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REVISTA DO PROFESSOR, jul./set. 2003
25
(75):Porto Alegre, 19 25-30,
Inclusão étnico-racial
Cumprindo a lei, práticas pedagógicas contemplam afro-brasileiros
•VÉRA NEUSA LOPES
Licenciada em Ciências Sociais.
Especialista em Planjamento Educacional.
Porto Alegre/RS.
E-mail: vneusa@cpovo.net
A Lei Federal no
10.639/2003 al-
terou as diretrizes e bases da educa-
ção nacionalfixadaspela Leino
9.394/
2002, ao tornar obrigatório o ensino
de História e Cultura Afro-Brasileira
no Ensino Fundamental e no Ensino
Médio emtodos os sistemas de ensi-
no (Ver Quadro 1).
Dentreosquejátomaramconheci-
mento dessedispositivo legal, muitos
concordamcomo mesmo, outrosdis-
cordamdele porentenderemque nem
sempre a lei faz com que, na prática,
ocorramasmudanças necessárias.
Essa leivemreconhecer a existên-
cia do afro-brasileiro, seus ancestrais
(os africanos), sua trajetória na vida
brasileira, na condição de sujeitos na
construção da sociedade.
Alterou-se a LDB, foi um ganho
político. Agora é preciso que se mo-
difique o ensino-aprendizagem, para
que venhamos a ter umresultado efi-
caz no processo educativo.
Essa alteração, em seus aspec-
tos explícitos e implícitos, precisa ser
construída, no dia-a-dia do fazer pe-
dagógico no interior das escolas, en-
volvendo alunos, professores, cor-
po diretivo, corpo administrativo e
comunidade escolar emgeral, deven-
do ter como suporte um currículo
moderno, no âmbito da sala de aula.
Nessa sala de aula é preciso consi-
derar: a) o contexto, que dá sentido
às aprendizagens e que, segundo
Vayer, é o conjunto de circunstâncias
emque se inseremum feito, uma ati-
vidade, um comportamento; b) os
acontecimentos particulares e pro-
jetos que se expressam no meio am-
biente, ou seja, nos dados materiais
e nas pessoas que compõem o gru-
po que atua na sala de aula; c) os
diferentes elementos desse ambien-
te que possui uma organização que
lhe é própria. A contribuição não
será igual para todas as comunida-
des escolares, pois em cada caso
serão levados em conta o contexto
e as condições da comunidade en-
volvida, além da realidade e da his-
tória nacionale mundial.
Umdos aspectospositivos da leié
o de ter aberto espaço para que o
negro seja incluído nas propostas
curriculares como sujeito histórico. E
para quetalse cumpra, háqueter pro-
fissionais daeducação, especialmente
professores, devidamente preparados
e subsidiados para que possam fazer
a releitura do currículo à luzda histó-
ria e da cultura afro-brasileira, bem
como elaborar nova proposta peda-
gógica comfundamento,entreoutros,
emconhecimentos filosóficos, antro-
pológicos,sociológicos,religiosos,his-
tóricos, geográficos, culturais que
abordema questão do negro.
Os estudos que o professor preci-
sará empreender deverão torná-lo
competente para participar:
a) da recuperação da memória histó-
rica, revisando o papelque os negros
desempenharamnos diferentes espa-
ços e paisagens culturais, na forma-
ção étnico-socialdo povo brasileiro;
b) do resgate e da revalorização da
culturanegracomo umdos elementos
formadores da própria cultura brasi-
leira, sem com isso desvalorizar as
demais culturas, todas significativas
para o Brasil;
c) do resgate da humanidade do ne-
gro, considerando a perda da identi-
dade étnica, culturale pessoalprovo-
cada pela escravização a que foisub-
metido e suas conseqüências para os
descendentes afro-brasileiros;
d) do combateao mito da democracia
racial, que mascara a existênca do ci-
dadão de segunda categoria ou de
segundaclasse, situação aquefoisub-
metida a maioria da comunidade ne-
gra, comdificuldade de acesso, entre
outros, aos bensda educação, da saú-
de,do trabalhoeusufruto dosmesmos.
Para chegar a definir a programa-
ção pedagógicaafinadacomo espírito
da lei, é preciso que o professor lem-
bresemprequeprecisamosinovar, bus-
cando respostas sobre as finalidades,
os motivos, os objetivos e os meios
adequados ao trato desta temática. A
título de exemplo,apresentamos, ase-
Texto da lei
Lei no
10.639, de 9 de janeiro de
2003.
Altera a Lei no
9.394, de 20 de de-
zembro de 1996, que estabelece as di-
retrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da Rede
de Ensino a obrigatoriedade da temá-
tica "História e Cultura Afro-Brasileira",
e dá outras providências.
O presidente da República faço sa-
ber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 10
- A Lei no
9.394, de 20 de de-
zembro de 1996, passa a vigorar acres-
cida dos seguintes artigos:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de
ensino fundamental e médio, oficiais e
particulares, torna-se obrigatório o en-
sino sobre História e Cultura Afro-Bra-
sileira.
§ 1o
O conteúdo programático a que
se refere o caput deste artigo incluirá o
estudo da História da África e dos Afri-
canos, a luta dos negros no Brasil, a
cultura negra brasileira e o negro na
formação da sociedade nacional, res-
gatando a contribuição do povo negro
nas áreas social, econômica e política
pertinentes à História do Brasil.
