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PATRIMÓNIO CULTURAL E PAISAGÍSTICO PORTUGUÊS
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior Contemporânea
Professor Doutor
Artur Filipe dos Santos
1
Património Cultural e Paisagístico Português
• Distrito e Concelho de Vila REal
Professor Doutor Artur Filipe dos Santos
2
Sé de Vila Real
• A Sé de Vila Real ou
Igreja de São Domingos
localiza-se em Vila Real,
Portugal. Construída no
século XV, é
considerada o melhor
exemplo de arquitetura
gótica na região de Trás-
os-Montes.
• É sede da Diocese de
Vila Real desde 1924.
3
• A Igreja de São Domingos,
actual Sé, foi mandada
erguer, juntamente com o
convento com o mesmo
nome, no séc. XV, a mando
dos religiosos de São
Domingos, de Guimarães. A
nível arquitectónico recebe
influências de dois estilos: o
Românico, que é o mais
visível, bem patente na
robustez e austeridade das
suas linhas, e o Gótico.
4
• Na sua fachada podem ver-
se imagens de S. Domingos,
e S. Francisco de Assis. Em
1837 sofreu um grande
incêndio que dizimou a
maior parte do património
que detinha no seu interior.
A torre foi acrescentada no
séc. XVIII, e os vitrais foram
colocados durante as
últimas obras de
intervenção (2001-2005).
Está aberta diariamente ao
culto.
5
• A igreja de São Domingos,
sede de um convento
dessa ordem fundado por
monges vimaranenses em
tempo de D. João I (O de
Boa Memória) (1421) e
erigido a partir de 1424,
constitui o melhor
exemplo transmontano
da arquitectura gótica.
6
• Como o próprio nome
indica, a atual Sé tem
origem num convento
dominicano fundado
por monges vindos de
Guimarães no século XV
na zona extra-muros de
Vila Real, no campo do
Tavolado.
7
• O rei D. João I doou
terrenos para o
convento em 1421 e
1422, e as obras se
iniciaram em 1424. A
construção do convento
também foi
apadrinhada pelos
marqueses de Vila Real,
cuja residência se
localizava nas cercanias.
8
• A igreja foi reformada no
século XVI e,
especialmente, no século
XVIII, cuando se construiu
a atual capela-mor e a
torre sineira de feição
barroca. As dependências
conventuais também
passaram por uma grande
reforma nessa época.
9
• À semelhança do que se
passou em outras regiões
do Norte do País, onde o
Gótico teve grandes
dificuldades para se
impôr como linguagem
artística dominante,
também a Igreja de São
Domingos possui
características ainda
vincadamente românicas,
não obstante a cronologia
avançada da obra.
10
• A extrema robustez dos
seus muros ou a escassa
iluminação do interior são
elementos conotados
com o Românico que se
prolongaram ao longo de
toda a Baixa Idade Média
no Norte do reino,
formando um grupo
artístico bem diferente do
que então se alcançou no
Centro e no Sul do
território nacional.
11
• Muito tempo passou
antes que o templo
dominicano albergasse
a sede da Diocese, só
muito recentemente
criada (1992).
12
• No século XVI, no
reinado de D. Manuel
(O Venturoso),
procedeu-se a uma
primeira remodelação
do convento, como o
prova uma porta
encimada pela esfera
armilar.
13
• Bastante mais vastas
foram as obras do século
XVIII, altura em que se
substituíu a primitiva
cabeceira gótica, em
benefício de uma mais
ampla, mais profunda, e
mais moderna estrutura,
profusamente iluminada
(através de janelões nas
paredes laterais). Deste
mesmo período barroco é
a torre sineira (1742).
14
• A extinção das Ordens
Religiosas, em 1834,
significou a decadência
do convento. a igreja
passa a ser sede da
paróquia de São Dinis e
o convento foi
reutilizado como
quartel do Batalhão de
Caçadores.
