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O DISCURSO DO PROGRESSO EM IMBITUBA 
Profº Viegas Fernandes da Costa
 Ainda que surja como armação baleeira em 1715, o núcleo urbano de 
Imbituba começa a se desenvolver a partir da segunda metade do século XIX, 
com a construção do Porto de Imbituba como alternativa para o escoamento 
do carvão mineral explorado mais ao sul, em regiões como Lauro Müller e 
Tubarão. 
 Portanto, o porto não foi consequência do desenvolvimento da Vila, mas 
resultado de um fator externo ao seu território (a descoberta do carvão). 
 Em sua primeira fase, o porto desenvolve-se com capital e projeto ingleses. 
 Imbituba apresentava-se como uma alternativa ao porto de Laguna, cujo 
assoreamento não permitia a ancoragem de navios de grande calado. 
 Interesses político-econômicos levaram a diversos conflitos entre Laguna e 
Imbituba. Após a saída dos ingleses, em 1902, o porto de Imbituba é 
praticamente abandonado. Outro argumento era risco que o porto de 
Imbituba oferecia às embarcações, já que os fortes ventos, o mar aberto e a 
falta de um quebra-mar representavam a possibilidade de acidentes e 
naufrágios.
 Em 1919 Henrique Lage obteve a concessão de exploração do porto. 
 A eclosão da I Guerra Mundial, que dificultou a importação de carvão, deu novo 
impulso à exploração carvoeira em Santa Catarina. 
 Em 1931 Vargas (nacionalista) institui a obrigatoriedade de que 10% do consumo 
de carvão no Brasil seja de produto nacional. Com a II Guerra a demanda pelo carvão 
aumenta. 
 Em 1969, foi fundada a ICC (Indústria Carboquímica Catarinense), empresa 
pertencente ao Grupo Petrofértil, que produzia insumos para indústria de 
fertilizantes a partir do enxofre extraído da pirita carbonosa (rejeito do carvão) 
derivando o ácido sulfúrico somado ao ácido fosfórico. 
 A construção da ICC, inaugurada em 1979, fazia parte dos objetivos do II PND 
(Plano Nacional de Desenvolvimento). Para descarregar a rocha fosfática, matéria-prima 
para a produção do ácido fosfórico, e para escoar toda a produção de ácido 
sulfúrico e fosfórico, o porto de Imbituba deveria ampliar suas instalações. (Alcides 
Goularti Filho). 
 Em 1990, o governo Collor liberou por completo a importação do carvão 
metalúrgico e fechou as minas da CSN.
Obras de ampliação do porto de Imbituba. Possivelmente década de 1930. 
(Foto: www.portogente.com.br)
Composição da EFDTC na estação de Imbituba. (Foto:
Caixa de embarque de carvão, com capacidade para 3 mil toneladas. (Foto: 
http://www.cdiport.com.br/porto/historia3.htm )
ICC - Tanques para armazenamento de ácidos (Foto: Blog Pena Digital)
Folha de S. Paulo, 02/02/1994.
O forte vento nordeste espalha o óxido de ferro. A substância é consequência da 
primeira etapa do beneficiamento da pirita carbonosa, parte do processo de fabricação 
do ácido sulfúrico. Esta notícia podia ser ouvida na década de 80 e início de 90, quando 
a Indústria Carboquímica Catarinense – ICC, ainda funcionava, mas ainda há relatos da 
intitulada na época “maldição da fumaça vermelha”, nos dias de hoje. 
(Foto e texto – com adaptações: http://www.bandeirantes1010.com.br/artigo/po-vermelho- 
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Montanhas de óxido de ferro (resíduo da ICC). (Foto: Blog Pena Digital)
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Nova Alvorada. Além do pó vermelho, outro resíduo da ICC é o gesso, 
também depositado a céu aberto no local e em área contígua à da ICC. Com 
o fechamento da ICC, a empresa Engessul, hoje, Sul Gesso, adquiriu essas 
áreas onde estão depositados os resíduos e desde 2011 iniciou a exportação 
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maiores movimentadoras de cargas do Porto de Imbituba. 
