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Como resolver problemas de Física
                                                                                   Como resolver problemas de Física
1ª ETAPA: LER O PROBLEMA: É preciso saber ler, quer dizer, ser
capaz de imaginar a cena que o enunciado descreve. Nem sempre              1ª ETAPA: LER O PROBLEMA: É preciso saber ler, quer dizer, ser
entendemos tudo o que está escrito, mas podemos estar atentos aos          capaz de imaginar a cena que o enunciado descreve. Nem sempre
detalhes para "visualizar" corretamente o que se está dizendo.             entendemos tudo o que está escrito, mas podemos estar atentos aos
                                                                           detalhes para "visualizar" corretamente o que se está dizendo.
2ª ETAPA: FAZER UM ESQUEMA: Fazer um esquema ou desenho
simples da situação ajuda a visualizá-la e a resolvê-la. Procure indicar   2ª ETAPA: FAZER UM ESQUEMA: Fazer um esquema ou desenho
em seus esquemas informações básicas como o sentido e os valores           simples da situação ajuda a visualizá-la e a resolvê-la. Procure indicar
envolvidos. Preste atenção que uma frase como "dar ré" indica o            em seus esquemas informações básicas como o sentido e os valores
sentido do movimento do objeto em questão.                                 envolvidos. Preste atenção que uma frase como "dar ré" indica o
                                                                           sentido do movimento do objeto em questão.
3ª ETAPA: MONTE AS EQUAÇÕES E FAÇA AS CONTAS: Uma
equação só faz sentido se você sabe o que ela significa. Sabemos           3ª ETAPA: MONTE AS EQUAÇÕES E FAÇA AS CONTAS: Uma
que é possível resolver a nossa questão porque há a conservação da         equação só faz sentido se você sabe o que ela significa. Sabemos
quantidade movimento total de um sistema. Quer dizer, a soma das           que é possível resolver a nossa questão porque há a conservação da
quantidades de movimento antes e depois do choque deverá ter o             quantidade movimento total de um sistema. Quer dizer, a soma das
mesmo valor. Com isso, você consegue montar as contas.                     quantidades de movimento antes e depois do choque deverá ter o
                                                                           mesmo valor. Com isso, você consegue montar as contas.
4ª ETAPA:INTERPRETE OS VALORES. (A ETAPA MAIS
IMPORTANTE!) Muito bem, você achou um número! Mas ainda não                4ª ETAPA:INTERPRETE OS VALORES. (A ETAPA MAIS
resolveu o problema. Não queremos saber somente o número, mas              IMPORTANTE!) Muito bem, você achou um número! Mas ainda não
também o que aconteceu. O número deve nos dizer isso. Olhando              resolveu o problema. Não queremos saber somente o número, mas
para ele você deve ser capaz de chegar a alguma conclusão.                 também o que aconteceu. O número deve nos dizer isso. Olhando
DESCONFIE DOS NÚMEROS!!! Existe uma coisa que se chama erro                para ele você deve ser capaz de chegar a alguma conclusão.
nas contas, que pode nos levar a resultados errados. Pense bem no          DESCONFIE DOS NÚMEROS!!! Existe uma coisa que se chama erro
que o número está lhe dizendo e avalie se é uma coisa razoável. Se         nas contas, que pode nos levar a resultados errados. Pense bem no
achar que há um erro, confira suas contas e o seu raciocínio. Se o         que o número está lhe dizendo e avalie se é uma coisa razoável. Se
número insistir em lhe dizer coisas absurdas, considere a                  achar que há um erro, confira suas contas e o seu raciocínio. Se o
possibilidade de que aquilo que você esperava não ser realmente o          número insistir em lhe dizer coisas absurdas, considere a
que acontece na prática.                                                   possibilidade de que aquilo que você esperava não ser realmente o
                                                                           que acontece na prática.
Leituras de Física - MECÂNICA - Capítulo 1
GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física                           Leituras de Física - MECÂNICA - Capítulo 1
Instituto de Física da USP - junho de 1998                                 GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física
                                                                           Instituto de Física da USP - junho de 1998
Versão preliminar
25 de março de 2002




                    Notas de Aula de Física

01. MEDIÇÃO ..................................................................................................................... 2
  ALGUMAS UNIDADES FUNDAMENTAIS: ................................................................................... 2
  ALGUMAS UNIDADES DERIVADAS: ......................................................................................... 2
  O MUNDO DA FÍSICA ........................................................................................................... 3
  AS DIVISÕES DA FÍSICA ....................................................................................................... 4
  COMO RESOLVER PROBLEMAS DE FÍSICA .............................................................................. 5
Prof. Romero Tavares da Silva


01. Medição

      Para expressar quantitativamente uma lei física necessitamos de um sistema de
unidades. Do mesmo modo, para medir uma grandeza física é necessário definir a priori a
unidade na qual esta grandeza será medida.

      Existe uma enorme quantidade de grandezas físicas, mas apenas algumas são
consideradas fundamentais, sendo as demais derivadas delas. Tempo (segundo), espaço
(metro), massa(quilograma) e carga elétrica(Coulomb) são exemplos de unidades funda-
mentais. Velocidade (metro/segundo), aceleração (metro/segundo2) e força (quilogra-
ma.metro/segundo2) são exemplos de unidades derivadas.

