SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Baixar para ler offline
Dança Moderna 
Ruth Saint-Denis e 
Ted Shawn Prof. Marcos Ramon 
marcosramon@gmail.com
(1878-1968) 
Ruth Saint-Denis 
Criou coreografias baseadas em 
uma atmosfera exótica. Assim 
como Isadora Duncan, se 
inspirava em temáticas de 
culturas antigas, mas não tinha 
como interesse fazer uma 
pesquisa de "reconstrução" destas 
danças.
Ruth Saint-Denis 
❖ The first lady of american dance 
❖ "Ela havia retomado a ideia mestra de Isadora Duncan: dançar é 
exprimir a vida interior. Mas aprofundou esta noção e enriqueceu sua 
vida interior pela meditação. Sobretudo transformou em doutrina 
aquilo que em Duncan era impulso pessoal: (...) a dança torna-se um 
autêntico ato religioso" (BOURCIER, 2001, p. 253). 
❖ Sua mãe iniciou-a na dança, como um exercício físico. Sua visão de 
dança vinha de Steve Mackay, que levou a técnica delsarte para a 
América. 
❖ Aos doze anos vê o seu primeiro espetáculo de dança e faz alguns 
cursos de dança acadêmica sem frequentá-los com regularidade.
Ruth Saint-Denis 
❖ Aos vinte e quatro anos torna-se atriz 
de um grupo de variedades, viaja 
pela Europa e assiste Isadora Duncan 
e Loie Fuller. 
❖ Em 1905 acontece o que ela chama de 
uma "revelação": vê um cartaz 
publicitário de uma marca de cigarros 
egípcios. No cartaz está a deusa Ísis. 
❖ "Compra o cartaz por um dólar, copia 
o traje, manda que a fotografem neste 
pose, depois se informa sobre a 
civilização egípcia 
antiga" (BOURCIER, 2001, p. 255).
Ruth Saint-Denis 
❖ Passa a "recriar" danças egípcias e indianas, mesmo sem 
conhecer elementos suficientes sobre essas culturas e suas 
danças. 
❖ É considerada, a princípio, menos como uma verdadeira 
dançarina e mais como uma "vedete" artística de variedades. 
❖ São coreografias desse período: The Cobras, The Incense, 
Nautch, Radha. 
❖ Conhece Ted Shawn em 1911 e se apresenta pela primeira 
vez com ele em 1915 com The Garden of Kama.
Ruth Saint-Denis 
❖ Ted Shawn se torna seu parceiro e 
marido. Juntos fundam a 
Denishawnschool, uma importante 
escola dança com proposta e 
métodos inovadores para época: 
almejavam, através da preparação 
corporal, o conjunto da 
personalidade, incluindo a 
inteligência e a sensibilidade. 
❖ Utilizam métodos não ortodoxos, 
como o treinamento da dança 
acadêmica descalços, reduzindo essa 
técnica à formação rigorosa do 
corpo.
Ruth Saint-Denis 
❖ A escola gera interesse e, pela primeira vez, a dança entra nas 
Universidades. No teatro da Universidade da Califórnia 
apresentam A pageant dance of Egypt, Greece and India. 
❖ A partir de 1919, Ruth Saint-Denis começa uma experiência que 
ela chama de music visualization, onde propõe que cada 
dançarino siga um instrumento da orquestra. 
❖ "Para Ruth Saint-Denis, a origem e a justificativa da dança estão 
na religião ou, mais exatamente, na emoção religiosa, seja a 
religião alusiva, referente aos mitos do Egito e da Índia, ou de 
inspiração cristã." (BOURCIER, 2001, p.259)
Ruth Saint-Denis 
❖ No trabalho de music visualization ela 
coreografava a cadência da música no 
ritmo dos movimentos, seguindo os 
tons altos e baixos com movimentos 
de níveis altos e baixos ou 
sincronizando instrumentos musicais 
específicos com dançarinos 
específicos. 
❖ Ao contrário de Isadora Duncan que 
praticamente não utilizava cenários, 
Ruth Saint-Denis enaltecia um 
universo de exotismo espetacular 
investindo intensamente nos cenários 
e figurinos de suas coreografias.
Ruth Saint-Denis 
❖ Para Ruth Saint-Denis todo o 
corpo é mobilizado para a dança: 
tronco, ombros, braços, com 
preferência por movimentos 
ondulatórios. 
❖ Dois elementos significativos de 
seus ensinamentos corporais: "a 
frase ondulante claramente 
pontuada por paradas, a busca 
da pose significante que estas 
paradas sublinham" (BOURCIER, 
2001, p.258)
Ruth Saint- 
Denis
(1891-1972) 
Ted Shawn 
Ted Shawn queria ser pastor e iniciou-se 
na dança para tratar de uma difteria, 
encontrando na arte a sua vocação. Foi 
marcado por dois encontros: com 
Henriette Crane, que lhe ensinou o 
delsartismo e com Ruth Saint-Denis, de 
quem foi parceiro e marido, colaborando 
no Denishawnschool até 1931.
Ted Shawn 
❖ Em suas coreografias, Ted Shawn passou a colocar a dança masculina 
em maior destaque, provocando uma ruptura no pensamento de que a 
dança era essencialmente feminina, como o era defendido por Isadora 
Duncan, por exemplo. As coreografias de Ted Shawn evidenciavam a 
virilidade dos movimentos masculinos com força e precisão, em 
consonância com um preciso uso do espaço coreográfico elaborado a 
partir de clara dramaticidade. Bourcier (2001) relata que: 
❖ "Era romper com a tendência admitida até aquela época; pareceu de 
início chocante a dança ser uma atividade de homens manifestamente 
viris; era destruir o tabu inconsciente, que acarreta uma discriminação 
sexual na dança; era também liberar a mulher." (BOURCIER, 2001, p. 
261)
Ted Shawn 
❖ Ted Shawn via a dança como 
uma obra dramática, com uma 
ação dinâmica. Suas 
coreografias eram encaradas 
como peças de teatro: 
"progressão da intensidade do 
movimento que corresponda à 
progressão da ação, efeitos 
dramáticos em um quadro, com 
cenários, roupas e cenografia 
específicos" (BOURCIER, 2001, 
p.261)
Ted Shawn 
❖ A importância de Ted Shawn 
está associada tanto ao seu 
trabalho teórico como didático. 
❖ Ted Shawn deu muitas aulas na 
Denishawscholl, em 
Universidades e exerceu a 
atividade de escritor. 
❖ Seus livros Every little movement 
e Dance we must apresentam os 
fundamentos da dança 
moderna, promovendo a relação 
entre o pensamento e o gesto.
Denishawnschool 
❖ A Denishawnschool oferecia aulas 
de anatomia, música, cultura geral e 
treinamento corporal, promovendo 
uma formação mais ampla do que 
apenas a técnica da dança. 
❖ A escola promovia a entrada de 
seus estudantes no palco o mais 
cedo possível. 
❖ Importantes dançarinos que 
divulgaram a dança moderna 
estudaram na Denishawnschool: 
Charles Weidman, Doris Humphrey 
e Martha Graham.
Ruth Saint-Denis 
com suas 
estudantes

