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Logística inversa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A logística reversa, [1], é a área da logística que trata, genericamente, do fluxo físico de produtos,
embalagens ou outros materiais, desde o ponto de consumo até ao local de origem. (Dias, 2005, p.
205). Os processos de logística inversa existem há tempos; entretanto, não eram tratados e
denominados como tal. Como exemplos de logística inversa, temos: o retorno das garrafas
(vasilhame),a recolha / coleta de lixos e resíduos recicláveis. Atualmente é uma preocupação
constante para todas as empresas e organizações públicas e privadas, tendo quatro grandes
pilares de sustentação: a conscientização dos problemas ambientais;a sobre-lotação dos aterros; a
escassez de matérias-primas; as políticas e a legislação ambiental.
A logística inversa aborda a questão da recuperação de produtos, parte de produtos, embalagens,
materiais, de entre outros, desde o ponto de consumo até ao local de origem ou de deposição em
local seguro, com o menor risco ambiental possível. Assim, a logística inversa trata de um tema
bastante sensível e muito oportuno, em que o desenvolvimento sustentável e as politícas
ambientais são temas de relevo na atualidade.
Atualmente a logística não aborda somente os fluxos físicos e informacionais tradicionais, desde o
ponto de origem até o local de consumo. É muito mais abrangente, envolvendo todos os fluxos
físicos, informacionais, toda a gestão de materiais e toda a informação inerente, nos dois sentidos,
directo e inverso (Carvalho, 2002, p. 31). A logística inversa tem um papel preponderante, neste
novo conceito de logística, muito mais global e abrangente, como podemos constatar neste artigo.
O conceito de logística inversa tem várias definições, em função dos autores ou organismos em
causa. Apresentam-se de seguida duas definição de logística inversa, segundo o CSCMP (Council of
Supply Chain Management Professionals),uma organização internacional, e segundo os autores
Rogers e Tibben-Lembke, que têm dedicado grande parte do seu tempo à investigação,
desenvolvimento e sistematização desta área da logística:
Segundo o CSCMP, logística é "a parte do processo da cadeia de abastecimento que planeja,
implementa e controla o eficiente e eficaz fluxo directo e inverso (logística inversa), e a
armazenagem de produtos, serviços e informação relacionada, desde o ponto de origem até ao
ponto de consumo, com o propósito de satisfazer os requisitos dos clientes", e devo acrescentar
dos usuários internos que se utilizam da informação financeira/econômica resultante.
Segundo os autores Rogers e Tibben-Lembke (1998), a logística inversa pode ser definida como: "o
processo de planejamento, implementação e controlo da eficiência e eficácia e dos custos, dos
fluxos de matérias-primas, produtos em curso, produtos acabados e informação relacionada,
desde o ponto de consumo até ao ponto de origem, com o objectivo de recapturar valor ou
realizar a deposição adequada".
Em resumo, a logística inversa tem como objetivos planejar, implementar e controlar de um modo
eficiente e eficaz:
O retorno ou a recuperação de produtos;
A redução do consumo de matérias-primas;
A reciclagem, a substituição e a reutilização de materiais;
A deposição de resíduos;
A reparação e refabricação de produtos;
Desta forma, o circuito da cadeia de abastecimento é fechado de uma forma completa, sendo o
ciclo logístico completo (Dias, 2005, p. 206).
[editar]Evolução
Desde há muito tempo que existem processos de logística inversa, não eram tratados e
denominados como tal, como por exemplo, o retorno das garrafas (vasilhame), a recolha de lixos e
resíduos. Foi nos finais da década de 80 que teve início o estudo aprofundado e a sistematização
dos processos inerentes à logística inversa, tal como ela é nos dias atuais.
O desenvolvimento e progresso da logística inversa tem sido impulsionado, em grande parte, pelas
questões ambientais, relacionado com o problema da deposição das embalagens dos produtos, da
recuperação dos produtos, partes de produtos ou materiais, das devoluções de produtos em fim
de vida, de produtos com defeito.
Tem existido um forte crescimento desta área da logística, não só pela legislação ambiental, a qual
impõe leis mais exigentes, mas também pela consciencialização ambiental das empresas,
organizações e organismos públicos.
Em termos económicos e financeiros, a logística inversa já representa cerca de 0,5% do Produto
Interno Bruto dos Estados Unidos.
Esta vertente da logística encontra-se em franco desenvolvimento, e é um grande potencial de
negócio emergente para as empresas e organizações, pois as politícas ambientais tendem a ser
cada vez mais exigentes. Outro factor de grande importância, e que está directamente relacionado
com o grande aumento da logística inversa é a compra de produtos através da internet, o
chamado e-commerce (Carvalho, 2003, p. 71-72). Com o crescimento exponencial das vendas on-
line, os sistemas de logística inversa, no que diz respeito à questão da gestão das devoluções, tem
crescido de uma forma abrupta.
A compra on-line leva a que, derivado do facto de no nommento da compra, não ser possível
visualizar o produto fisicamente, de uma forma tangível, grande parte dos produtos seja
devolvida, por não corresponder às expectativas do cliente, o que faz accionar os sistemas de
logística inversa.
Podemos mesmo afirmar que a grande maioria dos sistemas de logística inversa aparecem devido
à questão das devoluções. Os clientes, quando os produtos não corresponderem a seus requisitos
de qualidade, podem accionar o processo de devolução, que é disponibilizado por cada vez mais
empresas, de modo a prestarem um serviço de pós-venda de qualidade cada vez melhor, tentando
atingir ou mesmo ultrapassar as expectativas dos clientes. Deste modo é possivel fidelizar o
cliente, pois, estes preferem, na maioria dos casos, ter poucos fornecedores, em detrimento de
vários, mas que correspondam ou mesmo superem as suas expectativas.
[editar]Processos e fluxos logísticos reverso
Como já foi referido anteriormente, a logística inversa aplica-se a todos os fluxos físicos inversos,
isto é, do ponto de consumo até à origem ou deposição em local seguro de embalagens, produtos
em fim de vida, devoluções, etc, tendo as mais variadas áreas de aplicação, como, por exemplo:
componentes para a indústria automotiva, vendas por catálogo, frigoríficos, máquinas de lavar e
outros electrodomésticos, computadores, impressoras e fotocopiadoras, embalagens, pilhas,
baterias, revistas, jornais e livros;
Estes fluxos físicos de sentido inverso estão ligados às novas indústrias de reaproveitamento de
produtos ou materiais em fim de ciclo de vida, tais como: desperdícios e detritos, transformação
de certos tipos de lixo, produtos deteriorados ou objecto de reclamação e consequente devolução,
retorno de embalagens utilizadas e a reciclar, veículos e outros tipo de equipamentos em fim de
vida útil.
