas. A fundamentação do
                                                                                plano de mídia é elemento-
                                                                                -chave para o sucesso de
                                                                                qualquer propaganda.”


                                          Antônio Dias Neto,                    Clarisse de Carvalho Linhares,
                                          Presidente do Grupo Dias Neto,        diretora de marketing do Beach Park,
                                          grupo empreendedor com                complexo de turismo e lazer de
                                          negócios em quatro estados            Fortaleza que recebe anualmente mais
                                          do Nordeste e com planos de           de 1 milhão de pessoas.
                                          expansão para toda a região.
CENP EM REVISTA




18
COMPETÊNCIA

    Anunciante: Celpa                           Anunciante: Dental Gold              Anunciante: MRN
    Setor: Concessionária de energia            Setor: Serviços odontológicos        Setor: Mineração
    elétrica                                    Depoimento de: Josuel Gomes          Depoimento de: Ana Cunha
    Depoimento de: Jackson C. Santos            Sede: Paraíba                        Sede: Pará
    Sede: Pará



           No dia a dia de nossas                      Saber que a agência                   Ter como parceira de
    atividades e na execução                    responsável pela nossa               trabalho uma agência
    profissional de nossas ações de             comunicação é certificada            certificada nos garante maior
    comunicação, temos como pré-                pelo CENP nos dá mais                confiabilidade e transparência
    -requisito o trabalho com                   segurança, pois temos a              nas relações estabelecidas e
    agências certificadas pelo                  certeza de que a empresa é           principalmente maior
    CENP. O acesso às ferramentas               séria e trabalha dentro das          qualidade nos serviços
    e recursos que a certificação               normas e padrões                     prestados. Um processo de
    permite e seu uso eficiente,                necessários, assegurando que         certificação eficaz resulta numa
    com ética e competência, nos                as campanhas que                     gestão mais profissional
    dão tranquilidade e confiança               veiculamos estejam sempre            e eficiente. Além disso, como
    no retorno dos investimentos.               dentro dos acordos propostos         anunciantes, temos acesso
    Como profissional que já atuou              pelo conselho.”                      a ferramentas mais precisas
    nos três agentes da                                                              para avaliação de mercado e
    propaganda, me sinto muito à                                                     público, o que nos possibilita
    vontade para trabalhar e                                                         fazer sempre a melhor escolha
    recomendar o trabalho com                                                        de como aplicar a verba de
    agências certificadas.”                                                          mídia disponível, aferindo
                                                                                     melhores resultados.”

    Jackson C. Santos,                          Josuel Gomes,                        Ana Cunha,
    Comunicação, Celpa, concessionária de       Diretor-presidente da Dental Gold,   Gerente de Comunicação da MRN –
    energia elétrica que atende a mais de 1,6   maior rede de serviços               Mineração Rio do Norte, que chega
    milhão de clientes no Pará, beneficiando    odontológicos da Paraíba.            aos seus trinta anos consolidada como
    mais de 7 milhões de habitantes.                                                 um dos maiores empreendimentos
                                                                                     mundiais na produção de bauxita, o
                                                                                                                             CENP EM REVISTA




                                                                                     minério de alumínio.




                                                                                                                             19
A IMPORTÂNCIA DO CENP



                  Continuação da página 17                 que se contam aos milhares e vários ou-    tendo, talvez, até trabalhado na área.
                                                           tros meios de comunicação sólidos e de     Na agência sempre será o oposto. A
                    Temos canais de TV às centenas,        alta qualidade, sem falar nos milhares     formação, o ponto de vista, a visão de
                  emissoras de rádio, revistas e jornais   de anunciantes em todo o país. Sob to-     mundo do publicitário será diferente e
                                                           dos os ângulos, vemos um mercado           é bom que seja assim, pois a diversida-
                                                           bastante competitivo e que, até por        de é desejável. Quanto mais as empre-
                                                           isso, precisa ter regras mínimas”, disse   sa puderem refletir diferentes maneiras
                                                           Caetano.                                   de ver a sociedade, mais probabilidade
                                                               Para ele, outra grande contribuição    de sucesso elas terão. As agências são
                                                           da publicidade, principalmente num         ambientes propícios para isso, inclusi-
                                                           mercado como o financeiro, é trazer o      ve pela multiplicidade de clientes com
                                                           que chama de provocações para dentro       que lidam. Agências sempre estão na
                                                           do anunciante. “É da natureza da publi-    linha de ataque, apoiando o anuncian-
                                                           cidade promover um debate fora do dia      te em vendas, em geração de receitas e
                                                           a dia da operação, que é muito saudá-      lucros, falando direto com o consumi-
                  “É da natureza                           vel. Uma das funções da agência é dis-     dor final. Elas têm o pulso de mercado.
                                                           cutir ética, sustentabilidade, branding,   A agência que atende um banco tam-
                  da publicidade
                                                           design e tantas outras coisas funda-
                  promover um debate                       mentais para o futuro das empresas.
                  fora do dia a dia da                     As agências foram pioneiras em mui-
                                                           tos destes temas. Branding, por exem-
                  operação, que é                          plo, até os anos 80, não era um valor
                  muito saudável.                          mensurado pelas empresas e hoje as
                                                           marcas estão entre os seus ativos mais
                  Uma das funções
                                                           valiosos. Agências de publicidade tiram
                  da agência é discutir                    as anunciantes das suas zonas de con-
                  ética, sustentabilidade,                 forto. Elas provocam discussões sobre
                                                           legado, visão de futuro, padrões éticos,
                  branding, design                         propósito da empresa e sustentabilida-
                                                                                                      “Agências sempre
                  e tantas outras                          de, que são muito importantes, que         estão na linha de
                                                           nos ajudam a renovar, a melhorar e que
                  coisas fundamentais                                                                 ataque, apoiando o
                                                           estão entre as principais preocupações
                  para o futuro                            da cúpula das empresas.                    anunciante em
                  das empresas.                                Para Caetano, provocações dessa        vendas, em geração
                                                           natureza podem até vir de outras ori-
                  As agências foram                        gens, como uma empresa de consulto-
                                                                                                      de receitas e lucros,
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                  pioneiras em muitos                      ria, por exemplo. “Mas dificilmente        falando direto com o
                                                           você terá um consultor que não tenha
                  destes temas”                                                                       consumidor final”
                                                           uma identidade maior com a empresa

20
bém ajuda a vender cerveja.               ma mínima, a concorrência entre em-         que o CENP, para nós, tem esse caráter
    Caetano se disse um defensor per-     presas do setor publicitário”, disse ele.   normativo, esse caráter de dar uma
manente de “mais flexibilidade nas           Ele reafirma a importância para os       base, de dar um piso, de dar um chão
regras do mercado publicitário, para      anunciantes da existência do CENP, da       a partir do qual construímos o relacio-
que os modelos de remuneração das         sua permanência, e defende que a enti-      namento com nossas agências de
agências possam ser inovadores, mas       dade tenha cada vez mais apoio do           publicidade. Tirar esse chão para os
sempre dentro de regras mínimas”. Ele     governo e de todos os setores da socie-     anunciantes, assim como para os
considera, porém, que essa discussão      dade, em todas as instâncias. “É muito      demais elos do mercado publicitário,
tem que ser conduzida sempre dentro       importante para os anunciantes que          seria bastante ruim. Considero muito
CENP. “Na minha opinião, qualquer         existam regras claras de concorrência e     importante preservar o CENP para que
modelo que não passe pelo CENP vai        de convivência, que se mantenha uma         possamos manter a publicidade brasi-
prestar um desserviço ao mercado          previsibilidade, que se saiba que traba-    leira no mesmo patamar observado
publicitário, permitindo que empresas     lhamos dentro de um terreno regulado        nos últimos anos, uma publicidade
com péssima qualidade possam, na          e não onde impere a barbárie, com um        que é invejada no mundo inteiro, que é
base de preços menores, na base de        ambiente de competição desenfreada e        respeitadíssima, que é muito premia-
concorrência predatória, ganhar espa-     sem sentido para um anunciante.             da, que informa cada vez mais e
ço num mercado hoje muito bem ocu-        Como anunciante, eu gostaria de dizer       melhor ao consumidor”, disse
pado por brilhantes agências que                                                      Caetano. “Se a lei de defesa do consu-
temos no Brasil. Sem o CENP seria ver                                                 midor pegou, foi porque o próprio
agências que têm grande capacidade                                                    setor publicitário brasileiro vestiu a
criativa e remuneram bem profissio-                                                   camisa, comprou esta causa: anun-
nais excepcionais serem destruídas,                                                   ciantes, veículos e agências decidiram
serem devastadas por outras agências                                                  informar com mais qualidade aos con-
que não têm essa qualidade mas que                                                    sumidores. É por isso que a propagan-
fariam abordagens aos anunciantes                                                     da no Brasil é cada vez mais evoluída,
por puro e simples preço.”                                                            é por isso que a propaganda enganosa
    Caetano considera que nesse cená-                                                 está sendo banida do nosso dia a dia e
rio os prejuízos seriam de todos, atin-                                               é por isso que acredito que o CENP
gindo inclusive o consumidor, “que te-
                                          “Se a lei de defesa                         precisa continuar conquistando espa-
ria publicidade da pior qualidade, com    do consumidor                               ço e sendo apoiado e prestigiado, para
menos informação”. Seria ruim, consi-                                                 que o mercado publicitário, seja do
                                          pegou, foi porque
dera ele, para os anunciantes, para as                                                ponto de vista dos anunciantes, seja
pessoas que trabalham nas agências,       o próprio setor                             das agências, seja dos veículos, possa
que sofreriam com o inevitável impac-     publicitário                                ser realmente um terreno seguro, bom
to negativo na sua remuneração, da                                                    de se investir e que, acima de tudo,
mesma forma que para as pessoas que
                                          brasileiro comprou                          preste e continue prestando um excep-
                                                                                                                                CENP EM REVISTA




trabalham em veículos. “Seria realmen-    esta causa”                                 cional serviço para o consumidor, que
te um caso de grande retrocesso se fos-                                               no final das contas é o grande benefi-
semos desregular, mesmo que de for-                                                   ciado em todas essas iniciativas.”

                                                                                                                                21
Entrevista


                     RICARDO NABHAN,
                     PRESIDENTE DA FENAPRO
                     “Cuidar da preservação de valores de nossa
                     atividade exige um esforço supremo”
                     Reeleito presidente da Fenapro em junho de 2010, para mais um mandato de três anos,
                     Nabhan é formado em Administração de Empresas, com pós-graduação em Propaganda e
                     Marketing pela ESPM. Ele dirige a ZN Marketing, agência do Mato Grosso do Sul e, na vida
                     associativa, já foi presidente do Sindicato das Agências de Propaganda de Mato Grosso do Sul,
                     ex-vp da Fenapro e atuou também como membro do Comitê de Ética do CENP. Nesta
                     entrevista, ele aborda o trabalho realizado na Fenapro desde 2007, revela as prioridades para a
                     próxima gestão e analisa os desafios que devem ser enfrentados pela indústria da publicidade.