§ 2o
Os conteúdos referentes à His-
tória e Cultura Afro-Brasileira serão mi-
nistrados no âmbito de todo o currículo
escolar, em especial nas áreas de Edu-
cação Artística e de Literatura e Histó-
ria Brasileiras".
"Art. 79 B. O calendário escolar in-
cluirá o dia 20 de novembro como 'Dia
Nacional da Consciência Negra'".
Art. 2o
Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182o
da Independência e 115o
da República.
Luiz Inácio Lula da Silva
Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
Atos do Poder Legislativo
QUADRO 1
Sem título-1 21/09/2005, 15:4225
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REVISTA DO PROFESSOR,
26
jul./set. 2003(75):Porto Alegre, 19 25-30,
guir, alguns questionamentos básicos
cujas respostas poderão servirde sub-
sídiosnacapacitação do docente, com
vistasàreformulação curricular.
â Para que cumprir a lei?
Para:
• romper com o modelo pedagógico
vigente, fazendo comque asociedade
civilorganizada,pormeio desuaslegí-
timasrepresentações,incluindoosafro-
brasileiros,sejachamada,na condição
dedecisora, paraa construção deuma
nova escolaquecontempleosbrasilei-
ros descendentesde africanos;
•propiciarumnovo perfildeprofessor
e aluno, de modo que, no exercício de
umarelação deajuda, seapropriemde
saberessobreahistóriaeaculturaafro-
brasileiras,aseremsocializadoscomas
respectivas comunidades, rompendo
coma pedagogiaclássica que prioriza
o modelo eurocêntrico;
• promover a releitura da história do
mundo,especialmentedo mundo afri-
cano do período pré-colonial, com
seus reinados e impérios, sua cultura
e os reflexos sobre a vida dos afro-
brasileiros e dos brasileiros emgeral;
•garantirvisibilidadeao afro-brasileiro
e promover a cidadania e a igualdade
racial, alcançáveis por meio de uma
pedagogiamultirracialeinterétnica;
• garantir que o afro-brasileiro, na
construção de sua personalidade, en-
contre referências emoutros negros,
considerando que o negro que não se
vê emoutro temdificuldade emreco-
nhecer-se e identificar-se como tal;
• fazer surgirnovos materiais pedagó-
gicos contando a verdade histórica
sobre osafro-brasileiros, substituindo
os livros didáticos e para-didáticos
eivados de erros e preconceitos, hoje
colocados à disposição das escolas.
â Por que cumpri-la?
O racismo, o preconceito e a dis-
criminação sãomalefíciosqueexistem
na escola, como na sociedade emge-
ral, muitas vezes mascarados ou, ou-
tras tantas,assumidos descaradamen-
te, estando presentesnas atitudes, nos
valores e normasvigentes, nos proce-
dimentos querealizamos para viabili-
zar nossos intentos.
São fatores de um processo cruel
de dominação, que mina a cultura dos
considerados dominados, entre nós,
os negros e os indígenas.
Trabalhando a partir de valores
euroetnocêntricos, o sistema de edu-
cação leva crianças e adolescentes
afro-brasileiros a se sentireminferio-
res e a serem considerados como tal
pelosdemais,aoconviveremcomima-
gens estereotipadas que causam da-
nos psicológicos e morais, bloquean-
do o desenvolvimento dapersonalida-
de pessoal, étnica e culturaldos afro-
descendentes.
O brasileiro, de um modo geral,
sabe muito pouco a respeito do afro-
descendente, ou o que sabe está re-
pleto de idéias preconceituosas. Nos-
so conhecimento,porexemplo, come-
çanaentradadonegro noBrasil,como
escravizado, mercadoria, descalço,
semi-nu e selvagem. É conhecido de
poucos, a história do africano livre,
senhor de sua vida, produtor de sua
cultura, à época dos grandes reinos e
impérios naÁfrica Pré-Colonial.
Está na hora de desmontar as
inverdades e omissões existentes, fa-
zendo emergira verdade.
â O que fazer?
É preciso:
•incluir no currículo escolar temas es-
pecíficos da história, da cultura, dos
conhecimentos, dasmanifestações ar-
tísticas e religiosasdo segmento afro-
brasileiro, considerando os conteúdos
deaprendizagemtomadosemsuasdi-
mensões de:
a) conteúdosconceituais, relativos ao
que é preciso saber, em termos de
fatos, conceitose princípios;
b) conteúdosprocedimentais,relacio-
nados ao saber fazer, em termos de
regras, técnicas,métodos, destrezas e
estratégias que tornemo fazer peda-
Releitura
da
história
do
mundo?
Com
certeza!
Conhecim
ento
da
h
africana
pré-col
Sem
dúvid
N
egro
brasileiro
com
o
sujeito
da
história?
Sim!
Sem título-1 21/09/2005, 15:4226
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REVISTA DO PROFESSOR, jul./set. 2003
27
(75):Porto Alegre, 19 25-30,
gógico adequado à internalização dos
conteúdos conceituais;
c) conteúdos atitudinais, referentes
ao ser, em termos de normas, atitu-
des e valores existenciais, estéticos,
intelectuais, morais e religiosos, com
ênfase no ser negro e sua contribui-
ção para a formação da cidadania
brasileira;
• reconhecer o direito dos negros de
seremsujeitos de sua própria história
e da história da comunidade.
