SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 81
Baixar para ler offline
02
             Arte digital




Profª Ma. Venise Paschoal de Melo
                            UFMS
[Arte Digital:]




Definição:

 produção digital como arte quando
conceitualmente se utilizam as
possibilidades do computador ou da internet
como um resultado que não seria
alcançável com outros meios.

Linguagem e estética computacional.
[Arte Digital:]




Desde o seu desenvolvimento na década
de 1940, o computador foi uma máquina
destinada fundamentalmente a solucionar
de forma rápida experiências científicas e
complexas operações de cálculo.

Matemática
[Arte Digital:]




ENIAC
Electronic Numerical Integrator Analyzer and
Computer
o poder de processamento era suficiente para
processar apenas 5.000 adições, 357
multiplicações e 38 divisões por segundo, bem
menos até do que uma calculadora de bolso
[Arte Digital:]




A idéia era construir um computador para quebrar
códigos de comunicação e realizar vários tipos de
cálculos de artilharia, por exemplo, as trajetórias de
mísseis com maior precisão, para ajudar as tropas
aliadas durante a Segunda Guerra Mundial.
Porém, o ENIAC acabou sendo terminado exatos 3
meses depois do final da Guerra e acabou sendo
usado durante a guerra fria, contribuindo por
exemplo no projeto da bomba de Hidrogênio.
[Arte Digital:]




Escola de Códigos e Criptogramas tinha sido
incumbida de decifrar os códigos militares nazistas,
um trabalho urgente e secreto, pois havia uma
máquina alemã, denominada "Enigma", que gerava
mensagens em código, supostamente indecifráveis.
Era totalmente automático e podia realizar cálculos
sem intervenção humana.

Pesava 28 toneladas e ocupava uma área de 72m².
[Arte Digital:]




             Eniac 1945
[Arte Digital:]




             Eniac 1945
[Arte Digital:]




1960, os primeiros cientistas começaram a criar
gráficos com o computador, tratava-se apenas de
uma experiência, pois as máquinas ainda eram
enormes e ocupavam salas inteiras.

1965, Abraham Moles desenvolveu a Estética da
Informação, discutindo a relação entre Arte e
Computador, validando a arte computacional como
parte da arte contemporânea, com o destino de
alterar conceitos da estética e da cultura do pós-
moderno.
[Arte Digital:]




Segundo Abraham Moles e Max Bense, o ato criativo
computacional se divide sempre em dois momentos:

- o da concepção (humana) e o da execução
(maquinal),
- o da criação essencial (realizada pelo artista) e o da
criação secundária ou variacional (realizada pela
máquina).

O artista concebe o modelo da obra a realizar
(programa), a máquina desenvolve e
executa as múltiplas realizações concretas desse
modelo dentro de um campo de possíveis.
Georg Nees, Platik 01, 1965
Georg Nees, Scchoter, 1965
Michael Noll,
3Dimensional Projection Of A Rotating
     4Dimensional Hypercube, 1962
Michael Noll,
GaussianQuadratic, 1963
Bela Julesz,
Computergraphicic, 1965
W. Franke
       Light Forms, 1963.
Oscilogramas pendulares,
fotografias de um monitor.
W. Franke
       Light Forms, 1963.
Oscilogramas pendulares,
fotografias de um monitor.
W. Franke
       Light Forms, 1963.
Oscilogramas pendulares,
fotografias de um monitor.
W. Franke
       Light Forms, 1963.
Oscilogramas pendulares,
fotografias de um monitor.
W. Franke
       Light Forms, 1963.
Oscilogramas pendulares,
fotografias de um monitor.
W. Franke
Color raster, 1975
W. Franke
Color raster, 1975
Cybernetic Serendipity (1968) exposição que
apresentou realizações internacionais de
caráter contemporâneo, produzidas com o
apoio de um computador, atuando nos campos
das artes visuais, música, literatura e dança.
Domaremos o encanto transcendental do
computador e impediremos que sirva o poder
estabelecido. É este o posicionamento
adequado para solucionar problemas
complexos na sociedade das máquinas
(Computer Technique Group - CTG).
Os novos meios estão em situação de
libertar a arte de sua situação de paralisia e
autocontemplação e manda-la para o
próximo milênio.
Em 1970, o artista Manfred Mohr apresentou
no Museu de Arte Moderna em paris a
exposição intitulação Une Esthétique
Programmée, a primeira mostra de arte
gerada por computador apresentada em um
museu. Viveu uma má experiência,
recebendo tomates por utilizar “uma
ferramenta de guerra”.
Manfred Mohr,
Scratch Code, 1969
Manfred Mohr,
p.049, 1970
Manfred Mohr,
p.050, 1970
Manfred Mohr,
p.120, 1977
Manfred Mohr,
p.197, 1977
Manfred Mohr,
p.198, 1977
Manfred Mohr,
p.137, 1977
Manfred Mohr, apresenta o cubo como
forma em discussão, os algoritmos se
constroem continuamente, um sobre o
outro, seguido uma linha muito restrita.