                                                                       Como você avalia a atuação
                                                                       da Fenapro nos últimos anos?
                                                                       A atuação da Fenapro foi bastante positiva, com avanços
                                                                    importantes, principalmente para o fortalecimento dos
                                                                    Sinapros e dos mercados regionais. Entre as principais con-
                                                                    quistas da entidade, podemos destacar a atuação no IV Con-
                                                                    gresso Brasileiro de Publicidade, realizado em 2008, no qual
                                                                    comandamos o painel “As Realidades dos Mercados Re-
                                                                    gionais”, do qual saíram as 21 recomendações para promover
                                                                    o desenvolvimento, o crescimento e a valorização regional da
                                                                    indústria da comunicação em todo o Brasil, além da formação
                                                                    de grupos de trabalho para acompanhar a sua implementação
                                                                    e consolidação.
                                                                       O apoio ao Projeto de Lei do deputado José Eduardo
                                                                    Cardoso, que culminou com a Lei no 12.232, foi uma das reco-
CENP EM REVISTA




                                                                    mendações importantes feitas no painel. Outras foram a
                                                                    ampliação das relações com as entidades e o mercado, as
                                                                    ações permanentes junto às instituições de ensino com o

22
objetivo de colaborar para a melhoria da formação educacio-       como atendimento, gestão, mídias alternativas, novas mídias,
nal dos jovens.                                                   planejamento, legislação, licitações etc.
    Outra iniciativa importante foi o fortalecimento dos laços        Além das oficinas, a entidade organiza palestras para estu-
com demais entidades de defesa do setor, tais como a Abap,        dantes de propaganda e marketing de todo o Brasil, com o
Abert, CENP, Conar e ABA, entre outras, com o objetivo de rea-    objetivo de colaborar para a formação dos futuros profissio-
lizar um trabalho conjunto na defesa de questões importantes      nais. Centenas de estudantes já participaram dessas palestras.
que afetam o mercado de comunicação.                                 Entendemos que é fundamental trabalhar na formação dos
                                                                  jovens que vão estar à frente do negócio da propaganda no
   Entre os inúmeros projetos realizados,                         futuro. A grande mudança que esperamos é que todo esse
   quais você destacaria como fundamentais                        esforço, no futuro, se transforme em mais qualidade, profis-
   para ajudar na profissionalização da indústria                 sionalismo, ética e respeito.
   da publicidade no Brasil?
   Além de levantar a bandeira da regionalização, que deve ser       Do ponto de vista das agências, quais as
entendida como um esforço permanente pela valorização dos            mudanças que devemos ter neste cenário
mercados regionais, a Fenapro promoveu ações em parceria             nos próximos anos?
com os Sinapros, como os encontros regionais realizados nas          O mundo da comunicação está se transformando rapida-
diversas regiões do Brasil, com a presença dos presidentes        mente em função da internet, das redes sociais, das novas tec-
dos sindicatos de todo o país e diretores regionais de cada um    nologias como o mobile. Isto impacta diretamente os veículos,
deles. Isto tem permitido promover uma aproximação com os         a distribuição de verbas e as estratégias de comunicação. As
mercados locais e, principalmente, ampliar o conhecimento         agências também são fortemente influenciadas e têm que
sobre as características de cada mercado.                         ampliar sua área de atuação em áreas como digital, compor
   Considero estes encontros fundamentais, por reunir             equipes preparadas para os novos desafios e, sobretudo,
agências, veículos, anunciantes e profissionais, e permitir       acompanhar e buscar se antecipar às novas tendências. Há
ouvir in loco os seus problemas e buscar as melhores solu-
ções e alternativas para resolvê-los. Já realizamos encontros
na Bahia, Pernambuco, Rio Grande Norte, Minas Gerais, São
Paulo, Paraná, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Espírito Santo e
Santa Catarina. O nosso objetivo é percorrer todo o Brasil.
                                                                     Entendemos que é
   Entre as atividades desenvolvidas
   hoje pela Fenapro, quais têm sido mais
                                                                     fundamental trabalhar
   importantes para ajudar a preparar o futuro                       na formação dos jovens
   da atividade no Brasil?
                                                                     que vão estar à frente
   Cito as oficinas de capacitação para os mercados locais que
acontecem durante os encontros regionais, com o objetivo de          do negócio da propaganda
                                                                                                                                    CENP EM REVISTA




levar o know how dos mercados mais desenvolvidos a outras            no futuro”
regiões. As atividades, ministradas por profissionais experien-
tes, abordam as diversas áreas de operação de uma agência,

                                                                                                                                    23
FENAPRO



                                                                                 luta que estamos enfrentando. Temos muitos problemas a
                                                                                 enfrentar, como as medidas de restrições à propaganda por
                                                                                 parte da Anvisa, além de outras centenas de projetos de lei
                                                                                 antipropaganda que tramitam no Congresso e que imputam a
                    A liberdade de expressão                                     culpa de tudo à propaganda.
                    comercial é sem dúvida a                                        Este tipo de problema só pode ser enfrentado se conseguir-
                                                                                 mos unir o setor para conscientizar os demais órgãos sobre a
                    maior luta que estamos                                       importância da propaganda, pois é através dela que as marcas
                    enfrentando”                                                 lançam os seus produtos e os consumidores recebem as
                                                                                 informações, permitindo assim a liberdade de escolha do con-
                                                                                 sumidor final.


                  também movimentos macro que devem ser observados,                 Especificamente em sua gestão, quais as
                  como o próprio crescimento regional e a expansão das classes      iniciativas que exigiram mais esforço da Fenapro?
                  C e D. É preciso que as agências conheçam melhor esse públi-      Acredito que todas as iniciativas realizadas têm exigido
                  co e suas demandas.                                            esforços da entidade, ainda mais quando sabemos que elas
                                                                                 representam os interesses de um universo de empresas que
                    Qual é hoje, em sua opinião, a principal luta                conta, hoje, com mais de 10 mil agências, entre pequenas,
                    conjunta que o setor publicitário deve enfrentar?            médias e grandes.
                    A liberdade de expressão comercial é sem dúvida a maior         Um dos esforços, realizado em parceria com as demais enti-
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dades do setor, foi o fato de termos conseguido levar ao TCU,
por exemplo, o pleno conhecimento do que somos e o que faze-
mos. A ideia que se fazia dos serviços prestados pelas agências
de propaganda era muito diferente da nossa realidade.
   Também estamos levando informações, tirando dúvidas e            Estamos vivendo um bom
ajudando o mercado na aplicação da Lei no 12.232, por meio          momento para o negócio da
de encontros com os responsáveis por este setor nos estados
e municípios e, em alguns casos, realizando encontros com
                                                                    propaganda, o que certamente
os próprios prefeitos, ajudando-os no melhor entendimento           irá ampliar as oportunidades”
dessa nova lei.
   Cuidar da preservação de valores de nossa atividade exige
um esforço supremo, não apenas das entidades, mas de cada
um de seus profissionais.                                         as agências, para o mercado e para o desenvolvimento do país
                                                                  como um todo. Um bom exemplo disso é o Guia da melhor
   Fenapro e Abap assinaram recentemente uma                      prática assinado pela ABA e Fenapro, um trabalho que tem
   declaração conjunta de princípios e objetivos;                 norteado muitos anunciantes no momento de selecionar a
   a Fenapro também tem desenvolvido iniciativas em               agência ou agências para atenderem suas contas.
   parceria com a ABA. Como você avalia a                            Outro exemplo é a Declaração Conjunta de Princípios e
   importância de as entidades atuarem                            Objetivos assinado com a Abap. Este acordo visa a criação de
   com propostas comuns? Este movimento é                         uma agenda comum que contribua para o crescimento e o de-
   importante para fortalecer as diversas iniciativas?            senvolvimento das agências. Sem dúvida, esses movimentos
   Quanto mais as entidades trabalharem juntas, melhor para       são importantes para fortalecer as diversas iniciativas em defe-
                                                                  sa do setor e, principalmente, para o seu desenvolvimento.


                                                                     Qual a análise que podemos fazer hoje sobre
                                                                     o mercado publicitário? Como a Fenapro tem
                                                                     apoiado as atividades das suas associadas,
  Quanto mais as entidades                                           para que as agências possam aproveitar o
  trabalharem juntas, melhor                                         bom momento econômico do país?
                                                                     Nosso mercado cresce em proporções significativas. Basta
  para as agências, para                                          ver que um mercado como o de Pernambuco, por exemplo,
  o mercado e para o                                              cresceu, apenas em maio deste ano, mais de 10%. Temos
                                                                  duas classes sociais, a C e a D, que até outro dia não tinham
  desenvolvimento do
                                                                  a importância que têm hoje e que estão consumindo muito
  país como um todo”                                              acima do que se poderia imaginar.
                                                                     Isso mostra que estamos vivendo um bom momento para
                                                                                                                                     CENP EM REVISTA




                                                                  o negócio da propaganda, de mais consumo e produção, o
                                                                  que certamente irá ampliar as oportunidades para o desenvol-
                                                                  vimento da atividade em todo o país.

                                                                                                                                     25
FENAPRO
                            28 ANOS EM PROL DA QUALIFICAÇÃO
                            DAS AGÊNCIAS DE PROPAGANDA



                                                 ficialmente, a Fenapro – Federa-   e também no que diz respeito às ques-
                                         O       ção Nacional das Agências de       tões relacionadas à legislação da ativi-
                                        Publicidade foi criada em 1982, com a       dade publicitária e de direito autoral.
                                        assinatura da Carta Sindical pelo minis-        Para otimizar os esforços nessa fren-
                  O intuito da          tro do Trabalho, Murillo Macedo. Mas as     te, um dos projetos mais importantes
                  entidade é            negociações para a instituição da entida-   da Fenapro é a realização dos Encon-
                                        de haviam começado em 1977, quando          tros das Lideranças Regionais, organi-
                  atuar de forma
                                        os seis sindicatos existentes até então     zados em diversos estados para discutir
                  ainda mais            lançaram publicamente a ideia.              o negócio da comunicação em âmbito
                  estreita com              Refletindo mudanças que ocorreram       regional. Nessas ocasiões, os profissio-
                                        no Brasil nas últimas décadas, a            nais participam de palestras, seminá-
                  os sindicatos         Fenapro congrega hoje em seus qua-          rios e oficinas em torno de temas como
                  e o CENP              dros dezoito sindicatos patronais           gestão de agência, licitações, legislação
                                        (Sinapros) e mais de 10 mil agências de     da propaganda, planejamento de mídia,
                  para ajudar a
                                        propaganda em todo o país, conside-         criação, atendimento etc. Na última edi-
                  esclarecer dúvidas,   rando as empresas que fazem constar         ção, que aconteceu em meados de
                  a fim de que          do seu contrato social a atividade.         agosto, em Florianópolis, um dos des-
                                        Destas, cerca de 3 mil encontram-se         taques foram os debates relacionados à
                  as Normas-Padrão      certificadas pelo CENP. Além de admi-       implementação da Lei no 12.232, que
                  sejam respeitadas     nistrar o recolhimento da contribuição      definiu as regras para as licitações pú-
                                        sindical patronal e prestar assessoria      blicas na área de comunicação.
                  e cumpridas
                                        jurídica para todos os Sinapros, faz            Também ficou acertado no encontro
                                        parte do escopo de atividades da entida-    que a Fenapro deve reforçar a ação dos
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                                        de orientar os sindicatos das agências      Sinapros para a fiscalização da aplica-
                                        nas áreas tributária e de administração     ção das Normas-Padrão da Atividade



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Estima-se que
                                                                                         no período de
                                                                                         2007 a 2010
                                                                                         tenham passado
                                                                                         pela análise da
                                                                                         Fenapro
                                                                                         mais de trezentos
                                                                                         processos
                                                                                         de licitação”