â Como preparar-se?
Éurgenteeinquestionávelaneces-
sidade de capacitação do professor ,
para que possa cumprir a lei 10.639/
2003. A aplicabilidade deste disposi-
tivo legalestá na relação direta coma
proficiência do docente em tratar da
temática estabelecida .
A ênfase dos estudos a empreen-
der deverá ser sobre o artigo 26 que
torna obrigatório o ensino da história
e da cultura afro-brasileira, estabele-
cendo como conteúdo programático
História da África e dos Africanos,
a cultura negra brasileira e o negro
na sociedade nacional a serem de-
senvolvidos especialmente nas áreas
de Educação Artística, Literatura e
História Brasileiras. O atendimento
ao artigo 79torna-se, então, uma con-
seqüência do que tiver sido verda-
deiramente abordado no atendimento
ao artigo 26.
Dessa forma, tratar a temática do
negro nocurrículoescolarnãomaises-
tará na dependência do professor ser
negro, de querer ou não, de saber ou
não.Édecaráterobrigatório paratodo
o magistério etem função estratégica
para aformaçãodo cidadão brasileiro.
Paraoatendimentoàlei,éfundamen-
talqueconhecimentose saberesrelati-
vosàmatéria,dequealgunsdenósso-
mos possuidores, sejam socializados
entre os demaiseducadores e amplia-
dos paratodaacomunidadeescolar.
Não há como conhecer, de modo
sistematizado,ahistóriaeaculturados
afro-brasileiros, semmudar o currí-
culo, entendendo-o nas dimensões de
currículo oculto e currículo explícito,
vividos no âmbito das instituições es-
colares e, muito particularmente, nas
salas de aula.
Qualquer que seja o modo como
o professor venha a preparar-se, o
acesso à informação é fundamental. E
isso se processa através de leitura crí-
tica e de discussão e de coleta e or-
ganização deinformaçõespertinentes.
As leituras podemser feitas em duas
direções:
a) sobre o currículo oculto, onde se
materializam as atitudes precon-
ceituosas e os procedimentos que
discriminam;
história
olonial?
a!
Valorização
da
cultura
afro-brasi-
leira?
Já
é
tem
po!
Sem título-1 21/09/2005, 15:4227
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REVISTA DO PROFESSOR,
28
jul./set. 2003(75):Porto Alegre, 19 25-30,
b)sobreocurrículo explícito,ondeva-
mos encontraraprogramação deensi-
no,osconhecimentos,osfatos,oscon-
ceitos relativosao tema abordado.
Dois grupos de leituras poderão
ser úteis:
•umquecontémtítulosquesereferem
à relação negro/educação-negro/cur-
rículo escolar eindicampráticas peda-
gógicas possíveisde seremrealizadas
emsala de aula (Quadro2);
•outro que apresenta algumas obras
que abordamaspectos filosóficos, an-
tropológicos, econômicos, religiosos,
históricos, geográficos,entre outros,
que poderão embasar uma progra-
mação de ensino que evidencie uma
releitura da História do Brasil e da
África (Quadro 3).
Várias são asestratégias de apren-
dizagem,não-excludentesentresi,que
poderão serdisponibilizadas, paraque
o professor tenha condições de tor-
nar factível o que dispõe a lei. Essas
estratégias se complementame juntas
garantem ao professor um suporte
adequado para queseja ummediador
na aprendizagem que a sua classe
deve empreender. Emtodas, o aces-
so às fontes é fundamental.
Destacamos três estratégias que
consideramos válidas e significativas,
a seremutilizadas pelo educador: es-
tudos individualizados (auto-aprendi-
zagem) , estudos realizados em par-
ceria (aprendizagemjuntamente com
os alunos) eestudos comtutoria, por
meio de participação em eventos de
formação continuadapromovidose/ou
executados pelos gestores dos siste-
mas educacionais.
Estudos individualizados
O professor não pode esperar por
algo que, talvez, ainda demore: a in-
clusão da temática na formação con-
tinuada dos docentes. Nem pode,
também, ficar aguardando a refor-
mulação dos currículos dos cursos
universitários delicenciatura e normal
superior,incluindo a históriado negro
e as práticas pedagógicas necessárias
para as aprendizagens respectivas.
Ele, por isso,precisa assumir parte da
responsabilidade por sua capacitação
e organizar-separa aprender sozinho
a partirde uma decisão pessoal,o que
significa definir os conteúdos essen-
ciais de aprendizagemquesão os mais
urgentes, estabelecer seus tempos e
espaços de aprendizagem, partir em
busca dos novos conhecimentos que
serão necessários para, depois, traba-
lhar comos alunos.
Para começar, convémrefletir so-
bre alguns pontos,como os exemplos
queseguem:
•quemsoueuequemsãomeusalunos?
• como nos relacionamos?
• como se configura o currículo que
desenvolvemos?
• que posturas político-pedagógicas,
referenciais teóricos, concepções
embasamnossaspráticaspedagógicas?
•como organizaro currículo para que
seja possíveldesenvolver adequada-
mente a temática emquestão?
•comoconstruirsaberescoletivamen-
te, sendo o professor um dos apren-
dentese,aomesmo tempo,ummedia-
dor entreo aluno e o objeto da apren-
dizagem?
• que estratégias podem ser usadas
para desconstruirestereótipose cons-
truir novos saberes sobre a realidade
afro-brasileira?