      Por razões históricas, o tempo foi a primeira quantidade a ser mensurada. Este
conceito surge a partir da duração do dia, da presença da luminosidade do Sol; e a sua
ausência: a noite.

      Com a evolução da humanidade e com os deslocamentos das comunidades surge
o conceito de distância, de comprimento, de temperatura e etc.

      A partir da necessidade de quantificar as mercadorias para troca surge o conceito
de peso, e mais tarde a noção de massa.

       Outras grandezas surgem com o avançar da tecnologia e o desenvolvimento do
método científico tais como pressão, intensidade luminosa, potência, carga elétrica, cor-
rente elétrica, campo eletromagnético, calor específico, entropia e etc.

       De certo modo, cada cultura tecnológica autônoma desenvolveu um próprio siste-
ma de unidades. Mas a interação entre as sociedades, de certo modo impôs que existisse
uma uniformização para que as trocas acontecessem de modo transparente e inteligível
pata as partes. A Inglaterra medieval era praticamente isolada comercialmente do resto
da Europa e isso contribuiu para que lá se estabelecesse um sistema de unidades dife-
rente do restante: polegada, pé, milha, libra e etc.


Algumas unidades fundamentais:
       Grandeza         Sistema Internacional - SI                    CGS
     Comprimento                 Metro - m                       Centímetro - cm
        Tempo                   Segundo - s                       Segundo - s
         Massa                 Quilograma - kg                     Grama - s
     Carga elétrica             Coulomb - C


Algumas unidades derivadas:
       Grandeza          Sistema Internacional - SI                  CGS
      Velocidade                     m/s                             cm/s
      Aceleração                    m/s2                             cm/s2
         Força                kg.m/s2 = Newton                   g.cm/s2 = Dina
        Energia                kg.m2/s2 = Joule                  g.cm2/s2 = Erg


Cap 01                         romero@fisica.ufpb.br                                   2
Prof. Romero Tavares da Silva


O mundo da Física

       A curiosidade do homem pode ser compreendida de várias maneiras: alguns dizem
que vem de uma necessidade de sobrevivência, outros dizem que é uma forma de prazer
ou, ainda, no pensamento religioso, que é uma forma de conhecer a Deus. Mas uma coi-
sa não podemos negar: o homem é curioso!

-   Por que as coisas caem?
-   O Sol é uma bola de fogo?
-   A Terra está parada? E a Lua, como ela fica lá em cima?
-   Quando começou o tempo?
-   Como surge o pensamento?
-   Como surgiu a vida? Existe vida depois da morte?

    Essas são perguntas que o homem vem se fazendo há muito tempo. Algumas sabe-
mos responder, outras não. Algumas têm mais de uma resposta, a diferença está no mé-
todo usado para respondê-las. Alguns métodos permitem conhecer o mundo que nos cer-
ca, outros nos levam a ilusões sobre este mundo. Observe estes casos:

HORÓSCOPO                                          ESPELHO, ESPELHO MEU
“A Lua energiza seu signo apesar de                VOCÊ SABIA?
estar em fase com Saturno com o qual               “Para vermos inteiramente nosso rosto
apresenta tensão. Você deve aprovei-               num espelho plano é suficiente que ele
tar as vibrações de mercúrio que com-              tenha metade do tamanho (altura) do
pleta hoje seu ciclo. Assim, curta hoje            rosto. Tente observar este fato.”
os seus amigos.
Número de sorte 23.”

      Os trechos escritos nos quadros acima poderiam ser encontrados num jornal ou
falados pela televisão. Freqüentemente encontramos frases que propõem, sugerem, ou
mesmo ordenam que façamos, ou não façamos, certas coisas: “Não fume no elevador.
Lei Municipal número tal”. Essa afirmação tenta nos dizer que se fumarmos no elevador
estaremos sujeitos às penas da tal lei.

      Voltemos aos quadros. O primeiro nos diz algumas coisas a respeito da situação
dos astros em que podemos, ou não, acreditar. Mais ainda, nos fala para “curtir” os nos-
sos amigos, o que é bom, e, indiretamente, propõe que joguemos no número 23. Dentro
do quadro encontramos palavras que parecem científicas: energizar, vibração. O texto
usa essa linguagem para tentar nos convencer de que tudo que foi escrito é verdade. Mas
os horóscopos são produtos da Astrologia que não é uma ciência. Suas definições não
são exatas e variam de astrólogo para astrólogo. Na verdade o que foi dito é a opinião de
quem fez o horóscopo e o astrólogo pode, ou não, acertar as suas previsões. No segundo
quadro estamos no campo da ciência. Ele procura nos descrever um. Se uma pessoa, em
qualquer lugar do mundo, seguir as instruções e se olhar num espelho que tenha, pelo
menos, metade da altura do seu rosto, conseguirá ver o rosto por inteiro. Não estamos
mais diante de uma opinião, mas sim de um fato, que pode ser verificado.