Os dois sistemas, logística directa (forward) e logística inversa (reverse), integram e acrescentam
valor à cadeia de abastecimento com o ciclo completo, e, para poderem sobreviver devem ser de
certo modo competitivos, minimizando os custos de transporte, na medida do possível,
optimizando os veículos no retorno, com o transporte de devoluções, material para reciclar,
desperdícios e produtos deteriorados, permitindo rentabilizar e optimizar o transporte,
minimizando os respectivos custos.
As princiapis actividades afectas ao produto, na logística inversa, são as seguintes:
Actividades mais comuns do processo logístico inverso
retorno do produto à origem;
revenda do produto retornado;
venda do produto num mercado secundário;
venda do produto via outlet;
venda do produto com desconto;
remanufactura;
reciclagem;
reparação ou reabilitação;
doacção;
No que concerne à cadeia dos produtos recuperados, grande parte pode não ser reciclável, e
assim, não será reutilizável. Alguns podem apenas não ser reutilizáveis, dado tratarem-se de
produtos que, em grande parte dos casos, não podem ou não devem ser reutilizados, por razões
técnicas ou económicas. Estes produtos deverão ser depositados em locais seguros, apropriados e
licenciados de acordo com a legislação vigente, para o efeito.
Um veículo de compactação em acção num aterro.
Isto aplica-se, por exemplo, a produtos rejeitados aquando da separação face ao elevado nímero
de componentes, aplica-se também a resíduos perigosos que não podem ser reciclados, ou ainda a
produtos cuja prazo de validade tenha expirado. Nestes casos, os referidos resíduos serão alvo de
um processo logístico adicional, dependendo do tipo de resíduo e do grau de perigosidade, que
envolverá a sua destruição ecológica, como por exemplo, a incineração ou a co-incineração,
avaliando-se, caso a caso, qual o processo mais apropriado (Alves, 2005, p. 12-13).
Os lixos ou resíduos não reciclavéis e não perigosos, são depositados em aterros, em sucessivas
camadas, sendo as camadas compactadas através de veículos próprios para eesa finalidade. O
aterro é selado após a sua capacidade estar completa. Após a selagem, grande parte dos aterros
pode ser convertida em zonas verdes ou ajardinadas, de modo a melhorar o impacto visual do
mesmo e poder funcionar de maneira distinta da que teve enquanto era local para a deposição de
lixos.
Por vezes, estes ciclos logísticos completos são mesmo assegurados pelos próprios fornecedores
dos produtos ou materiais, facilitando, deste modo, o trabalho dos clientes (Dias, 2005, p. 207).
[editar]Processos de logística inversa
As devoluções representam grande parte dos fluxos físicos inversos, na cadeia de abastecimento e
dividem-se em duas grandes vertentes: as devoluções pelo consumidor, em venda directa, e as
devoluções por erros de expedição. As devoluções realizadas pelo consumidor final de um
produto, numa venda directa, têm crescido e a tendência é de continuarem a crescer, derivado do
facto de que os clientes são cada vez mais exigentes e as suas expectativas cada vez maiores.
[carece de fontes]
Em resposta as empresas e organizações, por vezes em cumprimento da legislação própria de cada
país, mas cada vez mais por sua livre e espontânea vontade, e independentemente da existência
de legislação ou não, permitem ao cliente ou ao consumidor, devolver o produto adquirido, caso
este não corresponda às suas expectativas ou no caso das vendas por catálogo ou as vendas on-
line, caso o cliente queira, aceitarem a devolução do produto adquirido sem restrições. Trata-se
sobretudo, de um factor de competitividade das empresas, face à globalização do comércio, para a
qual tem contribuído em larga escala o e-commerce, que actualmente têm um enorme peso no
total das vendas de produtos e serviços, a nível mundial (Carvalho, 2001, p. 116-120)
Armazém de devoluções de uma empresa de e-commerce
Como é óbvio existe um custo associado a este tipo de devolução, o qual é suportado pelas
empresas e que terá tendência para continuar a aumentar, pelas razões anteriormente descritas,
pois, trata-se sobretudo de aumentar a competitividade em relação à concorrência, tentando
continuamente melhorar a qualidade do serviço prestado ao c liente.
As devoluções por erros de expedição, são o tipo de devolução que acontece por qualquer erro
que tenha existido na expedição de determinado produto. Estes erros têm variadas razões para
acontecerem, entre as quais, destacamos as seguintes: má etiquetagem, falhas do operador
logístico, erros humanos, coordenação entre diferentes operadores logísticos.
Ao contrário das devoluções por venda directa, ao consumidor, as devoluções por erros de
expedição, podem ser reduzidas e minimizadas, através de vários processos de armazenagem e
expedição, que estão hoje disponíveis, no mercado.
Destacamos os seguintes: a informatização de sistemas de recepção, expedição e transporte, a
leitura por código de barras, o EDI (Electronic Data Interchange), entre outros.
Portanto, o custo logístico das devoluções por erros ou falhas de expedição ou transporte, pode
ser controlado pelas empresas e organizações, estando ao seu alcance a redução destes custos,
através das ferramentas referidas no parágrafo anterior.
Trata-se, apenas, de escolher as ferramentas que melhor se adaptem a determinado negócio,
sendo inclusivé possível personalizar estas ferramentas a cada realidade distinta (Pfutzenreuter,
2004).
O retorno dos produtos sujeitos ao processo de devolução, ou seja, o fluxo físico inverso desde o
ponto de venda ou consumo, até à origem, deverá ser realizado, sempre que fôr possível, pelo
mesmo meio de transporte pelo qual é realizada a sua entrega no local de consumo, isto é, o fluxo
físico directo. Deste modo, é possivel optimizar a cadeia de abastecimento, directa e inversa,
rentabilizando o transporte ao máximo.
Normalmente os produtos sujeitos a devolução, são armazenados em locais destinados para o
efeito, em áreas restritas do armazém , de modo a evitar erros de expedição, evitando que
físicamente os produtos coabitem juntos - ver figura 3.
Em relação aos componentes ou produtos em fim de ciclo de vida para reciclagem, o seu número
tem aumentado de uma forma exponencial, derivado de vários factores, de entre os quais,
destacamos os seguintes três: o primeiro factor que destacamos é o da consciencialização da
sociedade, para a questão da sustentabilidade do meio ambiente. Cada vez mais, a sociedade têm
o dever de colaborar nas politícas ambientais, realizando, cada um de nós, a separação dos lixos,
de acordo com o tipo de resíduos ou lixos em causa, e depositando-os, nos locais destinados para
esse fim (ecoponto).
Ecoponto típico.
É nos países mais desenvolvidos, e com maior qualidade de vida, onde existe o maior número de
pessoas conscientes desta realidade, colaborando na separação e recolha dos diferentes tipos de
resíduos domésticos, que em grande parte podem ser reciclados, sendo deste modo,
reaproveitados ou a sua matéria-prima reutilizada em novos produtos.