Publicitária. Para isso, foi constituído   2013, uma vez que foi reeleito), comen-     ção no 21 da CENP em Revista publicou
um comitê coordenador para visitar os      ta que uma das prioridades de sua ges-      reportagem sobre o Fórum.
estados, acompanhando as demandas          tão tem sido justamente o fortalecimen-         A Fenapro também teve participação
das agências e ajudando a identificar      to dos laços com outras entidades do        ativa na realização do IV Congresso
situações sensíveis envolvendo as          setor, como ABA, Abap, ABP, CENP e          Brasileiro de Publicidade, quando foi
Normas-Padrão e a legislação relacio-      APP, com o objetivo de realizar um tra-     responsável pelo painel sobre a realida-
nada à atividade publicitária. Como foi    balho conjunto na defesa das questões       de dos mercados regionais, que contou
defendido na ocasião pela Fenapro, o       que afetam o setor.                         com mais de duzentos delegados de
intuito da entidade é atuar de forma          Nos últimos anos este esforço de a-      todo o país. Neste sentido, outra esfera
ainda mais estreita com os sindicatos e    proximação tem rendido bons frutos.         importante de atuação da entidade é a
o CENP no sentido de ajudar a esclare-     Em 2009, por exemplo, em parceria com       que envolve a aproximação com o
cer dúvidas para que as normas sejam       a ABA foi organizado um grande evento       poder público, visando defender os
respeitadas e cumpridas por meio da        para debater o fortalecimento da ativida-   interesses do setor publicitário em
adesão dos veículos regionais.             de econômica publicitária brasileira. O I   questões legais, projetos de leis e regu-
                                           Fórum Mercados Brasileiros reuniu cer-      lamentações relacionadas à propagan-
Unindo esforços                            ca de duzentos dirigentes e executivos de   da. Para isso, além dos contatos com
                                                                                                                                   CENP EM REVISTA




   Ricardo Nabhan, à frente da entida-     empresas anunciantes, agências de pro-      diversos órgãos do governo, entre eles
de desde 2007 (e deve permanecer até       paganda e veículos de todo o país. A edi-   a Secom e o TCU, destacam-se a reali-



                                                                                                                                   27
FENAPRO



                    Ex-presidentes da Fenapro                                       A Fenapro hoje

                    • Luiz Marcelo Dias Salles   (1982-1985)                        Ricardo Nabhan de Barros     presidente
                    • Álvaro Costa Resende       (1985-1988)                        Saint’Clair de Vasconcelos   vice-presidente
                    • José Daltro Franchini      (1989-1992 e 1992-1995)            Antonio Lino Pinto           diretor-secretário
                    • Valdir Batista Siqueira    (1995-1998)                        César Paim                   diretor de assuntos éticos
                    • Antonio Luiz de Freitas    (1998-2001)                        Fernando Brettas             diretor de relações governamentais
                    • José Antonio Calazans      (2001-2004 e 2004-2007)            Alexandre Oliveira           diretor de relações interassociativas
                    • Ricardo Nabhan             (2007-2010 e 2010-2013)            Aías Lopes                   diretor-tesoureiro
                                                                                    Bruno Gonzalez               diretor de planejamento




                  zação de inúmeras reuniões com minis-        lhado em prol da melhor qualificação e           A questão das licitações públicas
                  tros, parlamentares e senadores, além        conhecimento das agências no âmbito          tem exigido bastante atenção da entida-
                  da participação em audiências públicas.      da legislação, das licitações públicas e     de, que tem atuado, com o apoio dos
                  Nabhan cita como exemplo o acompa-           da gestão de agência. Pensando no futu-      Sinapros, junto aos Tribunais de Contas
                  nhamento direto e a participação na ela-     ro da questão, a atual gestão intensifi-     dos estados, realizando consultas e
                  boração de emendas do projeto de lei         cou a aproximação com o setor educa-         orientando os responsáveis para que as
                  do deputado José Eduardo Martins             cional, visando ampliar o conhecimento       licitações regionais adotem os padrões
                  Cardozo, que se transformou na Lei no        da atividade publicitária pelos alunos       legais, face ao grande número de erros
                  12.232, e o envolvimento de represen-        dos cursos de comunicação. Para tanto,       usualmente constatados nesses editais.
                  tantes da entidade na condução do            a entidade realiza palestras em universi-        Em prol da busca de melhores práti-
                  debate para a elaboração do texto do         dades em todo o país, já tendo coberto       cas nesta área, foram desenvolvidos
                  Anexo C, do CENP.                            mais de 10 mil estudantes de propagan-       inclusive materiais específicos sobre o
                     Em outra frente, a Fenapro tem traba-     da, marketing e comunicação.                 assunto, disponível no site www.fena-
                                                                                                            pro.org.br. “A iniciativa faz parte do
                                                                                                            esforço de levar ao conhecimento dos
                                                                                                            mercados regionais todos os procedi-
                                                                                                            mentos de uma licitação pública, ter-
                                                                                                            mos e regras que devem ser seguidas
                                                                                                            para a realização de uma concorrência”,
                                                                                                            explica Nabhan.
                                                                                                                Para se ter uma ideia da dimensão
                                                                                                            deste trabalho, estima-se que no perío-
                                                                                                            do de 2007 a 2010 tenham passado
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                                                                                                            pela análise da Fenapro mais de trezen-
                                                                                                            tos processos de licitação.



28
Capa




                   PRECISO, CLARO E OBJETIVO
                     É do briefing que nasce a boa                    riefing vem da palavra inglesa
                     comunicação publicitária,                 B      brief, que quer dizer sumário,
                                                              síntese, fazer resumo. No tomo sobre
                     e a aprovação da Lei no 12.232/10        “Mídia – Uma tentativa de padroniza-
                     reforça a sua importância na             ção do vocabulário técnico de mídia na
                                                              língua portuguesa corrente no país”, do
                     licitação de serviços de
                                                              Dicionário Brasileiro de Comunicação, de
                     publicidade por entes públicos           1977, no verbete sobre briefing, antes de
                                                              defini-lo – “diretriz, sumário de orienta-
                                                              ção, resumo informativo” – os autores,
                     João Luiz Faria Netto
                                                              Neyza Bravo Mendes Furgler e Izacyl
                     Consultor jurídico do CENP, Diretor de
                                                              Guimarães Ferreira, publicitários com
                     Assuntos Legais do CONAR e Diretor
                                                              belas formações universitárias, confes-
                     Jurídico do SINAPRO-RJ
CENP EM REVISTA




                                                              saram no prefácio que, sem xenofobia,
                                                              tentavam com a obra defender a língua
                                                              por ser o “elemento mais aglutinante de

30
um grupo, tribo ou país”; no verbete do      Precisão, clareza      ocorria até o advento da Lei, quando,
briefing, no entanto, depois das expres-                            não raro, o que os planejadores, cria-
sões em português, concordaram que           e objetividade são     dores e homens de mídia das agências
se podia “continuar usando briefing...”.     inerentes aos          estudavam à exaustão era material que
E assim se fez e faz.                                               resultaria numa proposta especulativa
    Faz-se tanto que a expressão, a par-
                                             projetos básicos,      que possivelmente jamais seria execu-
tir de 29 de abril deste ano, foi incorpo-   o que o briefing       tada pelo contratante.
rada ao vasto e sempre crescente             passou a ser               O briefing no setor privado e nas
repertório legal do país, passando ele,                             empresas do setor público que dispu-
o briefing, já incorporado à nossa lin-      para as licitações     tam o mercado, ao contrário, sempre
guagem técnica, a ser palavra de texto       e contratações         foi um instrumento de identificação de
legal e peça indispensável e obrigatória                            determinado problema de comunica-
nos editais de licitação e contratação
                                             pelos entes            ção. Já mereceu estudos acurados e
pela administração pública de serviços       públicos de            tem modelagem clássica e pode ser
de publicidade prestados por intermé-        agências de            dividido em:
dio de agências de propaganda.                                      • definições de produto;
    Segundo o artigo 6o da Lei no            propaganda.            • histórico de compra e consumo;
12.232/10, os editais obedecerão ao          Deixou de ser          • mercado/concorrência;
disposto no artigo 40 da Lei no                                     • público-alvo;
8.666/93, que trata de uma maneira
                                             mero instrumento de    • verba/período e
geral das licitações, com exceções que       especulação criativa   • objetivos de marketing e comunicação.
lista e novas obrigações, dentre elas a                                 Tudo escrito de forma precisa, clara
obrigação de incluir o briefing: “As in-                            e objetiva.
formações suficientes para que os                                       No setor público, o modelo está
interessados elaborem propostas                                     sendo construído e deve ser pensando
serão estabelecidas em um briefing, de                              a partir da constatação de que se trata
forma precisa, clara e objetiva”. Quer                              de atender com a publicidade ao inte-
dizer, a “diretriz, sumário de orienta-                             resse público, notadamente no que diz
ção, resumo informativo” deve ser pre-                              respeito ao direito de cada um a ser
ciso, claro e objetivo.                                             informado sobre os atos e fatos de
                                                                    governo, o que é indispensável ao
LICITAÇÕES                                                          aglutinamento de grupo, tribo, país de
   Precisão, clareza e objetividade são                             que falam os autores do dicionário
inerentes aos projetos básicos, o que o                             pioneiro sobre a comunicação.
briefing passou a ser para as licitações                                Na prática, de forma precisa, clara e
e contratações pelos entes públicos de                              objetiva, o briefing de licitação pública
                                                                                                                CENP EM REVISTA




agências de propaganda. Como proje-                                 de publicidade deve ser e ter um con-
to básico, deixou de ser mero instru-                               junto de informações resumidas no
mento de especulação criativa, o que                                quadro da página seguinte.

                                                                                                                31
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Briefing - Preciso, Claro e Objetivo

