O texto critica a objetificação e sexualização excessivas das mulheres na mídia e sociedade atual. Afirma que as mulheres são mostradas como "máquinas de prazer" sem alma e que os homens ficam com medo delas. Defende que ainda existem mulheres verdadeiras que valorizam a cultura, família e relacionamentos significativos, não apenas a aparência física.
2. Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma
entrevista dizendo que os homens não querem
namorar as mulheres que são símbolos sexuais.
É isto mesmo. Quem ousa namorar a Feiticeira
ou a Tiazinha. As mulheres não são mais para
amar; nem para casar. São apenas para “ver”.
3. Que nos prometem elas, com suas formas
perfeitas por anabolizantes e silicones?
Prometem-nos um prazer impossível, um
orgasmo metafísico, para o qual os homens não
estão preparados. As mulheres dançam frenéticas
na
TV, com bundas cada vez mais malhadas, com
seios imensos, girando em cima de garrafas,
enquanto os pênis-espectadores se sentem
apavorados e murchos diante de tanta gostosura.
Os machos estão com medo das
“mulheres-liquidificador”.
4. O modelo da mulher de hoje, que nossas filhas
ou irmãs almejam ser (meu Deus!) é a prostituta
transcendental, a mulher-robô, a “Valentina”, a
“Barbarela”, a máquina-de-prazer sem alma,
turbinas de amor com um hiperatômico tesão.
5. Que parceiros estão sendo criados para
estas pós-mulheres? Não os há. Os
“malhados”,os “turbinados” geralmente são
bofes-gay, filhos do mesmo narcisismo de
mercado que as criou.
Ou, então, reprodutores
como o Zafir para o Robô-Xuxa.
6. A atual “revolução da vulgaridade” regada a
pagode, parece “libertar” as mulheres. Ilusão à toa.
A “libertação da mulher” numa sociedade escravista
como a nossa deu nisso: super-objetos. Se achando
livres, mas aprisionadas numa exterioridade
corporal que apenas esconde pobres meninas
famintas de amor, carinho e dinheiro. São
escravas aparentemente alforriadas numa grande
senzala sem grades. Mas, diante delas, o homem
normal tem medo. Elas são “areia demais para
qualquer caminhãozinho”.
7. Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os
homens. Eles vivem nervosos e fragilizados com seus
pintinhos trêmulos, decadentes, a meia-bomba,
ejaculando precocemente, puxando sacos, lambendo
botas, engolindo sapos, sem o antigo charme
“jamesbondiano” dos anos 60. Não há mais o grande
“conquistador”. Temos apenas os “fazendeiros de
bundas” como o Huck, enquanto a maioria virou uma
multidão de voyeur, babando por deusas impossíveis.
8. Ah, que saudades dos tempos das “bundinhas e
peitinhos” “normais” e “disponíveis”... Pois bem,
com certeza a televisão tem criado “sonhos de
consumo” descritos tão bem pela língua ferrenha
do Jabor (eu). Mas ainda existem mulheres
de verdade. Mulheres que sabem se valorizar e
valorizar o que tem “dentro de casa”, o seu
trabalho. E, acima de tudo, mulheres com
quem se possa discutir um gosto pela música,
pela cultura, pela família, sem medo! De parecer
um “chato” ou um “cara metido a intelectual”.
9. Mulheres que sabem valorizar uma simples
atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a
porta do carro para elas. Mulheres que adoram
receber cartas, bilhetinhos (ou e-mails)
românticos. Escutar no som do carro, aquela
fitinha velha dos Bee Gees ou um CD do Kenny G
(parece meio breguinha)...mas é tão bom!!!
Namorar escutando estas musiquinhas tranqüilas.
10. Penso que hoje, num encontro de um “turbinado”
com uma “saradona” o papo deve ser do tipo: -
“Meu”...”o professor falou que eu posso disputar
o Iron Man que eu vou ganhar fácil.” “- Ah,
meu...o meu personal trainner disse que estou
com os glúteos bem em forma e que nunca vou
precisar de plástica.” E a música??? Só se for o
último sucesso(???) dos Travessos ou Chama-
chuva...e o “vai Serginho”???
11. Mulheres do meu Brasil Varonil!!! Não deixem que
criem estereótipos! Não comprem o cinto de modelar
da Feiticeira. A mulher brasileira é linda por natureza!
Curta seu corpo de acordo com sua idade, silicone é
coisa de americana que não possui a felicidade de ter
um corpo esculpido por Deus e bonito por natureza.
E se os seus namorados e maridos pedirem para
vocês “malharem” e ficarem iguais à Feiticeira,
fiquem... Igual a Feiticeira dos seriados de TV.