Deste modo, estamos também a contribuír para que, somente os resíduos orgânicos, tenham de
ser depositados em local próprio (por exemplo, os aterros). Em relação aos resíduos industriais, a
politíca deverá ser idêntica, ou ainda mais exigente, pois, as indústrias produzem grandes
quantidades de resíduos e lixos, e por vezes bastante perigosos e tóxicos.[carece de fontes]
Um outro factor é a legislação ambiental, a qual é cada vez mais restritiva[carece de fontes], em
relação à questão dos resíduos, lixos e detritos. As políticas e a legislação ambiental tendem, nos
vários países e comunidades, a ser cada vez mais exigente e restritiva.
No âmbito da União Europeia, em que Portugal está incluído, existem directivas comuns acerca
deste tema. Para os países que não cumpram a legislação, em caso de violação, existem sanções
que se podem traduzir em coimas avultadas, as quais deverão ser aplicadas em função dos danos
ambientais causados.
Há ainda o factor do desenvolvimento e o progresso tecnológico. Os processos industriais e os
próprios equipamentos industriais, das indústrias que se dedicam à reciclagem, estão em evolução
permanente, permitindo, deste modo, que cada vez mais componentes de produtos de diferentes
materiais, possam ser reciclados e consequentemente reutilizados ou reaproveitados, como
matéria-prima, em produtos novos.
Em Portugal, existem cada vez mais empresas, especializadas na gestão integral de resíduos,
realizando, grande parte delas a recolha, transporte, separação e deposição no local próprio, e
algumas delas, executando mesmo a própria reciclagem. (Alves, 2005, p. 77-93).
SITE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica_inversa
A nova onda: Logística Reversa
logística reversa: o transporte de trás pra frente
Com o crescente volume de negócios em escala mundial e a imensa quantidade de produtos
transportados diariamente, aumenta também a quantidade de lixo gerado e de materiais que
precisam ser mandados de volta à sua origem. Esse tráfego de produtos no sentido contrário da
cadeia de produção normal (dos clientes em direção às indústrias) precisa ser tratado
adequadamente, para evitar trabalho e custos extras.
A logística reversa é a área responsável por este fluxo reverso de produtos, seja qual for o motivo:
reciclagem, reuso, recall, devoluções, etc. A importância deste processo reside em dois extremos:
em um, as regulamentações, que exigem o tratamento de alguns produtos após seu uso (como as
embalagens de agrotóxicos ou baterias de celulares); na outra ponta, a possibilidade de agregar
valor ao que seria lixo. Veremos mais detalhes ao longo deste artigo.
Com o aumento das pressões da sociedade para produtos e processos ecologicamente corretos, a
reciclagem ganha força e a logística reversa é um dos principais motores deste movimento. Além
de contribuir legitimamente para a redução dos impactos ao meio ambiente há um ganho de
imagem para a empresa que o faz. Há exemplos de reciclagem que já são práticas comuns: latas de
alumínio, garrafas pet, papel, dentre outros itens de pós-consumo.
Há também a reutilização, notadamente com as sobras industriais, partes de equipamentos e
sucatas em geral. No entanto, existe também o fluxo de produtos do consumidor de volta ao
vendedor por iniciativa do usuário: quando ele não está satisfeito com uma compra, ele devolve o
produto (bastante comum no comércio eletrônico ou erro de escolha do produto em lojas físicas).
De maneira geral, três fatores estimulam o retorno de produtos: (1) consciência cada vez maior da
população para a necessidade de reciclar e de se preocupar com o meio ambiente; (2) melhores
tecnologias capazes de reaproveitar componentes e aumentar a reciclagem; (3) questões legais,
quando a legislação obriga que as empresas recolham e dêem destino apropriado aos produtos
após o uso.
Logística Reversa: meio ambiente e produtividade
Logística Reversa é a “bola da vez”
Logística Reversa e Logística Verde
Logística reversa e sustentabilidade
Logística Reversa – um nicho repleto de oportunidades
Do ponto de vista das empresas, alguns cuidados precisam ser tomados. Nos locais de
armazenagem, faz-se necessário estruturar sistemas capazes de lidar com estes volumes
crescentes (e dificilmente previsíveis). Além disso, assim como a logística tradicional, a logística
reversa tem como um dos principais componentes os sistemas de transporte. É necessário que os
sistemas de roteamento sejam capazes de solucionar os complexos problemas de entregas e
coletas simultaneamente, levando em conta, dentre outras restrições, as capacidades dos
caminhões e os intervalos de tempo (este problema é chamado tecnicamente de pickup and
delivery routing problem).
Identificar as melhores estruturas de transporte capazes de recolher estes produtos, normalmente
muito dispersos nos centros de consumo, e levá-los de volta às fábricas ou centros de tratamento
é um grande desafio que precisa ser corretamente modelado. As práticas neste recente segmento
ainda não estão consolidadas, e há espaço para diversas inovações.
Portanto, faz-se necessário planejar estrategicamente os sistemas internos (gerenciamento de
estoques, sistemas de informação, espaço físico) e externos (transporte e relacionamento com
clientes), a fim de aproveitar este novo mercado, atraindo e fidelizando clientes com mais uma
opção de serviço pós-venda.
A dinâmica da Logística Reversa
Entenda como funciona a devolução de produtos no pós-consumo ao fabricante. Para muitos, este é o
mecanismo – já regulamentado na Europa – que vai salvar o planeta das montanhas de lixo eletrônico. No
Brasil, a legislação se arrasta
- A A +
Manoella Oliveira - Edição: Mônica Nunes
Planeta Sustentável - 21/05/2009
Logística é um processo que pode ser dividido em várias etapas: envolve compra e venda, devolução de mercadoria por
motivo de desistência ou de defeito e, finalmente, se preocupa com o destino de um produto ao final de sua vida útil. A
preocupação da Logística Reversa (LR) é fazer com que esse material, sem condições de ser reutilizado, retorne ao seu
ciclo produtivo ou para o de outra indústria como insumo, evitando uma nova busca por recursos na natureza e permitindo
um descarte ambientalmente correto. Parece simples e inteligente, mas o processo ainda não funciona bem.
Nos Estados Unidos, as pessoas normalmente têm duas ou três garagens em casa, sendo uma delas desviada de sua
função principal: vira depósito de entulhos. Boa parte dele é formada por equipamentos velhos e sem uso que estão
abandonados - mas guardados - porque não se sabe o que fazer com aquilo.
Quem conta isso é Gailen Vick, presidente da RLA - Reverse Logistics Association, um especialista de mercado que
conhece bem os gastos do país com Logística Reversa de mais de US$ 750 bilhões por ano mas que afirma,
categoricamente, que as empresas não prestam muita atenção nisso, especialmente porque não têm consciência de quanto
dinheiro poderia ser economizado com a adoção da prática.
