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Protocolo sífilis
1. SERVIÇO PÚBLICO
FEDERAL
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG
FACULDADE DE MEDICINA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA
Rua Gen. Osório, s/ n.° – Área Acadêmica do Campus da Saúde –
Rio Grande- RS – CEP 96201-900
Fone: (53) 3233.8842 - Fax: (53) 3233.8892 - E -mail: medicina@furg.br
FURG
PROTOCOLOS DE ASSISTÊNCIA A
GESTANTE A SEREM
IMPLANTADOS NO HU/FURG E
SMS
Manejo dos quadros infecciosos
Protocolo sífilis
A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica e
causada pelo Treponema pallidum, uma espiroqueta de transmissão sexual e
vertical, que pode produzir, respectivamente, as formas adquirida e congênita
da doença.
Quadro clínico:
Sífilis Primária (menos de um ano)
Cancro duro - caracteriza-se por ser uma lesão erosada ou ulcerada,
geralmente única, indolor, com bordos endurecidos, fundo liso e brilhante,
apresentando as seguintes características:
• Adenopatia regional não supurativa, móvel, indolor e múltipla;
• A lesão aparece entre 10 e 90 dias (média de 21) após o contato sexual
infectante;
• No homem em geral localiza-se na glande e sulco bálano-prepucial;
• Na mulher geralmente aparece nos pequenos lábios, paredes vaginais e
colo uterino (pode passar despercebida);
• A lesão é caracteristicamente rica em treponemas.
Sífilis Secundária (menos de um ano)
Em geral manifesta-se 6 a 8 semanas após o desaparecimento
espontâneo do cancro duro. As lesões são pleomórficas, também sendo ricas
em treponemas. As manifestações mais comuns do secundarismo são:
• Poliadenopatia generalizada;
• Artralgias, febrícula, cefaléia e adinamia;
• Roséolas, podendo formar exantema morbiliforme;
• Pápulas cutâneas, denominadas sifílides papulosas. Sua localização nas
• superfícies palmo-plantares sugere fortemente o diagnóstico do
secundarismo da sífilis;
• Alopécia, inclusive com madarose;
• Lesões elevadas em platô, de superfície lisa, nas mucosas (placas
mucosas);
2. • Lesões pápulo-hipertróficas nas regiões de dobras ou de atrito, também
chamadas de condiloma plano.
Sífilis latente (recente e tardia)
É uma fase de duração variável em que não se observam sinais e
sintomas clínicos. O diagnóstico é realizado exclusivamente através de testes
sorológicos.
Sífilis Tardia (mais de um ano)
Os sinais e sintomas surgem em um período variável após 3 a 12 anos, ou
mais, do contágio. As lesões nos órgãos afetados são pobres em treponemas.
Suas manifestações clínicas mais comuns são:
• lesões cutâneo-mucosas, que se apresentam como tubérculos ou
gomas;
• apresentação neurológica tal como o tabes dorsalis e demência;
• doença cardiovascular sob a forma de aneurisma aórtico;
• comprometimento articular (artropatia de Charcot).
Diagnóstico pré-natal:
1ª Consulta
VDRL
Não reativo
3º trimestre (28 sem)
VDRL
Não reativo
Reagente ou
Título ≥ 1:1
confirmatório
FTA-Abs ou MHA-TP
Não reativo
Ausência de sífilis
Reativo Não tem
exame
Tratar mulher e parceiro
Cicatriz sorológica: Gestante com VDRL ≤ 1:8 com tratamento prévio
documentado.
3. Tratamento:
Estadiamento Penicilina G
Benzatina
Dose/
intervalo
Controle
Sífilis primária 2.400.000 UI 1 dose VDRL mensal
Sífilis Secundária
ou latente precoce
2.400.000 UI
(4.800.000 UI)
2 doses
1 semana
VDRL mensal
Sífilis terciária ou
latente tardia
2.400.000 UI
(7.200.000 UI)
3 dose
1 semana
VDRL mensal
Elevação do VDRL em 4X ou + (1:2 – 1:8) → novo tratamento
Sífilis primária e secundária – declínio de 4X em 3 a 6 meses e 8X em 6 a
12 meses
Latente precoce – declínio de 4X em 12 meses
Tardia – declínio gradual
Orientações:
• Evitar relações sexuais durante o tratamento ou
usar preservativo
• Testar e tratar os parceiros
• Gestantes alérgicas a penicilina
Dessensibilizar e tratar com penicilina no hospital (Anexo 1 e 2)
Estearato de eritromicina 500mg 6/6 h (15 dias sífilis recente e 30
dias na tardia) - Considerar criança não tratada
Tratamento ADEQUADO Tratamento NÃO adequado
Usar penicilina Não usar penicilina
Adequado ao estágio Não adequado ao estágio
Completar todas as doses Doses incompletas
Finalizar 30 dias antes do parto Não finalizar 30 dias antes do
parto
Parceiro tratado Não tratou o parceiro
VDRL sem queda ou elevação
Tratamento não documentado
4.