                                 vídeo
Vera Molnar,
Mondrian Derange, 1974
Vera Molnar,
Transformations, 1974
Para a artista Vera Molnar o quadrado e
as linhas se apresenta em seu trabalho
como elementos constantes;
Charles Csuri ,
Random War, 1968
John Whitney
Arabesque, 1975
John Whitney
Arabesque, 1975   vídeo
Mark Wilson, 1975
Mark Wilson, 1975
Nos anos 1980 surge o computador
denominado Commodore C64, o primeiro
computador a dispor de uma interface
gráfica (ícones, desktop e upli clique).

O primeiro computador pessoal da IBM foi
apresentado em 1981, e em 1983 surge o
primeiro Macintosh, com uma interface
que iria modificar por completo o
entendimento de visualização de imagens
por computador (ver aula interface).
Comodore 64, 1980
Douglas Englebart na década de 60 pensou
no conceito de WYSIWYG (what you see is
what you get, ou “o que você vê é o que você
tem”, ele e sua equipe criaram o processador
de texto, o mouse e as janelas com menus.
Mouse, Douglas Engelbart
Xerox Star, 1981
Xerox Star
Lisa, Apple, 1983
Lisa Apple
Macintosh, Apple, 1984
Amiga, Commodore , 1985
Windows1.0, Microsoft , 1985
1980, o artista Yoichiro Kawaguchi
desenvolve algoritmos que simulam o
crescimento, um dos primeiros artistas a
utilizar software 3D na arte.
Yoichiro Kawaguchi,
animação 3D, 1980


     vídeo
Em muitos aspectos, a década de 1990 foi uma
época de transição para a arte digital: com o
aparecimento da World Wide Web e 1994, as
possibilidades gráficas com o computador
melhoravam consideravelmente, por outro lado
o mercado artístico continuava fechado à maior
parte dos artistas desta nova tendência, os
preconceitos de uma arte que se afastava
completamente da tradição determinava a
visão dos críticos e do público da época.
Os artistas souberam aproveitar das
possibilidades do compartilhamento e
distribuição em rede (internet) gerando as
estéticas da Net. Art.
AscII Art: American Standart Code for Iformation
Interchage – Código padrão para o intercâmbio
de Informação.

Trata-se de um código gerado por caracteres,
forma de se apresentar gráficos, quando as
interfaces eram limitadas na geração de
visualização de imagens.

Atualmente é utilizado como linguagem e
estética da arte coputacional.




                                     vídeo
                                     extra
ASCII ART, Keneth Knowlton
ASCII ART, Keneth Knowlton
ASCII ART, Keneth Knowlton
Vuk Cosik,ASCII art, 2004
Vuk Cosik,ASCII art, 2004
Vuk Cosik,ASCII art, 2004
Inseridos na idéia de utilizar a WWW,
internet como ferraementa, o trabalhos
Legibile City, do artista Jeffrey Shaw
(1992) foi uma das primeiras instalações
interativas que tiveram um repercussão
positiva para a época.
Legibile City, Jeffrey Shaw,1992

                      vídeo
Roman Verostko, 2004 – traz em sua
obra pensamentos filosóficos, na série
Pearl Park Scriptures (2004), as formas
desenhadas são acompanhadas de textos
transformados em uma linguagem de
novos sinais gerados por algoritmos.
Roman Verostko, Pearl Park Scriptures, 2004
Roman Verostko, Pearl Park Scriptures, 2004
Roman Verostko, Pearl Park Scriptures, 2004
A colagem, técnica que há muito tempo transita no
âmbito das artes visuais, também está presente na
arte digital, os primeiros arquivos são datados de
1960.