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Teatro - definição, história e reflexões
Teatro - definição, história e reflexõesTeatro - definição, história e reflexões
Teatro - definição, história e reflexões
 
Oficina de dança e expressão
Oficina de dança e expressãoOficina de dança e expressão
Oficina de dança e expressão
 
História da música 1
História da música 1História da música 1
História da música 1
 
Danca escola
Danca escolaDanca escola
Danca escola
 
Dança
DançaDança
Dança
 
Teatro
TeatroTeatro
Teatro
 
Ballet
BalletBallet
Ballet
 
O que é a dança contemporânea
O que é a dança contemporâneaO que é a dança contemporânea
O que é a dança contemporânea
 
Música renascentista
Música renascentistaMúsica renascentista
Música renascentista
 
Historia da musica
Historia da musica Historia da musica
Historia da musica
 
Dança
DançaDança
Dança
 
História da dança
História da dançaHistória da dança
História da dança
 
O Teatro e a Tecnologia
O Teatro e a TecnologiaO Teatro e a Tecnologia
O Teatro e a Tecnologia
 
Dança moderna
Dança modernaDança moderna
Dança moderna
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
O teatro na grécia antiga
O teatro na grécia antigaO teatro na grécia antiga
O teatro na grécia antiga
 
A Dança e seus elementos
A Dança e seus elementosA Dança e seus elementos
A Dança e seus elementos
 