       Devemos ouvir o que as pessoas têm a dizer, porém devemos ser capazes de jul-
gar o que foi dito. Não é porque “saiu no jornal” ou “deu na TV” que é verdade! Por outro
lado, devemos ter cuidado, pois julgar não é discordar de tudo, o importante é fazer per-
Cap 01                         romero@fisica.ufpb.br                                   3
Prof. Romero Tavares da Silva

guntas, é ter curiosidade e ir em busca dos fatos e suas explicações. A ciência e seus
métodos podem nos ajudar a responder muitas perguntas, a tomar posições e a fazer jul-
gamentos.

Curso de Física do 2º grau - Capítulo 1
Telecurso 2000


As divisões da Física

       A Física estuda vários tipos de fenômenos da Natureza. Para facilitar o seu estudo
costuma-se dividi-la. Até o início do século as principais partes da Física eram: a Mecâni-
ca, a Termodinâmica e o Eletromagnetismo.

       No século XX, a partir de grandes descobertas, surgiram novos ramos, entre eles:
Física Atômica e Nuclear Física Atômica e Nuclear Física Atômica e Nuclear Física Atô-
mica e Nuclear Física Atômica e Nuclear, Mecânica Quântica Mecânica Quântica Mecâni-
ca Quântica Mecânica Quântica Mecânica Quântica, Relatividade. Os novos conceitos
introduzidos neste século provocaram uma verdadeira revolução na Física. Hoje é comum
também dividir a Física em Clássica (antes de 1900) e Moderna (após 1900).

       O quadro a seguir mostra algumas perguntas que podem surgir no nosso dia-a-dia,
e identifica qual o ramo da Física que trata de respondê-las.

PERGUNTAS                         QUEM RESPONDE                  ALGUNS CONCEITOS
- Por que somos jogados para      MECÂNICA                       Força
frente do ônibus quando ele freia                                Espaço
bruscamente?                                                     Inércia
- Por que nos dias de chuva é                                    Tempo
mais difícil freiar um automóvel?                                Velocidade
- Como um navio consegue boiar?                                  Massa
                                                                 Aceleração
                                                                 Energia
                                                                 Densidade
- Como funciona um termômetro?       TERMODINÂMICA               Calor
- Por que o congelador fica na                                   Energia térmica
parte superior da geladeira?                                     Pressão
- O que ocorre com a naftalina,                                  Volume
que “some” do fundo da gaveta?                                   Dilatação
                                                                 Temperatura
                                                                 Mudanças de estado
- Como vemos os objetos?         ÓPTICA                          Raio de luz
- Como os óculos ajudam a melho-                                 Reflexão
rar a visão?                                                     Refração
- Como se forma a nossa imagem                                   Lentes
num espelho?                                                     Espelhos




Cap 01                          romero@fisica.ufpb.br                                         4
Prof. Romero Tavares da Silva


- O que é a corrente elétrica?     ELETROMAGNETISMO           Carga elétrica
- Como funciona um chuveiro elé-                              Corrente elétrica
trico?                                                        Campos elétricos
- Para que serve um fusível?                                  Campos magnéticos
                                                              Ondas eletromagnéticas
- O que é, de fato, a luz?         FÍSICA ATÔMICA             Átomos
- O que compõe todas as coisas?    FÍSICANUCLEAR              Núcleos
- O que são microondas?                                       Fótons
                                                              Elétrons

Curso de Física do 2º grau - Capítulo 1
Telecurso 2000



Como resolver problemas de Física

1ª ETAPA: LER O PROBLEMA: É preciso saber ler, quer dizer, ser capaz de imaginar a
cena que o enunciado descreve. Nem sempre entendemos tudo o que está escrito, mas
podemos estar atentos aos detalhes para "visualizar" corretamente o que se está dizendo.

2ª ETAPA: FAZER UM ESQUEMA: Fazer um esquema ou desenho simples da situação
ajuda a visualizá-la e a resolvê-la. Procure indicar em seus esquemas informações bási-
cas como o sentido e os valores envolvidos. Preste atenção que uma frase como "dar ré"
indica o sentido do movimento do objeto em questão.

3ª ETAPA: MONTE AS EQUAÇÕES E FAÇA AS CONTAS: Uma equação só faz sentido
se você sabe o que ela significa. Sabemos que é possível resolver a nossa questão por-
que há a conservação da quantidade movimento total de um sistema. Quer dizer, a soma
das quantidades de movimento antes e depois do choque deverá ter o mesmo valor. Com
isso, você consegue montar as contas.

4ª ETAPA: INTERPRETE OS VALORES. (A ETAPA MAIS IMPORTANTE!) Muito bem,
você achou um número! Mas ainda não resolveu o problema. Não queremos saber so-
mente o número, mas também o que aconteceu. O número deve nos dizer isso. Olhando
para ele você deve ser capaz de chegar a alguma conclusão. DESCONFIE DOS
NÚMEROS!!! Existe uma coisa que se chama erro nas contas, que pode nos levar a re-
sultados errados. Pense bem no que o número está lhe dizendo e avalie se é uma coisa
razoável. Se achar que há um erro, confira suas contas e o seu raciocínio. Se o número
insistir em lhe dizer coisas absurdas, considere a possibilidade de que aquilo que você
esperava não ser realmente o que acontece na prática.