  • 1. ANUNCIANTES FALAM SOBRE A IMPORTÂNCIA DO CENP A LIBERDADE DE EXPRESSÃO COMERCIAL É A Ano 6 – Nº 24 – Setembro – 2010 MAIOR LUTA DO SETOR, DIZ www.cenp.com.br PRESIDENTE DA FENAPRO PRECISO, CLARO E OBJETIVO É do briefing que nasce a boa comunicação publicitária e a aprovação da Lei nº 12.232/10 reforça a sua importância na licitação de serviços de publicidade por entes públicos
  • 2.
  • 3.
  • 4. Palavra do Presidente O REVIGORANTE EFEITO DAS ELEIÇÕES Tenho orgulho em habitar uma das maiores democracias do mundo e também por participar da nossa autorregulação comercial. Caio Barsotti ob revigorante efeito das eleições, manifesto nal da ABAP da qual participamos e que traz um firme S aqui o que já postei no twitter (@caiobarsotti) posicionamento em defesa da criança. Saudamos em 03/10: “Me desculpem os pessimistas de plantão, ainda, por meio de moção aprovada pelo Conselho mas tenho orgulho em habitar numa das maiores de- Executivo do CENP, os 30 anos do Conar e a criação do mocracias do mundo. Parabéns pra nós!” Instituto Palavra Aberta, que seguramente muito con- Aqui, neste espaço, com mais de 140 caracteres, tribuirá para os debates travados hoje na sociedade a complemento que tenho orgulho também por partici- respeito de consumo e propaganda. Já a entidade retra- par da nossa autorregulação comercial, a qual, pelo que tada em profundidade neste número é a Fenapro, cujo sabemos, não tem similar em outro país. Claro, exige Presidente, Ricardo Nabhan, acaba de ser reeleito. E muito, mas, também vale muito! Como disse Gilberto mais: fomos ouvir anunciantes para saber o que pen- Leifert, Presidente do Conar e também conselheiro do sam sobre o CENP. Encontramos respostas bastante CENP, durante seu discurso no evento de 30 anos da interessantes e inteligentes. entidade que iniciou no Brasil este inteligente modelo Por fim, dedicamos nossa capa a um assunto funda- de autorregulamentação, o CENP é o irmão caçula mental para a propaganda de boa qualidade: o briefing! desta bem-sucedida realização. Tratamos o assunto tanto sob a ótica privada como Ao preparar esta edição, procuramos repercutir também sobre sua importância para a comunicação, alguns importantes fatos recentes, como os 60 anos da notadamente após a Lei 12.232/10. TV brasileira, num artigo do novo Presidente da ABERT, Esperamos que este conteúdo seja uma contribuição Emanuel Soares Carneiro, os Congressos da ABTA e para as melhores práticas comerciais. ANJ e a Carta de Fortaleza, aprovada em reunião nacio- Aproveite! Sumário 14 MEMÓRIA: SEÇÕES OS 60 ANOS DA TV BRASILEIRA 06 EM 1O LUGAR Moção homanageia Conar e Instituto Palavra Aberta 16 DEPOIMENTOS: “A PUBLICIDADE BRASILEIRA 08 ACONTECE NÃO É UM MERCADO 44 REGIONAIS 30 CAPA PARA AVENTUREIROS” 46 ACONTECE NO CENP BRIEFING CENP EM REVISTA 22 ENTREVISTA: 48 CRÔNICA PRECISO, CLARO RICARDO NABHAN, PRESIDENTE DA FENAPRO 50 CARTAS E OBJETIVO 4
  • 5. A MISSÃO DO CENP Criado em dezembro de 1998, o Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP) tem como missão o estabelecimento de princípios éticos no relacionamento comercial entre anunciantes, agências de publi- cidade e veículos de comunicação, por meio da autorregulação. O CENP foi fundado pela ABA, ABAP, ABERT, ABTA, ANER, ANJ, Central de Outdoor e FENAPRO e tem como principal instrumento de trabalho o documento Normas-Padrão da Atividade Publicitária, que estabelece as bases do relacionamento comercial e ético da atividade. O CENP concede Certificado de Qualificação Técnica às agências que cumprem as regras estabeleci- das pelas Normas-Padrão, certificação essa que lhes garante o recebimento do “desconto-padrão” de agência, concedido pela legislação que trata da publicidade. A contrapartida à certificação é o cumprimento, pelas agências, das Normas-Padrão, o que é verifi- cado rotineiramente pela equipe do CENP por meio de vistoria. Conflitos observados ou denunciados são dirimidos pelo Conselho de Ética do CENP, formado por 36 membros, representando anunciantes, agências e veículos. Agências certificadas 3.753 3.909 3.800 3.623 3.532 3.110 2.895 2.728 2.358 1.904 934 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 27/9/2010 Fonte: CENP 10.431 AGÊNCIAS CADASTRADAS 334 PROCESSOS AVALIADOS NO TRIMESTRE 1.257 VISITAS TÉCNICAS E VISTORIAS EM AGÊNCIAS EM 27/9/2010 JULHO A SETEMBRO/2010 EM 27/9/2010 O CENP na internet: @ • Escreva para nós (inclusive para questões técnicas): carta@cenp.com.br • Para questões sobre ética comercial: alerta@cenp.com.br • Para questões de cadastro e certificação: cadastro@cenp.com.br www.cenp.com.br CENP EM REVISTA Faça download desta revista e das Fale com o CENP: edições anteriores em nosso site. (11) 2172-2367 – cenp@cenp.com.br 5
  • 6. Em 1º lugar MOÇÃO HOMENAGEIA CONAR E INSTITUTO PALAVRA ABERTA O Conselho Executivo do CENP, reunido em art. 5o dos Estatutos Sociais O CENP incluiu no Item III o “de- meados de setembro, aprovou, “por sua fender a liberdade de expressão publici- bela história de respeito à ética”, moção tária” como um dos objetivos sociais em homenagem aos trinta anos do Conar. da entidade, demonstrando claramente No mesmo documento, o Conselho saudou que, sem aquela estaria ameaçada a a criação do Instituto Palavra Aberta, liberdade de expressão, pensamento e cultural, tudo o que assegura a existên- entidade fundada para a defesa da cia dos estados democráticos de direi- liberdade de expressão comercial, to. A história brasileira recomenda que asseguradora das liberdades de imprensa e a liberdade de manifestação do pensa- de difusão cultural em nosso país. mento, que engloba e sintetiza todas as Confira a íntegra da moção: outras, deve ser permanentemente sus- tentada, evitando-se que, por equívo- cos, boa ou má-fé, prosperem os movi- mentos de restrição, notadamente con- tra a comunicação publicitária, assegu- radora das manifestações democráticas porque possibilita o acesso aos bens de informação e cultura a qualquer do povo, sem nenhum tipo de restrição ou preconceito. CENP EM REVISTA O Brasil viveu nas duas últimas décadas sob o estado de direito, ine- 6
  • 7. cráticos, tais iniciativas. É a constru- ção do futuro pela inteligência atuan- do contra a intransigência. São dois instrumentos e dois momentos de suma importância, razão pela qual a diretoria do CENP resolveu indicar ao conselho a conces- são de dois votos de louvor: 1. Ao Conar, pelo que é e já fez, nos trinta anos de fundação que está co- memorando. 2. Ao Instituto Palavra Aberta, pela pertinácia e oportunidade do que se xistindo tentativa de estado contra as um exemplo de resistência pela cons- propõe a fazer em defesa da liberdade liberdades fundamentais. Convive, no trução de um modelo de autocontrole comercial. entanto, com equívocos de interpreta- em campo de atividade intelectual, ção de leis que levam, de fato, a episó- oferecendo, pela liberdade de questio- Aos dois, o reconhecimento de dios lamentáveis de censura e com as namento e discussão com absoluto veículos, agências e anunciantes reu- tentativas legislativas de romper a respeito ao contraditório, uma opção nidos no CENP. grandeza do texto constitucional que democrática de análise de mensagens condena qualquer tipo de censura. publicitárias. Acerta até mesmo quan- São Paulo, 14 de setembro de 2010 Não raro, a comunicação publicitária do nem todos aprovam a leitura feita é o caminho que buscam os incorrigí- pelos seus conselheiros éticos. veis defensores das restrições de pen- Agora, por iniciativa de entidades “O Conar é um samento e consumo para assegurar representativas de veículos e agên- exemplo de resistência êxito a seus propósitos. Em nome da cias, foi criado o Instituto Palavra saúde, das crianças, das diferenças Aberta, que é uma entidade que se pela construção sociais e tudo o mais que é respeitável dedicará exclusivamente a desenvol- de um modelo de defender, ameaçam, pelas restrições ver estudos sobre o impacto do cer- que propõem, a liberdade de saber ceamento da liberdade de expressão autocontrole, para escolher, conhecer para decidir comercial nos direitos dos consumi- oferecendo uma opção sobre o que se deseja. dores à informação, atuando, com democrática de análise Há 30 anos, comemorados agora, base no que estudar, para mostrar ao de mensagem CENP EM REVISTA o Conar – Conselho Nacional de poder constituído e à sociedade o que Autorregulamentação Publicitária é pode representar, em termos demo- publicitária” 7
  • 8. Acontece JORNALISMO E DEMOCRACIA NA ERA DIGITAL tema do 80 Congresso Brasileiro polêmico foi o dedicado à discussão dade. “Queremos um código de ética O de Jornais, organizado pela ANJ, sobre a autorregulamentação dos jor- que avalie também os nossos associa- em agosto, no Rio de Janeiro, foi resu- nais e a criação de um conselho de ética dos”, afirmou. mido em seu título: Jornalismo e demo- da ANJ. Os palestrantes Aluízio Ma- No encerramento do encontro, reali- cracia na era digital. ranhão, editor de opinião de O Globo, e zado a cada dois anos, foi eleita em O encontro reuniu cerca de oito- Sidnei Basile, vice-presidente de rela- Assembleia Geral a nova diretoria da centos profissionais e teve como um ções institucionais do Grupo Abril, entidade. Judith Brito, da Folha de dos destaques as presenças e as assina- admitiram a existência de dificuldades S.Paulo, foi reeleita presidente e deve turas dos presidenciáveis à Declaração na implantação de um Conselho de permanecer à frente da ANJ até 2012. de Chapultepec. O documento, lançado Ética dos jornais brasileiros. “Nossa missão continua absolutamen- em 1994, no México, defende as liber- O vice-presidente da ANJ, Nelson te a mesma: defender a liberdade de dades de expressão e de imprensa. José Sirotsky, esclareceu na ocasião que o expressão”, afirmou a executiva em seu Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e objetivo do projeto elaborado por uma discurso, acrescentando que outra Marina Silva (PV) foram, em momentos comissão composta por membros da meta fundamental é discutir as novas diferentes, ao evento para assinar a diretoria da ANJ é estender para todos mídias digitais e como encontrar um declaração. os jornais associados os princípios de modelo saudável para preservação do Entre os painéis realizados, o mais liberdade expressos no estatuto da enti- jornalismo de qualidade. SITE DA ANJ PASSA A DISPONIBILIZAR LISTA DE AGÊNCIAS CERTIFICADAS esde setembro, quem acessa o os veículos associados é importante ANJ (que é uma das signatárias das D site da ANJ – Associação Nacio- em muitos sentidos, inclusive para esti- Normas-Padrão), e tem como consul- nal de Jornais (www.anj.org.br) encon- mular que os jornais de todo o país tar as agências certificadas. Para isso, tra a lista completa das agências certifi- atentem para a necessidade de respei- basta escolher a região de interesse ou cadas pelo CENP. tarem as Normas-Padrão da Atividade digitar o CNPJ da agência. Como explica Oscar Mattos, diretor Publicitária. A inclusão desta opção no site da do Comitê Mercado Anunciante, res- No endereço, ao clicar no banner ANJ faz parte de uma série de iniciati- ponsável pela implantação da nova fer- com o logotipo do CENP, o internauta vas adotadas para acrescentar mais CENP EM REVISTA ramenta, a iniciativa de disponibilizar a tem acesso a um texto explicativo sobre prestação de serviços ao endereço ele- informação de forma rápida e fácil para a entidade, com ênfase no papel da trônico da associação. Por exemplo: foi 8