Teatro brasileiro
Teatro brasileiroTeatro brasileiro
Teatro brasileiro
 
História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)
História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)
História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)
 
Dança 10 08
Dança 10 08Dança 10 08
Dança 10 08
 

Destaque

Destaque (15)

Conceito de dança Professor Rodrigo Costa
Conceito de dança Professor Rodrigo CostaConceito de dança Professor Rodrigo Costa
Conceito de dança Professor Rodrigo Costa
 
Dança Moderna - Martha Graham
Dança Moderna - Martha GrahamDança Moderna - Martha Graham
Dança Moderna - Martha Graham
 
Slide dança
Slide dançaSlide dança
Slide dança
 
Dança
DançaDança
Dança
 
Princípios de movimento de dança moderna
Princípios de movimento de dança modernaPrincípios de movimento de dança moderna
Princípios de movimento de dança moderna
 
Martha Graham
Martha GrahamMartha Graham
Martha Graham
 
Dança Moderna - Merce Cunningham e John Cage
Dança Moderna - Merce Cunningham e John CageDança Moderna - Merce Cunningham e John Cage
Dança Moderna - Merce Cunningham e John Cage
 
03 educação física danças-diego
03 educação física danças-diego03 educação física danças-diego
03 educação física danças-diego
 
(3) metodo violao otaniel-ricardo
(3) metodo violao otaniel-ricardo(3) metodo violao otaniel-ricardo
(3) metodo violao otaniel-ricardo
 
Diccionario de acordes
Diccionario de acordesDiccionario de acordes
Diccionario de acordes
 
Planejamento carnaval
Planejamento carnavalPlanejamento carnaval
Planejamento carnaval
 
Danças regionais
Danças regionaisDanças regionais
Danças regionais
 
Apostila ensino médio danca
Apostila ensino médio dancaApostila ensino médio danca
Apostila ensino médio danca
 
Arte Rupestre
Arte Rupestre Arte Rupestre
Arte Rupestre
 
A arte na pré história
A arte na pré históriaA arte na pré história
A arte na pré história
 

Semelhante a Dança moderna - Ruth Saint-Denis e Ted Shawn

Dança ,corpo em acção
Dança ,corpo em acçãoDança ,corpo em acção
Dança ,corpo em acçãoCarla Silva
 
Pina Bausch
Pina BauschPina Bausch
Pina Bauschhdpm3
 
18-03-2015_PROF_ROUSE_Slides_Hist Geral_.ppt
18-03-2015_PROF_ROUSE_Slides_Hist Geral_.ppt18-03-2015_PROF_ROUSE_Slides_Hist Geral_.ppt
18-03-2015_PROF_ROUSE_Slides_Hist Geral_.pptPauloMacedo84156
 
Trisha brown
Trisha brownTrisha brown
Trisha brownhdpm3
 
Danças nacionais populares joana
Danças nacionais populares joanaDanças nacionais populares joana
Danças nacionais populares joanaJorge Luiz Queiroz
 
TUDO SOBRE RUDOLF LABAN descrição e trabalhos
TUDO SOBRE RUDOLF LABAN  descrição e trabalhosTUDO SOBRE RUDOLF LABAN  descrição e trabalhos
TUDO SOBRE RUDOLF LABAN descrição e trabalhosChristina Fornaciari
 
Atividades Rítmicas e Dança conceitos iniciais
Atividades Rítmicas e Dança conceitos iniciaisAtividades Rítmicas e Dança conceitos iniciais
Atividades Rítmicas e Dança conceitos iniciaiscoletivoddois
 
dana-171204171345.pdf
dana-171204171345.pdfdana-171204171345.pdf
dana-171204171345.pdfWeslleyDias8
 
Trabalho final antropologia imagem
Trabalho final antropologia imagemTrabalho final antropologia imagem
Trabalho final antropologia imagemJosé Marques
 
dancaeseuselementos-200713231110.pdf
dancaeseuselementos-200713231110.pdfdancaeseuselementos-200713231110.pdf
dancaeseuselementos-200713231110.pdfWeslleyDias8
 

Semelhante a Dança moderna - Ruth Saint-Denis e Ted Shawn (20)

Dança ,corpo em acção
Dança ,corpo em acçãoDança ,corpo em acção
Dança ,corpo em acção
 