Leituras de Física - MECÂNICA - Capítulo 1
GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física
Instituto de Física da USP - junho de 1998




Cap 01                        romero@fisica.ufpb.br                                    5
Versão preliminar
6 de setembro de 2002




                     Notas de Aula de Física

02. VETORES E ESCALARES........................................................................................... 2
  UM POUCO DE TRIGONOMETRIA............................................................................................ 2
  MÉTODO GEOMÉTRICO ........................................................................................................ 2
  MÉTODO ANALÍTICO ............................................................................................................ 3
  MULTIPLICAÇÃO DE VETORES............................................................................................... 3
   Multiplicação de um vetor por um escalar..................................................................... 4
   Produto escalar ............................................................................................................. 4
   Produto vetorial ............................................................................................................. 5
  SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS ....................................................................................... 7
   02 .................................................................................................................................. 7
   06 .................................................................................................................................. 7
   32 .................................................................................................................................. 8
   39 .................................................................................................................................. 8
   45 .................................................................................................................................. 9
   46 .................................................................................................................................. 9
   47 ................................................................................................................................ 10
   51 ................................................................................................................................ 10
Prof. Romero Tavares da Silva


02. Vetores e escalares

       Algumas grandezas físicas ficam completamente definidas quando informamos um
número e uma unidade. Quando dizemos que a temperatura de uma pessoa é 370C a
informação está completa. A temperatura é uma grandeza escalar. Se dissermos que a
velocidade de um automóvel é de 50km/h não definimos completamente a informação.
Não foi dito em que direção e sentido esse corpo se movimentava. A necessidade dessa
informação complementar - direção e sentido - caracteriza a velocidade como um vetor.

     Os vetores são representados por setas, e costuma-se representar um vetor com
módulo maior que outro por uma seta de tamanho maior. Usamos basicamente de dois
modos de representar os vetores, o método geométrico e o método analítico.


Um pouco de trigonometria

     Vamos considerar um triângulo retângulo com hipote-
nusa a e catetos b e c respectivamente. O teorema de
Pitágoras diz que:
                      a2 = b2 + c2

    As funções seno e cosseno são definidas como:                α
                                                             c               a
                              c
                      senθ =    = cos α
                              a                                              θ
                              b                                        b
                      cos θ = = sen α
                              a
         E do Teorema de Pitágoras, encontramos que:

                       sen 2 θ + cos 2 = 1
               senθ             c          cos α
                     = tan θ = = cot α =
               cos θ            a          sen α


Método geométrico

       No método geométrico, a visualização dos vetores fica mais óbvia, mas não é ade-
quado para a operações com diversos vetores.
       A força é uma grandeza vetorial.                   Método geométrico
Quando consideramos duas forças atuando
sobre um dado corpo, o efeito resultante será !
igual à atuação de uma única força que seja a
                                                              !             !
a soma vetorial das duas forças menciona-                     b             c
das.
     A soma desses dois vetores pode ser                              !           !
                                                                      a           b
efetuada usando-se a regra do paralelogra-
mo.                                                           ! ! !
                                                              c =a+b

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Prof. Romero Tavares da Silva


Método analítico

       O método analítico consiste basicamente em definir um sistema de coordenadas
cartesianas e decompor os vetores segundo as suas componentes nestes eixos.

     Vamos considerar um sistema de coordenadas
bidimensional, definido pelos eixos x ! e y , como
mostrados na figura ao lado. O vetor a tem compo-
nentes cartesianas ax e ay que tem a forma:
                                                                                y
                       ax = a . cosθ
                       ay = a . senθ                                                            !
                                                                                                a
Ou de maneira inversa:                                                          ay
                                                                                            θ
                      a = a +a
                             2          2                                                       ax        x
                             x          y

                                  ay
                        tan θ =
                                  ax

      Uma maneira de representar vetores é através de suas componentes num dado
sistema de coordenadas, como foi antecipado na figura anterior. Desse modo:
                                                !
                                                a = iˆa x + ˆa y
                                                            j

onde iˆ e ˆ são vetores unitários (ou versores) que apontam nas direções dos eixos x
              j
e y respectivamente e têm módulos iguais a um.

         A soma de dois vetores será então definida como:
                                         !
                                       a = iˆa x +   ˆa
                                                      j y
               " ! !                   
                                                                   c = iˆ (a x + b x ) + ˆ (a y + b y )
                                                                   !
               c =a+b    onde          !      e             ⇒                           j
                                       b = iˆb +     ˆb
                                                      j y
                                               x

ou seja:
                                                                 c x = a x + b x
                             !                                   
                             c = iˆc x + ˆc y
                                         j            onde             e
                                                                 c = a + b
                                                                  y      y     y




Multiplicação de vetores

      As operações com vetores são utilizadas de maneira muito ampla na Física, para
expressar as relações que existem entre as diversas grandezas.



