“Se perguntarmos qual é o caminho central e direto nesse mundo que nos leva à Cristo, a resposta é rápida e belíssima: este caminho é Maria... temos que aproximar-nos de Maria, a cristífera, a portadora de Cristo no mundo” (Audiência Geral, 21 de dezembro de 1966).
Foi Paulo VI que no discurso de encerramento da terceira sessão do Concílio, diante dos Bispos do mundo disse: “Portanto, para a glória da Bem-Aventurada Virgem Maria, declaramos Maria Santíssima Mãe da Igreja" (21 de novembro de 1964).”
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Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista, Sociólogo.
Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado da Escola Superior de Saúde do Instituto Piaget.Estudioso do Mito Compostelano e dos Caminhos de Santiago, é orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior.
Web: www.usc.no.sapo.pt
Email: usc@sapo.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras lecionadas(23), acessivéis a séniores, estudantes e profissionais através de livraria online.
2. 98 Anos das Aparições de Fátima
PATRIMÓNIO CULTURAL DA FÉ
2
Aula 1
3. Artur Filipe dos Santos
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• Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e
Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e
investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista, Sociólogo.
• Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da
Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em
Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.
Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor da UNESCO
para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1)
da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do
Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster.
Professor convidado da Escola Superior de Saúde do Instituto Piaget.
Estudioso do Mito Compostelano e dos Caminhos de Santiago, é orador e palestrante
convidado em várias instituições de ensino superior.
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4. A Universidade Sénior
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• A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição
vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que
se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas
matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em
múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática,
internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade
de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da
USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo.
Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras
lecionadas(23), acessivéis a séniores, estudantes e profissionais
através de livraria online.
4
5. Artur Filipe dos Santos – As Aparições
de Fátima
• “Se perguntarmos qual é o caminho
central e direto nesse mundo que nos
leva à Cristo, a resposta é rápida e
belíssima: este caminho é Maria...
temos que aproximar-nos de Maria, a
cristífera, a portadora de Cristo no
mundo” (Audiência Geral, 21 de
dezembro de 1966).
Foi Paulo VI que no discurso de
encerramento da terceira sessão do
Concílio, diante dos Bispos do mundo
disse: “Portanto, para a glória da Bem-
Aventurada Virgem Maria, declaramos
Maria Santíssima Mãe da Igreja" (21
de novembro de 1964).”
5
Património Cultural – As Aparições de Fátima
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6. • “No dia 13 de Maio de 1917,
três crianças, Lúcia de Jesus
Rosa dos Santos (10 anos),
Francisco Marto (9 anos) e
Jacinta Marto (7 anos),
afirmaram ter visto "...uma
senhora mais branca que o
Sol" sobre uma azinheira de
um metro ou pouco mais de
altura, quando apascentavam
um pequeno rebanho na Cova
da Iria, lugar de Aljustrel,
pertencente ao concelho de
Ourém, distrito de Santarém,
Portugal.
6
Património Cultural – As Aparições de Fátima
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7. • Lúcia via, ouvia e falava
com a aparição, Jacinta
via e ouvia e Francisco
apenas via, mas não a
ouvia.
7
Património Cultural – As Aparições de Fátima
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8. • As aparições repetiram-
se nos cinco meses
seguintes e seriam
portadoras de uma
mensagem ao mundo.
A 13 de Outubro de
1917 a aparição disse-
lhes ser a Nossa
Senhora do Rosário.
8
Património Cultural – As Aparições de Fátima
9. • Nossa Senhora do
Rosário (ou Nossa
Senhora do Santo Rosário
ou Nossa Senhora do
Santíssimo Rosário) é o
título recebido pela
aparição mariana a São
Domingos de Gusmão em
1208 na igreja de Prouille,
em que Maria lhe dá o
rosário.
9
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10. • Os relatos destes
acontecimentos foram
redigidos pela Irmã
Lúcia a partir de 1935,
em quatro manuscritos,
habitualmente
designados por
Memórias I, II, III e IV2.”