15
Joaquim António de Aguiar
“O Mata Frades”
“declaro extintos todos os
conventos, mosteiros, colégios,
hospícios, e quaisquer outras
casas das ordens religiosas
regulares"
• Alvo de um violento
incêndio em 1837, que
destruíu grande parte
do recheio, só viria a ser
restaurado nas décadas
de 30 a 50 do século XX,
altura em que foi
colocado o actual
retábulo-mor, obra
maneirista do Convento
de Odivelas.
16
• Em 1922, o Papa Pio XI
criou a diocese de Vila
Real, e a antiga igreja do
dominicanos da cidade
foi sagrada catedral em
1924.
17
• Passou por grandes
obras de restauro nas
décadas de 1930 e 1940
coordenadas pela
DGEMN. O atual
retábulo-mor, de estilo
maneirista, foi trazido
em 1938 do Mosteiro
de Odivelas.
18
• Mais recentemente, o
IPPAR promoveu um
projecto inovador,
convidando o pintor
João Vieira a efectuar
um conjunto de vitrais
para o edifício.
19
• O resultado foi uma
composição inspirada
no prólogo do
«Evangelho Segundo
São João», actualmente
integrada na estrutura
medieval do edifício.
20
• A Igreja de S.
Domingos/Sé de Vila
Real, está classificada
como Monumento
Nacional desde 1926.
21
• É propriedade do
Estado, em afectação
permanente ao culto,
regime resultante
da Concordata entre a
Santa Sé e a República
Portuguesa em 2004.
22
• Tem uma Zona Especial
de Protecção (ZEP DG, II
Série, n.º 133, de 05-06-
1956).
Situada em pleno centro
urbano da cidade de Vila
Real, foi sede de um
antigo convento
dominicano, fundado no
séc XV, e constitui o
melhor exemplo
transmontano da
arquitectura gótica.
23
• Edifício de três naves, a
robustez das suas
paredes e as suas
contidas aberturas são
elementos de tradição
românica que
perduraram para além
da Idade Média.
24
• O seu característico
terreiro é também uma
marca dessa época que
chegou até aos nossos
dias.
25
• Do século XV, época da
fundação do convento,
sobrevive a igreja em
um estilo gótico
despojado e funcional,
ligada ao gótico
mendicante.
26
• A planta é em cruz
latina com três naves
com cobertura de
madeira, sendo a nave
central mais alta que as
laterais.
27
• O transepto é saliente e
iluminado por rosáceas
nas paredes dos braços
e sobre o arco da
capela-mor. A atual
capela-mor é de planta
quadrada e foi realizada
no século XVIII.
28
• A fachada principal
revela a disposição em
três naves do interior.
Possui um portal com
arquivoltas apontadas
inserido num alfiz e
flaqueado por grandes
contrafortes.
29
• Alfiz é um termo de origem
árabe (al-ifriz) que designa um
ornamento arquitectónico.
Consta de uma moldura,
geralmente rectangular (ainda
que se admitam outras
formas), que demarca
exteriormente um ou mais
arcos concêntricos ou não, em
elementos como portais ou
janelas . É frequente na arte
islâmica ibérica e na arte
moçárabe, aparecendo muitas
vezes associado aos arcos em
ferradura.
30
• A fachada inclui ainda
nichos com santos da
Ordem e é sobrepojada
por uma rosácea.
31
• No interior, as naves são
escassamente
iluminadas por janelas
localizadas na parte
superior da nave central
(clerestório).
32
• Galeria superior ao
trifório, nas igrejas
ogivais.
33
• A pouca iluminação e a
robustez das paredes é
reminiscente da
arquitetura românica,
que muito influenciou o
gótico no norte de
Portugal.
34
• Em meados do século
XVIII foi contruída uma
torre sineira ao lado da
capela-mor, na parte
traseira da igreja. Trata-
se de uma torre de
quatro andares,
rematada por uma
balaustrada e cúpula
com um fogaréu no
topo.
35
• fogaréu é um ornato
escultural terminando
em forma de chama.
36
• O interior encontra-se
deprovido de decoração
desde a reforma dos
anos 1930, mas possui
vários arcossólios
tumulares medievais.
