O século XIV em Portugal e na Europa foi marcado por fomes, epidemias e guerras. Após a morte de D. Fernando, houve uma crise de sucessão entre os apoiantes de D. Beatriz e do Mestre de Avis que levou a uma guerra civil e à intervenção de Castela. D. João Mestre de Avis foi aclamado rei após provar ter melhor direito ao trono e consolidou a independência de Portugal ao derrotar Castela na batalha de Aljubarrota.
2. “Da Guerra, da peste e
da fome, livra-nos,
senhor”
Oração Medieval
3. A Crise do Século XIV
Fome
Escassez de recursos
Epidemias
Peste negra e outras
Guerras
Guerras dos cem anos/Revoltas
4. Séculos XII e XIII
Séculos XIV
Fome
Período de desenvolvimento económico.
Período de dificuldades.
CAUSAS
• Aumento rápido da população.
• A produção agrícola não acompanha o aumento da população.
• Mudanças climáticas > Climas mais frios e húmidos > Maus anos
agrícolas
• Subida dos preços dos alimentos
9. Peste Negra
Peste Negra é a designação por que ficou conhecida,
durante a Idade Média, a peste bubónica, pandemia que
assolou a Europa durante o século XIV e matou 75
milhões de pessoas, um terço da população da época.
A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis,
transmitida ao ser humano através das pulgas
dos ratos-pretos (Rattus rattus) ou outros
roedores.
11. Traje do médico, na
altura da Peste
Negra
Os médicos protegiam-se usando
luvas, uma túnica e uma máscara
em forma de bico de pássaro,
onde acumulavam ervas
aromáticas com o objetivo de
filtrar o ar, sem sucesso, pois
desconheciam que a transmissão
da doença se fazia pela picada de
uma pulga e pelo ar respirável.
13. Portugal na segunda metade do século
XIV
A Crise de 1383-1385
Na segunda metade do século XIV, Portugal viveu, à
semelhança dos outros países da Europa, um período de
fomes, epidemias e guerras.
14. Um reino cada vez mais pobre
Guerras
Fernandinas
D. Fernando tinha-se envolvido em várias guerras com
Castela, quer por se considerar com direito ao trono
desse reino, quer por alianças, que fez com outros
pretendentes a esse trono, sobretudo ingleses.
15. Após a Segunda Guerra Fernandina…
Após a segunda Guerra Fernandina e
verificando-se a situação dos maus anos
agrícolas que provocou milhares de
mortos, menos pessoas para trabalhar a
terra, diminuição da produção e
aumento do preço dos produtos, D.
Fernando publica a “Lei das Sesmarias”.
17. Após a Terceira Guerra Fernandina…
Após várias campanhas militares, D.
Fernando assinou, em 1383, um tratado
de PAZ, em Salvaterra de Magos.
Tratado de Salvaterra de Magos
19. Em Outubro de 1383…
CRISE DE SUCESSÃO
Morre D. Fernando
v
D. Leonor de Teles torna-se regente
Aclamação de D. Beatriz como Rainha de Portugal
Revolta Popular
20. CONSPIRAÇÃO
A aclamação de D. Beatriz não
agradou ao povo porque:
• Temiam que Portugal voltasse a ser
governado por um rei estrangeiro.
• D. Leonor de Teles ter como conselheiro
um fidalgo galego – Conde Andeiro
22. Os grupos em confronto
Apoiantes de D.
Beatriz
Apoiantes do
Mestre de Avis
23. Os grupos em confronto
O povo e a burguesia de
certas cidades e vilas e
parte do clero e da nobreza,
pois não queriam ser
governados por um rei
estrangeiro e temiam a
perda da independência.
Essencialmente grande
parte do alto clero e da alta
nobreza, pois receavam
perder os seus privilégios e
eram defensores da
sucessão ao trono por D.
Beatriz ou outros herdeiros.
24. O povo de Lisboa apoiou a ação de Mestre de
Avis, o que levou D. Leonor de Teles a fugir para
Santarém. Desta cidade solicitou auxílio ao Rei
de Castela.
Temendo uma invasão castelhana, o povo de
Lisboa pediu ao Mestre que tomasse o cargo de
Regedor e Defensor do Reino.
Os grupos em confronto
28. O Cerco a Lisboa
O Rei de Castela invade Portugal
para defender os direitos de sua
esposa. Ocupou Santarém e daí
chamou forças que entraram pelo
Alentejo.
29. O Cerco a Lisboa
D. Nuno Álvares Pereira, ao serviço do Mestre,
venceu então os castelhanos na batalha de
Atoleiros (1384).
31. O Cerco a Lisboa
Esta derrota não foi, no entanto,
suficiente para fazer recuar o rei de
Castela que, ainda em 1384, avançou
com o seu exército e cercou Lisboa
durante mais de três meses. O cerco
só foi levantado quando a peste
atacou os soldados castelhanos.
34. As Cortes de Coimbra
Dada a gravidade da situação reuniram-se então
as Cortes em Coimbra, em 1385.
As cortes eram reuniões convocadas pelo
rei para ouvir a opinião dos representantes
do clero, da nobreza e a do povo, sobre
assuntos importantes do reino.
35. Nas cortes de Coimbra distinguiu-se João
das Regras, doutor em Leis.
36. As Cortes de Coimbra
O que provou
João das Regras?
37. As Cortes de Coimbra
João das Regras provou que, de
todos os candidatos ao trono,
era D. João, Mestre de Avis,
quem tinha direito a tornar-se
rei de Portugal, pelo que lutara
pela causa da independência.
38. As Cortes de Coimbra
D. João Mestre de Avis é aclamado rei
de Portugal. Dá-se o início da segunda
dinastia.
39. Quando o rei de Castela recebeu
a notícia da aclamação de D.
João Mestre de Avis, como Rei
de Portugal… Invadiu de novo o
reino.
42. Batalha de Aljubarrota
A 14 de Agosto de 1385, na batalha
de Aljubarrota, as tropas
portuguesas, comandadas por D.
Nuno Álvares Pereira e pelo rei,
derrotaram as tropas castelhanas,
apesar de estas serem em maior
número.
46. Muitos nobres de
pouca importância
e alguns burgueses
Burguesia
Receberam terras,
cargos e títulos,
dando origem a
uma nova nobreza.
A burguesia, como
tanto desejava,
passou a ter maior
influência na vida
política do País.
47. Apoiantes de D.
Beatriz
Os apoiantes de D. Beatriz fugiram para
Castela e os seus bens e privilégios
foram concedidos à nova nobreza.
48. Casamento
Com receio de uma nova invasão castelhana D. João faz um tratado de
amizade com Inglaterra.