Desde então a comunidade de Ribanceira de Cima vem sofrendo quando o 
vento nordeste atinge o município, levantando nuvens de pó vermelho que 
entram nas casas, cobrem os veículos e plantas. Sendo uma substância muito 
fina, se espalha muito rápido. A Senhora Maria Farias, 80 anos, já está 
cansada de limpar sua casa. “Para este natal, tivemos que limpar com um 
jato toda a casa, e pintá-la da cor do pó, porque a sujeira é demais e sempre 
volta”, comenta Maria. 
Fonte: http://www.bandeirantes1010.com.br/artigo/po-vermelho-ainda-incomoda- 
imbitubenses, 20/12/2013.
Água com resíduos do óxido de ferro. (Foto: Blog Pena Digital)
Mãos com resíduos do óxido de ferro. (Foto: Blog Pena Digital)
Manifestação organizada pela ACORDI (Associação Comunitária Rural de 
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Foto: http://passapalavra.info/2010/08/27188.
Foto: http://passapalavra.info/2010/08/27188.
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA 
Campus Garopaba 
O DISCURSO DO PROGRESSO EM IMBITUBA 
Professor Viegas Fernandes da Costa 
Material produzido para o componente 
curricular “História Local” do curso de Condutor 
Ambiental Local de Imbituba. 
2014 
Referências: 
-Goularti Filho, Alcides. O porto de Imbituba na formação do complexo carbonífero catarinense. Revista de 
História Regional , vol. 15, n. 2, p. 235-262 , 2010. 
-Mombelli, Raquel. Comunidade tradicional dos Areais da Ribanceira, Imbituba (SC): desenvolvimento, 
territorialidade e construção de direitos. Estudos sociológicos, v.18 n.35 p.325-345 jul.-dez. 2013. 
- Souza, Monique Latrônico de. A indústria carboquímica catarinense em Imbituba: uma história encoberta 
pela fumaça vermelha. Santa Catarina em História, vol.1, n.1, p. 99-107, 2007.

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O DISCURSO DO PROGRESSO EM IMBITUBA

  • 1. O DISCURSO DO PROGRESSO EM IMBITUBA Profº Viegas Fernandes da Costa
  • 2.  Ainda que surja como armação baleeira em 1715, o núcleo urbano de Imbituba começa a se desenvolver a partir da segunda metade do século XIX, com a construção do Porto de Imbituba como alternativa para o escoamento do carvão mineral explorado mais ao sul, em regiões como Lauro Müller e Tubarão.  Portanto, o porto não foi consequência do desenvolvimento da Vila, mas resultado de um fator externo ao seu território (a descoberta do carvão).  Em sua primeira fase, o porto desenvolve-se com capital e projeto ingleses.  Imbituba apresentava-se como uma alternativa ao porto de Laguna, cujo assoreamento não permitia a ancoragem de navios de grande calado.  Interesses político-econômicos levaram a diversos conflitos entre Laguna e Imbituba. Após a saída dos ingleses, em 1902, o porto de Imbituba é praticamente abandonado. Outro argumento era risco que o porto de Imbituba oferecia às embarcações, já que os fortes ventos, o mar aberto e a falta de um quebra-mar representavam a possibilidade de acidentes e naufrágios.
  • 3.  Em 1919 Henrique Lage obteve a concessão de exploração do porto.  A eclosão da I Guerra Mundial, que dificultou a importação de carvão, deu novo impulso à exploração carvoeira em Santa Catarina.  Em 1931 Vargas (nacionalista) institui a obrigatoriedade de que 10% do consumo de carvão no Brasil seja de produto nacional. Com a II Guerra a demanda pelo carvão aumenta.  Em 1969, foi fundada a ICC (Indústria Carboquímica Catarinense), empresa pertencente ao Grupo Petrofértil, que produzia insumos para indústria de fertilizantes a partir do enxofre extraído da pirita carbonosa (rejeito do carvão) derivando o ácido sulfúrico somado ao ácido fosfórico.  A construção da ICC, inaugurada em 1979, fazia parte dos objetivos do II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento). Para descarregar a rocha fosfática, matéria-prima para a produção do ácido fosfórico, e para escoar toda a produção de ácido sulfúrico e fosfórico, o porto de Imbituba deveria ampliar suas instalações. (Alcides Goularti Filho).  Em 1990, o governo Collor liberou por completo a importação do carvão metalúrgico e fechou as minas da CSN.