37
• Arcassólio:Túmulo
disposto na espessura
de uma parede
38
• O atual retábulo
maneirista da capela-
mor é proveniente do
Mosteiro de Odivelas.
Em 2003 foram
colocados vitrais
modernos do artista
João Rodrigues Vieira
(1934-2009) numa
reforma realizada pelo
IPPAR.
39
Torre de Quintela
• A Torre de Quintela
localiza-se na aldeia de
Quintela, Freguesia de
Vila Marim, Concelho e
Distrito de Vila Real, em
Portugal.
• Foi erguida em posição
dominante sobre um
maciço rochoso no sopé
da serra do Alvão.
40
• Situada junto à Ribeira da
Marinheira, a ocidente de
Vila Real, a Torre de
Quintela é um dos poucos
exemplos de arquitectura
civil-militar que
comprovam o avanço da
senhorialização,
tipicamente baixo-
medieval, por terras
transmontanas.
41
• A história deste local é
antiga, recuando, pelo
menos, até aos meados
do século XI.
42
• Tudo indica que esta
torre medieval, tenha
sido edificada no
reinado de D. Afonso III
(1248-1279), por ordem
de D. Alda Vasques, que
a utilizou como
residência senhorial.
43
• Posteriormente, após
um curto período na
posse da Ordem dos
Templários, parece ter
passado para os
domínios dos condes de
Vimioso.
44
• Camilo Castelo Branco
cita-a, com liberdade
literária, como um dos
cenários do romance
“Anátema".
45
(latim eclesiástico anathema, -atis, do grego
anáthema, -atos, oferenda, coisa maldita,
maldição)
adjectivo de dois géneros
1. Maldito, excomungado.
substantivo masculino
2. Excomunhão com execração.
3. Pessoa anatematizada.
• A propriedade aparece
como uma das principais
unidades agrárias das
actuais terras de Vila
Real, intimamente ligada
aos condes que tutelavam
o território de Chaves,
uma vez que estava na
posse de D. Gotronde
Nunes, mulher do conde
D. Vasco
46
• A torre senhorial que
hoje vemos, contudo,
nada tem que ver com
esse recuado passado
condal.
47
• Ela é o produto dos
séculos XIII-XIV, período
que corresponde a um
maior desenvolvimento
agrícola e demográfico da
região. Na viragem para o
século XIV, aqui se
instalou D. Alda Vasques,
a quem se atribui a
construção da torre, para
sua própria residência.
48
• No entanto, o facto de a
propriedade vir referida
nas Inquirições de D.
Afonso III (1258) pode
retardar a sua construção
em cerca de meio século,
circunstância que a
colocaria numa fase ainda
tardo-românica da nossa
arquitectura. Outros
autores apontam uma
construção já tardia, em
pleno século XV
49
• Na actualidade, o edifício
apresenta algumas
reformas posteriores, mas a
sua estrutura deve
corresponder ao plano
fundacional do século XIII:
uma planta quadrangular
(com cerca de 12 metros de
largura) define um alçado
bastante elevado (mais de
vinte metros de altura),
organizado interiormente
em 4 pisos.
50
• O acesso faz-se através de
uma porta de entrada, de
volta perfeita (mas
originalmente em arco
quebrado), com lintel
recto e arco de descarga,
elevado em relação à cota
do terreno, na origem
ligando-se com esta
através de uma escadaria
de madeira.
51
• Os elementos decorativos que
aqui vemos empregues, como
os balcões ameados, os
matacães, as frestas de
iluminação ou a linha de
merlões que coroa toda a
estrutura, são característicos
da arquitectura gótica, embora
algumas opiniões apontem
para a sua posterior integração
na torre já pelos séculos XV ou
XVI, hipótese que não está, até
ao momento, integralmente
confirmada.
52
• O merlão (do francês "merlon"), em arquitectura
militar, é a parte saliente do parapeito de uma
fortificação, entre duas seteiras ou ameias. Refere-
se a cada um dos intervalos dentados das ameias
de uma fortaleza
53
• Por disposição
testamentária, D. Alda legou
a Torre de Quintela à Ordem
dos Hospitalários,
instituição que ficou na
posse da propriedade
durante os século seguintes.