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Prof. Romero Tavares da Silva


Multiplicação de um vetor por um escalar

                         !    !
     Sejam dois vetores a e b e um escalar k. Defi-
nimos a multiplicação mencionada como:
                            !    !
                            b = ka
                                                                  !                     !
           !                                 !                    a                    ka
O vetor k a tem a mesma direção do vetor a . Terá
mesmo sentido se k for positivo e sentido contrário se
k for negativo.


Produto escalar
                                                 !
     Define-se o produto escalar de dois vetores a e
!
b como a operação:                                                    !
                                                                      a
                       ! !                                                     ϕ
                       a ⋅ b = ab cos ϕ
                                                                                   !
onde ϕ é o ângulo formado pelos dois vetores.                                      b

      Podemos dizer que o produto escalar de dois vetores é igual ao módulo do primeiro
vezes a componente do segundo no eixo determinado pelo primeiro, ou vice-versa. Isso
pode-se resumir na propriedade :
                                                  ! ! ! !
                                                  a ⋅b = b ⋅a

       Uma aplicação do produto escalar é a definição de trabalho W executado por uma
força constante que atua ao longo de um percurso d:
                                                ! !
                                            W = F .d = Fd cos θ

         Usando o conceito de vetor unitário encontramos que:

                    iˆ ⋅ iˆ = iˆ iˆ cos 0 0 = 1
                                                                           z
                            ˆ⋅ j =1
                            j ˆ
                            k ⋅k =1
                            ˆ ˆ

                  e de modo equivalente:                                   ˆ
                                                                           k
                   iˆ ⋅ ˆ = iˆ ˆ cos 90 0 = 0
                        j      j                                      iˆ           ˆ
                                                                                   j        y

                         iˆ ⋅ k = 0
                              ˆ
                                                       x
                          ˆ⋅k = 0
                          j ˆ
      Podemos utilizar a decomposição de um vetor segundo as suas componentes car-
tesianas e definir o produto escalar:


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                                            !
                                            a = iˆa x + ˆa y + ka z
                                                        j      ˆ

                                            !
                                            b = iˆb x + ˆb y + kb z
                                                        j      ˆ

                            ! !
                                     (                    )(
                            a ⋅ b = iˆa x + ˆa y + ka z ⋅ iˆb x + ˆb y + kbz
                                            j      ˆ              j      ˆ        )
e portanto:
                                     ! !
                                     a ⋅ b = a x b x + a y by + a z bz

         Fica fácil perceber que:
                                         ! !
                                         a ⋅ a = a 2 = a x + a y + a z2
                                                         2     2




                                                   !!
               ! !                                 a.b
      Como a ⋅ b = ab cos ϕ , temos que cos ϕ =        , e assim poderemos calcular o
                                                   ab
ângulo entre os dois vetores, em função de suas componentes cartesianas:

                                                 a x b x + a y by + az bz
                              cos ϕ =
                                             a x + a y + a z b x2 + b y2 + b z2
                                               2     2     2




Produto vetorial
                                                  !
     Define-se o produto vetorial de dois vetores a e
!
b como a operação:
                                                                                      !
                          ! ! !                                                       c
                          c = a×b                                                                 !
                                                                                                  b
e módulo c é definido como:
                                                                                          ϕ
                        c = ab sen ϕ                                                          !
                                                                                              a
        !
onde c é um vetor perpendicular ao plano defino pe-
             !     !
los vetores a e b e ϕ é o ângulo formado por esses
dois últimos dois vetores.
                                                                !
       Uma aplicação do produto vetorial é a definição da força F que atua em uma car-
                                           !
ga elétrica q que penetra com velocidade v numa região que existe um campo magnéti-
    !
co B :                                 !     ! !
                                       F = qv ×B
ou ainda:
                                     F = q v B senϕ




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Prof. Romero Tavares da Silva

     Usando a definição de produto vetorial, encon-                                                z
tramos que:
                iˆ × ˆ = k = − ˆ × iˆ
                     j ˆ       j
                 j × k = iˆ = −k × ˆ
                 ˆ ˆ           ˆ j
                                                                                                   ˆ
                                                                                                   k
                     k × iˆ = j = −iˆ × k
                     ˆ        ˆ         ˆ
                                                                                              iˆ       ˆ
                                                                                                       j   y

                  iˆ × iˆ = j × j = k × k = 0
                            ˆ ˆ ˆ ˆ                                            x

         De modo genérico, podemos definir o produto vetorial como:
                          ! ! !
                                          (                      )(
                          c = a × b = iˆa x + ˆa y + ka z × iˆb x + ˆb y + kb z
                                              j      ˆ              j      ˆ              )
e usando os resultados dos produtos vetoriais entre os vetores unitários, encontramos
que:
                      !
                      c = iˆ(a y b z − a z b y ) + ˆ(a z b x − a x bz ) + k (a x b y − a y b x )
                                                   j                      ˆ

      Usando as propriedades de matrizes, encontramos que o produto vetorial pode ser
expresso como o determinante da matriz definida a seguir:

                                                     iˆ          ˆ
                                                                  j     k
                                                                         ˆ
                                        ! ! !                             
                                        c = a × b =  ax         ay     az 
                                                    
                                                     bx                   
                                                                by     bz 
                                                                           




Cap 02                               romero@fisica.ufpb.br                                                     6
Prof. Romero Tavares da Silva