•como criar umclima emsala de aula
queofereçaiguaisoportunidades para
todosepropicieao aluno afro-descen-
dentemanter emalta sua auto-estima?
• quais atitudes devem ser estimula-
das emsaladeaula,consentâneas com
valores afro-brasileiros da cultura e
quais devemser combatidas?
• que significados têm palavras ou
expressões, como as enumeradas a
seguir, e qual a relação que mantêm
coma situação dosafro-brasileiros no
contexto escolar e da comunidade?
- agressão/agressividade; autonomia/
dependência; cidadania; confiança/;
dignidade;direitos/deveres/responsa-
bilidade; discriminação/preconceito/
racismo;embranquecimento/enegreci-
mento/mestiçagem;escravidão/escra-
vização/liberdade/libertação;esperan-
ça/desesperança/expectativa; exclu-
são/inclusão/pertencimento;igualdade/
desigualdade/diferença/semelhança;
habitação; justiça;participação/parti-
lha;religiosidade/religião;sujeito/ob-
jeto;trabalho/trabalho escravo/empre-
go/subemprego/desemprego; verda-
de/mentira;visibilidade/invisibilidade.
• o que existe em nosso entorno que
dá visibilidade ao negro e ao papel
que este desempenha no desenvolvi-
mento da comunidade?
• o que sabemos sobre os afro-brasi-
leiros e oque ainda precisamos saber?
• como criar uma relação de ajuda
entre todos na sala de aula, para que
sejamos sujeitos da história que está
sendo construída?
• o que incluir na proposta pedagógi-
ca para desenvolver a temática, con-
siderando as áreas de conhecimento
e as transversalidades? Por exemplo:
- tempo e espaço de origemdos gru-
pos étnicos africanosque vierampara
o Brasil(rotas da escravidão);
- semelhanças e diferenças de tipo fí-
sico entre os africanos; escravidão;
religião;costumes;língua;
- mudanças que os negros vêm pro-
vocando nos costumes brasileiros ao
longo dos tempos;
- semelhanças e diferenças de vida
entre afro-brasileiros , negros emou-
tros países defala portuguesa, negros
em países de fala espanhola, negros
na América Central e nos Estados
Unidos;africanos no Brasilhoje;
- asafricanidades brasileiras, manifes-
tadas, nas artes,nos esportes, na culi-
nária, na língua,nareligião, como ele-
mentos de formação da cidadania; o
negro brasileiro e a cultura;
- papeldo negro e da negra na defini-
ção e na defesa do território: os
quilombosruraiseos quilombosurba-
nos;onegro nasperiferias;aquestãoda
possede terras;
- o negro e o trabalho no campo e na
cidade, a questão do salário;
- o negro e as questões relativas à
saúde;
- África e africanos na era Pré- Colo-
nial, no período de dominação euro-
péia, hoje;vínculoscomo Brasil; bra-
sileiros na África;
•diversidadeétnico-culturalda popu-
lação brasileira.
Para ampliar os seus saberes, o
professor pode também valer-se do
acesso a sites na internet, como:
www.ipea.gov.br ;
www.ceert.gov.br ;
Sem título-1 21/09/2005, 15:4228
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REVISTA DO PROFESSOR, jul./set. 2003
29
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Alegre, v. 11, n. 44, p. 29-30, out./dez. 1995.
______. Aprendizagem e ensino das africanidades
brasileiras. In: MUNANGA, Kabengele (Org.).
Superando o racismo na escola. Brasília: MEC/
SEF, 1999.
______. Africanidades brasileiras: esclarecendo
significados e definindo procedimentos pedagó-
gicos. Revista do Professor. Porto Alegre, v. 19,
n. 73, p. 26-30, jan./mar. 2003.
THEODORO, Helena. Buscando caminhos nas
tradições. In: MUNANGA, Kabengele (Org.). Su-
perando o racismo na escola. Brasília; MEC/
SEF, 1999.
Bases para prática pedagógica renovadaQUADRO 2
www.palmares.gov.br ;
www.afirma.inf.br/home.htm.
Estudos em parceria
Juntos, professor e crianças e/ou
adolescentes integram um grupo de
aprendizagemparaconstruir conheci-
mentos e saberes sobre a temática
afro-brasileira. Nesse caso, o profes-
sor é, ao mesmo tempo, um apren-
dente (ser que aprende) e ummedia-
dorentreo aluno (outro serqueapren-
de) e o objeto da aprendizagem.
Os projetos de trabalho podem
constituir um bom exemplo da es-
tratégia apresentada, que pode le-
var o docente a revisar seus conhe-
cimentos (se já os tem) e a aprender
Sem título-1 21/09/2005, 15:4229
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REVISTA DO PROFESSOR,
30
jul./set. 2003(75):Porto Alegre, 19 25-30,
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África Contemporânea: o renascimento cultural
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face da escravidão. São Paulo: Huicitec, 1988.
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cissitudes da identidade do negro brasileiro em
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THEODORO, Helena. Mito e espiritualidade:
mulheres negras. Rio de Janeiro: Pallas, 1996.
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Martins Livreiro, 1991.
VALENTE, Ana Lúcia E. F. Ser negro no Brasil
hoje. São Paulo: Moderna, 1987.
WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da violência
III: os jovens do Brasil. Brasília: UNESCO, 2002.