Em 1695, numa altura em
que a torre se encontrava
na posse do Morgadio dos
Conde de Vimioso (de que
era titular D. Francisco de
Portugal), deu-se uma
reforma importante do
morgado.
54
• A Torre é então descrita
como tendo "52 fiadas
da base ao coroamento
das ameias, (...) quatro
guaritas e varanda em
cada uma das faces"
55
• Para além disso, a
grande reserva agrícola
que lhe estava adstrita
possuía uma capela,
dedicada a Santa Maria
Madalena, e uma ampla
área de cultivo, assim
como numerosas
dependências.
56
• Para além disso, a
grande reserva agrícola
que lhe estava adstrita
possuía uma capela,
dedicada a Santa Maria
Madalena, e uma ampla
área de cultivo, assim
como numerosas
dependências.
57
• A extinção das Ordens
Religiosas, em 1834, veio
abrir um novo e
desastroso período na
história deste
monumento. Vendida a
privados, e tendo estado
prestes a ser destruída,
ela viria a ser poupada da
ruína por condicionantes
económicas.
58
• Mais recentemente, foi
projectada a sua
reconversão em pólo
museológico, tendo,
para isso, sido
submetida a um
restauro integral, nos
primeiros anos da
década de 80 do século
XX.
59
• Particularmente
importante, neste
processo, foi a total
reformulação do interior
e consequente divisão em
quatro andares,
organização que poderá
não corresponder à
primitiva definição
espacial, uma vez que, em
alguns pontos, ainda se
observam consolas de
apoio a pavimentos.
60
• A Câmara Municipal de
Vila Real, que
actualmente detém a
gestão do edifício, tem
em projecto a
instalação de um
Museu de Heráldica.
61
• Encontra-se classificada
como Monumento
Nacional, por Decreto
de 23 de Junho de 1910
62
Biliografia
63
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_S%C3%A3o_Domingos_(Vila
_Real)
http://www.diocese-vilareal.pt/se.html
http://www.igespar.pt/en/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioim
ovel/detail/69794/
http://www.culturanorte.pt/pagina,59,67.aspx
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfiz
http://www.priberam.pt/dlpo/clerest%C3%B3rio
http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioim
ovel/detail/70323/

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Património cultural aula 39 - igreja de S. Domingos - sé de vila real e torre de quintela

  • 1. Cadeira de PATRIMÓNIO CULTURAL E PAISAGÍSTICO PORTUGUÊS Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea Professor Doutor Artur Filipe dos Santos 1
  • 2. Património Cultural e Paisagístico Português • Distrito e Concelho de Vila REal Professor Doutor Artur Filipe dos Santos 2
  • 3. Sé de Vila Real • A Sé de Vila Real ou Igreja de São Domingos localiza-se em Vila Real, Portugal. Construída no século XV, é considerada o melhor exemplo de arquitetura gótica na região de Trás- os-Montes. • É sede da Diocese de Vila Real desde 1924. 3
  • 4. • A Igreja de São Domingos, actual Sé, foi mandada erguer, juntamente com o convento com o mesmo nome, no séc. XV, a mando dos religiosos de São Domingos, de Guimarães. A nível arquitectónico recebe influências de dois estilos: o Românico, que é o mais visível, bem patente na robustez e austeridade das suas linhas, e o Gótico. 4
  • 5. • Na sua fachada podem ver- se imagens de S. Domingos, e S. Francisco de Assis. Em 1837 sofreu um grande incêndio que dizimou a maior parte do património que detinha no seu interior. A torre foi acrescentada no séc. XVIII, e os vitrais foram colocados durante as últimas obras de intervenção (2001-2005). Está aberta diariamente ao culto. 5
  • 6. • A igreja de São Domingos, sede de um convento dessa ordem fundado por monges vimaranenses em tempo de D. João I (O de Boa Memória) (1421) e erigido a partir de 1424, constitui o melhor exemplo transmontano da arquitectura gótica. 6