Solução de alguns problemas

Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
                                               !      !
02 Quais são as propriedades dos vetores a e b tais que:
                        ! ! !
   a)                  a+b =c e a+b=c
      Temos que:                                                                                      !
                       (       )(             )
             ! !     ! ! ! !            ! ! ! !       ! !                         !
             c ⋅ c = a + b ⋅ a + b = a ⋅ a + b ⋅ b + 2a ⋅ b                       c                   b
      ou seja:
                      c 2 = a 2 + b 2 + 2ab cos θ                                 !               θ
                                                                                  a
         Para que c = a + b é necessário que θ = 0 pois
                                                                          !                   !
                       c2 = a2 + b2 + 2ab = (a + b)2                      a                   b

                                           ! !
                                  Portanto a b
                                   ! ! ! !
    b)                             a+b =a−b

         Da equação acima, temos que:
                 ! ! ! !          !       !
                 a − a = b + b ∴ 2b = 0 ∴ b = 0

                       ! ! !
    c)                 a+b =c             e       a2 + b2 = c 2
         Como
                           c 2 = a 2 + b 2 + 2ab cos θ ,
         para que                                                                                 !
                        2      2      2
                       c = a + b + 2ab = (a + b)              2                                   b
         devemos ter                                                                      θ
                                   π          ! !                                     !
                            θ =      portanto a ⊥ b                                   a
                                   2

Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
              !                                                            !
    O vetor a tem módulo de 3 unidades e está dirigido para Leste. O vetor b está diri-
06 gido para 350 a Oeste do Norte e tem módulo 4 unidades. Construa os diagramas
                       !   !      !    !
    vetoriais para ! a + b e b - a . Estime o módulo e a orientação dos vetores
     !    !     !
    a + b e a - b a partir desse diagramas.
                          !
                        a = iˆa x
                        
                                                                                      y
                        ! ˆ
                        b = i b x + ˆb y
                                    j
                                                                          !
                                                                          b
           a x = a = 3                                                       θ
                                                                 Oeste                               Leste
           b x = −b senθ = −4 sen 35 = −2,29
                                      0


           b = b cos θ == 4 cos 35 0 = 3,27                                              !
            y                                                                            a               x

Cap 02                               romero@fisica.ufpb.br                                                    7
Prof. Romero Tavares da Silva

    a)                                 ! ! !              c x = a x + b x
                                       c =a+b             
                                                          c y = a y + b y

                                           cx = 3 - 2,29 = 0,71

                                                     cy = 3,27

                                           c = c x + c y = 3,34
                                                 2     2




    b)                                 ! ! !              d x = b x − a x
                                       d = b −a           
                                                          d y = b y − a y

                                          dx = -2,29 - 3 = -5,29

                                                  dy = 3,27

                                          d = d x + d y2 = 6,21
                                                2




Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
    Prove que dois vetores devem ter o mesmo módulo para que sua soma seja perpen-
32 dicular á sua diferença.

                            (a + b )⋅ (a − b ) = a
                             ! ! ! !                 2
                                                         − b2 = 0   ⇒        a=b


Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

39 Mostre que num sistema de coordenadas destrógiro:

                                        iˆ ⋅ iˆ = ˆ ⋅ ˆ = k ⋅ k = 1
                                                  j j ˆ ˆ
    e
                                        iˆ ⋅ ˆ = ˆ ⋅ k = k ⋅ iˆ = 0
                                             j j ˆ ˆ

                                                   ! !
    A definição de produto escalar é tal que: a ⋅ b = a b cos θ , onde θ é o ângulo formado
    pelos vetores. Logo:
                                 iˆ ⋅ iˆ = iˆ iˆ cos 0 0 = 1.1.1 = 1
    e
                                  iˆ ⋅ ˆ = iˆ ˆ cos 90 0 = 1.1.0 = 0
                                       j      j

    Os outros itens seguem-se como extensão desses anteriores.




Cap 02                         romero@fisica.ufpb.br                                     8
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45
     A soma de três vetores é igual a zero, como mostra a                                α   !
     figura. Calcule:                                                    !
                                                                         c                   b
                                                                             θ   !
                                                                                 a
        ! !
     a) a ⋅ b = ?
        ! !             π
        a ⋅ b = a b cos = 0
        ! !             2
     b) a ⋅ c = - a c cosθ = -a c (a/c) = - a2
          ! !
     c)   b ⋅ c = - b c cosα = - b c (b/c) = - b2

                                           Podemos concluir que:
                                                 ! ! !
                                                 c +a+b =0
                                            ! ! ! ! ! !
                                            c ⋅c + c ⋅b + c ⋅a = 0
          logo:
                                                 c2 = a2 + b2

Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

46 Para o problema anterior, calcule:
        ! !
     a) a × b = ?                                                    !
                                                                     b
          Suponhamos que o eixo z seja! perpendicular ao pla-
                                     !
          no definido pelos vetores a e b .                                  β
          ! !
          a × b = z a b sen(π/2) = z a b
                  ˆ                ˆ                                                 !
                                                                                     a