QUADRO 3 Fundamentação teórica para o currículo
mais sobre o assunto em pauta. O
nível de desenvolvimento dos alu-
nos norteará o grau de dificuldades
que deverá ser vencido por todos
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Assimcomo osalunos organizarão
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vel de aprendizagem alcançado, o
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tório iniciado comos estudos indivi-
dualizados, como que tiveremapren-
dido juntamente com as crianças e
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Estudos com tutoria
Dentre as várias modalidades de
formação continuada, sugerimos os
estudos comtutoria.
Essa formade trabalho compreen-
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diferentessituações, promovida e/ou
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tema escolar de modo contínuo e in-
tegrado, como objetivo de capacitar
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tes à temática afro-brasileira.
É preciso, por fim, levar emconta
que, agora isso (temática afro-bra-
sileira) se aprende na escola, pois
passou a serparte integrante do currí-
culo escolar.
BIBLIOGRAFIA
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no Nacional de Educação. Brasília: Centro de
Documentação, 2000.
______. Senado. Lei no
9.394, de 1996. Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília,
2001.
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educativo. Porto Alegre: Sagra, 1992.
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Educativa, Assessoria, Planejamento e Informa-
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ça e o grupo. Porto Alegre: Artes Médicas,
19 89 .
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teúdos procedimentais em aula. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1999.
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  • 1. REVISTA DO PROFESSOR, jul./set. 2003 25 (75):Porto Alegre, 19 25-30, Inclusão étnico-racial Cumprindo a lei, práticas pedagógicas contemplam afro-brasileiros •VÉRA NEUSA LOPES Licenciada em Ciências Sociais. Especialista em Planjamento Educacional. Porto Alegre/RS. E-mail: vneusa@cpovo.net A Lei Federal no 10.639/2003 al- terou as diretrizes e bases da educa- ção nacionalfixadaspela Leino 9.394/ 2002, ao tornar obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no Ensino Fundamental e no Ensino Médio emtodos os sistemas de ensi- no (Ver Quadro 1). Dentreosquejátomaramconheci- mento dessedispositivo legal, muitos concordamcomo mesmo, outrosdis- cordamdele porentenderemque nem sempre a lei faz com que, na prática, ocorramasmudanças necessárias. Essa leivemreconhecer a existên- cia do afro-brasileiro, seus ancestrais (os africanos), sua trajetória na vida brasileira, na condição de sujeitos na construção da sociedade. Alterou-se a LDB, foi um ganho político. Agora é preciso que se mo- difique o ensino-aprendizagem, para que venhamos a ter umresultado efi- caz no processo educativo. Essa alteração, em seus aspec- tos explícitos e implícitos, precisa ser construída, no dia-a-dia do fazer pe- dagógico no interior das escolas, en- volvendo alunos, professores, cor- po diretivo, corpo administrativo e comunidade escolar emgeral, deven- do ter como suporte um currículo moderno, no âmbito da sala de aula. Nessa sala de aula é preciso consi- derar: a) o contexto, que dá sentido às aprendizagens e que, segundo Vayer, é o conjunto de circunstâncias emque se inseremum feito, uma ati- vidade, um comportamento; b) os acontecimentos particulares e pro- jetos que se expressam no meio am- biente, ou seja, nos dados materiais e nas pessoas que compõem o gru- po que atua na sala de aula; c) os diferentes elementos desse ambien- te que possui uma organização que lhe é própria. A contribuição não será igual para todas as comunida- des escolares, pois em cada caso serão levados em conta o contexto e as condições da comunidade en- volvida, além da realidade e da his- tória nacionale mundial. Umdos aspectospositivos da leié o de ter aberto espaço para que o negro seja incluído nas propostas curriculares como sujeito histórico. E para quetalse cumpra, háqueter pro- fissionais daeducação, especialmente professores, devidamente preparados e subsidiados para que possam fazer a releitura do currículo à luzda histó- ria e da cultura afro-brasileira, bem como elaborar nova proposta peda- gógica comfundamento,entreoutros, emconhecimentos filosóficos, antro- pológicos,sociológicos,religiosos,his- tóricos, geográficos, culturais que abordema questão do negro. Os estudos que o professor preci- sará empreender deverão torná-lo competente para participar: a) da recuperação da memória histó- rica, revisando o papelque os negros desempenharamnos diferentes espa- ços e paisagens culturais, na forma- ção étnico-socialdo povo brasileiro; b) do resgate e da revalorização da culturanegracomo umdos elementos formadores da própria cultura brasi- leira, sem com isso desvalorizar as demais culturas, todas significativas para o Brasil; c) do resgate da humanidade do ne- gro, considerando a perda da identi- dade étnica, culturale pessoalprovo- cada pela escravização a que foisub- metido e suas conseqüências para os descendentes afro-brasileiros; d) do combateao mito da democracia racial, que mascara a existênca do ci- dadão de segunda categoria ou de segundaclasse, situação aquefoisub- metida a maioria da comunidade ne- gra, comdificuldade de acesso, entre outros, aos bensda