“Ser ambientalmente correto afeta a satisfação do cliente. Se você não faz porque é ambientalista, faça pelo lucro e pela
imagem corporativa. O que é lixo, hoje, pode valer dinheiro se for bem empregado no futuro”. Mas além do
desconhecimento do assunto, existe ineficiência na própria implementação da LR, que exige, de fato, uma estrutura
complexa para recolher, armazenar e tratar resíduos e um investimento inicial alto.
“E quais são as ferramentas usadas para medir a eficiência da Logística Reversa? Se você não sabe mensurar, como vai
falar que tem um problema?”, questiona. De acordo com Vick, nem mesmo os CEOs sabem muito bem como executar o
processo, por isso, eles devem ser educados sobre os valores recuperados, pela própria cultura da empresa.
Logística Reversa é a estratégia que, na visão de André Saraiva, diretor de Responsabilidade Socioambiental da Abinee –
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – permite um aumento de participação da empresa no mercado
a partir de um programa de take back. “A conscientização e a destinação ambientalmente adequada de um produto pode
trazer, a esse consumidor, o entendimento sobre uma marca muito mais responsável e direta do que qualquer comercial. É
uma aposta no consumo consciente”, diz.
CONSCIENTIZAÇÃO BASTA?
Esse é outro ponto fundamental. Além da responsabilidade dos fabricantes ao se desfazerem daquilo que criaram com o
menor impacto para o meio ambiente, precisa haver o compromisso dos clientes de fazer a melhor compra e não se guiar
apenas pelo menor preço. A LR reversa começa no momento em que o produto é produzido, se estende ao ato da compra e
reinicia o ciclo quando é devolvido como matéria-prima para ser reinserido.
Há inúmeras empresas que diminuíram o tamanho das embalagens de seus produtos sem afetar seu conteúdo para gerar
menos lixo, que montam os equipamentos que comercializam pensando na facilidade que terão em desmontá-los para
reciclá-los depois e claro que procuram utilizar materiais reciclados e, principalmente, recicláveis em sua confecção.
SITE: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/conteudo_471850.shtml
Logística Reversa – Reversa Logística
26/07/2007
Nos últimos anos, a Logística Empresarial vem sofrendo uma constante evolução, sendo considerado um dos principais elementos na
elaboração do planejamento estratégico, e muitas vezes responsável por enorme geração de vantagem competitiva às empresas. A
partir dos anos 90 com a constante preocupação sobre a utilização dos recursos naturais, assim como o acúmulo de produtos
industrializados nos grandes centros. As grandes empresas passaram a ser as culpadas pela sociedade por este problema. As grandes
organizações passaram a ter uma nova preocupação; como seria possível encontrar a resolução para esta situação sem gerar
aumento de custos e despesas. Com o advento deste cenário surgiu o conceito de Logística Reversa.
Define-se como Logística Reversa, a área que planeja, opera e controla o fluxo, e as
informações logísticas correspondentes ao retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo
ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, através dos Canais de Distribuição Reversos,
agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, competitivo, de
imagem corporativa, dentre outros.
Enquanto a Logística Tradicional trata do fluxo dos produtos fabrica x cliente, a Logística
Reversa trata do retorno de produtos, materiais epeças do consumidor final ao processo
produtivo da empresa. Devido à severa legislação ambiental e também por grande
influência da sociedade e organizações não governamentais, as empresas estão adotando a
utilização de um percentual maior de material reciclado ao seu processo produtivo, assim
como também passaram a adotar procedimentos para o correto descarte dos produtos que
não possam ser reutilizados ou reciclados.
A implantação da Logística Reversa vem atender ao público cada vez mais consciente e
sensível quanto à prevenção do meio ambiente, tanto que se tornou uma das mais
importantes decisões estratégicas face ao crescente ambiente de competitividade presente
nas empresas modernas, que vivem em constante busca por soluções que agreguem valor
perceptível aos seus consumidores finais. Frente a estes novos paradigmas empresariais da
logística moderna, a alta velocidade de reação garantida por sistemas de manufatura
flexíveis e de informatização logística, como também ao alto nível de relacionamento com
os clientes e consumidores finais criando ligações duradouras, são ações que estão sendo
adotadas na maior parte destas empresas.
Esta preocupação pela melhoria na performance e na qualidade do produto, se transforma
em condições básicas e qualificadoras, consideradas essenciais e necessárias para participar
do mercado, porém não mais suficientes, pois já tem sido observado que tais condições
conferem à empresa e ao produto diferenciais competitivos por períodos de tempo cada vez
mais curtos.
A questão principal da Logística Reversa é a viabilização do retorno de bens através de sua
reinserção no ciclo de produção ou de negócios e para que isso ocorra, faz-se necessário
que se desenvolva numa primeira etapa a análise destes bens de pós-venda e de pós-
consumo no intuito de definir o estado destes bens e determinar o processo no qual deverá
ser submetido. Os materiais podem retornar ao fornecedor ou podem ser revendidos se
ainda estiverem em condições adequadas de comercialização. Além disso, os bens podem
ser recondicionados, ou reciclados, portanto, um produto só é descartado em último caso.
Sobre a Logística Reversa de Pós-venda específica área de atuação que se ocupa do equacionamento e operacionalização do fluxo
físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos
retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta, que se constituem de uma parte dos Canais Reversos pelo qual fluem
estes produtos. Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico que é devolvido por razões comerciais, erros no
processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento no produto, avarias no transporte,
entre outros motivos. Este fluxo de retorno se estabelecerá entre os diversos elos da cadeia de distribuição direta dependendo do
objetivo estratégico ou motivo de seu retorno (OLIVEIRA, 2005).
Denominaremos de Logística Reserva de Pós-consumo à área de atuação da Logística Reversa que igualmente equaciona e
operacionaliza o fluxo físico e as informações correspondentes de bens de pós-consumo descartados pela sociedade em geral que
retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo através de canais de distribuição reversos específicos. Constituem-se bens de pós-
consumo os produtos em fim de vida útil ou usados com possibilidade de utilização e os resíduos industriais em geral. Seu objetivo
estratégico é o de agregar valor a um produto logístico constituído por bens inservíveis ao proprietário original, ou que ainda possuam
condições de utilização, por produtos descartados por terem atingido o fim de vida útil e por resíduos industriais. Estes produtos de
pós-consumo poderão se originar de bens duráveis ou descartáveis e fluírem por canais reversos de Reuso, Desmanche, Reciclagem
até a destinação final (OLIVEIRA, 2005).
O objetivo estratégico mais evidente na implementação da Logística Reversa nas empresas,
é o de agregação de valor econômico, porém observa-se que mais recentemente, dois novos
fatores incentivam decisões empresarias em sua adoção: o fator competitividade com
intuito da fidelização do consumidor e o fator da conscientização ecológica.