Dança 1 ano.pptx
Dança 1 ano.pptxDança 1 ano.pptx
Dança 1 ano.pptx
 
Pina Bausch
Pina BauschPina Bausch
Pina Bausch
 
18-03-2015_PROF_ROUSE_Slides_Hist Geral_.ppt
18-03-2015_PROF_ROUSE_Slides_Hist Geral_.ppt18-03-2015_PROF_ROUSE_Slides_Hist Geral_.ppt
18-03-2015_PROF_ROUSE_Slides_Hist Geral_.ppt
 
Trisha brown
Trisha brownTrisha brown
Trisha brown
 
Danças nacionais populares joana
Danças nacionais populares joanaDanças nacionais populares joana
Danças nacionais populares joana
 
TUDO SOBRE RUDOLF LABAN descrição e trabalhos
TUDO SOBRE RUDOLF LABAN  descrição e trabalhosTUDO SOBRE RUDOLF LABAN  descrição e trabalhos
TUDO SOBRE RUDOLF LABAN descrição e trabalhos
 
Complexo de dança Guarulhos
Complexo de dança GuarulhosComplexo de dança Guarulhos
Complexo de dança Guarulhos
 
Atividades Rítmicas e Dança conceitos iniciais
Atividades Rítmicas e Dança conceitos iniciaisAtividades Rítmicas e Dança conceitos iniciais
Atividades Rítmicas e Dança conceitos iniciais
 
Música, dança e Surdez
Música, dança e SurdezMúsica, dança e Surdez
Música, dança e Surdez
 
Pina bausch
Pina bauschPina bausch
Pina bausch
 
Agrp4
Agrp4Agrp4
Agrp4
 
dalcroze
dalcrozedalcroze
dalcroze
 
dana-171204171345.pdf
dana-171204171345.pdfdana-171204171345.pdf
dana-171204171345.pdf
 
Dança
DançaDança
Dança
 
Trabalho final antropologia imagem
Trabalho final antropologia imagemTrabalho final antropologia imagem
Trabalho final antropologia imagem
 
dancaeseuselementos-200713231110.pdf
dancaeseuselementos-200713231110.pdfdancaeseuselementos-200713231110.pdf
dancaeseuselementos-200713231110.pdf
 
Artigo sonoridade
Artigo sonoridadeArtigo sonoridade
Artigo sonoridade
 
Dança na pré-história
Dança na pré-história Dança na pré-história
Dança na pré-história
 
Artes
ArtesArtes
Artes
 

Mais de Marcos Ramon

Educação estética em Kant, Schiller e Nietzsche
Educação estética em Kant, Schiller e NietzscheEducação estética em Kant, Schiller e Nietzsche
Educação estética em Kant, Schiller e NietzscheMarcos Ramon
 
O que é a Filosofia?
O que é a Filosofia?O que é a Filosofia?
O que é a Filosofia?Marcos Ramon
 
Introdução à Estética - 1
Introdução à Estética  - 1Introdução à Estética  - 1
Introdução à Estética - 1Marcos Ramon
 
Ética e Informática
Ética e InformáticaÉtica e Informática
Ética e InformáticaMarcos Ramon
 
A Filosofia da Arte em Schopenhauer e Nietzsche
A Filosofia da Arte em Schopenhauer e NietzscheA Filosofia da Arte em Schopenhauer e Nietzsche
A Filosofia da Arte em Schopenhauer e NietzscheMarcos Ramon
 
Estética em Schiller
Estética em SchillerEstética em Schiller
Estética em SchillerMarcos Ramon
 
Teoria da Complexidade
Teoria da ComplexidadeTeoria da Complexidade
Teoria da ComplexidadeMarcos Ramon
 
Walter Benjamin e a reprodutibilidade técnica
Walter Benjamin e a reprodutibilidade técnicaWalter Benjamin e a reprodutibilidade técnica
Walter Benjamin e a reprodutibilidade técnicaMarcos Ramon
 
Schopenhauer e Nietzsche
Schopenhauer e Nietzsche Schopenhauer e Nietzsche
Schopenhauer e Nietzsche Marcos Ramon
 
Problemas de Gênero - Judith Butler
Problemas de Gênero - Judith ButlerProblemas de Gênero - Judith Butler
Problemas de Gênero - Judith ButlerMarcos Ramon
 

Mais de Marcos Ramon (10)

Educação estética em Kant, Schiller e Nietzsche
Educação estética em Kant, Schiller e NietzscheEducação estética em Kant, Schiller e Nietzsche
Educação estética em Kant, Schiller e Nietzsche
 
O que é a Filosofia?
O que é a Filosofia?O que é a Filosofia?
O que é a Filosofia?
 