Por vezes a colagem servirá para gerar um
distanciamento da realidade, como pura
experimentação e por outro lado o objetivo é de
gerar uma fusão quase imperceptível entre
imagens de modo a gerar um ilusão de
homogeneidade.
James Faure Walker, produz obras
híbridas, provenientes da pintura, dos
gráficos gerador por computador, da
fotografia, etc, erando uma abertura á
total experimentação.
James Faure Walker, Kyoto, 2002
James Faure Walker, Floral, 2004
James Faure Walker, 2004
James Faure Walker, 2004
James Faure Walker, 2004
Experimentação 01
1. Desenho a partir de algoritmos:
http://www.potatoland.org
p-soup
Four
Solid

2. SACII Art:
http://www.typorganism.com/
ASCII o matic

3. Net Art:
http://www.doodlebuzz.com/

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Arte ensino médio slide 1
Arte ensino médio  slide 1Arte ensino médio  slide 1
Arte ensino médio slide 1
 
Slide autorretrato
Slide autorretratoSlide autorretrato
Slide autorretrato
 
Elementos visuais I
Elementos visuais IElementos visuais I
Elementos visuais I
 
Arte digital
Arte digitalArte digital
Arte digital
 
Instalação Artística
Instalação ArtísticaInstalação Artística
Instalação Artística
 
A arte da fotografia
A arte da fotografiaA arte da fotografia
A arte da fotografia
 
Arte aula inicial Ensino Médio
Arte aula inicial Ensino MédioArte aula inicial Ensino Médio
Arte aula inicial Ensino Médio
 
Aula de arte urbana
Aula de arte urbanaAula de arte urbana
Aula de arte urbana
 
Impressionismo
ImpressionismoImpressionismo
Impressionismo
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
 
Pop Art em Resumo
Pop Art em ResumoPop Art em Resumo
Pop Art em Resumo
 
Concretismo Brasileiro - Arte Concreta
Concretismo Brasileiro  - Arte ConcretaConcretismo Brasileiro  - Arte Concreta
Concretismo Brasileiro - Arte Concreta
 
Arte e tecnologia
Arte e tecnologiaArte e tecnologia
Arte e tecnologia
 
A arte da performance
A arte da performanceA arte da performance
A arte da performance
 
Elementos da linguagem visual.
Elementos da linguagem visual.Elementos da linguagem visual.
Elementos da linguagem visual.
 
Grafite
GrafiteGrafite
Grafite
 
Prova história do teatro
Prova   história do teatroProva   história do teatro
Prova história do teatro
 
Impressionismo
ImpressionismoImpressionismo
Impressionismo
 
Biografia de di cavalcanti
Biografia  de di cavalcantiBiografia  de di cavalcanti
Biografia de di cavalcanti
 
Elementos visuais
Elementos visuaisElementos visuais
Elementos visuais
 

Semelhante a Arte Digital: A Evolução da Linguagem Computacional na Arte

Semelhante a Arte Digital: A Evolução da Linguagem Computacional na Arte (20)

Arte tecnologia brasil_itaucultural
Arte tecnologia brasil_itauculturalArte tecnologia brasil_itaucultural
Arte tecnologia brasil_itaucultural
 
Formação Continuada em Arte e Mídia/Web Art
Formação Continuada em Arte e Mídia/Web ArtFormação Continuada em Arte e Mídia/Web Art
Formação Continuada em Arte e Mídia/Web Art
 
Arte eletrónica
Arte eletrónicaArte eletrónica
Arte eletrónica
 
Arte eletrã³nica final
Arte eletrã³nica finalArte eletrã³nica final
Arte eletrã³nica final
 