  • 9. ABTA 2010 ABORDOU OS DESAFIOS DA TV PAGA NO BRASIL edição de 2010 da Feira e Con- Semeghini, vice-presidente da Comissão A gresso ABTA, realizada em agos- de Ciência, Tecnologia, Comunicação e to, em São Paulo, registrou números re- Informática da Câmara; senador Antônio cordes em termos de público. Foram Carlos Jr., membro da Comissão de mais de 9 mil visitantes durante os três Ciência, Tecnologia, Inovação e Comu- dias de evento, entre profissionais do nicação do Senado Federal; e senador setor e autoridades. O encontro também Flexa Ribeiro, presidente da Comissão superou as expectativas no volume de Congresso da ABTA aconteceu em de Ciência, Tecnologia, Inovação e São Paulo expositores: duzentas empresas partici- Comunicação do Senado Federal. param com 97 estandes, um crescimen- Marinho, presidente das Organizações O evento ainda discutiu questões to superior a 30% em relação a 2009. Globo, fez uma análise positiva da situa- bastante atuais para a evolução da A abertura do evento, que foi nortea- ção do setor, estimando que o meio atin- indústria da TV por assinatura no Brasil, do pelo tema “Revolução na Convergên- ja, em 2015, cerca de 15 milhões de lares. como o papel dos diferentes players no cia”, colocou em destaque a evolução do A abertura do mercado de TV por desenvolvimento do setor e os desafios mercado e os desafios que programado- assinatura foi o tema central no primeiro na produção de conteúdo, considerando res e distribuidores devem enfrentar. A dia do Congresso, em um debate que as novas tecnologias. Nas sessões temá- TV por assinatura alcança hoje 8,5 mi- contou também com as presenças de ticas, os profissionais acompanharam lhões de lares brasileiros, o que significa Alexandre Annerberg, presidente da os debates relacionados à regulamenta- quase 30 milhões de espectadores. ABTA; embaixador Ronaldo Sardenberg, ção, à programação e as novas platafor- Presente ao evento, Roberto Irineu presidente da Anatel; deputado Julio mas de distribuição de conteúdo. incluído também um link semelhante preciso”, diz, observando que como do CENP, a ANJ entende que é sua mis- para abordar a importância do Projeto uma das fundadoras e mantenedoras são ajudar a promover as Normas- Inter-Meios, explicando passo a passo -Padrão. como os veículos associados devem “A iniciativa é Aprimorar a atuação da entidade no proceder para fazer parte do estudo campo das melhores práticas comer- organizado pela publicação Meio & importante em muitos ciais é justamente o objetivo do Comitê Mensagem. sentidos, inclusive Mercado Anunciante, que tem reuniões No caso do CENP, Oscar conta que a cada dois meses e coordena diversas para estimular que os a ideia surgiu durante a realização do iniciativas que auxiliam na dissemina- último congresso da entidade e, para jornais atentem para a ção de boas práticas. Ficam sob a res- viabilizá-la, a associação contou com o necessidade de ponsabilidade deste grupo, também, apoio do próprio CENP. “Caio Barsotti outras atividades, como as campanhas respeitarem as Normas- CENP EM REVISTA fez uma apresentação para os integran- da ANJ para datas promocionais e a tes do Comitê e nos ajudou no que foi -Padrão” realização do Prêmio ANJ. 9
  • 10. ABAP HOMENAGEIA PERSONAGENS DA APROVAÇÃO DA LEI Nº 12.232/10 lmoço para mais de cem convi- Danise Andrade A dados, promovido pela Abap em agosto, em São Paulo, homenageou os principais personagens da luta do mer- cado publicitário pela aprovação da Lei n0 12.232/10, que disciplinou os proces- sos de licitação e a gestão dos contratos de publicidade por órgãos da adminis- tração pública. A lei é considerada uma A partir da esquerda Lara, Caio, Monti A partir da esquerda Monti, Pastore, e Petrônio Cardozo e Ottoni grande vitória também por reconhecer o modelo de agência brasileira. Durante o almoço foram entregues ficador e avança por legitimar a escolha vários dos meus companheiros. Muitos placas comemorativas ao deputado José de uma agência pela melhor técnica, pagaram os custos das ações inescru- Eduardo Cardozo, autor do projeto de onde a criatividade tem que nortear, não pulosas de poucos”, disse ele. “A nova lei, ao deputado Milton Monti, presiden- o preço”, disse Luiz Lara, presidente lei torna mais difícil os possíveis vícios te da Frente Parlamentar da Comuni- nacional da Abap. Para ele, o CENP e o das licitações. Ela traz transparência e cação Social, a Ottoni Fernandes Júnior, Conar são “âncoras” da atividade publi- tranquilidade a todo o processo de lici- secretário executivo da Secretaria de citária no Brasil. tação de publicidade”, emendou o Comunicação Social do governo, e a Pastore lembrou o escândalo do deputado Milton Monti. Ottoni, princi- Dalton Pastore, presidente do Conselho mensalão (ele respondia pela presidên- pal interlocutor do mercado publicitário da Abap e do Fórum Permanente da cia da Abap na época) e o envolvimento no governo federal, disse que a Se- Indústria da Comunicação (ForCom). de agências. “Surgiu uma aura de culpa, cretaria de Comunicação do governo já Ele foi importante interlocutor do Poder e a Abap tomou as dores do setor, adotava os princípios da lei antes Legislativo para a elaboração da lei. demonstrando que era uma questão mesmo da sua promulgação. Ele consi- O trabalho realizado pelo CENP, ins- isolada, de uma minoria”, disse ele. dera que a medida profissionaliza o titucionalizado como órgão certificador Para Cardozo, a nova lei não elimina a mercado, principalmente para estados de qualidade do setor da publicidade corrupção, mas a dificulta. “Ela torna as e municípios. “As pequenas e médias brasileira pela lei, também foi reconheci- relações mais transparentes. Terminar o agências serão beneficiadas, e a comu- do por meio de placa, entregue a meu mandato com uma lei como esta é nicação pública, mais correta e precisa.” Petrônio Corrêa e Caio Barsotti. “A Lei no gratificante, pois ela surgiu em um Para Petrônio, a legislação “dá um ru- 12.232 consagra o modelo brasileiro de momento difícil, quando fui sub-relator mo vital à propaganda, que é livre e con- CENP EM REVISTA agências, reconhece o CENP como certi- da CPMI dos Correios, que envolveu tinuará assim”. 10
  • 11.
  • 12. A PUBLICIDADE E A PROTEÇÃO DA CRIANÇA CARTA DE FORTALEZA A ABAP Associação Brasileira das Agências de Publicidade, diante da disseminação de conceitos, oriundos de seto- , res pontuais, porém movidos por uma determinação afeita às organizações de vocação absolutista, e que buscam rela- cionar a imagem da atividade publicitária à ameças à proteção da criança, declara: • Que a proteção da criança é um dever de todos, igual- • Que a proteção da criança, no que diz respeito à mente, e julga presunçosa, inconveniente e desalinha- publicidade, deve incluir a resistência às propostas da dos propósitos de liberdade e democracia, toda e alienantes, que sugerem proibições incondicionais, qualquer tentativa de fazê-la bandeira de propriedade censura pura e simples e outras iniciativas que exclusiva de determinados segmentos, entidades ou tenham, como princípio, a negação da informação. indivíduos. • Que a proteção da criança deve ser objeto de campa- • Que a proteção da criança é tarefa de grande respon- nhas publicitárias específicas dirigidas a pais ou res- sabilidade e de alta complexidade e, portanto, deplora ponsáveis, educadores e à sociedade em geral, esti- as opiniões simplistas que pregam a contextualização mulando práticas saudáveis e alertando sobre riscos da publicidade, por definição, como vilã. de qualquer origem. • Que a proteção da criança, no que se refere ao uso • Que a proteção da criança deve prever, no curriculum da mídia publicitária, está contemplada na Cons- escolar, que a criança, o quanto antes, passe a convi- tituição Federal, no Código de Defesa do Consu- ver com conteúdos que a familiarizem com os códigos midor e no Código Brasileiro de Aurorregulamen- publicitários, estimulando seu senso crítico sobre as tação Publicitária. diversas manifestações da publicidade. • Que a proteção da criança deve ser, necessariamente, • Que a proteção da criança é garantida, primordial- objeto de um debate global permanente e inspirador mente, pela família e pelos sistemas educacionais, de propostas equilibradas, realistas e embasadas por que devem ser permanentemente encorajados a for- uma percepção sociocultural alinhada com a contem- mar jovens intelectualmente livres, aptos a escolhas e poraneidade. plenamente conscientes a respeito do mundo em que vivem. • Que a proteção da criança deve estar no foco de todos os profissionais de comunicação incumbidos de a ela se dirigirem, recomendando vigorosamente o uso res- CENP EM REVISTA ponsável e criterioso dos recursos da publicidade e de Fortaleza, 27 de agosto de 2010. seu inegável poder de sedução e influência. ABAP – Associação Brasileira de Agências de Publicidade 12
  • 13.
  • 14. Memória OS 60 ANOS DA TV BRASILEIRA Emanuel Soares Carneiro Presidente da Abert A televisão aberta completou sessenta anos no país em 18 de setembro. Desde a primeira transmissão da TV Tupi, em São Paulo, na iniciativa ousada de Assis Chateaubriand, a evolução tecnológica, o arrojo empresarial e o talento dos nossos profissionais fizeram da TV brasileira um case de padrão internacional. om penetração de 95,7% dos que é um dos mais respeitados especia- C domicílios (2009, Pnad/IBGE), listas em comunicação no mundo, a este meio popular por vocação tem sido televisão “produz uma cultura mediana capaz de integrar milhões de pessoas, acessível, sensibiliza o telespectador valorizar as realidades regionais, e dar- para outras culturas e reflete o mundo -lhes acesso gratuito a informação, cul- contemporâneo”, instigando o cidadão tura e entretenimento. Seu papel para o a buscar informação e conhecimento fortalecimento da identidade nacional é antes ignorados. incontestável. Nas palavras de Wolton, a “cultura Nos mais longínquos rincões, é pos- televisiva popular” é, em síntese, o que sível encontrar cidadãos que se conec- as pessoas têm em comum, mas que ao tam com o restante do Brasil e com o ser repartida entre os pares, fortalece a da opinião da população brasileira, mos- mundo por intermédio de seu televisor noção de democracia. Dessa forma, a TV tram que as percepções de Wolton em e, independente de classe social ou promove um indiscutível processo de relação ao papel deste meio de comuni- nível de instrução, têm acesso às mes- evolução social, como observamos no cação estão corretas. mas informações. Brasil nessas últimas décadas. A pesquisa revela, por exemplo, que Em entrevista à revista Época, em Dados de uma recente pesquisa para 66,3% das pessoas a televisão aber- 2006, o sociólogo francês Dominique encomendada à empresa Meta pela ta é o meio de comunicação mais rele- Wolton afirma que a televisão provocou, Secretaria de Comunicação Social da vante para buscar informação, e para CENP EM REVISTA nos últimos anos, uma revolução na Presidência da República (Secom), so- 69,4% é a mídia mais confiável. Quanto vida de milhões de pessoas. Para ele, bre o acesso à informação e a formação à programação, 64,6% dos entrevista- 14