Introdução à Estética - 1
Introdução à Estética  - 1Introdução à Estética  - 1
Introdução à Estética - 1
 
Ética e Informática
Ética e InformáticaÉtica e Informática
Ética e Informática
 
A Filosofia da Arte em Schopenhauer e Nietzsche
A Filosofia da Arte em Schopenhauer e NietzscheA Filosofia da Arte em Schopenhauer e Nietzsche
A Filosofia da Arte em Schopenhauer e Nietzsche
 
Estética em Schiller
Estética em SchillerEstética em Schiller
Estética em Schiller
 
Teoria da Complexidade
Teoria da ComplexidadeTeoria da Complexidade
Teoria da Complexidade
 
Walter Benjamin e a reprodutibilidade técnica
Walter Benjamin e a reprodutibilidade técnicaWalter Benjamin e a reprodutibilidade técnica
Walter Benjamin e a reprodutibilidade técnica
 
Schopenhauer e Nietzsche
Schopenhauer e Nietzsche Schopenhauer e Nietzsche
Schopenhauer e Nietzsche
 
Problemas de Gênero - Judith Butler
Problemas de Gênero - Judith ButlerProblemas de Gênero - Judith Butler
Problemas de Gênero - Judith Butler
 

Último

v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfdio7ff
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamentalgeone480617
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundonialb
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOBiatrizGomes1
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 

Último (20)