Wikipedia
10
Património Cultural – As Aparições de Fátima
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11. • “A 13 de Maio de 1917,
três crianças
apascentavam um
pequeno rebanho na
Cova da Iria, freguesia de
Fátima, concelho de Vila
Nova de Ourém, hoje
diocese de Leiria-Fátima.
Chamavam-se Lúcia de
Jesus, de 10 anos, e
Francisco e Jacinta Marto,
seus primos, de 9 e 7
anos.
11
Património Cultural – As Aparições de Fátima
12. • Por volta do meio dia,
depois de rezarem o
terço, como
habitualmente faziam,
entretinham-se a
construir uma pequena
casa de pedras soltas,
no local onde hoje se
encontra a Basílica.
12
Património Cultural – As Aparições de Fátima
13. • De repente, viram uma luz
brilhante; julgando ser um
relâmpago, decidiram ir-se
embora, mas, logo abaixo,
outro clarão iluminou o
espaço, e viram em cima de
uma pequena azinheira
(onde agora se encontra a
Capelinha das Aparições),
uma "Senhora mais
brilhante que o sol", de
cujas mãos pendia um terço
branco.
13
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14. • A Senhora disse aos três
pastorinhos que era
necessário rezar muito
e convidou-os a
voltarem à Cova da Iria
durante mais cinco
meses consecutivos, no
dia 13 e àquela hora.
14
Património Cultural – As Aparições de Fátima
15. • As crianças assim
fizeram, e nos dias 13
de Junho, Julho,
Setembro e Outubro, a
Senhora voltou a
aparecer-lhes e a falar-
lhes, na Cova da Iria.
15
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16. • A 19 de Agosto, a
aparição deu-se no sítio
dos Valinhos, a uns 500
metros do lugar de
Aljustrel, porque, no dia
13, as crianças tinham
sido levadas pelo
Administrador do
Concelho, para Vila
Nova de Ourém.
16
Património Cultural – As Aparições de Fátima
17. • Na última aparição, a 13
de Outubro, estando
presentes cerca de
70.000 pessoas, a
Senhora disse-lhes que
era a "Senhora do
Rosário" e que fizessem
ali uma capela em Sua
honra.
17
Património Cultural – As Aparições de Fátima
18. • Depois da aparição,
todos os presentes
observaram o milagre
prometido às três
crianças em Julho e
Setembro:
18
Património Cultural – As Aparições de Fátima
19. • O sol, assemelhando-se
a um disco de prata,
podia fitar-se sem
dificuldade e girava
sobre si mesmo como
uma roda de fogo,
parecendo precipitar-se
na terra.
19
Património Cultural – As Aparições de Fátima
20. • Posteriormente, sendo Lúcia religiosa
de Santa Doroteia, Nossa Senhora
apareceu-lhe novamente em Espanha
(10 de Dezembro de 1925 e 15 de
Fevereiro de 1926, no Convento de
Pontevedra, e na noite de 13/14
de Junho de 1929, no Convento de
Tuy), pedindo a devoção dos cinco
primeiros sábados (rezar o terço,
meditar nos mistérios do Rosário,
confessar-se e receber a Sagrada
Comunhão, em reparação dos pecados
cometidos contra o Imaculado Coração
de Maria) e a Consagração da Rússia
ao mesmo Imaculado Coração.
20
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21. • Este pedido já Nossa
Senhora o anunciara em
13 de Julho de 1917.
21
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22. • Anos mais tarde, a Ir.
Lúcia conta ainda que,
entre Abril e Outubro
de 1916, tinha
aparecido um Anjo aos
três videntes, por três
vezes, duas na Loca do
Cabeço e outra junto ao
poço do quintal da casa
de Lúcia, convidando-os
à oração e penitência.