  • 4. Obras de ampliação do porto de Imbituba. Possivelmente década de 1930. (Foto: www.portogente.com.br)
  • 5.
  • 6. Composição da EFDTC na estação de Imbituba. (Foto:
  • 7. Caixa de embarque de carvão, com capacidade para 3 mil toneladas. (Foto: http://www.cdiport.com.br/porto/historia3.htm )
  • 8. ICC - Tanques para armazenamento de ácidos (Foto: Blog Pena Digital)
  • 9. Folha de S. Paulo, 02/02/1994.
  • 10. O forte vento nordeste espalha o óxido de ferro. A substância é consequência da primeira etapa do beneficiamento da pirita carbonosa, parte do processo de fabricação do ácido sulfúrico. Esta notícia podia ser ouvida na década de 80 e início de 90, quando a Indústria Carboquímica Catarinense – ICC, ainda funcionava, mas ainda há relatos da intitulada na época “maldição da fumaça vermelha”, nos dias de hoje. (Foto e texto – com adaptações: http://www.bandeirantes1010.com.br/artigo/po-vermelho- ainda-incomoda-imbitubenses )
  • 11. Montanhas de óxido de ferro (resíduo da ICC). (Foto: Blog Pena Digital)
  • 12. Toneladas do óxido de ferro foram depositadas a céu aberto no bairro Vila Nova Alvorada. Além do pó vermelho, outro resíduo da ICC é o gesso, também depositado a céu aberto no local e em área contígua à da ICC. Com o fechamento da ICC, a empresa Engessul, hoje, Sul Gesso, adquiriu essas áreas onde estão depositados os resíduos e desde 2011 iniciou a exportação do óxido de ferro para o mercado siderúrgico chinês, tornando-se uma das maiores movimentadoras de cargas do Porto de Imbituba. Desde então a comunidade de Ribanceira de Cima vem sofrendo quando o vento nordeste atinge o município, levantando nuvens de pó vermelho que entram nas casas, cobrem os veículos e plantas. Sendo uma substância muito fina, se espalha muito rápido. A Senhora Maria Farias, 80 anos, já está cansada de limpar sua casa. “Para este natal, tivemos que limpar com um jato toda a casa, e pintá-la da cor do pó, porque a sujeira é demais e sempre volta”, comenta Maria. Fonte: http://www.bandeirantes1010.com.br/artigo/po-vermelho-ainda-incomoda- imbitubenses, 20/12/2013.
  • 13. Água com resíduos do óxido de ferro. (Foto: Blog Pena Digital)
  • 14. Mãos com resíduos do óxido de ferro. (Foto: Blog Pena Digital)
  • 15. Manifestação organizada pela ACORDI (Associação Comunitária Rural de Imbituba) contra a instalação da Votorantim na Ribanceira. Em julho de 2010 houve a desapropriação da área, vendida a 11 centavos o m² e a expulsão de um morador local. Foto: http://passapalavra.info/2010/08/27188.
  • 17. INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA Campus Garopaba O DISCURSO DO PROGRESSO EM IMBITUBA Professor Viegas Fernandes da Costa Material produzido para o componente curricular “História Local” do curso de Condutor Ambiental Local de Imbituba. 2014 Referências: -Goularti Filho, Alcides. O porto de Imbituba na formação do complexo carbonífero catarinense. Revista de História Regional , vol. 15, n. 2, p. 235-262 , 2010. -Mombelli, Raquel. Comunidade tradicional dos Areais da Ribanceira, Imbituba (SC): desenvolvimento, territorialidade e construção de direitos. Estudos sociológicos, v.18 n.35 p.325-345 jul.-dez. 2013. - Souza, Monique Latrônico de. A indústria carboquímica catarinense em Imbituba: uma história encoberta pela fumaça vermelha. Santa Catarina em História, vol.1, n.1, p. 99-107, 2007.