educação, da saú- de,do trabalhoeusufruto dosmesmos. Para chegar a definir a programa- ção pedagógicaafinadacomo espírito da lei, é preciso que o professor lem- bresemprequeprecisamosinovar, bus- cando respostas sobre as finalidades, os motivos, os objetivos e os meios adequados ao trato desta temática. A título de exemplo,apresentamos, ase- Texto da lei Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de de- zembro de 1996, que estabelece as di- retrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temá- tica "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. O presidente da República faço sa- ber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 10 - A Lei no 9.394, de 20 de de- zembro de 1996, passa a vigorar acres- cida dos seguintes artigos: "Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o en- sino sobre História e Cultura Afro-Bra- sileira. § 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Afri- canos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, res- gatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à His- tória e Cultura Afro-Brasileira serão mi- nistrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Edu- cação Artística e de Literatura e Histó- ria Brasileiras". "Art. 79 B. O calendário escolar in- cluirá o dia 20 de novembro como 'Dia Nacional da Consciência Negra'". Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182o da Independência e 115o da República. Luiz Inácio Lula da Silva Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque Atos do Poder Legislativo QUADRO 1 Sem título-1 21/09/2005, 15:4225 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
  • 2. REVISTA DO PROFESSOR, 26 jul./set. 2003(75):Porto Alegre, 19 25-30, guir, alguns questionamentos básicos cujas respostas poderão servirde sub- sídiosnacapacitação do docente, com vistasàreformulação curricular. â Para que cumprir a lei? Para: • romper com o modelo pedagógico vigente, fazendo comque asociedade civilorganizada,pormeio desuaslegí- timasrepresentações,incluindoosafro- brasileiros,sejachamada,na condição dedecisora, paraa construção deuma nova escolaquecontempleosbrasilei- ros descendentesde africanos; •propiciarumnovo perfildeprofessor e aluno, de modo que, no exercício de umarelação deajuda, seapropriemde saberessobreahistóriaeaculturaafro- brasileiras,aseremsocializadoscomas respectivas comunidades, rompendo coma pedagogiaclássica que prioriza o modelo eurocêntrico; • promover a releitura da história do mundo,especialmentedo mundo afri- cano do período pré-colonial, com seus reinados e impérios, sua cultura e os reflexos sobre a vida dos afro- brasileiros e dos brasileiros emgeral; •garantirvisibilidadeao afro-brasileiro e promover a cidadania e a igualdade racial, alcançáveis por meio de uma pedagogiamultirracialeinterétnica; • garantir que o afro-brasileiro, na construção de sua personalidade, en- contre referências emoutros negros, considerando que o negro que não se vê emoutro temdificuldade emreco- nhecer-se e identificar-se como tal; • fazer surgirnovos materiais pedagó- gicos contando a verdade histórica sobre osafro-brasileiros, substituindo os livros didáticos e para-didáticos eivados de erros e preconceitos, hoje colocados à disposição das escolas. â Por que cumpri-la? O racismo, o preconceito e a dis- criminação sãomalefíciosqueexistem na escola, como na sociedade emge- ral, muitas vezes mascarados ou, ou- tras tantas,assumidos descaradamen- te, estando presentesnas atitudes, nos valores e normasvigentes, nos proce- dimentos querealizamos para viabili- zar nossos intentos. São fatores de um processo cruel de dominação, que mina a cultura dos considerados dominados, entre nós, os negros e os indígenas. Trabalhando a partir de valores euroetnocêntricos, o sistema de edu- cação leva crianças e adolescentes afro-brasileiros a se sentireminferio- res e a serem considerados como tal pelosdemais,aoconviveremcomima- gens estereotipadas que causam da- nos psicológicos e morais, bloquean- do o desenvolvimento dapersonalida- de pessoal, étnica e culturaldos afro- descendentes. O brasileiro, de um modo geral, sabe muito pouco a respeito do afro- descendente, ou o que sabe está re- pleto de idéias preconceituosas. Nos- so conhecimento,porexemplo, come- çanaentradadonegro noBrasil,como escravizado, mercadoria, descalço, semi-nu e selvagem. É conhecido de poucos, a história do africano livre, senhor de sua vida, produtor de sua cultura, à época dos grandes reinos e impérios naÁfrica Pré-Colonial. Está na hora de desmontar as inverdades e omissões existentes, fa- zendo emergira verdade. â O que fazer? É preciso: •incluir no currículo escolar temas es- pecíficos da história, da cultura, dos conhecimentos, dasmanifestações ar- tísticas e religiosasdo segmento afro- brasileiro, considerando os conteúdos deaprendizagemtomadosemsuasdi- mensões de: a) conteúdosconceituais, relativos ao que é preciso saber, em termos de fatos, conceitose princípios; b) conteúdosprocedimentais,relacio- nados ao saber fazer, em termos de regras, técnicas,métodos, destrezas e estratégias que tornemo fazer peda- Releitura da história do mundo? Com certeza! Conhecim ento da h africana pré-col Sem dúvid N egro brasileiro com o sujeito da história? Sim! Sem título-1 21/09/2005, 15:4226 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