22
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Memórias da Irmã Lúcia
Autor: Padre Krom
23. • Desde 1917, não mais
cessaram de ir à Cova da
Iria milhares e milhares
de peregrinos de todo o
mundo, primeiro nos dias
13 de cada mês, depois
nos meses de férias de
Verão e Inverno, e agora
cada vez mais nos fins de
semana e no dia-a-dia,
num montante anual
de cinco milhões.”
23
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24. • Aparições do Anjo
Antes das aparições de Nossa
Senhora na Cova da Iria em 1917,
Lúcia, Francisco e Jacinta tiveram
no ano anterior três visões do Anjo
de Portugal ou Anjo da Paz.
24
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25. • Estas visões
permaneceram inéditas
até 1937, até Lúcia as
divulgar, pela primeira
vez, no designado texto
Memória II.
25
Património Cultural – As Aparições de Fátima
26. • A narração é mais
completa e o texto
definitivo das orações
do anjo é publicado na
Memória IV, escrito em
1941.
26
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27. • As aparições do Anjo em 1916,
foram precedidas por três
outras visões, de Abril a
Outubro de 1915, nas quais
Lúcia e outras três
pastorinhas, Maria Rosa
Matias, Teresa Matias e Maria
Justino viram, também no
outeiro do Cabeço, e noutros
locais, suspensa no ar sobre o
arvoredo do vale "uma como
que nuvem mais branca que a
neve, algo transparente, com
forma humana.
27
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28. • Era uma figura, como se
fosse uma estátua de
neve, que os raios do
sol tornavam algo
transparente". A
descrição é da própria
irmã Lúcia.
28
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29. • Primeira aparição
O relato da mais velha
dos videntes, Lúcia,
descreve assim os
acontecimentos: "Andava
eu com os meus primos
Francisco e Jacinta a
cuidar do rebanho e
subimos a encosta em
procura dum abrigo a que
chamávamos a "Loca do
Cabeço".
29
Património Cultural – As Aparições de Fátima
30. • Depois de aí merendar
e rezar, alguns
momentos havia que
jogávamos e eis que um
vento sacode as árvores
e faz-nos levantar a
vista para ver o que se
passava, pois o dia
estava sereno.
30
Património Cultural – As Aparições de Fátima
31. • Então começámos a ver,
a alguma distância,
sobre as árvores que se
estendiam em direcção
ao nascente, uma luz
mais branca que a neve,
com a forma dum
jovem, transparente,
mais brilhante que um
cristal atravessado
pelos raios do Sol.
31
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32. • À medida que se
aproximava, íamos-lhe
distinguindo as feições.
Estávamos
surpreendidos e meios
absortos. Não dizíamos
palavra. Ao chegar junto
de nós, disse: – Não
temais. Sou o Anjo da
Paz. Orai comigo.
32
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33. • E ajoelhando em terra,
curvou a fronte até ao
chão. Levados por um
movimento
sobrenatural, imitámo-
lo e repetimos as
palavras que lhe
ouvimos pronunciar:
33
Património Cultural – As Aparições de Fátima
34. • – Meu Deus, eu creio,
adoro, espero e amo-
Vos. Peço-Vos perdão
para os que não crêem,
não adoram, não
esperam e não Vos
amam.
34
Património Cultural – As Aparições de Fátima
35. • Depois de repetir isto
três vezes, ergueu-se e
disse: – Orai assim. Os
Corações de Jesus e
Maria estão atentos à
voz das vossas súplicas.
E desapareceu.
35
Património Cultural – As Aparições de Fátima
36. • A atmosfera do
sobrenatural que nos
envolveu era tão intensa,
que quase não nos
dávamos conta da própria
existência, por um grande
espaço de tempo,
permanecendo na
posição em que nos tinha
deixado, repetindo
sempre a mesma oração.
36
Património Cultural – As Aparições de Fátima
37. • A presença de Deus
sentia-se tão intensa e
íntima que nem mesmo
entre nós nos
atrevíamos a falar. No
dia seguinte, sentíamos
o espírito ainda
envolvido por essa
atmosfera que só muito
lentamente foi
desaparecendo.