Aula 01 animação 2D Arte Contemporanea
Aula 01 animação 2D Arte ContemporaneaAula 01 animação 2D Arte Contemporanea
Aula 01 animação 2D Arte Contemporanea
 
Aula 01 animação 2 d
Aula 01 animação 2 dAula 01 animação 2 d
Aula 01 animação 2 d
 
EvoluçAo Da Informatica12
EvoluçAo Da Informatica12EvoluçAo Da Informatica12
EvoluçAo Da Informatica12
 
Linha do tempo
Linha do tempoLinha do tempo
Linha do tempo
 
11 arte contemporanea
11 arte contemporanea11 arte contemporanea
11 arte contemporanea
 
Jogos Eletrônicos e Multimídias
Jogos Eletrônicos e MultimídiasJogos Eletrônicos e Multimídias
Jogos Eletrônicos e Multimídias
 
Linha do tempo
Linha do tempoLinha do tempo
Linha do tempo
 
Era Digital
Era DigitalEra Digital
Era Digital
 
Feira do livro 7ano2011
Feira do livro 7ano2011Feira do livro 7ano2011
Feira do livro 7ano2011
 
Era Digital
Era DigitalEra Digital
Era Digital
 
Hipermidia aula 2
Hipermidia aula 2Hipermidia aula 2
Hipermidia aula 2
 
Evolução dos Computadores
Evolução dos ComputadoresEvolução dos Computadores
Evolução dos Computadores
 
Breve história da informática
Breve história da informáticaBreve história da informática
Breve história da informática
 
01 Aula1 Jol T 5
01 Aula1 Jol T 501 Aula1 Jol T 5
01 Aula1 Jol T 5
 
01_aula1_jol_t-3.ppt
01_aula1_jol_t-3.ppt01_aula1_jol_t-3.ppt
01_aula1_jol_t-3.ppt
 
01_aula1_jol_t-5.ppt
01_aula1_jol_t-5.ppt01_aula1_jol_t-5.ppt
01_aula1_jol_t-5.ppt
 

Mais de Venise Melo

Manual atividades complementares 2012
Manual atividades complementares 2012Manual atividades complementares 2012
Manual atividades complementares 2012Venise Melo
 
Tabela pontuação atividades complementares
Tabela pontuação atividades complementaresTabela pontuação atividades complementares
Tabela pontuação atividades complementaresVenise Melo
 
Apresentação leexa
Apresentação leexaApresentação leexa
Apresentação leexaVenise Melo
 
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012Venise Melo
 
05 códigos experimentais novo
05 códigos experimentais  novo05 códigos experimentais  novo
05 códigos experimentais novoVenise Melo
 
Cartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane WeizmannCartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane WeizmannVenise Melo
 
Livro o que_é_design
Livro o que_é_designLivro o que_é_design
Livro o que_é_designVenise Melo
 
Experimentação 04 - Desconstrução Hibridismo
Experimentação 04  - Desconstrução HibridismoExperimentação 04  - Desconstrução Hibridismo
Experimentação 04 - Desconstrução HibridismoVenise Melo
 
Experimentação 03 - Bauhaus
Experimentação 03  - BauhausExperimentação 03  - Bauhaus
Experimentação 03 - BauhausVenise Melo
 
Experimentação 02 - Tipografia Descontrução
Experimentação 02  - Tipografia DescontruçãoExperimentação 02  - Tipografia Descontrução
Experimentação 02 - Tipografia DescontruçãoVenise Melo
 
Experimentação 01 - Tipografia - parte1
Experimentação 01 -  Tipografia - parte1Experimentação 01 -  Tipografia - parte1
Experimentação 01 - Tipografia - parte1Venise Melo
 
Experimentação 01 - Tipografia - parte2
Experimentação 01 - Tipografia - parte2Experimentação 01 - Tipografia - parte2
Experimentação 01 - Tipografia - parte2Venise Melo
 
Aula teorica - Design Gráfico Pós-Moderno
Aula teorica - Design Gráfico Pós-ModernoAula teorica - Design Gráfico Pós-Moderno
Aula teorica - Design Gráfico Pós-ModernoVenise Melo
 