Quando todas as empresas constatarem os benefícios da implementação da Logística Reversa em sua organização, seus principais
objetivos passarão a ser de responsabilidade pelos seus produtos e embalagens, desde o projeto até a sua disposição final,
desenvolvendo assim entre a empresa e seus clientes, relacionamentos colaborativos dentro e além dos limites da sua própria
organização, proporcionando a preservação da natureza e conseqüentemente colaborando com a melhoria na qualidade de vida da
sociedade em geral.
SITE: http://www.revistaportuaria.com.br/site/?home=artigos&n=zTq&t=logistica-reversa-
reversa-logistica
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  • 1. Logística inversa Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. A logística reversa, [1], é a área da logística que trata, genericamente, do fluxo físico de produtos, embalagens ou outros materiais, desde o ponto de consumo até ao local de origem. (Dias, 2005, p. 205). Os processos de logística inversa existem há tempos; entretanto, não eram tratados e denominados como tal. Como exemplos de logística inversa, temos: o retorno das garrafas (vasilhame),a recolha / coleta de lixos e resíduos recicláveis. Atualmente é uma preocupação constante para todas as empresas e organizações públicas e privadas, tendo quatro grandes pilares de sustentação: a conscientização dos problemas ambientais;a sobre-lotação dos aterros; a escassez de matérias-primas; as políticas e a legislação ambiental. A logística inversa aborda a questão da recuperação de produtos, parte de produtos, embalagens, materiais, de entre outros, desde o ponto de consumo até ao local de origem ou de deposição em local seguro, com o menor risco ambiental possível. Assim, a logística inversa trata de um tema bastante sensível e muito oportuno, em que o desenvolvimento sustentável e as politícas ambientais são temas de relevo na atualidade. Atualmente a logística não aborda somente os fluxos físicos e informacionais tradicionais, desde o ponto de origem até o local de consumo. É muito mais abrangente, envolvendo todos os fluxos físicos, informacionais, toda a gestão de materiais e toda a informação inerente, nos dois sentidos, directo e inverso (Carvalho, 2002, p. 31). A logística inversa tem um papel preponderante, neste novo conceito de logística, muito mais global e abrangente, como podemos constatar neste artigo. O conceito de logística inversa tem várias definições, em função dos autores ou organismos em causa. Apresentam-se de seguida duas definição de logística inversa, segundo o CSCMP (Council of Supply Chain Management Professionals),uma organização internacional, e segundo os autores Rogers e Tibben-Lembke, que têm dedicado grande parte do seu tempo à investigação, desenvolvimento e sistematização desta área da logística: Segundo o CSCMP, logística é "a parte do processo da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o eficiente e eficaz fluxo directo e inverso (logística inversa), e a armazenagem de produtos, serviços e informação relacionada, desde o ponto de origem até ao ponto de consumo, com o propósito de satisfazer os requisitos dos clientes", e devo acrescentar dos usuários internos que se utilizam da informação financeira/econômica resultante. Segundo os autores Rogers e Tibben-Lembke (1998), a logística inversa pode ser definida como: "o processo de planejamento, implementação e controlo da eficiência e eficácia e dos custos, dos fluxos de matérias-primas, produtos em curso, produtos acabados e informação relacionada, desde o ponto de consumo até ao ponto de origem, com o objectivo de recapturar valor ou realizar a deposição adequada". Em resumo, a logística inversa tem como objetivos planejar, implementar e controlar de um modo eficiente e eficaz:
  • 2. O retorno ou a recuperação de produtos; A redução do consumo de matérias-primas; A reciclagem, a substituição e a reutilização de materiais; A deposição de resíduos; A reparação e refabricação de produtos; Desta forma, o circuito da cadeia de abastecimento é fechado de uma forma completa, sendo o ciclo logístico completo (Dias, 2005, p. 206). [editar]Evolução Desde há muito tempo que existem processos de logística inversa, não eram tratados e denominados como tal, como por exemplo, o retorno das garrafas (vasilhame), a recolha de lixos e resíduos. Foi nos finais da década de 80 que teve início o estudo aprofundado e a sistematização dos processos inerentes à logística inversa, tal como ela é nos dias atuais. O desenvolvimento e progresso da logística inversa tem sido impulsionado, em grande parte, pelas questões ambientais, relacionado com o problema da deposição das embalagens dos produtos, da recuperação dos produtos, partes de produtos ou materiais, das devoluções de produtos em fim de vida, de produtos com defeito. Tem existido um forte crescimento desta área da logística, não só pela legislação ambiental, a qual impõe leis mais exigentes, mas também pela consciencialização ambiental das empresas, organizações e organismos públicos. Em termos económicos e financeiros, a logística inversa já representa cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos. Esta vertente da logística encontra-se em franco desenvolvimento, e é um grande potencial de negócio emergente para as empresas e organizações, pois as politícas ambientais tendem a ser cada vez mais exigentes. Outro factor de grande importância, e que está directamente relacionado com o grande aumento da logística inversa é a compra de produtos através da internet, o chamado e-commerce (Carvalho, 2003, p. 71-72). Com o crescimento exponencial das vendas on- line, os sistemas de logística inversa, no que diz respeito à questão da gestão das devoluções, tem crescido de uma forma abrupta. A compra on-line leva a que, derivado do facto de no nommento da compra, não ser possível visualizar o produto fisicamente, de uma forma tangível, grande parte dos produtos seja devolvida, por não corresponder às expectativas do cliente, o que faz accionar os sistemas de logística inversa. Podemos mesmo afirmar que a grande maioria dos sistemas de logística inversa aparecem devido
  • 3. à questão das devoluções. Os clientes, quando os produtos não corresponderem a seus requisitos de qualidade, podem accionar o processo de devolução, que é disponibilizado por cada vez mais empresas, de modo a prestarem um serviço de pós-venda de qualidade cada vez melhor, tentando atingir ou mesmo ultrapassar as expectativas dos clientes. Deste modo é possivel fidelizar o cliente, pois, estes preferem, na maioria dos casos, ter poucos fornecedores, em detrimento de vários, mas que correspondam ou mesmo superem as suas expectativas. [editar]Processos e fluxos logísticos reverso Como já foi referido anteriormente, a logística inversa aplica-se a todos os fluxos físicos inversos, isto é, do ponto de consumo até à origem ou deposição em local seguro de embalagens, produtos em fim de vida, devoluções, etc, tendo as mais variadas áreas de aplicação, como, por exemplo: componentes para a indústria automotiva, vendas por catálogo, frigoríficos, máquinas de lavar e outros electrodomésticos, computadores, impressoras e fotocopiadoras, embalagens, pilhas, baterias, revistas, jornais e livros; Estes fluxos físicos de sentido inverso estão ligados às novas indústrias de reaproveitamento de produtos ou materiais em fim de ciclo de vida, tais como: desperdícios e detritos, transformação de certos tipos de lixo, produtos deteriorados ou objecto de reclamação e consequente devolução, retorno de embalagens utilizadas e a reciclar, veículos e outros tipo de equipamentos em fim de vida útil. Os dois sistemas, logística directa (forward) e logística inversa (reverse), integram e acrescentam valor à cadeia de abastecimento com o ciclo completo, e, para poderem sobreviver devem ser de certo modo competitivos, minimizando os custos de transporte, na medida do possível, optimizando os veículos no retorno, com o transporte de devoluções, material para reciclar, desperdícios e produtos deteriorados, permitindo rentabilizar e optimizar o transporte, minimizando os respectivos custos. As princiapis actividades afectas ao produto, na logística inversa, são as seguintes: Actividades mais comuns do processo logístico inverso retorno do produto à origem; revenda do produto retornado; venda do produto num mercado secundário; venda do produto via outlet; venda do produto com desconto; remanufactura; reciclagem;