  • 7. • Como o próprio nome indica, a atual Sé tem origem num convento dominicano fundado por monges vindos de Guimarães no século XV na zona extra-muros de Vila Real, no campo do Tavolado. 7
  • 8. • O rei D. João I doou terrenos para o convento em 1421 e 1422, e as obras se iniciaram em 1424. A construção do convento também foi apadrinhada pelos marqueses de Vila Real, cuja residência se localizava nas cercanias. 8
  • 9. • A igreja foi reformada no século XVI e, especialmente, no século XVIII, cuando se construiu a atual capela-mor e a torre sineira de feição barroca. As dependências conventuais também passaram por uma grande reforma nessa época. 9
  • 10. • À semelhança do que se passou em outras regiões do Norte do País, onde o Gótico teve grandes dificuldades para se impôr como linguagem artística dominante, também a Igreja de São Domingos possui características ainda vincadamente românicas, não obstante a cronologia avançada da obra. 10
  • 11. • A extrema robustez dos seus muros ou a escassa iluminação do interior são elementos conotados com o Românico que se prolongaram ao longo de toda a Baixa Idade Média no Norte do reino, formando um grupo artístico bem diferente do que então se alcançou no Centro e no Sul do território nacional. 11
  • 12. • Muito tempo passou antes que o templo dominicano albergasse a sede da Diocese, só muito recentemente criada (1992). 12
  • 13. • No século XVI, no reinado de D. Manuel (O Venturoso), procedeu-se a uma primeira remodelação do convento, como o prova uma porta encimada pela esfera armilar. 13
  • 14. • Bastante mais vastas foram as obras do século XVIII, altura em que se substituíu a primitiva cabeceira gótica, em benefício de uma mais ampla, mais profunda, e mais moderna estrutura, profusamente iluminada (através de janelões nas paredes laterais). Deste mesmo período barroco é a torre sineira (1742). 14
  • 15. • A extinção das Ordens Religiosas, em 1834, significou a decadência do convento. a igreja passa a ser sede da paróquia de São Dinis e o convento foi reutilizado como quartel do Batalhão de Caçadores. 15 Joaquim António de Aguiar “O Mata Frades” “declaro extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios, e quaisquer outras casas das ordens religiosas regulares"
  • 16. • Alvo de um violento incêndio em 1837, que destruíu grande parte do recheio, só viria a ser restaurado nas décadas de 30 a 50 do século XX, altura em que foi colocado o actual retábulo-mor, obra maneirista do Convento de Odivelas. 16
  • 17. • Em 1922, o Papa Pio XI criou a diocese de Vila Real, e a antiga igreja do dominicanos da cidade foi sagrada catedral em 1924. 17
  • 18. • Passou por grandes obras de restauro nas décadas de 1930 e 1940 coordenadas pela DGEMN. O atual retábulo-mor, de estilo maneirista, foi trazido em 1938 do Mosteiro de Odivelas. 18
  • 19. • Mais recentemente, o IPPAR promoveu um projecto inovador, convidando o pintor João Vieira a efectuar um conjunto de vitrais para o edifício. 19
  • 20. • O resultado foi uma composição inspirada no prólogo do «Evangelho Segundo São João», actualmente integrada na estrutura medieval do edifício. 20
  • 21. • A Igreja de S. Domingos/Sé de Vila Real, está classificada como Monumento Nacional desde 1926. 21
  • 22. • É propriedade do Estado, em afectação permanente ao culto, regime resultante da Concordata entre a Santa Sé e a República Portuguesa em 2004. 22
  • 23. • Tem uma Zona Especial de Protecção (ZEP DG, II Série, n.º 133, de 05-06- 1956). Situada em pleno centro urbano da cidade de Vila Real, foi sede de um antigo convento dominicano, fundado no séc XV, e constitui o melhor exemplo transmontano da arquitectura gótica. 23