Aula teorica - Bauhaus
Aula teorica  - BauhausAula teorica  - Bauhaus
Aula teorica - BauhausVenise Melo
 
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao Futurismo
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao FuturismoAula teorica - Da Arte Nouveau ao Futurismo
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao FuturismoVenise Melo
 
Experimentação 05 06 07 PHOTOSHOP
Experimentação 05 06 07   PHOTOSHOPExperimentação 05 06 07   PHOTOSHOP
Experimentação 05 06 07 PHOTOSHOPVenise Melo
 
Aula panorama arte e tecnologia
Aula panorama arte e tecnologiaAula panorama arte e tecnologia
Aula panorama arte e tecnologiaVenise Melo
 
As implicações do digital
As implicações do digitalAs implicações do digital
As implicações do digitalVenise Melo
 
Levy cibercultura
Levy ciberculturaLevy cibercultura
Levy ciberculturaVenise Melo
 
John maeda -_as_leis_da_simplicidade
John maeda -_as_leis_da_simplicidadeJohn maeda -_as_leis_da_simplicidade
John maeda -_as_leis_da_simplicidadeVenise Melo
 

Mais de Venise Melo (20)

Manual atividades complementares 2012
Manual atividades complementares 2012Manual atividades complementares 2012
Manual atividades complementares 2012
 
Tabela pontuação atividades complementares
Tabela pontuação atividades complementaresTabela pontuação atividades complementares
Tabela pontuação atividades complementares
 
Apresentação leexa
Apresentação leexaApresentação leexa
Apresentação leexa
 
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012
 
05 códigos experimentais novo
05 códigos experimentais  novo05 códigos experimentais  novo
05 códigos experimentais novo
 
Cartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane WeizmannCartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane Weizmann
 
Livro o que_é_design
Livro o que_é_designLivro o que_é_design
Livro o que_é_design
 
Experimentação 04 - Desconstrução Hibridismo
Experimentação 04  - Desconstrução HibridismoExperimentação 04  - Desconstrução Hibridismo
Experimentação 04 - Desconstrução Hibridismo
 
Experimentação 03 - Bauhaus
Experimentação 03  - BauhausExperimentação 03  - Bauhaus
Experimentação 03 - Bauhaus
 
Experimentação 02 - Tipografia Descontrução
Experimentação 02  - Tipografia DescontruçãoExperimentação 02  - Tipografia Descontrução
Experimentação 02 - Tipografia Descontrução
 
Experimentação 01 - Tipografia - parte1
Experimentação 01 -  Tipografia - parte1Experimentação 01 -  Tipografia - parte1
Experimentação 01 - Tipografia - parte1
 
Experimentação 01 - Tipografia - parte2
Experimentação 01 - Tipografia - parte2Experimentação 01 - Tipografia - parte2
Experimentação 01 - Tipografia - parte2
 
Aula teorica - Design Gráfico Pós-Moderno
Aula teorica - Design Gráfico Pós-ModernoAula teorica - Design Gráfico Pós-Moderno
Aula teorica - Design Gráfico Pós-Moderno
 
Aula teorica - Bauhaus
Aula teorica  - BauhausAula teorica  - Bauhaus
Aula teorica - Bauhaus
 
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao Futurismo
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao FuturismoAula teorica - Da Arte Nouveau ao Futurismo
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao Futurismo
 
Experimentação 05 06 07 PHOTOSHOP
Experimentação 05 06 07   PHOTOSHOPExperimentação 05 06 07   PHOTOSHOP
Experimentação 05 06 07 PHOTOSHOP
 
Aula panorama arte e tecnologia
Aula panorama arte e tecnologiaAula panorama arte e tecnologia
Aula panorama arte e tecnologia
 
As implicações do digital
As implicações do digitalAs implicações do digital
As implicações do digital
 
Levy cibercultura
Levy ciberculturaLevy cibercultura
Levy cibercultura
 
John maeda -_as_leis_da_simplicidade
John maeda -_as_leis_da_simplicidadeJohn maeda -_as_leis_da_simplicidade
John maeda -_as_leis_da_simplicidade
 