  • 3. REVISTA DO PROFESSOR, jul./set. 2003 27 (75):Porto Alegre, 19 25-30, gógico adequado à internalização dos conteúdos conceituais; c) conteúdos atitudinais, referentes ao ser, em termos de normas, atitu- des e valores existenciais, estéticos, intelectuais, morais e religiosos, com ênfase no ser negro e sua contribui- ção para a formação da cidadania brasileira; • reconhecer o direito dos negros de seremsujeitos de sua própria história e da história da comunidade. â Como preparar-se? Éurgenteeinquestionávelaneces- sidade de capacitação do professor , para que possa cumprir a lei 10.639/ 2003. A aplicabilidade deste disposi- tivo legalestá na relação direta coma proficiência do docente em tratar da temática estabelecida . A ênfase dos estudos a empreen- der deverá ser sobre o artigo 26 que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira, estabele- cendo como conteúdo programático História da África e dos Africanos, a cultura negra brasileira e o negro na sociedade nacional a serem de- senvolvidos especialmente nas áreas de Educação Artística, Literatura e História Brasileiras. O atendimento ao artigo 79torna-se, então, uma con- seqüência do que tiver sido verda- deiramente abordado no atendimento ao artigo 26. Dessa forma, tratar a temática do negro nocurrículoescolarnãomaises- tará na dependência do professor ser negro, de querer ou não, de saber ou não.Édecaráterobrigatório paratodo o magistério etem função estratégica para aformaçãodo cidadão brasileiro. Paraoatendimentoàlei,éfundamen- talqueconhecimentose saberesrelati- vosàmatéria,dequealgunsdenósso- mos possuidores, sejam socializados entre os demaiseducadores e amplia- dos paratodaacomunidadeescolar. Não há como conhecer, de modo sistematizado,ahistóriaeaculturados afro-brasileiros, semmudar o currí- culo, entendendo-o nas dimensões de currículo oculto e currículo explícito, vividos no âmbito das instituições es- colares e, muito particularmente, nas salas de aula. Qualquer que seja o modo como o professor venha a preparar-se, o acesso à informação é fundamental. E isso se processa através de leitura crí- tica e de discussão e de coleta e or- ganização deinformaçõespertinentes. As leituras podemser feitas em duas direções: a) sobre o currículo oculto, onde se materializam as atitudes precon- ceituosas e os procedimentos que discriminam; história olonial? a! Valorização da cultura afro-brasi- leira? Já é tem po! Sem título-1 21/09/2005, 15:4227 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
  • 4. REVISTA DO PROFESSOR, 28 jul./set. 2003(75):Porto Alegre, 19 25-30, b)sobreocurrículo explícito,ondeva- mos encontraraprogramação deensi- no,osconhecimentos,osfatos,oscon- ceitos relativosao tema abordado. Dois grupos de leituras poderão ser úteis: •umquecontémtítulosquesereferem à relação negro/educação-negro/cur- rículo escolar eindicampráticas peda- gógicas possíveisde seremrealizadas emsala de aula (Quadro2); •outro que apresenta algumas obras que abordamaspectos filosóficos, an- tropológicos, econômicos, religiosos, históricos, geográficos,entre outros, que poderão embasar uma progra- mação de ensino que evidencie uma releitura da História do Brasil e da África (Quadro 3). Várias são asestratégias de apren- dizagem,não-excludentesentresi,que poderão serdisponibilizadas, paraque o professor tenha condições de tor- nar factível o que dispõe a lei. Essas estratégias se complementame juntas garantem ao professor um suporte adequado para queseja ummediador na aprendizagem que a sua classe deve empreender. Emtodas, o aces- so às fontes é fundamental. Destacamos três estratégias que consideramos válidas e significativas, a seremutilizadas pelo educador: es- tudos individualizados (auto-aprendi- zagem) , estudos realizados em par- ceria (aprendizagemjuntamente com os alunos) eestudos comtutoria, por meio de participação em eventos de formação continuadapromovidose/ou executados pelos gestores dos siste- mas educacionais. Estudos individualizados O professor não pode esperar por algo que, talvez, ainda demore: a in- clusão da temática na formação con- tinuada dos docentes. Nem pode, também, ficar aguardando a refor- mulação dos currículos dos cursos universitários delicenciatura e normal superior,incluindo a históriado negro e as práticas pedagógicas necessárias para as aprendizagens respectivas. Ele, por isso,precisa assumir parte da responsabilidade por sua capacitação e organizar-separa aprender sozinho a partirde uma decisão pessoal,o que significa definir os conteúdos essen- ciais de aprendizagemquesão os mais urgentes, estabelecer seus tempos e espaços de aprendizagem, partir em busca dos novos conhecimentos que serão necessários para, depois, traba- lhar comos alunos. Para começar, convémrefletir so- bre alguns pontos,como os exemplos queseguem: •quemsoueuequemsãomeusalunos? • como nos relacionamos? • como se configura o currículo que desenvolvemos? • que posturas político-pedagógicas, referenciais teóricos, concepções embasamnossaspráticaspedagógicas? •como organizaro currículo para que seja possíveldesenvolver adequada- mente a temática emquestão? •comoconstruirsaberescoletivamen- te, sendo o professor um dos apren- dentese,aomesmo tempo,ummedia- dor entreo aluno e o objeto da apren- dizagem? • que estratégias podem ser usadas para desconstruirestereótipose cons- truir novos saberes sobre a realidade afro-brasileira? •como criar umclima emsala de aula queofereçaiguaisoportunidades para todosepropicieao aluno afro-descen- dentemanter emalta sua auto-estima? • quais atitudes devem ser estimula- das emsaladeaula,consentâneas com valores afro-brasileiros da cultura e quais devemser