  • 24. • Edifício de três naves, a robustez das suas paredes e as suas contidas aberturas são elementos de tradição românica que perduraram para além da Idade Média. 24
  • 25. • O seu característico terreiro é também uma marca dessa época que chegou até aos nossos dias. 25
  • 26. • Do século XV, época da fundação do convento, sobrevive a igreja em um estilo gótico despojado e funcional, ligada ao gótico mendicante. 26
  • 27. • A planta é em cruz latina com três naves com cobertura de madeira, sendo a nave central mais alta que as laterais. 27
  • 28. • O transepto é saliente e iluminado por rosáceas nas paredes dos braços e sobre o arco da capela-mor. A atual capela-mor é de planta quadrada e foi realizada no século XVIII. 28
  • 29. • A fachada principal revela a disposição em três naves do interior. Possui um portal com arquivoltas apontadas inserido num alfiz e flaqueado por grandes contrafortes. 29
  • 30. • Alfiz é um termo de origem árabe (al-ifriz) que designa um ornamento arquitectónico. Consta de uma moldura, geralmente rectangular (ainda que se admitam outras formas), que demarca exteriormente um ou mais arcos concêntricos ou não, em elementos como portais ou janelas . É frequente na arte islâmica ibérica e na arte moçárabe, aparecendo muitas vezes associado aos arcos em ferradura. 30
  • 31. • A fachada inclui ainda nichos com santos da Ordem e é sobrepojada por uma rosácea. 31
  • 32. • No interior, as naves são escassamente iluminadas por janelas localizadas na parte superior da nave central (clerestório). 32
  • 33. • Galeria superior ao trifório, nas igrejas ogivais. 33
  • 34. • A pouca iluminação e a robustez das paredes é reminiscente da arquitetura românica, que muito influenciou o gótico no norte de Portugal. 34
  • 35. • Em meados do século XVIII foi contruída uma torre sineira ao lado da capela-mor, na parte traseira da igreja. Trata- se de uma torre de quatro andares, rematada por uma balaustrada e cúpula com um fogaréu no topo. 35
  • 36. • fogaréu é um ornato escultural terminando em forma de chama. 36
  • 37. • O interior encontra-se deprovido de decoração desde a reforma dos anos 1930, mas possui vários arcossólios tumulares medievais. 37
  • 38. • Arcassólio:Túmulo disposto na espessura de uma parede 38
  • 39. • O atual retábulo maneirista da capela- mor é proveniente do Mosteiro de Odivelas. Em 2003 foram colocados vitrais modernos do artista João Rodrigues Vieira (1934-2009) numa reforma realizada pelo IPPAR. 39
  • 40. Torre de Quintela • A Torre de Quintela localiza-se na aldeia de Quintela, Freguesia de Vila Marim, Concelho e Distrito de Vila Real, em Portugal. • Foi erguida em posição dominante sobre um maciço rochoso no sopé da serra do Alvão. 40
  • 41. • Situada junto à Ribeira da Marinheira, a ocidente de Vila Real, a Torre de Quintela é um dos poucos exemplos de arquitectura civil-militar que comprovam o avanço da senhorialização, tipicamente baixo- medieval, por terras transmontanas. 41
  • 42. • A história deste local é antiga, recuando, pelo menos, até aos meados do século XI. 42
  • 43. • Tudo indica que esta torre medieval, tenha sido edificada no reinado de D. Afonso III (1248-1279), por ordem de D. Alda Vasques, que a utilizou como residência senhorial. 43
  • 44. • Posteriormente, após um curto período na posse da Ordem dos Templários, parece ter passado para os domínios dos condes de Vimioso. 44
  • 45. • Camilo Castelo Branco cita-a, com liberdade literária, como um dos cenários do romance “Anátema". 45 (latim eclesiástico anathema, -atis, do grego anáthema, -atos, oferenda, coisa maldita, maldição) adjectivo de dois géneros 1. Maldito, excomungado. substantivo masculino 2. Excomunhão com execração. 3. Pessoa anatematizada.