v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 

Dança moderna - Ruth Saint-Denis e Ted Shawn

  • 1. Dança Moderna Ruth Saint-Denis e Ted Shawn Prof. Marcos Ramon marcosramon@gmail.com
  • 2. (1878-1968) Ruth Saint-Denis Criou coreografias baseadas em uma atmosfera exótica. Assim como Isadora Duncan, se inspirava em temáticas de culturas antigas, mas não tinha como interesse fazer uma pesquisa de "reconstrução" destas danças.
  • 3. Ruth Saint-Denis ❖ The first lady of american dance ❖ "Ela havia retomado a ideia mestra de Isadora Duncan: dançar é exprimir a vida interior. Mas aprofundou esta noção e enriqueceu sua vida interior pela meditação. Sobretudo transformou em doutrina aquilo que em Duncan era impulso pessoal: (...) a dança torna-se um autêntico ato religioso" (BOURCIER, 2001, p. 253). ❖ Sua mãe iniciou-a na dança, como um exercício físico. Sua visão de dança vinha de Steve Mackay, que levou a técnica delsarte para a América. ❖ Aos doze anos vê o seu primeiro espetáculo de dança e faz alguns cursos de dança acadêmica sem frequentá-los com regularidade.
  • 4. Ruth Saint-Denis ❖ Aos vinte e quatro anos torna-se atriz de um grupo de variedades, viaja pela Europa e assiste Isadora Duncan e Loie Fuller. ❖ Em 1905 acontece o que ela chama de uma "revelação": vê um cartaz publicitário de uma marca de cigarros egípcios. No cartaz está a deusa Ísis. ❖ "Compra o cartaz por um dólar, copia o traje, manda que a fotografem neste pose, depois se informa sobre a civilização egípcia antiga" (BOURCIER, 2001, p. 255).
  • 5. Ruth Saint-Denis ❖ Passa a "recriar" danças egípcias e indianas, mesmo sem conhecer elementos suficientes sobre essas culturas e suas danças. ❖ É considerada, a princípio, menos como uma verdadeira dançarina e mais como uma "vedete" artística de variedades. ❖ São coreografias desse período: The Cobras, The Incense, Nautch, Radha. ❖ Conhece Ted Shawn em 1911 e se apresenta pela primeira vez com ele em 1915 com The Garden of Kama.
  • 6. Ruth Saint-Denis ❖ Ted Shawn se torna seu parceiro e marido. Juntos fundam a Denishawnschool, uma importante escola dança com proposta e métodos inovadores para época: almejavam, através da preparação corporal, o conjunto da personalidade, incluindo a inteligência e a sensibilidade. ❖ Utilizam métodos não ortodoxos, como o treinamento da dança acadêmica descalços, reduzindo essa técnica à formação rigorosa do corpo.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Ruth Saint-Denis ❖ A escola gera interesse e, pela primeira vez, a dança entra nas Universidades. No teatro da Universidade da Califórnia apresentam A pageant dance of Egypt, Greece and India. ❖ A partir de 1919, Ruth Saint-Denis começa uma experiência que ela chama de music visualization, onde propõe que cada dançarino siga um instrumento da orquestra. ❖ "Para Ruth Saint-Denis, a origem e a justificativa da dança estão na religião ou, mais exatamente, na emoção religiosa, seja a religião alusiva, referente aos mitos do Egito e da Índia, ou de inspiração cristã." (BOURCIER, 2001, p.259)
  • 10. Ruth Saint-Denis ❖ No trabalho de music visualization ela coreografava a cadência da música no ritmo dos movimentos, seguindo os tons altos e baixos com movimentos de níveis altos e baixos ou sincronizando instrumentos musicais específicos com dançarinos específicos. ❖ Ao contrário de Isadora Duncan que praticamente não utilizava cenários, Ruth Saint-Denis enaltecia um universo de exotismo espetacular investindo intensamente nos cenários e figurinos de suas coreografias.
  • 11. Ruth Saint-Denis ❖ Para Ruth Saint-Denis todo o corpo é mobilizado para a dança: tronco, ombros, braços, com preferência por movimentos ondulatórios. ❖ Dois elementos significativos de seus ensinamentos corporais: "a frase ondulante claramente pontuada por paradas, a busca da pose significante que estas paradas sublinham" (BOURCIER, 2001, p.258)
  • 13.
  • 14. (1891-1972) Ted Shawn Ted Shawn queria ser pastor e iniciou-se na dança para tratar de uma difteria, encontrando na arte a sua vocação. Foi marcado por dois encontros: com Henriette Crane, que lhe ensinou o delsartismo e com Ruth Saint-Denis, de quem foi parceiro e marido, colaborando no Denishawnschool até 1931.
  • 15. Ted Shawn ❖ Em suas coreografias, Ted Shawn passou a colocar a dança masculina em maior destaque, provocando uma ruptura no pensamento de que a dança era essencialmente feminina, como o era defendido por Isadora Duncan, por exemplo. As coreografias de Ted Shawn evidenciavam a virilidade dos movimentos masculinos com força e precisão, em consonância com um preciso uso do espaço coreográfico elaborado a partir de clara dramaticidade. Bourcier (2001) relata que: ❖ "Era romper com a tendência admitida até aquela época; pareceu de início chocante a dança ser uma atividade de homens manifestamente viris; era destruir o tabu inconsciente, que acarreta uma discriminação sexual na dança; era também liberar a mulher." (BOURCIER, 2001, p. 261)
  • 16. Ted Shawn ❖ Ted Shawn via a dança como uma obra dramática, com uma ação dinâmica. Suas coreografias eram encaradas como peças de teatro: "progressão da intensidade do movimento que corresponda à progressão da ação, efeitos dramáticos em um quadro, com cenários, roupas e cenografia específicos" (BOURCIER, 2001, p.261)
  • 17.
  • 18.
  • 19. Ted Shawn ❖ A importância de Ted Shawn está associada tanto ao seu trabalho teórico como didático. ❖ Ted Shawn deu muitas aulas na Denishawscholl, em Universidades e exerceu a atividade de escritor. ❖ Seus livros Every little movement e Dance we must apresentam os fundamentos da dança moderna, promovendo a relação entre o pensamento e o gesto.
  • 20. Denishawnschool ❖ A Denishawnschool oferecia aulas de anatomia, música, cultura geral e treinamento corporal, promovendo uma formação mais ampla do que apenas a técnica da dança. ❖ A escola promovia a entrada de seus estudantes no palco o mais cedo possível. ❖ Importantes dançarinos que divulgaram a dança moderna estudaram na Denishawnschool: Charles Weidman, Doris Humphrey e Martha Graham.
  • 21.
  • 22. Ruth Saint-Denis com suas estudantes