  • 4. reparação ou reabilitação; doacção; No que concerne à cadeia dos produtos recuperados, grande parte pode não ser reciclável, e assim, não será reutilizável. Alguns podem apenas não ser reutilizáveis, dado tratarem-se de produtos que, em grande parte dos casos, não podem ou não devem ser reutilizados, por razões técnicas ou económicas. Estes produtos deverão ser depositados em locais seguros, apropriados e licenciados de acordo com a legislação vigente, para o efeito. Um veículo de compactação em acção num aterro. Isto aplica-se, por exemplo, a produtos rejeitados aquando da separação face ao elevado nímero de componentes, aplica-se também a resíduos perigosos que não podem ser reciclados, ou ainda a produtos cuja prazo de validade tenha expirado. Nestes casos, os referidos resíduos serão alvo de um processo logístico adicional, dependendo do tipo de resíduo e do grau de perigosidade, que envolverá a sua destruição ecológica, como por exemplo, a incineração ou a co-incineração, avaliando-se, caso a caso, qual o processo mais apropriado (Alves, 2005, p. 12-13). Os lixos ou resíduos não reciclavéis e não perigosos, são depositados em aterros, em sucessivas camadas, sendo as camadas compactadas através de veículos próprios para eesa finalidade. O aterro é selado após a sua capacidade estar completa. Após a selagem, grande parte dos aterros pode ser convertida em zonas verdes ou ajardinadas, de modo a melhorar o impacto visual do mesmo e poder funcionar de maneira distinta da que teve enquanto era local para a deposição de lixos. Por vezes, estes ciclos logísticos completos são mesmo assegurados pelos próprios fornecedores dos produtos ou materiais, facilitando, deste modo, o trabalho dos clientes (Dias, 2005, p. 207). [editar]Processos de logística inversa As devoluções representam grande parte dos fluxos físicos inversos, na cadeia de abastecimento e dividem-se em duas grandes vertentes: as devoluções pelo consumidor, em venda directa, e as devoluções por erros de expedição. As devoluções realizadas pelo consumidor final de um produto, numa venda directa, têm crescido e a tendência é de continuarem a crescer, derivado do facto de que os clientes são cada vez mais exigentes e as suas expectativas cada vez maiores. [carece de fontes] Em resposta as empresas e organizações, por vezes em cumprimento da legislação própria de cada país, mas cada vez mais por sua livre e espontânea vontade, e independentemente da existência de legislação ou não, permitem ao cliente ou ao consumidor, devolver o produto adquirido, caso este não corresponda às suas expectativas ou no caso das vendas por catálogo ou as vendas on- line, caso o cliente queira, aceitarem a devolução do produto adquirido sem restrições. Trata-se sobretudo, de um factor de competitividade das empresas, face à globalização do comércio, para a qual tem contribuído em larga escala o e-commerce, que actualmente têm um enorme peso no
  • 5. total das vendas de produtos e serviços, a nível mundial (Carvalho, 2001, p. 116-120) Armazém de devoluções de uma empresa de e-commerce Como é óbvio existe um custo associado a este tipo de devolução, o qual é suportado pelas empresas e que terá tendência para continuar a aumentar, pelas razões anteriormente descritas, pois, trata-se sobretudo de aumentar a competitividade em relação à concorrência, tentando continuamente melhorar a qualidade do serviço prestado ao c liente. As devoluções por erros de expedição, são o tipo de devolução que acontece por qualquer erro que tenha existido na expedição de determinado produto. Estes erros têm variadas razões para acontecerem, entre as quais, destacamos as seguintes: má etiquetagem, falhas do operador logístico, erros humanos, coordenação entre diferentes operadores logísticos. Ao contrário das devoluções por venda directa, ao consumidor, as devoluções por erros de expedição, podem ser reduzidas e minimizadas, através de vários processos de armazenagem e expedição, que estão hoje disponíveis, no mercado. Destacamos os seguintes: a informatização de sistemas de recepção, expedição e transporte, a leitura por código de barras, o EDI (Electronic Data Interchange), entre outros. Portanto, o custo logístico das devoluções por erros ou falhas de expedição ou transporte, pode ser controlado pelas empresas e organizações, estando ao seu alcance a redução destes custos, através das ferramentas referidas no parágrafo anterior. Trata-se, apenas, de escolher as ferramentas que melhor se adaptem a determinado negócio, sendo inclusivé possível personalizar estas ferramentas a cada realidade distinta (Pfutzenreuter, 2004). O retorno dos produtos sujeitos ao processo de devolução, ou seja, o fluxo físico inverso desde o ponto de venda ou consumo, até à origem, deverá ser realizado, sempre que fôr possível, pelo mesmo meio de transporte pelo qual é realizada a sua entrega no local de consumo, isto é, o fluxo físico directo. Deste modo, é possivel optimizar a cadeia de abastecimento, directa e inversa, rentabilizando o transporte ao máximo. Normalmente os produtos sujeitos a devolução, são armazenados em locais destinados para o efeito, em áreas restritas do armazém , de modo a evitar erros de expedição, evitando que físicamente os produtos coabitem juntos - ver figura 3. Em relação aos componentes ou produtos em fim de ciclo de vida para reciclagem, o seu número tem aumentado de uma forma exponencial, derivado de vários factores, de entre os quais, destacamos os seguintes três: o primeiro factor que destacamos é o da consciencialização da sociedade, para a questão da sustentabilidade do meio ambiente. Cada vez mais, a sociedade têm o dever de colaborar nas politícas ambientais, realizando, cada um de nós, a separação dos lixos, de acordo com o tipo de resíduos ou lixos em causa, e depositando-os, nos locais destinados para