  • 15. a discussão de temas de interesse nacio- com base no conceito econométrico, nal, é com a produção regular de séries verificou que a inserção de meios de e campanhas de utilidade pública que comunicação, entre eles a TV, tem efeito este meio estabelece compromisso com positivo sobre o Índice de Desenvol- as demandas sociais, seja de dimensão vimento Humano (IDH). nacional ou comunitária, de qualquer A televisão leva informação sobre pequena cidade interiorana. tendências de mercado, oportunidades Isso só é possível graças ao modelo de trabalho, novos produtos e tecnolo- federativo de radiodifusão, semelhante gias, contribuindo para o desenvolvi- ao que acontece em outros países de mento dos mercados regionais e locais. dimensões continentais. Baseado no Esse modelo oportuniza às pequenas e conceito de redes de programação bási- médias empresas anunciarem seus pro- ca, ele combina grandes centros de pro- dutos e serviços localmente a um custo dução, dotados de tecnologia avançada e adequado a sua realidade financeira, profissionais altamente qualificados, alcançando o público-alvo, melhorando capazes de fornecer conteúdo a milhares suas vendas e gerando empregos. de emissoras e municípios. O mesmo Até 2012, teremos disseminado no acontece no sentido inverso – as emisso- Brasil o padrão digital de televisão que, ras afiliadas às redes nacionais contri- mais do que qualidade superior de ima- buem com a sua visão regional e local. gem e som, permitirá o avanço da mobi- Marcado pela diversidade e plurali- lidade e da portabilidade, ou seja, a dade, este modelo compreende 496 capacidade de o telespectador receber o emissoras de televisão, sendo 295 sinal em aparelhos portáteis ou celula- comerciais e 201 educativas, e mais de 5 res. O sistema nipo-brasileiro também mil estações retransmissoras. A indús- se internacionaliza, sendo adotado até o tria televisiva brasileira gera mais de momento por onze países. 200 mil postos de trabalho, diretos e É um passo decisivo para a inserção dos consideram os telejornais os progra- indiretos, produz 70 mil horas/ano e, da TV no ambiente de acelerada conver- mas mais importantes, seguidos das apenas em programas jornalísticos, 180 gência tecnológica, que permitirá cada novelas, com 16,4%. O levantamento mil horas/ano. Cerca de 70% desse con- vez mais o acesso a voz, vídeo, dados e ouviu 12 mil pessoas, em 639 cidades de teúdo é nacional – 90% se considerado texto nas mais variadas plataformas. cinco regiões do país. apenas o horário nobre. Portanto, ao completar sessenta Com noticiários, reportagens, entre- Uma das grandes contribuições do anos de existência, percebemos que a vistas e debates entre candidatos, a tele- setor é, por certo, de estímulo ao desen- televisão brasileira continua forte e reju- visão tem sido fundamental também volvimento econômico e social do país. venescida, cumprindo o seu papel para CENP EM REVISTA para a consolidação da democracia. Estudo da empresa Tendências Con- o crescimento econômico e a consolida- Além de prover informação e promover sultoria Integrada, realizado em 2007, ção da democracia. 15
  • 16. Depoimentos “A PUBLICIDADE BRASILEIRA NÃO É UM MERCADO PARA AVENTUREIROS” Anunciantes falam sobre a importância do CENP A aprovação da Lei no 12.232 sublinhou Anunciante: Itaú BBA a relevância do CENP para a atividade Setor: Financeiro publicitária. Nesta e nas páginas seguintes, Depoimento de: Marcos Caetano Sede: São Paulo seis anunciantes de diferentes setores, portes e origens dão a sua opinião sobre Marcos Caetano, diretor de comu- nicação corporativa do Itaú BBA, não a importância da publicidade e de se têm dúvidas: a criação do CENP é uma trabalhar com agências profissionais grande conquista para os três princi- e certificadas segundo as Normas-Padrão pais atores do setor publicitário brasi- da Atividade Publicitária. leiro: anunciantes, agências de publici- dade e veículos de comunicação. “Temos no Brasil um mercado muito maduro. As agências brasileiras são de nível internacional, mais de uma delas já tendo sido eleita como agência do CENP EM REVISTA ano no importante Festival de Cannes. Da mesma forma, os veículos de comunicação do Brasil já conquista- 16
  • 17. Para Caetano, o mercado publicitá- rio brasileiro é fruto da qualidade do relacionamento entre os anunciantes, as agências e os veículos. “Sempre con- vivemos de forma harmônica, e o CENP é um grande marco dessa maturidade. É em função de tudo isso que conside- ro a chegada do CENP um grande avan- ço para o mercado publicitário”. Segundo ele, é natural que as regras de governança e concorrência sejam preservadas, com liberdade e espaço para negociação e aperfeiçoamentos, mas que exista um parâmetro que evite o que chama de barbárie. “A publicida- de brasileira não é um mercado para aventureiros. É por estar apoiado em leis e autorregulamentação que é o que é. O CENP contribui fundamentalmen- te para que este ambiente torne os ram importantes prêmios internacio- negócios tão fluentes. Qualquer coisa nais, como o Emmy e o New York Film no sentido inverso seria um atraso, um Festival, apenas para citar alguns. retrocesso. Precisamos preservar este Toda hora, vemos a qualidade dos tra- modelo, que não implica mais burocra- balhos dos veículos sendo reconheci- cia e controles indevidos, e que efetiva- da, aqui e no mundo. E os anuncian- mente protege o mercado.” tes também têm um comportamento Ele não tem dúvidas de que o CENP muito ético num mercado bem orga- precisa ser preservado. “É um órgão nizado”, diz ele, que considera a pu- necessário porque procura estabelecer “O CENP contribui blicidade um setor de vanguarda. “O regras mínimas de convivência merca- fundamentalmente mercado brasileiro já é forte o bastan- dológica, adequadas a um setor muito te a ponto de permitir um trânsito competitivo”, disse, lembrando que para um ambiente intenso, do exterior para o Brasil e do existem milhares de agências de publi- de negócios fluentes. Brasil para o exterior, idêntico ao que cidade no Brasil – são perto de 3 mil se vê nos mercados de Primeiro Mun- apenas as certificadas pelo CENP. “A O sentido inverso do. As empresas de uma forma geral publicidade é um dos setores mais seria um atraso, um CENP EM REVISTA estão passando por essa fase, mas a competitivos da economia brasileira. retrocesso” publicidade já está nela desde o final dos anos 90.” Continua na página 20 17
  • 18. A IMPORTÂNCIA DO CENP QUALIDADE, ÉTICA, CREDIBILIDADE, TÉCNICA, SEGURANÇA E Anunciantes Anunciante: Grupo Dias Neto Anunciante: Beach Park Setor: Concessionárias de motos e Setor: turismo e lazer destacam a automóveis e postos de combustíveis Depoimento de: Clarisse de importância de Depoimento de: Antônio Dias Neto Carvalho Linhares trabalhar com Sedes: Paraíba, Pernambuco, Sede: Fortaleza agências certificadas Alagoas e Rio Grande do Norte pelo CENP Para uma agência de Particularmente, nunca publicidade, ter a certificação trabalhamos com uma agência do CENP é ter um verdadeiro que não fosse certificada pelo atestado de credibilidade. CENP, então não podemos O fato de trabalharmos com abordar as desvantagens. Um uma agência certificada nos dos quesitos importantes para dá maior confiança e o processo de certificação é o tranquilidade ao anunciar, emprego de pesquisas de mídia, porque sabemos que estamos e considero fundamental que a protegidos por um órgão agência tenha e faça uso fiscalizador, sério e eficaz.” constante de pesquisas de mídia. Não existe boa campanha publicitária sem o embasamento técnico das pesquisas. A fundamentação do plano de mídia é elemento- -chave para o sucesso de qualquer propaganda.” Antônio Dias Neto, Clarisse de Carvalho Linhares, Presidente do Grupo Dias Neto, diretora de marketing do Beach Park, grupo empreendedor com complexo de turismo e lazer de negócios em quatro estados Fortaleza que recebe anualmente mais do Nordeste e com planos de de 1 milhão de pessoas. expansão para toda a região. CENP EM REVISTA 18
  • 19. COMPETÊNCIA Anunciante: Celpa Anunciante: Dental Gold Anunciante: MRN Setor: Concessionária de energia Setor: Serviços odontológicos Setor: Mineração elétrica Depoimento de: Josuel Gomes Depoimento de: Ana Cunha Depoimento de: Jackson C. Santos Sede: Paraíba Sede: Pará Sede: Pará No dia a dia de nossas Saber que a agência Ter como parceira de atividades e na execução responsável pela nossa trabalho uma agência profissional de nossas ações de comunicação é certificada certificada nos garante maior comunicação, temos como pré- pelo CENP nos dá mais confiabilidade e transparência -requisito o trabalho com segurança, pois temos a nas relações estabelecidas e agências certificadas pelo certeza de que a empresa é principalmente maior CENP. O acesso às ferramentas séria e trabalha dentro das qualidade nos serviços e recursos que a certificação normas e padrões prestados. Um processo de permite e seu uso eficiente, necessários, assegurando que certificação eficaz resulta numa com ética e competência, nos as campanhas que gestão mais profissional dão tranquilidade e confiança veiculamos estejam sempre e eficiente. Além disso, como no retorno dos investimentos. dentro dos acordos propostos anunciantes, temos acesso Como profissional que já atuou pelo conselho.” a ferramentas mais precisas nos três agentes da para avaliação de mercado e propaganda, me sinto muito à público, o que nos possibilita vontade para trabalhar e fazer sempre a melhor escolha recomendar o trabalho com de como aplicar a verba de agências certificadas.” mídia disponível, aferindo melhores resultados.” Jackson C. Santos, Josuel Gomes, Ana Cunha, Comunicação, Celpa, concessionária de Diretor-presidente da Dental Gold, Gerente de Comunicação da MRN – energia elétrica que atende a mais de 1,6 maior rede de serviços Mineração Rio do Norte, que chega milhão de clientes no Pará, beneficiando odontológicos da Paraíba. aos seus trinta anos consolidada como mais de 7 milhões de habitantes. um dos maiores empreendimentos mundiais na produção de bauxita, o CENP EM REVISTA minério de alumínio. 19
  • 20. A IMPORTÂNCIA DO CENP Continuação da página 17 que se contam aos milhares e vários ou- tendo, talvez, até trabalhado na área. tros meios de comunicação sólidos e de Na agência sempre será o oposto. A Temos canais de TV às centenas, alta qualidade, sem falar nos milhares formação, o ponto de vista, a visão de emissoras de rádio, revistas e jornais de anunciantes em todo o país. Sob to- mundo do publicitário será diferente e dos os ângulos, vemos um mercado é bom que seja assim, pois a diversida- bastante competitivo e que, até por de é desejável. Quanto mais as empre- isso, precisa ter regras mínimas”, disse sa puderem refletir diferentes maneiras Caetano. de ver a sociedade, mais probabilidade Para ele, outra grande contribuição de sucesso elas terão. As agências são da publicidade, principalmente num ambientes propícios para isso, inclusi- mercado como o financeiro, é trazer o ve pela multiplicidade de clientes com que chama de provocações para dentro que lidam. Agências sempre estão na do anunciante. “É da natureza da publi- linha de ataque, apoiando o anuncian- cidade promover um debate fora do dia te em vendas, em geração de receitas e a dia da operação, que é muito saudá- lucros, falando direto com o consumi- “É da natureza vel. Uma das funções da agência é dis- dor final. Elas têm o pulso de mercado. cutir ética, sustentabilidade, branding, A agência que atende um banco tam- da publicidade design e tantas outras coisas funda- promover um debate mentais para o futuro das empresas. fora do dia a dia da As agências foram pioneiras em mui- tos destes temas. Branding, por exem- operação, que é plo, até os anos 80, não era um valor muito saudável. mensurado pelas empresas e hoje as marcas estão entre os seus ativos mais Uma das funções valiosos. Agências de publicidade tiram da agência é discutir as anunciantes das suas zonas de con- ética, sustentabilidade, forto. Elas provocam discussões sobre legado, visão de futuro, padrões éticos, branding, design propósito da empresa e sustentabilida- “Agências sempre e tantas outras de, que são muito importantes, que estão na linha de nos ajudam a renovar, a melhorar e que coisas fundamentais ataque, apoiando o estão entre as principais preocupações para o futuro da cúpula das empresas. anunciante em das empresas. Para Caetano, provocações dessa vendas, em geração natureza podem até vir de outras ori- As agências foram gens, como uma empresa de consulto- de receitas e lucros, CENP EM REVISTA pioneiras em muitos ria, por exemplo. “Mas dificilmente falando direto com o você terá um consultor que não tenha destes temas” consumidor final” uma identidade maior com a empresa 20