37
Património Cultural – As Aparições de Fátima
38. • Nesta aparição, nenhum
pensou em falar nem em
recomendar o segredo.
Ela de si o impôs. Era tão
íntima que não era fácil
pronunciar sobre ela a
menor palavra. Fez-nos,
talvez, também maior
impressão, por ser a
primeira assim
manifesta."
38
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39. • Segunda aparição
A segunda aparição deu-se no
Verão de 1916, sobre o poço
da casa dos pais de Lúcia,
junto ao qual as crianças
costumavam brincar. Assim
narra a Irmã Lúcia: "Fomos,
pois passar as horas da sesta à
sombra das árvores que
cercavam o poço já várias
vezes mencionado. De
repente, vimos o mesmo Anjo
junto de nós.
39
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40. • - Que fazeis? Orai! Orai
muito! Os Corações de
Jesus e Maria têm sobre
vós desígnios de
misericórdia. Oferecei
constantemente ao
Altíssimo orações e
sacrifícios. – Como nos
havemos de sacrificar?
– perguntei.
40
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41. • – De tudo que
puderdes, oferecei um
sacrifício em acto de
reparação pelos
pecados com que Ele é
ofendido e de súplica
pela conversão dos
pecadores.
41
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42. • Atraí, assim, sobre a
vossa Pátria, a paz. Eu
sou o Anjo da sua
guarda, o Anjo de
Portugal. Sobretudo,
aceitai e suportai com
submissão o sofrimento
que o Senhor vos
enviar.
42
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43. • E desapareceu. Estas
palavras do Anjo
gravaram-se em nosso
espírito, como uma luz
que nos fazia
compreender quem era
Deus, como nos amava e
queria ser amado, o valor
do sacrifício e como ele
Lhe era agradável, como,
por atenção a ele,
convertia os pecadores.
43
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44. • Por isso, desde esse
momento, começamos a
oferecer ao Senhor tudo
que nos mortificava, mas
sem discorrermos a
procurar outras
mortificações ou
penitências, excepto a de
passarmos horas seguidas
prostrados por terra,
repetindo a oração que o
Anjo nos tinha ensinado."
44
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45. • Terceira aparição
A terceira aparição ocorreu no
fim do Verão ou princípio de
Outono de 1916, novamente
na "Loca do Cabeço", como
descreve Lúcia: "Rezámos aí o
terço e (a) oração que na
primeira aparição nos tinha
ensinado. Estando, pois, aí,
apareceu-nos pela terceira
vez, trazendo na mão um
cálice e sobre ele uma Hóstia,
da qual caíam, dentro do cálix,
algumas gotas de sangue.
45
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46. • Deixando o cálice e a Hóstia
suspensos no ar, prostrou-
se em terra e repetiu três
vezes a oração: – Santíssima
Trindade, Padre, Filho,
Espírito Santo, adoro-Vos
profundamente e ofereço-
Vos o preciosíssimo Corpo,
Sangue, Alma e Divindade
de Jesus Cristo, presente em
todos os sacrários da terra,
em reparação dos ultrajes,
sacrilégios e indiferenças
com que Ele mesmo é
ofendido.
46
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47. • Aparições de Nossa Senhora
• 13 de Maio de 1917
Brincavam os três pastorinhos
na Cova da Iria, uma pequena
propriedade pertencente aos
pais de Lúcia, localizada a 2,5
km de Fátima, quando por
volta do meio-dia e depois de
rezarem o terço, observaram
dois clarões como se fossem
relâmpagos.
47
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48. • Com receio de começar a chover,
reuniram o rebanho e decidiram
ir-se embora, mas no caminho e
logo abaixo, outro clarão teria
iluminado o espaço. Nesse
instante, teriam visto em cima de
uma pequena azinheira (onde
agora se encontra a Capelinha
das Aparições), "era uma Senhora
vestida de branco e mais
brilhante que o Sol, espargindo
luz mais clara e intensa que um
copo de cristal cheio de água
cristalina, atravessado pelos raios
do sol mais ardente", descreve
Lúcia.