        ! !
     b) a × c = ?                                                                        θ   !
                                                                                             a
           ! !                                                       !
          a × c = a c senθ                                           c
          ! !
          a × c = (- z ) a c senθ = - z a c (b/c) = - z a b
                     ˆ                ˆ               ˆ
          ! !
     c)   b×c =?
           ! !                                                                               !
          b × c = b c senα                                                                   b
          ! !
          b × c = z b c senα = z b c (a/c)
                  ˆ            ˆ
          ! !
          b×c = z a b
                  ˆ                                                          !
                                                                             c       α




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Prof. Romero Tavares da Silva

Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

47 Produto escalar em função das coordenadas: Suponha que dois vetores sejam
   representados em termos das coordenadas como:
                                 !                         !
                                 a = iˆa x + ˆa y + ka z e b = iˆb x + ˆb y + kb z
                                             j      ˆ                  j      ˆ
     mostre que:
                                           ! !
                                           a ⋅ b = a x b x + a y by + a z bz
     Por definição temos que:
                                  ! !
                                          (                   )(
                                  a ⋅ b = iˆa x + ˆa y + ka z ⋅ iˆb x + ˆb y + kb z
                                                  j      ˆ              j      ˆ      )
     Usando os resultados do problema 39, resolvido anteriormente, temos a resposta
     pedida.
                                ! !
                                a ⋅ b = a x b x + a y by + a z bz


Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
                                              !               !
51                 Dois vetores são dados por a = 3iˆ + 5 ˆ e b = 2iˆ + 4 ˆ . Calcule:
                                                          j               j
        ! !
     a) a × b =?
                 iˆ ˆ k 
                     j ˆ
        ! !             
        a × b =  3 5 0  = k (3.4 − 5.2) = 2k
                            ˆ                ˆ
                
                2 4 0  
                        
        !   !
     b) a ⋅ b =?

          ! !
          a ⋅ b = 3.2 + 5.4 = 26

     c)   (a + b )⋅ b =?
           ! ! !


          (a + b )⋅ b = (5iˆ + 9 jˆ)⋅ (2iˆ + 4 jˆ)= 5.2 + 9.4 = 46
           !   !    !




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Versão preliminar
6 de setembro de 2002




                     Notas de Aula de Física

03. MOVIMENTO RETILÍNEO ............................................................................................ 2
  POSIÇÃO E DESLOCAMENTO ................................................................................................ 2
  VELOCIDADE MÉDIA E VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA ............................................................... 3
  VELOCIDADE INSTANTÂNEA E VELOCIDADE ESCALAR .............................................................. 3
  ACELERAÇÃO ..................................................................................................................... 4
  ACELERAÇÃO CONSTANTE - UM CASO ESPECIAL .................................................................... 4
   Exemplo: ....................................................................................................................... 6
  ACELERAÇÃO DE QUEDA LIVRE ............................................................................................. 7
  SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS ....................................................................................... 8
   15 .................................................................................................................................. 8
   19 ................................................................................................................................ 10
   34 ................................................................................................................................ 11
   38 ................................................................................................................................ 11
   41 ................................................................................................................................ 11
   43 ................................................................................................................................ 12
   45 ................................................................................................................................ 12
   54 ................................................................................................................................ 13
   57 ................................................................................................................................ 14
   61 ................................................................................................................................ 14
   69 ................................................................................................................................ 15
   78 ................................................................................................................................ 15
   79 ................................................................................................................................ 16
   82 ................................................................................................................................ 17
Prof. Romero Tavares da Silva


03. Movimento retilíneo

       Vivemos num mundo que tem com uma das principais característica o movimento.
Mesmo corpos que aparentemente estão em repouso, só estão neste estado em relação
a um certo referencial. Quando estamos deitados em nossa cama, tudo à nossa volta pa-
rece estar em repouso. E de fato, tudo está em repouso em relação ao nosso corpo. Mas
não está em repouso em relação à Lua, ou ao Sol. Se estivéssemos deitado em uma
cama de um vagão de um trem dormitório, todos os objetos do quarto ainda nos pareceri-
am parados, apesar desse conjunto se mover em relação aos trilhos. Daí concluirmos que
movimento (ou repouso) é uma característica de um corpo em relação a um certo referen-
cial específico

      Quando um objeto real está em movimento, além de sua translação ele também
pode tanto girar quanto oscilar. Se fôssemos sempre considerar essas características, o
movimento de um corpo seria sempre um fenômeno bastante complicado de se estudar.
Acontece, que em diversas situações o fenômeno mais importante é a translação. Desse
modo, sem incorrer em grande erro, podemos isolar este tipo movimento e estudá-lo
como o único existente.

       Devemos ainda considerar que corpos que apresentam apenas o movimento de
translação podem ser estudados como partículas, porque todas as partes do corpo com
esse movimento descreverão a mesma trajetória.

       Num estágio inicial, o estudo ainda pode ser mais simplificado porque matemati-
camente, uma partícula é tratada como um ponto, um objeto sem dimensões, de tal ma-
neira que rotações e vibrações não estarão envolvidas em seu movimento.

      Em resumo: vamos tratar como pontos materiais (ou partículas) os corpos que te-
nham apenas movimento de translação, e o caso mais simples será quando ele apresen-
tar um movimento retilíneo.