  • 46. • A propriedade aparece como uma das principais unidades agrárias das actuais terras de Vila Real, intimamente ligada aos condes que tutelavam o território de Chaves, uma vez que estava na posse de D. Gotronde Nunes, mulher do conde D. Vasco 46
  • 47. • A torre senhorial que hoje vemos, contudo, nada tem que ver com esse recuado passado condal. 47
  • 48. • Ela é o produto dos séculos XIII-XIV, período que corresponde a um maior desenvolvimento agrícola e demográfico da região. Na viragem para o século XIV, aqui se instalou D. Alda Vasques, a quem se atribui a construção da torre, para sua própria residência. 48
  • 49. • No entanto, o facto de a propriedade vir referida nas Inquirições de D. Afonso III (1258) pode retardar a sua construção em cerca de meio século, circunstância que a colocaria numa fase ainda tardo-românica da nossa arquitectura. Outros autores apontam uma construção já tardia, em pleno século XV 49
  • 50. • Na actualidade, o edifício apresenta algumas reformas posteriores, mas a sua estrutura deve corresponder ao plano fundacional do século XIII: uma planta quadrangular (com cerca de 12 metros de largura) define um alçado bastante elevado (mais de vinte metros de altura), organizado interiormente em 4 pisos. 50
  • 51. • O acesso faz-se através de uma porta de entrada, de volta perfeita (mas originalmente em arco quebrado), com lintel recto e arco de descarga, elevado em relação à cota do terreno, na origem ligando-se com esta através de uma escadaria de madeira. 51
  • 52. • Os elementos decorativos que aqui vemos empregues, como os balcões ameados, os matacães, as frestas de iluminação ou a linha de merlões que coroa toda a estrutura, são característicos da arquitectura gótica, embora algumas opiniões apontem para a sua posterior integração na torre já pelos séculos XV ou XVI, hipótese que não está, até ao momento, integralmente confirmada. 52
  • 53. • O merlão (do francês "merlon"), em arquitectura militar, é a parte saliente do parapeito de uma fortificação, entre duas seteiras ou ameias. Refere- se a cada um dos intervalos dentados das ameias de uma fortaleza 53
  • 54. • Por disposição testamentária, D. Alda legou a Torre de Quintela à Ordem dos Hospitalários, instituição que ficou na posse da propriedade durante os século seguintes. Em 1695, numa altura em que a torre se encontrava na posse do Morgadio dos Conde de Vimioso (de que era titular D. Francisco de Portugal), deu-se uma reforma importante do morgado. 54
  • 55. • A Torre é então descrita como tendo "52 fiadas da base ao coroamento das ameias, (...) quatro guaritas e varanda em cada uma das faces" 55
  • 56. • Para além disso, a grande reserva agrícola que lhe estava adstrita possuía uma capela, dedicada a Santa Maria Madalena, e uma ampla área de cultivo, assim como numerosas dependências. 56
  • 57. • Para além disso, a grande reserva agrícola que lhe estava adstrita possuía uma capela, dedicada a Santa Maria Madalena, e uma ampla área de cultivo, assim como numerosas dependências. 57
  • 58. • A extinção das Ordens Religiosas, em 1834, veio abrir um novo e desastroso período na história deste monumento. Vendida a privados, e tendo estado prestes a ser destruída, ela viria a ser poupada da ruína por condicionantes económicas. 58
  • 59. • Mais recentemente, foi projectada a sua reconversão em pólo museológico, tendo, para isso, sido submetida a um restauro integral, nos primeiros anos da década de 80 do século XX. 59
  • 60. • Particularmente importante, neste processo, foi a total reformulação do interior e consequente divisão em quatro andares, organização que poderá não corresponder à primitiva definição espacial, uma vez que, em alguns pontos, ainda se observam consolas de apoio a pavimentos. 60
  • 61. • A Câmara Municipal de Vila Real, que actualmente detém a gestão do edifício, tem em projecto a instalação de um Museu de Heráldica. 61
  • 62. • Encontra-se classificada como Monumento Nacional, por Decreto de 23 de Junho de 1910 62