  • 6. esse fim (ecoponto). Ecoponto típico. É nos países mais desenvolvidos, e com maior qualidade de vida, onde existe o maior número de pessoas conscientes desta realidade, colaborando na separação e recolha dos diferentes tipos de resíduos domésticos, que em grande parte podem ser reciclados, sendo deste modo, reaproveitados ou a sua matéria-prima reutilizada em novos produtos. Deste modo, estamos também a contribuír para que, somente os resíduos orgânicos, tenham de ser depositados em local próprio (por exemplo, os aterros). Em relação aos resíduos industriais, a politíca deverá ser idêntica, ou ainda mais exigente, pois, as indústrias produzem grandes quantidades de resíduos e lixos, e por vezes bastante perigosos e tóxicos.[carece de fontes] Um outro factor é a legislação ambiental, a qual é cada vez mais restritiva[carece de fontes], em relação à questão dos resíduos, lixos e detritos. As políticas e a legislação ambiental tendem, nos vários países e comunidades, a ser cada vez mais exigente e restritiva. No âmbito da União Europeia, em que Portugal está incluído, existem directivas comuns acerca deste tema. Para os países que não cumpram a legislação, em caso de violação, existem sanções que se podem traduzir em coimas avultadas, as quais deverão ser aplicadas em função dos danos ambientais causados. Há ainda o factor do desenvolvimento e o progresso tecnológico. Os processos industriais e os próprios equipamentos industriais, das indústrias que se dedicam à reciclagem, estão em evolução permanente, permitindo, deste modo, que cada vez mais componentes de produtos de diferentes materiais, possam ser reciclados e consequentemente reutilizados ou reaproveitados, como matéria-prima, em produtos novos. Em Portugal, existem cada vez mais empresas, especializadas na gestão integral de resíduos, realizando, grande parte delas a recolha, transporte, separação e deposição no local próprio, e algumas delas, executando mesmo a própria reciclagem. (Alves, 2005, p. 77-93). SITE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica_inversa A nova onda: Logística Reversa logística reversa: o transporte de trás pra frente Com o crescente volume de negócios em escala mundial e a imensa quantidade de produtos transportados diariamente, aumenta também a quantidade de lixo gerado e de materiais que precisam ser mandados de volta à sua origem. Esse tráfego de produtos no sentido contrário da cadeia de produção normal (dos clientes em direção às indústrias) precisa ser tratado
  • 7. adequadamente, para evitar trabalho e custos extras. A logística reversa é a área responsável por este fluxo reverso de produtos, seja qual for o motivo: reciclagem, reuso, recall, devoluções, etc. A importância deste processo reside em dois extremos: em um, as regulamentações, que exigem o tratamento de alguns produtos após seu uso (como as embalagens de agrotóxicos ou baterias de celulares); na outra ponta, a possibilidade de agregar valor ao que seria lixo. Veremos mais detalhes ao longo deste artigo. Com o aumento das pressões da sociedade para produtos e processos ecologicamente corretos, a reciclagem ganha força e a logística reversa é um dos principais motores deste movimento. Além de contribuir legitimamente para a redução dos impactos ao meio ambiente há um ganho de imagem para a empresa que o faz. Há exemplos de reciclagem que já são práticas comuns: latas de alumínio, garrafas pet, papel, dentre outros itens de pós-consumo. Há também a reutilização, notadamente com as sobras industriais, partes de equipamentos e sucatas em geral. No entanto, existe também o fluxo de produtos do consumidor de volta ao vendedor por iniciativa do usuário: quando ele não está satisfeito com uma compra, ele devolve o produto (bastante comum no comércio eletrônico ou erro de escolha do produto em lojas físicas). De maneira geral, três fatores estimulam o retorno de produtos: (1) consciência cada vez maior da população para a necessidade de reciclar e de se preocupar com o meio ambiente; (2) melhores tecnologias capazes de reaproveitar componentes e aumentar a reciclagem; (3) questões legais, quando a legislação obriga que as empresas recolham e dêem destino apropriado aos produtos após o uso. Logística Reversa: meio ambiente e produtividade Logística Reversa é a “bola da vez” Logística Reversa e Logística Verde Logística reversa e sustentabilidade Logística Reversa – um nicho repleto de oportunidades Do ponto de vista das empresas, alguns cuidados precisam ser tomados. Nos locais de armazenagem, faz-se necessário estruturar sistemas capazes de lidar com estes volumes crescentes (e dificilmente previsíveis). Além disso, assim como a logística tradicional, a logística reversa tem como um dos principais componentes os sistemas de transporte. É necessário que os sistemas de roteamento sejam capazes de solucionar os complexos problemas de entregas e coletas simultaneamente, levando em conta, dentre outras restrições, as capacidades dos caminhões e os intervalos de tempo (este problema é chamado tecnicamente de pickup and delivery routing problem). Identificar as melhores estruturas de transporte capazes de recolher estes produtos, normalmente muito dispersos nos centros de consumo, e levá-los de volta às fábricas ou centros de tratamento é um grande desafio que precisa ser corretamente modelado. As práticas neste recente segmento ainda não estão consolidadas, e há espaço para diversas inovações. Portanto, faz-se necessário planejar estrategicamente os sistemas internos (gerenciamento de estoques, sistemas de informação, espaço físico) e externos (transporte e relacionamento com
  • 8. clientes), a fim de aproveitar este novo mercado, atraindo e fidelizando clientes com mais uma opção de serviço pós-venda. A dinâmica da Logística Reversa Entenda como funciona a devolução de produtos no pós-consumo ao fabricante. Para muitos, este é o mecanismo – já regulamentado na Europa – que vai salvar o planeta das montanhas de lixo eletrônico. No Brasil, a legislação se arrasta - A A + Manoella Oliveira - Edição: Mônica Nunes Planeta Sustentável - 21/05/2009 Logística é um processo que pode ser dividido em várias etapas: envolve compra e venda, devolução de mercadoria por motivo de desistência ou de defeito e, finalmente, se preocupa com o destino de um produto ao final de sua vida útil. A preocupação da Logística Reversa (LR) é fazer com que esse material, sem condições de ser reutilizado, retorne ao seu ciclo produtivo ou para o de outra indústria como insumo, evitando uma nova busca por recursos na natureza e permitindo um descarte ambientalmente correto. Parece simples e inteligente, mas o processo ainda não funciona bem. Nos Estados Unidos, as pessoas normalmente têm duas ou três garagens em casa, sendo uma delas desviada de sua função principal: vira depósito de entulhos. Boa parte dele é formada por equipamentos velhos e sem uso que estão abandonados - mas guardados - porque não se sabe o que fazer com aquilo. Quem conta isso é Gailen Vick, presidente da RLA - Reverse Logistics Association, um especialista de mercado que conhece bem os gastos do país com Logística Reversa de mais de US$ 750 bilhões por ano mas que afirma, categoricamente, que as empresas não prestam muita atenção nisso, especialmente porque não têm consciência de quanto dinheiro poderia ser economizado com a adoção da prática. “Ser ambientalmente correto afeta a satisfação do cliente. Se você não faz porque é ambientalista, faça pelo lucro e pela imagem corporativa. O que é lixo, hoje, pode valer dinheiro se for bem empregado no futuro”. Mas além do desconhecimento do assunto, existe ineficiência na própria implementação da LR, que exige, de fato, uma estrutura complexa para recolher, armazenar e tratar resíduos e um investimento inicial alto. “E quais são as ferramentas usadas para medir a eficiência da Logística Reversa? Se você não sabe mensurar, como vai falar que tem um problema?”, questiona. De acordo com Vick, nem mesmo os CEOs sabem muito bem