combatidas? • que significados têm palavras ou expressões, como as enumeradas a seguir, e qual a relação que mantêm coma situação dosafro-brasileiros no contexto escolar e da comunidade? - agressão/agressividade; autonomia/ dependência; cidadania; confiança/; dignidade;direitos/deveres/responsa- bilidade; discriminação/preconceito/ racismo;embranquecimento/enegreci- mento/mestiçagem;escravidão/escra- vização/liberdade/libertação;esperan- ça/desesperança/expectativa; exclu- são/inclusão/pertencimento;igualdade/ desigualdade/diferença/semelhança; habitação; justiça;participação/parti- lha;religiosidade/religião;sujeito/ob- jeto;trabalho/trabalho escravo/empre- go/subemprego/desemprego; verda- de/mentira;visibilidade/invisibilidade. • o que existe em nosso entorno que dá visibilidade ao negro e ao papel que este desempenha no desenvolvi- mento da comunidade? • o que sabemos sobre os afro-brasi- leiros e oque ainda precisamos saber? • como criar uma relação de ajuda entre todos na sala de aula, para que sejamos sujeitos da história que está sendo construída? • o que incluir na proposta pedagógi- ca para desenvolver a temática, con- siderando as áreas de conhecimento e as transversalidades? Por exemplo: - tempo e espaço de origemdos gru- pos étnicos africanosque vierampara o Brasil(rotas da escravidão); - semelhanças e diferenças de tipo fí- sico entre os africanos; escravidão; religião;costumes;língua; - mudanças que os negros vêm pro- vocando nos costumes brasileiros ao longo dos tempos; - semelhanças e diferenças de vida entre afro-brasileiros , negros emou- tros países defala portuguesa, negros em países de fala espanhola, negros na América Central e nos Estados Unidos;africanos no Brasilhoje; - asafricanidades brasileiras, manifes- tadas, nas artes,nos esportes, na culi- nária, na língua,nareligião, como ele- mentos de formação da cidadania; o negro brasileiro e a cultura; - papeldo negro e da negra na defini- ção e na defesa do território: os quilombosruraiseos quilombosurba- nos;onegro nasperiferias;aquestãoda possede terras; - o negro e o trabalho no campo e na cidade, a questão do salário; - o negro e as questões relativas à saúde; - África e africanos na era Pré- Colo- nial, no período de dominação euro- péia, hoje;vínculoscomo Brasil; bra- sileiros na África; •diversidadeétnico-culturalda popu- lação brasileira. Para ampliar os seus saberes, o professor pode também valer-se do acesso a sites na internet, como: www.ipea.gov.br ; www.ceert.gov.br ; Sem título-1 21/09/2005, 15:4228 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
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  • 6. REVISTA DO PROFESSOR, 30 jul./set. 2003(75):Porto Alegre, 19 25-30, ADESKY, Jacques. Racismo e anti-racismo no Brasil: pluralismo étnico e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Pallas, 2001. ANDRADE, Manoel Correia de. Abolição e re- forma agrária. São Paulo: Brasiliense, 1987. ARTES no Brasil. São Paulo: Abril, 1979. 2 v. AZEVEDO, Eliane. Raça: conceito e precon- ceito. São Paulo: Ática, 1987. BARBOSA, Eni (Coord.). O processo legislativo e a escravidão negra na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Assem- bléia Legislativa, l987. BARROS, José Flávio Pessoa de. Xangô no Bra- sil: a música sacra e suas relações com mito, memória e história. Afro-descendência. Vozes, Petrópolis, v. 94, n. 5, 2000. BASTIDE, Roger. As religiões africanas no Bra- sil. São Paulo: Pioneira, 1960. ______. Brasil, terra de contrastes. São Paulo: DIFEL, 1980. BEOZZO, José Oscar. Situação do negro na so- ciedade brasileira. Petrópolis: Vozes, 1984. BOFF, Leonardo. 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O nível de desenvolvimento dos alu- nos norteará o grau de dificuldades que deverá ser vencido por todos (alunos e professor). Assimcomo osalunos organizarão os documentos que comprovamo ní- vel de aprendizagem alcançado, o professores enriquecerão o seu reper- tório iniciado comos estudos indivi- dualizados, como que tiveremapren- dido juntamente com as crianças e adolescentes, por ocasião dos estu- dos coletivos. Estudos com tutoria Dentre as várias modalidades de formação continuada, sugerimos os estudos comtutoria. Essa formade trabalho compreen- de uma programação a longo prazo, constituída de diferentes eventos em diferentessituações, promovida e/ou executada pela administração do sis- tema escolar de modo contínuo e in- tegrado, como objetivo de capacitar o quadro de magistério para cumpri- mento dosdispositivos legais referen- tes à temática afro-brasileira. É preciso, por fim, levar emconta que, agora isso (temática afro-bra- sileira) se aprende na escola, pois passou a serparte integrante do currí- culo escolar. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. Pla- no Nacional de Educação. Brasília: Centro de Documentação, 2000. ______. Senado. Lei no 9.394, de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 2001. ENRICONE, Délcia et al. Valores no processo educativo. Porto Alegre: Sagra, 1992. INFORMAÇÃO em rede. Boletim da Ação Educativa, Assessoria, Planejamento e Informa- ção, São Paulo, v. 7, n. 53, 2000. VAYER, Pierre; RONCIN, Charles. A crian- ça e o grupo. Porto Alegre: Artes Médicas, 19 89 . ZABALA, Antoni (Org.). Como trabalhar os con- teúdos procedimentais em aula. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. Sem título-1 21/09/2005, 15:4230 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
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