5. ANEXO 1 – Testes cutâneas para alergia a penicilina
Os testes são baseados na administração cutânea de volumes mínimos
de penicilina G cristalina, na concentração de 10.000 UI/ml. São de dois tipos:
Teste de puntura (ou prick test):
Deve ser realizado pingando-se uma gota da solução na face anterior do
antebraço e pressionar a pele no centro da gota com um puntor plástico
descartável ou com a ponta de uma agulha tipo insulina; o mesmo
procedimento deverá ser feito no outro antebraço (ou no mesmo, mantendo-se
uma distância mínima de 2 cm) utilizando-se soro fisiológico (teste controle);
esperar 30 minutos;
• negativo: sem alterações locais quanto à cor da pele, prurido ou outro
sinal; neste caso proceder em seguida ao teste intradérmico
• positivo: formação de pápula, eritema e/ou prurido locais; não é
indicado fazer o teste intradérmico; neste caso é necessária a
dessensibilização
Teste intradérmico:
Deve ser realizado apenas no caso do teste de puntura ser negativo. É
feito injetando-se 0,02 ml da solução na derme da face anterior do antebraço,
com agulha de insulina, deverá aparecer imediatamente no local uma pequena
pápula. O mesmo procedimento deverá ser feito no outro antebraço (ou no
mesmo mantendo-se uma distância mínima de 2 cm), utilizando-se soro
fisiológico (teste controle). Esperar 30 minutos;
• negativo: sem alterações locais quanto à cor da pele, prurido ou outro
sinal; neste caso estará descartada a possibilidade de reação alérgica
imediata e grave e portanto poderá ser aplicada a penicilina;
• positivo: aumento da pápula inicial, com ou sem eritema e/ou prurido
locais; neste caso é necessária a dessensibilização.
6. ANEXO 2 - Esquema de dessensibilização oral à penicilina
Intervalo entre as doses = 15 minutos; tempo total necessário = 3 horas
e 45 minutos.
Preparo da solução de penicilina V
• para a concentração de 1:80.000: reconstituir um frasco de penicilina V
colocando água filtrada diretamente dentro do frasco, aos poucos, ir
agitando até que a solução atinja a marca indicada no rótulo. O frasco
conterá 60 ml.
• Cada 5 ml = 400.000 UI de fenoximetilpenicilina potássica; cada 1 ml =
80.000 UI de fenoximetilpenicilina potássica;
• para a concentração de 1:10.000: aspirar 1 ml da solução acima e diluir
em 7 ml de água filtrada, resultando numa concentração de 1 ml =
10.000 UI de fenoximetilpenicilina potássica;
• para concentração de 1 :1.000: aspirar 1 ml da solução acima e diluir em
9 ml de água filtrada, resultando numa concentração de 1 ml = 1.000 UI
de fenoximetilpenicilina potássica.
7. ANEXO 2 - Esquema de dessensibilização oral à penicilina
Intervalo entre as doses = 15 minutos; tempo total necessário = 3 horas
e 45 minutos.
Preparo da solução de penicilina V
• para a concentração de 1:80.000: reconstituir um frasco de penicilina V
colocando água filtrada diretamente dentro do frasco, aos poucos, ir
agitando até que a solução atinja a marca indicada no rótulo. O frasco
conterá 60 ml.
• Cada 5 ml = 400.000 UI de fenoximetilpenicilina potássica; cada 1 ml =
80.000 UI de fenoximetilpenicilina potássica;
• para a concentração de 1:10.000: aspirar 1 ml da solução acima e diluir
em 7 ml de água filtrada, resultando numa concentração de 1 ml =
10.000 UI de fenoximetilpenicilina potássica;
• para concentração de 1 :1.000: aspirar 1 ml da solução acima e diluir em
9 ml de água filtrada, resultando numa concentração de 1 ml = 1.000 UI
de fenoximetilpenicilina potássica.