Arte Digital: A Evolução da Linguagem Computacional na Arte

  • 1. 02 Arte digital Profª Ma. Venise Paschoal de Melo UFMS
  • 2. [Arte Digital:] Definição: produção digital como arte quando conceitualmente se utilizam as possibilidades do computador ou da internet como um resultado que não seria alcançável com outros meios. Linguagem e estética computacional.
  • 3. [Arte Digital:] Desde o seu desenvolvimento na década de 1940, o computador foi uma máquina destinada fundamentalmente a solucionar de forma rápida experiências científicas e complexas operações de cálculo. Matemática
  • 4. [Arte Digital:] ENIAC Electronic Numerical Integrator Analyzer and Computer o poder de processamento era suficiente para processar apenas 5.000 adições, 357 multiplicações e 38 divisões por segundo, bem menos até do que uma calculadora de bolso
  • 5. [Arte Digital:] A idéia era construir um computador para quebrar códigos de comunicação e realizar vários tipos de cálculos de artilharia, por exemplo, as trajetórias de mísseis com maior precisão, para ajudar as tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial. Porém, o ENIAC acabou sendo terminado exatos 3 meses depois do final da Guerra e acabou sendo usado durante a guerra fria, contribuindo por exemplo no projeto da bomba de Hidrogênio.
  • 6. [Arte Digital:] Escola de Códigos e Criptogramas tinha sido incumbida de decifrar os códigos militares nazistas, um trabalho urgente e secreto, pois havia uma máquina alemã, denominada "Enigma", que gerava mensagens em código, supostamente indecifráveis. Era totalmente automático e podia realizar cálculos sem intervenção humana. Pesava 28 toneladas e ocupava uma área de 72m².
  • 7. [Arte Digital:] Eniac 1945
  • 8. [Arte Digital:] Eniac 1945
  • 9. [Arte Digital:] 1960, os primeiros cientistas começaram a criar gráficos com o computador, tratava-se apenas de uma experiência, pois as máquinas ainda eram enormes e ocupavam salas inteiras. 1965, Abraham Moles desenvolveu a Estética da Informação, discutindo a relação entre Arte e Computador, validando a arte computacional como parte da arte contemporânea, com o destino de alterar conceitos da estética e da cultura do pós- moderno.
  • 10. [Arte Digital:] Segundo Abraham Moles e Max Bense, o ato criativo computacional se divide sempre em dois momentos: - o da concepção (humana) e o da execução (maquinal), - o da criação essencial (realizada pelo artista) e o da criação secundária ou variacional (realizada pela máquina). O artista concebe o modelo da obra a realizar (programa), a máquina desenvolve e executa as múltiplas realizações concretas desse modelo dentro de um campo de possíveis.
  • 11. Georg Nees, Platik 01, 1965
  • 13. Michael Noll, 3Dimensional Projection Of A Rotating 4Dimensional Hypercube, 1962
  • 16. W. Franke Light Forms, 1963. Oscilogramas pendulares, fotografias de um monitor.
  • 17. W. Franke Light Forms, 1963. Oscilogramas pendulares, fotografias de um monitor.
  • 18. W. Franke Light Forms, 1963. Oscilogramas pendulares, fotografias de um monitor.
  • 19. W. Franke Light Forms, 1963. Oscilogramas pendulares, fotografias de um monitor.
  • 20. W. Franke Light Forms, 1963. Oscilogramas pendulares, fotografias de um monitor.
  • 23. Cybernetic Serendipity (1968) exposição que apresentou realizações internacionais de caráter contemporâneo, produzidas com o apoio de um computador, atuando nos campos das artes visuais, música, literatura e dança.
  • 24.
  • 25.
  • 26. Domaremos o encanto transcendental do computador e impediremos que sirva o poder estabelecido. É este o posicionamento adequado para solucionar problemas complexos na sociedade das máquinas (Computer Technique Group - CTG).
  • 27. Os novos meios estão em situação de libertar a arte de sua situação de paralisia e autocontemplação e manda-la para o próximo milênio.