48
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49. • "A sua face,
indescritivelmente bela
não era nem triste, nem
alegre, mas séria, com
ar de suave censura. As
mãos juntas, como a
rezar, apoiadas no peito
e voltadas para cima.
Da mão direita pendia
um rosário.
49
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50. • As vestes pareciam
feitas só de luz. A túnica
era branca e branco o
manto, orlado de ouro
que cobria a cabeça da
Virgem e lhe descia até
aos pés. Não se Lhe
viam os cabelos nem as
orelhas."
50
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51. • Os traços da fisionomia
Lúcia nunca pôde
descrevê-los, pois a sua
formosura não cabe em
palavras humanas. Os
videntes estavam tão
pertos de Nossa Senhora -
a um metro de distância,
mais ou menos - que
ficavam dentro da luz que
A cercava, ou que Ela
espargia.
51
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52. • 13 de Junho de 1917
Neste dia compareceram no
local cerca de 50 pessoas
curiosas pelos factos
entretanto revelados pelos
pastorinhos. Por volta do
meio-dia, os videntes
notaram novamente um
clarão, a que chamavam
relâmpago, mas que não era
propriamente tal, mas sim o
reflexo de uma luz que se
aproximava.
52
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53. • Alguns dos espectadores
notaram que a luz do sol
se obscureceu durante os
minutos que se seguiram
ao início do colóquio,
outros afirmaram que o
topo da azinheira,
coberto de rebentos,
pareceu curvar-se como
sob um peso, um
momento antes da Lúcia
falar.
53
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54. • Durante a troca de
palavras entre Lúcia e a
aparição alguns
ouviram um sussurro
como se fosse o
zumbido de uma
abelha.
54
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55. • 13 de Julho de 1917
Ao dar-se a terceira aparição,
uma nuvenzinha acizentada
pairou sobre a azinheira, o sol
ofuscou-se, uma aragem fresca
soprou sobre a serra, embora se
estivesse em pleno Verão. O Sr.
Manuel Marto, pai da Jacinta e
do Francisco, diz que também
ouviu um sussurro, como o de
moscas num cântaro vazio.
55
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56. • Os videntes viram o reflexo da
costumada luz e, em seguida,
Nossa Senhora sobre a
carrasqueira.
56
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57. • 19 de Agosto de 1917
No dia 13 de Agosto,
quando deveria dar-se a
quarta aparição, os videntes
não puderam ir à Cova da
Iria, pois foram raptados
pelo então administrador
do concelho de Vila Nova de
Ourém, Artur de Oliveira
Santos, um republicano
anticlerical e maçon ,que à
força quis arrancar-lhes o
segredo.
57
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58. • Nesse dia, juntou-se uma
grande multidão que
aguardava pela aparição.
Por volta do meio-dia,
ouviu-se um trovão, ao
qual se seguiu o
relâmpago, tendo os
espectadores notado uma
pequena nuvem branca
que pairou alguns
minutos sobre a
azinheira.
58
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59. • Observaram-se também
fenómenos de coloração,
de diversas cores, nos
rostos das pessoas, das
roupas, das árvores e do
chão. As crianças
continuaram em cativeiro
e apesar das várias
ameaças físicas de que
foram alvo,
permaneceram
inabaláveis e nada
revelaram.
59
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60. • Na manhã do dia 15 de
Agosto e a seguir a um
interrogatório final,
foram então libertadas
e regressaram a Fátima.
60
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61. • 13 de Setembro de 1917
Como das outras vezes, uma
série de fenómenos
atmosféricos foram
observados pelos
circunstantes, cujo número foi
calculado entre 15 e 20 000
pessoas: o súbito refrescar da
atmosfera, o empalidecer do
Sol até ao ponto de se verem
as estrelas, uma espécie de
chuva como que de pétalas
irisadas ou flocos de neve que
desapareciam antes de
pousarem na terra.