  • 21. bém ajuda a vender cerveja. ma mínima, a concorrência entre em- que o CENP, para nós, tem esse caráter Caetano se disse um defensor per- presas do setor publicitário”, disse ele. normativo, esse caráter de dar uma manente de “mais flexibilidade nas Ele reafirma a importância para os base, de dar um piso, de dar um chão regras do mercado publicitário, para anunciantes da existência do CENP, da a partir do qual construímos o relacio- que os modelos de remuneração das sua permanência, e defende que a enti- namento com nossas agências de agências possam ser inovadores, mas dade tenha cada vez mais apoio do publicidade. Tirar esse chão para os sempre dentro de regras mínimas”. Ele governo e de todos os setores da socie- anunciantes, assim como para os considera, porém, que essa discussão dade, em todas as instâncias. “É muito demais elos do mercado publicitário, tem que ser conduzida sempre dentro importante para os anunciantes que seria bastante ruim. Considero muito CENP. “Na minha opinião, qualquer existam regras claras de concorrência e importante preservar o CENP para que modelo que não passe pelo CENP vai de convivência, que se mantenha uma possamos manter a publicidade brasi- prestar um desserviço ao mercado previsibilidade, que se saiba que traba- leira no mesmo patamar observado publicitário, permitindo que empresas lhamos dentro de um terreno regulado nos últimos anos, uma publicidade com péssima qualidade possam, na e não onde impere a barbárie, com um que é invejada no mundo inteiro, que é base de preços menores, na base de ambiente de competição desenfreada e respeitadíssima, que é muito premia- concorrência predatória, ganhar espa- sem sentido para um anunciante. da, que informa cada vez mais e ço num mercado hoje muito bem ocu- Como anunciante, eu gostaria de dizer melhor ao consumidor”, disse pado por brilhantes agências que Caetano. “Se a lei de defesa do consu- temos no Brasil. Sem o CENP seria ver midor pegou, foi porque o próprio agências que têm grande capacidade setor publicitário brasileiro vestiu a criativa e remuneram bem profissio- camisa, comprou esta causa: anun- nais excepcionais serem destruídas, ciantes, veículos e agências decidiram serem devastadas por outras agências informar com mais qualidade aos con- que não têm essa qualidade mas que sumidores. É por isso que a propagan- fariam abordagens aos anunciantes da no Brasil é cada vez mais evoluída, por puro e simples preço.” é por isso que a propaganda enganosa Caetano considera que nesse cená- está sendo banida do nosso dia a dia e rio os prejuízos seriam de todos, atin- é por isso que acredito que o CENP gindo inclusive o consumidor, “que te- “Se a lei de defesa precisa continuar conquistando espa- ria publicidade da pior qualidade, com do consumidor ço e sendo apoiado e prestigiado, para menos informação”. Seria ruim, consi- que o mercado publicitário, seja do pegou, foi porque dera ele, para os anunciantes, para as ponto de vista dos anunciantes, seja pessoas que trabalham nas agências, o próprio setor das agências, seja dos veículos, possa que sofreriam com o inevitável impac- publicitário ser realmente um terreno seguro, bom to negativo na sua remuneração, da de se investir e que, acima de tudo, mesma forma que para as pessoas que brasileiro comprou preste e continue prestando um excep- CENP EM REVISTA trabalham em veículos. “Seria realmen- esta causa” cional serviço para o consumidor, que te um caso de grande retrocesso se fos- no final das contas é o grande benefi- semos desregular, mesmo que de for- ciado em todas essas iniciativas.” 21
  • 22. Entrevista RICARDO NABHAN, PRESIDENTE DA FENAPRO “Cuidar da preservação de valores de nossa atividade exige um esforço supremo” Reeleito presidente da Fenapro em junho de 2010, para mais um mandato de três anos, Nabhan é formado em Administração de Empresas, com pós-graduação em Propaganda e Marketing pela ESPM. Ele dirige a ZN Marketing, agência do Mato Grosso do Sul e, na vida associativa, já foi presidente do Sindicato das Agências de Propaganda de Mato Grosso do Sul, ex-vp da Fenapro e atuou também como membro do Comitê de Ética do CENP. Nesta entrevista, ele aborda o trabalho realizado na Fenapro desde 2007, revela as prioridades para a próxima gestão e analisa os desafios que devem ser enfrentados pela indústria da publicidade. Como você avalia a atuação da Fenapro nos últimos anos? A atuação da Fenapro foi bastante positiva, com avanços importantes, principalmente para o fortalecimento dos Sinapros e dos mercados regionais. Entre as principais con- quistas da entidade, podemos destacar a atuação no IV Con- gresso Brasileiro de Publicidade, realizado em 2008, no qual comandamos o painel “As Realidades dos Mercados Re- gionais”, do qual saíram as 21 recomendações para promover o desenvolvimento, o crescimento e a valorização regional da indústria da comunicação em todo o Brasil, além da formação de grupos de trabalho para acompanhar a sua implementação e consolidação. O apoio ao Projeto de Lei do deputado José Eduardo Cardoso, que culminou com a Lei no 12.232, foi uma das reco- CENP EM REVISTA mendações importantes feitas no painel. Outras foram a ampliação das relações com as entidades e o mercado, as ações permanentes junto às instituições de ensino com o 22
  • 23. objetivo de colaborar para a melhoria da formação educacio- como atendimento, gestão, mídias alternativas, novas mídias, nal dos jovens. planejamento, legislação, licitações etc. Outra iniciativa importante foi o fortalecimento dos laços Além das oficinas, a entidade organiza palestras para estu- com demais entidades de defesa do setor, tais como a Abap, dantes de propaganda e marketing de todo o Brasil, com o Abert, CENP, Conar e ABA, entre outras, com o objetivo de rea- objetivo de colaborar para a formação dos futuros profissio- lizar um trabalho conjunto na defesa de questões importantes nais. Centenas de estudantes já participaram dessas palestras. que afetam o mercado de comunicação. Entendemos que é fundamental trabalhar na formação dos jovens que vão estar à frente do negócio da propaganda no Entre os inúmeros projetos realizados, futuro. A grande mudança que esperamos é que todo esse quais você destacaria como fundamentais esforço, no futuro, se transforme em mais qualidade, profis- para ajudar na profissionalização da indústria sionalismo, ética e respeito. da publicidade no Brasil? Além de levantar a bandeira da regionalização, que deve ser Do ponto de vista das agências, quais as entendida como um esforço permanente pela valorização dos mudanças que devemos ter neste cenário mercados regionais, a Fenapro promoveu ações em parceria nos próximos anos? com os Sinapros, como os encontros regionais realizados nas O mundo da comunicação está se transformando rapida- diversas regiões do Brasil, com a presença dos presidentes mente em função da internet, das redes sociais, das novas tec- dos sindicatos de todo o país e diretores regionais de cada um nologias como o mobile. Isto impacta diretamente os veículos, deles. Isto tem permitido promover uma aproximação com os a distribuição de verbas e as estratégias de comunicação. As mercados locais e, principalmente, ampliar o conhecimento agências também são fortemente influenciadas e têm que sobre as características de cada mercado. ampliar sua área de atuação em áreas como digital, compor Considero estes encontros fundamentais, por reunir equipes preparadas para os novos desafios e, sobretudo, agências, veículos, anunciantes e profissionais, e permitir acompanhar e buscar se antecipar às novas tendências. Há ouvir in loco os seus problemas e buscar as melhores solu- ções e alternativas para resolvê-los. Já realizamos encontros na Bahia, Pernambuco, Rio Grande Norte, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina. O nosso objetivo é percorrer todo o Brasil. Entendemos que é Entre as atividades desenvolvidas hoje pela Fenapro, quais têm sido mais fundamental trabalhar importantes para ajudar a preparar o futuro na formação dos jovens da atividade no Brasil? que vão estar à frente Cito as oficinas de capacitação para os mercados locais que acontecem durante os encontros regionais, com o objetivo de do negócio da propaganda CENP EM REVISTA levar o know how dos mercados mais desenvolvidos a outras no futuro” regiões. As atividades, ministradas por profissionais experien- tes, abordam as diversas áreas de operação de uma agência, 23
  • 24. FENAPRO luta que estamos enfrentando. Temos muitos problemas a enfrentar, como as medidas de restrições à propaganda por parte da Anvisa, além de outras centenas de projetos de lei antipropaganda que tramitam no Congresso e que imputam a A liberdade de expressão culpa de tudo à propaganda. comercial é sem dúvida a Este tipo de problema só pode ser enfrentado se conseguir- mos unir o setor para conscientizar os demais órgãos sobre a maior luta que estamos importância da propaganda, pois é através dela que as marcas enfrentando” lançam os seus produtos e os consumidores recebem as informações, permitindo assim a liberdade de escolha do con- sumidor final. também movimentos macro que devem ser observados, Especificamente em sua gestão, quais as como o próprio crescimento regional e a expansão das classes iniciativas que exigiram mais esforço da Fenapro? C e D. É preciso que as agências conheçam melhor esse públi- Acredito que todas as iniciativas realizadas têm exigido co e suas demandas. esforços da entidade, ainda mais quando sabemos que elas representam os interesses de um universo de empresas que Qual é hoje, em sua opinião, a principal luta conta, hoje, com mais de 10 mil agências, entre pequenas, conjunta que o setor publicitário deve enfrentar? médias e grandes. A liberdade de expressão comercial é sem dúvida a maior Um dos esforços, realizado em parceria com as demais enti- CENP EM REVISTA 24
  • 25. dades do setor, foi o fato de termos conseguido levar ao TCU, por exemplo, o pleno conhecimento do que somos e o que faze- mos. A ideia que se fazia dos serviços prestados pelas agências de propaganda era muito diferente da nossa realidade. Também estamos levando informações, tirando dúvidas e Estamos vivendo um bom ajudando o mercado na aplicação da Lei no 12.232, por meio momento para o negócio da de encontros com os responsáveis por este setor nos estados e municípios e, em alguns casos, realizando encontros com propaganda, o que certamente os próprios prefeitos, ajudando-os no melhor entendimento irá ampliar as oportunidades” dessa nova lei. Cuidar da preservação de valores de nossa atividade exige um esforço supremo, não apenas das entidades, mas de cada um de seus profissionais. as agências, para o mercado e para o desenvolvimento do país como um todo. Um bom exemplo disso é o Guia da melhor Fenapro e Abap assinaram recentemente uma prática assinado pela ABA e Fenapro, um trabalho que tem declaração conjunta de princípios e objetivos; norteado muitos anunciantes no momento de selecionar a a Fenapro também tem desenvolvido iniciativas em agência ou agências para atenderem suas contas. parceria com a ABA. Como você avalia a Outro exemplo é a Declaração Conjunta de Princípios e importância de as entidades atuarem Objetivos assinado com a Abap. Este acordo visa a criação de com propostas comuns? Este movimento é uma agenda comum que contribua para o crescimento e o de- importante para fortalecer as diversas iniciativas? senvolvimento das agências. Sem dúvida, esses movimentos Quanto mais as entidades trabalharem juntas, melhor para são importantes para fortalecer as diversas iniciativas em defe- sa do setor e, principalmente, para o seu desenvolvimento. Qual a análise que podemos fazer hoje sobre o mercado publicitário? Como a Fenapro tem apoiado as atividades das suas associadas, Quanto mais as entidades para que as agências possam aproveitar o trabalharem juntas, melhor bom momento econômico do país? Nosso mercado cresce em proporções significativas. Basta para as agências, para ver que um mercado como o de Pernambuco, por exemplo, o mercado e para o cresceu, apenas em maio deste ano, mais de 10%. Temos duas classes sociais, a C e a D, que até outro dia não tinham desenvolvimento do a importância que têm hoje e que estão consumindo muito país como um todo” acima do que se poderia imaginar. Isso mostra que estamos vivendo um bom momento para CENP EM REVISTA o negócio da propaganda, de mais consumo e produção, o que certamente irá ampliar as oportunidades para o desenvol- vimento da atividade em todo o país. 25