  • 28. Em 1970, o artista Manfred Mohr apresentou no Museu de Arte Moderna em paris a exposição intitulação Une Esthétique Programmée, a primeira mostra de arte gerada por computador apresentada em um museu. Viveu uma má experiência, recebendo tomates por utilizar “uma ferramenta de guerra”.
  • 36. Manfred Mohr, apresenta o cubo como forma em discussão, os algoritmos se constroem continuamente, um sobre o outro, seguido uma linha muito restrita. vídeo
  • 39. Para a artista Vera Molnar o quadrado e as linhas se apresenta em seu trabalho como elementos constantes;
  • 45. Nos anos 1980 surge o computador denominado Commodore C64, o primeiro computador a dispor de uma interface gráfica (ícones, desktop e upli clique). O primeiro computador pessoal da IBM foi apresentado em 1981, e em 1983 surge o primeiro Macintosh, com uma interface que iria modificar por completo o entendimento de visualização de imagens por computador (ver aula interface).
  • 47.
  • 48. Douglas Englebart na década de 60 pensou no conceito de WYSIWYG (what you see is what you get, ou “o que você vê é o que você tem”, ele e sua equipe criaram o processador de texto, o mouse e as janelas com menus.
  • 57. 1980, o artista Yoichiro Kawaguchi desenvolve algoritmos que simulam o crescimento, um dos primeiros artistas a utilizar software 3D na arte.
  • 59. Em muitos aspectos, a década de 1990 foi uma época de transição para a arte digital: com o aparecimento da World Wide Web e 1994, as possibilidades gráficas com o computador melhoravam consideravelmente, por outro lado o mercado artístico continuava fechado à maior parte dos artistas desta nova tendência, os preconceitos de uma arte que se afastava completamente da tradição determinava a visão dos críticos e do público da época.
  • 60. Os artistas souberam aproveitar das possibilidades do compartilhamento e distribuição em rede (internet) gerando as estéticas da Net. Art.
  • 61. AscII Art: American Standart Code for Iformation Interchage – Código padrão para o intercâmbio de Informação. Trata-se de um código gerado por caracteres, forma de se apresentar gráficos, quando as interfaces eram limitadas na geração de visualização de imagens. Atualmente é utilizado como linguagem e estética da arte coputacional. vídeo extra
  • 62. ASCII ART, Keneth Knowlton
  • 63. ASCII ART, Keneth Knowlton
  • 64. ASCII ART, Keneth Knowlton
  • 68. Inseridos na idéia de utilizar a WWW, internet como ferraementa, o trabalhos Legibile City, do artista Jeffrey Shaw (1992) foi uma das primeiras instalações interativas que tiveram um repercussão positiva para a época.
  • 69. Legibile City, Jeffrey Shaw,1992 vídeo
  • 70. Roman Verostko, 2004 – traz em sua obra pensamentos filosóficos, na série Pearl Park Scriptures (2004), as formas desenhadas são acompanhadas de textos transformados em uma linguagem de novos sinais gerados por algoritmos.
  • 71. Roman Verostko, Pearl Park Scriptures, 2004
  • 72. Roman Verostko, Pearl Park Scriptures, 2004
  • 73. Roman Verostko, Pearl Park Scriptures, 2004
  • 74. A colagem, técnica que há muito tempo transita no âmbito das artes visuais, também está presente na arte digital, os primeiros arquivos são datados de 1960. Por vezes a colagem servirá para gerar um distanciamento da realidade, como pura experimentação e por outro lado o objetivo é de gerar uma fusão quase imperceptível entre imagens de modo a gerar um ilusão de homogeneidade.
  • 75. James Faure Walker, produz obras híbridas, provenientes da pintura, dos gráficos gerador por computador, da fotografia, etc, erando uma abertura á total experimentação.
  • 76. James Faure Walker, Kyoto, 2002
  • 77. James Faure Walker, Floral, 2004
  • 81. Experimentação 01 1. Desenho a partir de algoritmos: http://www.potatoland.org p-soup Four Solid 2. SACII Art: http://www.typorganism.com/ ASCII o matic 3. Net Art: http://www.doodlebuzz.com/