como executar o processo, por isso, eles devem ser educados sobre os valores recuperados, pela própria cultura da empresa. Logística Reversa é a estratégia que, na visão de André Saraiva, diretor de Responsabilidade Socioambiental da Abinee – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – permite um aumento de participação da empresa no mercado a partir de um programa de take back. “A conscientização e a destinação ambientalmente adequada de um produto pode trazer, a esse consumidor, o entendimento sobre uma marca muito mais responsável e direta do que qualquer comercial. É uma aposta no consumo consciente”, diz. CONSCIENTIZAÇÃO BASTA? Esse é outro ponto fundamental. Além da responsabilidade dos fabricantes ao se desfazerem daquilo que criaram com o menor impacto para o meio ambiente, precisa haver o compromisso dos clientes de fazer a melhor compra e não se guiar apenas pelo menor preço. A LR reversa começa no momento em que o produto é produzido, se estende ao ato da compra e reinicia o ciclo quando é devolvido como matéria-prima para ser reinserido. Há inúmeras empresas que diminuíram o tamanho das embalagens de seus produtos sem afetar seu conteúdo para gerar menos lixo, que montam os equipamentos que comercializam pensando na facilidade que terão em desmontá-los para reciclá-los depois e claro que procuram utilizar materiais reciclados e, principalmente, recicláveis em sua confecção. SITE: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/conteudo_471850.shtml Logística Reversa – Reversa Logística
  • 9. 26/07/2007 Nos últimos anos, a Logística Empresarial vem sofrendo uma constante evolução, sendo considerado um dos principais elementos na elaboração do planejamento estratégico, e muitas vezes responsável por enorme geração de vantagem competitiva às empresas. A partir dos anos 90 com a constante preocupação sobre a utilização dos recursos naturais, assim como o acúmulo de produtos industrializados nos grandes centros. As grandes empresas passaram a ser as culpadas pela sociedade por este problema. As grandes organizações passaram a ter uma nova preocupação; como seria possível encontrar a resolução para esta situação sem gerar aumento de custos e despesas. Com o advento deste cenário surgiu o conceito de Logística Reversa. Define-se como Logística Reversa, a área que planeja, opera e controla o fluxo, e as informações logísticas correspondentes ao retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, através dos Canais de Distribuição Reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, competitivo, de imagem corporativa, dentre outros. Enquanto a Logística Tradicional trata do fluxo dos produtos fabrica x cliente, a Logística Reversa trata do retorno de produtos, materiais epeças do consumidor final ao processo produtivo da empresa. Devido à severa legislação ambiental e também por grande influência da sociedade e organizações não governamentais, as empresas estão adotando a utilização de um percentual maior de material reciclado ao seu processo produtivo, assim como também passaram a adotar procedimentos para o correto descarte dos produtos que não possam ser reutilizados ou reciclados. A implantação da Logística Reversa vem atender ao público cada vez mais consciente e sensível quanto à prevenção do meio ambiente, tanto que se tornou uma das mais importantes decisões estratégicas face ao crescente ambiente de competitividade presente nas empresas modernas, que vivem em constante busca por soluções que agreguem valor perceptível aos seus consumidores finais. Frente a estes novos paradigmas empresariais da logística moderna, a alta velocidade de reação garantida por sistemas de manufatura flexíveis e de informatização logística, como também ao alto nível de relacionamento com os clientes e consumidores finais criando ligações duradouras, são ações que estão sendo adotadas na maior parte destas empresas. Esta preocupação pela melhoria na performance e na qualidade do produto, se transforma em condições básicas e qualificadoras, consideradas essenciais e necessárias para participar do mercado, porém não mais suficientes, pois já tem sido observado que tais condições conferem à empresa e ao produto diferenciais competitivos por períodos de tempo cada vez mais curtos. A questão principal da Logística Reversa é a viabilização do retorno de bens através de sua reinserção no ciclo de produção ou de negócios e para que isso ocorra, faz-se necessário que se desenvolva numa primeira etapa a análise destes bens de pós-venda e de pós- consumo no intuito de definir o estado destes bens e determinar o processo no qual deverá ser submetido. Os materiais podem retornar ao fornecedor ou podem ser revendidos se ainda estiverem em condições adequadas de comercialização. Além disso, os bens podem ser recondicionados, ou reciclados, portanto, um produto só é descartado em último caso. Sobre a Logística Reversa de Pós-venda específica área de atuação que se ocupa do equacionamento e operacionalização do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta, que se constituem de uma parte dos Canais Reversos pelo qual fluem estes produtos. Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico que é devolvido por razões comerciais, erros no processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento no produto, avarias no transporte, entre outros motivos. Este fluxo de retorno se estabelecerá entre os diversos elos da cadeia de distribuição direta dependendo do objetivo estratégico ou motivo de seu retorno (OLIVEIRA, 2005). Denominaremos de Logística Reserva de Pós-consumo à área de atuação da Logística Reversa que igualmente equaciona e operacionaliza o fluxo físico e as informações correspondentes de bens de pós-consumo descartados pela sociedade em geral que
  • 10. retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo através de canais de distribuição reversos específicos. Constituem-se bens de pós- consumo os produtos em fim de vida útil ou usados com possibilidade de utilização e os resíduos industriais em geral. Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico constituído por bens inservíveis ao proprietário original, ou que ainda possuam condições de utilização, por produtos descartados por terem atingido o fim de vida útil e por resíduos industriais. Estes produtos de pós-consumo poderão se originar de bens duráveis ou descartáveis e fluírem por canais reversos de Reuso, Desmanche, Reciclagem até a destinação final (OLIVEIRA, 2005). O objetivo estratégico mais evidente na implementação da Logística Reversa nas empresas, é o de agregação de valor econômico, porém observa-se que mais recentemente, dois novos fatores incentivam decisões empresarias em sua adoção: o fator competitividade com intuito da fidelização do consumidor e o fator da conscientização ecológica. Quando todas as empresas constatarem os benefícios da implementação da Logística Reversa em sua organização, seus principais objetivos passarão a ser de responsabilidade pelos seus produtos e embalagens, desde o projeto até a sua disposição final, desenvolvendo assim entre a empresa e seus clientes, relacionamentos colaborativos dentro e além dos limites da sua própria organização, proporcionando a preservação da natureza e conseqüentemente colaborando com a melhoria na qualidade de vida da sociedade em geral. SITE: http://www.revistaportuaria.com.br/site/?home=artigos&n=zTq&t=logistica-reversa- reversa-logistica