  • 26. FENAPRO 28 ANOS EM PROL DA QUALIFICAÇÃO DAS AGÊNCIAS DE PROPAGANDA ficialmente, a Fenapro – Federa- e também no que diz respeito às ques- O ção Nacional das Agências de tões relacionadas à legislação da ativi- Publicidade foi criada em 1982, com a dade publicitária e de direito autoral. assinatura da Carta Sindical pelo minis- Para otimizar os esforços nessa fren- O intuito da tro do Trabalho, Murillo Macedo. Mas as te, um dos projetos mais importantes entidade é negociações para a instituição da entida- da Fenapro é a realização dos Encon- de haviam começado em 1977, quando tros das Lideranças Regionais, organi- atuar de forma os seis sindicatos existentes até então zados em diversos estados para discutir ainda mais lançaram publicamente a ideia. o negócio da comunicação em âmbito estreita com Refletindo mudanças que ocorreram regional. Nessas ocasiões, os profissio- no Brasil nas últimas décadas, a nais participam de palestras, seminá- os sindicatos Fenapro congrega hoje em seus qua- rios e oficinas em torno de temas como e o CENP dros dezoito sindicatos patronais gestão de agência, licitações, legislação (Sinapros) e mais de 10 mil agências de da propaganda, planejamento de mídia, para ajudar a propaganda em todo o país, conside- criação, atendimento etc. Na última edi- esclarecer dúvidas, rando as empresas que fazem constar ção, que aconteceu em meados de a fim de que do seu contrato social a atividade. agosto, em Florianópolis, um dos des- Destas, cerca de 3 mil encontram-se taques foram os debates relacionados à as Normas-Padrão certificadas pelo CENP. Além de admi- implementação da Lei no 12.232, que sejam respeitadas nistrar o recolhimento da contribuição definiu as regras para as licitações pú- sindical patronal e prestar assessoria blicas na área de comunicação. e cumpridas jurídica para todos os Sinapros, faz Também ficou acertado no encontro parte do escopo de atividades da entida- que a Fenapro deve reforçar a ação dos CENP EM REVISTA de orientar os sindicatos das agências Sinapros para a fiscalização da aplica- nas áreas tributária e de administração ção das Normas-Padrão da Atividade 26
  • 27. Estima-se que no período de 2007 a 2010 tenham passado pela análise da Fenapro mais de trezentos processos de licitação” Publicitária. Para isso, foi constituído 2013, uma vez que foi reeleito), comen- ção no 21 da CENP em Revista publicou um comitê coordenador para visitar os ta que uma das prioridades de sua ges- reportagem sobre o Fórum. estados, acompanhando as demandas tão tem sido justamente o fortalecimen- A Fenapro também teve participação das agências e ajudando a identificar to dos laços com outras entidades do ativa na realização do IV Congresso situações sensíveis envolvendo as setor, como ABA, Abap, ABP, CENP e Brasileiro de Publicidade, quando foi Normas-Padrão e a legislação relacio- APP, com o objetivo de realizar um tra- responsável pelo painel sobre a realida- nada à atividade publicitária. Como foi balho conjunto na defesa das questões de dos mercados regionais, que contou defendido na ocasião pela Fenapro, o que afetam o setor. com mais de duzentos delegados de intuito da entidade é atuar de forma Nos últimos anos este esforço de a- todo o país. Neste sentido, outra esfera ainda mais estreita com os sindicatos e proximação tem rendido bons frutos. importante de atuação da entidade é a o CENP no sentido de ajudar a esclare- Em 2009, por exemplo, em parceria com que envolve a aproximação com o cer dúvidas para que as normas sejam a ABA foi organizado um grande evento poder público, visando defender os respeitadas e cumpridas por meio da para debater o fortalecimento da ativida- interesses do setor publicitário em adesão dos veículos regionais. de econômica publicitária brasileira. O I questões legais, projetos de leis e regu- Fórum Mercados Brasileiros reuniu cer- lamentações relacionadas à propagan- Unindo esforços ca de duzentos dirigentes e executivos de da. Para isso, além dos contatos com CENP EM REVISTA Ricardo Nabhan, à frente da entida- empresas anunciantes, agências de pro- diversos órgãos do governo, entre eles de desde 2007 (e deve permanecer até paganda e veículos de todo o país. A edi- a Secom e o TCU, destacam-se a reali- 27
  • 28. FENAPRO Ex-presidentes da Fenapro A Fenapro hoje • Luiz Marcelo Dias Salles (1982-1985) Ricardo Nabhan de Barros presidente • Álvaro Costa Resende (1985-1988) Saint’Clair de Vasconcelos vice-presidente • José Daltro Franchini (1989-1992 e 1992-1995) Antonio Lino Pinto diretor-secretário • Valdir Batista Siqueira (1995-1998) César Paim diretor de assuntos éticos • Antonio Luiz de Freitas (1998-2001) Fernando Brettas diretor de relações governamentais • José Antonio Calazans (2001-2004 e 2004-2007) Alexandre Oliveira diretor de relações interassociativas • Ricardo Nabhan (2007-2010 e 2010-2013) Aías Lopes diretor-tesoureiro Bruno Gonzalez diretor de planejamento zação de inúmeras reuniões com minis- lhado em prol da melhor qualificação e A questão das licitações públicas tros, parlamentares e senadores, além conhecimento das agências no âmbito tem exigido bastante atenção da entida- da participação em audiências públicas. da legislação, das licitações públicas e de, que tem atuado, com o apoio dos Nabhan cita como exemplo o acompa- da gestão de agência. Pensando no futu- Sinapros, junto aos Tribunais de Contas nhamento direto e a participação na ela- ro da questão, a atual gestão intensifi- dos estados, realizando consultas e boração de emendas do projeto de lei cou a aproximação com o setor educa- orientando os responsáveis para que as do deputado José Eduardo Martins cional, visando ampliar o conhecimento licitações regionais adotem os padrões Cardozo, que se transformou na Lei no da atividade publicitária pelos alunos legais, face ao grande número de erros 12.232, e o envolvimento de represen- dos cursos de comunicação. Para tanto, usualmente constatados nesses editais. tantes da entidade na condução do a entidade realiza palestras em universi- Em prol da busca de melhores práti- debate para a elaboração do texto do dades em todo o país, já tendo coberto cas nesta área, foram desenvolvidos Anexo C, do CENP. mais de 10 mil estudantes de propagan- inclusive materiais específicos sobre o Em outra frente, a Fenapro tem traba- da, marketing e comunicação. assunto, disponível no site www.fena- pro.org.br. “A iniciativa faz parte do esforço de levar ao conhecimento dos mercados regionais todos os procedi- mentos de uma licitação pública, ter- mos e regras que devem ser seguidas para a realização de uma concorrência”, explica Nabhan. Para se ter uma ideia da dimensão deste trabalho, estima-se que no perío- do de 2007 a 2010 tenham passado CENP EM REVISTA pela análise da Fenapro mais de trezen- tos processos de licitação. 28
  • 29.
  • 30. Capa PRECISO, CLARO E OBJETIVO É do briefing que nasce a boa riefing vem da palavra inglesa comunicação publicitária, B brief, que quer dizer sumário, síntese, fazer resumo. No tomo sobre e a aprovação da Lei no 12.232/10 “Mídia – Uma tentativa de padroniza- reforça a sua importância na ção do vocabulário técnico de mídia na língua portuguesa corrente no país”, do licitação de serviços de Dicionário Brasileiro de Comunicação, de publicidade por entes públicos 1977, no verbete sobre briefing, antes de defini-lo – “diretriz, sumário de orienta- ção, resumo informativo” – os autores, João Luiz Faria Netto Neyza Bravo Mendes Furgler e Izacyl Consultor jurídico do CENP, Diretor de Guimarães Ferreira, publicitários com Assuntos Legais do CONAR e Diretor belas formações universitárias, confes- Jurídico do SINAPRO-RJ CENP EM REVISTA saram no prefácio que, sem xenofobia, tentavam com a obra defender a língua por ser o “elemento mais aglutinante de 30
  • 31. um grupo, tribo ou país”; no verbete do Precisão, clareza ocorria até o advento da Lei, quando, briefing, no entanto, depois das expres- não raro, o que os planejadores, cria- sões em português, concordaram que e objetividade são dores e homens de mídia das agências se podia “continuar usando briefing...”. inerentes aos estudavam à exaustão era material que E assim se fez e faz. resultaria numa proposta especulativa Faz-se tanto que a expressão, a par- projetos básicos, que possivelmente jamais seria execu- tir de 29 de abril deste ano, foi incorpo- o que o briefing tada pelo contratante. rada ao vasto e sempre crescente passou a ser O briefing no setor privado e nas repertório legal do país, passando ele, empresas do setor público que dispu- o briefing, já incorporado à nossa lin- para as licitações tam o mercado, ao contrário, sempre guagem técnica, a ser palavra de texto e contratações foi um instrumento de identificação de legal e peça indispensável e obrigatória determinado problema de comunica- nos editais de licitação e contratação pelos entes ção. Já mereceu estudos acurados e pela administração pública de serviços públicos de tem modelagem clássica e pode ser de publicidade prestados por intermé- agências de dividido em: dio de agências de propaganda. • definições de produto; Segundo o artigo 6o da Lei no propaganda. • histórico de compra e consumo; 12.232/10, os editais obedecerão ao Deixou de ser • mercado/concorrência; disposto no artigo 40 da Lei no • público-alvo; 8.666/93, que trata de uma maneira mero instrumento de • verba/período e geral das licitações, com exceções que especulação criativa • objetivos de marketing e comunicação. lista e novas obrigações, dentre elas a Tudo escrito de forma precisa, clara obrigação de incluir o briefing: “As in- e objetiva. formações suficientes para que os No setor público, o modelo está interessados elaborem propostas sendo construído e deve ser pensando serão estabelecidas em um briefing, de a partir da constatação de que se trata forma precisa, clara e objetiva”. Quer de atender com a publicidade ao inte- dizer, a “diretriz, sumário de orienta- resse público, notadamente no que diz ção, resumo informativo” deve ser pre- respeito ao direito de cada um a ser ciso, claro e objetivo. informado sobre os atos e fatos de governo, o que é indispensável ao LICITAÇÕES aglutinamento de grupo, tribo, país de Precisão, clareza e objetividade são que falam os autores do dicionário inerentes aos projetos básicos, o que o pioneiro sobre a comunicação. briefing passou a ser para as licitações Na prática, de forma precisa, clara e e contratações pelos entes públicos de objetiva, o briefing de licitação pública CENP EM REVISTA agências de propaganda. Como proje- de publicidade deve ser e ter um con- to básico, deixou de ser mero instru- junto de informações resumidas no mento de especulação criativa, o que quadro da página seguinte. 31