61
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62. • Em particular, foi notado
desta vez um globo
luminoso que se movia
lenta e majestosamente
pelo céu, do nascente
para o poente e, no fim
da aparição, em sentido
contrário. Os videntes
notaram, como de
costume, o reflexo de
uma luz e, a seguir, Nossa
Senhora sobre a azinheira
62
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63. • 13 de Outubro de 1917
Devido ao facto de os
pastorinhos terem
revelado que a Virgem
Maria iria fazer um
milagre neste dia para
que todos acreditassem,
estavam presentes na
Cova da Iria cerca de 50
mil pessoas, segundo os
relatos da época.
63
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64. • Chovia com abundância
e a multidão aguardava
as três crianças nos
terrenos enlameados da
serra. Lúcia assim
descreve estes
acontecimentos na
Memória IV: "Saímos de
casa bastante cedo,
contando com as
demoras do caminho.
64
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65. • O povo era em massa. A
chuva, torrencial.
Minha mãe, temendo
que fosse aquele o
último dia da minha
vida, com o coração
retalhado pela incerteza
do que iria acontecer,
quis acompanhar-me.
65
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66. • Pelo caminho, as cenas do mês
passado, mais numerosas e
comovedoras. Nem a
lamaceira dos caminhos
impedia essa gente de se
ajoelhar na atitude mais
humilde e suplicante.
Chegados à Cova de Iria, junto
da carrasqueira, levada por um
movimento interior, pedi ao
povo que fechasse os guarda-
chuvas para rezarmos o terço.
Pouco depois, vimos o reflexo
da luz e, em seguida, Nossa
Senhora sobre a carrasqueira.
66
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67. • Enquanto os três
pastorinhos eram
agraciados com estas
visões (apenas Lúcia viu
os três quadros, Jacinta
e Francisco viram
somente o primeiro), a
maior parte da
multidão presente
observou o chamado O
Milagre do Sol.
67
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68. • A chuva que caía cessou,
as nuvens entreabriram-
se deixando ver o Sol,
assemelhando-se a um
disco de prata fosca,
podia fitar-se sem
dificuldade sem cegar. A
imensa bola começou a
girar vertiginosamente
sobre si mesma como
uma roda de fogo.
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Património Cultural – As Aparições de Fátima
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69. • Depois, os seus bordos
tornaram-se escarlates e
deslizou no céu, como um
redemoinho, espargindo
chamas vermelhas de
fogo. Essa luz refletia-se
no solo, nas árvores, nas
próprias faces das
pessoas e nas roupas,
tomando tonalidades
brilhantes e diferentes
cores.
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Património Cultural – As Aparições de Fátima
70. • Animado três vezes por
um movimento louco, o
globo de fogo pareceu
tremer, sacudir-se e
precipitar-se em
ziguezague sobre a
multidão aterrorizada.
Tudo durou uns dez
minutos.
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Património Cultural – As Aparições de Fátima
71. • Finalmente, o Sol voltou
em ziguezague para o
seu lugar e ficou
novamente tranquilo e
brilhante. Muitas
pessoas notaram que as
suas roupas, ensopadas
pela chuva, tinham
secado súbitamente.
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Património Cultural – As Aparições de Fátima
72. • Tal fenómeno foi
testemunhado por milhares
de pessoas, até mesmo por
outras que estavam a
quilómetros do lugar das
aparições. O relato foi
publicado na imprensa por
diversos jornalistas que ali
se deslocaram e que foram
também eles, testemunhas
do milagre.
O ciclo das aparições em
Fátima tinha terminado.”
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Património Cultural – As Aparições de Fátima
Fonte: Wikipedia
Página da edição de
29 de Outubro de
1917 da Ilustração
Portuguesa com uma
reportagem sobre o
milagre