Posição e deslocamento

        A localização de uma partícula é fundamental
para a análise do seu movimento. O seu movimento        P                          Q
é completamente conhecido se a sua posição no            xi                       xf
espaço é conhecida em todos os instantes.
        Vamos considerar que esse movimento x
componha-se de uma trajetória retilínea que tem                                 Q
como posição inicial o ponto P com coordenada xi xf
no instante ti e posição final com coordenada xf
no instante tf .
        O deslocamento ∆x é uma medida da dife-
rença entre as posições inicial xi que a partícula
ocupou e a sua posição final xf                      xi   P              α
                      ∆x = xi - xf
e o intervalo de tempo é expresso como:
                       ∆t = tf - ti                       ti                      tf   t

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Prof. Romero Tavares da Silva

       À medida que o intervalo de tempo ∆t diminui o ponto Q se aproxima do ponto P,
na figura anterior. No limite quando ∆t → 0 , quando o ponto Q tende ao ponto P , a reta
que os une passa a coincidir com a própria tangente à curva no ponto Q , ou seja
v = tanα . Assim, a velocidade instantânea em um dado ponto do gráfico espaço versus
tempo é a tangente à curva neste ponto específico.


Velocidade média e velocidade escalar média

      A velocidade de uma partícula é a razão segundo a qual a sua posição varia com o
tempo. Podemos analisar um movimento de diversas maneiras, dependendo da sofistica-
ção dos nossos instrumentos de medida.

      A velocidade escalar média é definida como a razão entre a distância percorrida e
o tempo gasto no percurso:

                                          distância percorrida
                                    v =
                                                   ∆t

      Se uma viagem entre duas cidades distantes de 120km durou 1,5h nós dizemos
que o percurso foi vencido com uma velocidade escalar média de 80km/h . Na vida coti-
diana essa informação é suficiente para descrever uma viagem.

      Já a velocidade média é definida como a razão entre o deslocamento e o tempo
necessário para esse evento.
                                           ∆x
                                       v =
                                           ∆t

       Para calcularmos a velocidade média da viagem entre as duas cidades, devería-
mos saber a distância em linha reta entre elas. Essa distância seria o deslocamento,
que foi definido anteriormente.

       No movimento unidimensional percurso e deslocamento são conceitos pratica-
mente idênticos, de modo que só existirá uma diferença marcante entre as velocidades
média e escalar média nos movimentos bidimensional ou tridimensional. Percurso é a
distância percorrida por uma partícula num certo intervalo de tempo; enquanto que deslo-
camento é a diferença entre as posições inicial e final da partícula no intervalo de tempo
considerado.


Velocidade instantânea e velocidade escalar

     A velocidade instantânea v nos dá informações sobre o que está acontecendo
num dado momento.

         Ela é definida como:
                                                    ∆x dx
                                       v = Lim         =
                                           ∆t → 0
                                                    ∆t   dt


Cap 03                            romero@fisica.ufpb.br                                 3
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       Como foi mencionado, a velocidade média representa o que aconteceu entre o iní-
cio e o fim de uma viagem. Já a velocidade instantânea em um dado momento representa
o que aconteceu naquele momento. Colecionando as velocidades instantâneas de cada
um dos momentos temos uma informação completa de como variou a velocidade ao longo
de toda viagem.

      A velocidade escalar é o módulo da velocidade é a velocidade sem qualquer indi-
cação de direção e sentido.

No movimento retilíneo e uniforme a partícula se move com velocidade constante. A sua
característica é que a velocidade em qualquer instante é igual à velocidade média. Por-
tanto a equação que define este tipo de movimento é:

                                             X=vt

Aceleração

      A aceleração de uma partícula é a razão segundo a qual a sua velocidade varia
com o tempo. Ela nos dá informações de como a velocidade está aumentando ou dimi-
nuindo à medida que o corpo se movimenta.

       Para analisar a variação da velocidade durante um certo intervalo de tempo ∆t nós
definimos a aceleração média deste intervalo como:

                                            vf − vi   ∆v
                                      a =           =
                                            tf − ti   ∆t

      Quando queremos saber o valor da aceleração em cada instante do intervalo con-
siderado, deveremos calcular a aceleração instantânea:

                                                  ∆v dv
                                      a = Lim        =
                                            ∆ →
                                           t 0    ∆t   dt

      Quando um corpo em movimento está aumentando a sua velocidade temos que a
sua aceleração será positiva pois:
                                                        ∆v
                       Vf > vi ⇒ ∆v = vf - vi > 0 ⇒ a =    〉0
                                                        ∆t

         Se o corpo estiver diminuindo a sua velocidade a sua aceleração será negativa.


Aceleração constante - um caso especial

       O exemplo anterior do movimento de um automóvel que varia a sua velocidade é
uma situação típica de translação com aceleração constante em alguns trechos e nula em
outros.

      Vamos considerar o movimento com velocidade constante de uma partícula, entre
um instante inicial t0 e um instante posterior t . No instante inicial t0 a partícula se

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encontrava na posição inicial x0 com velocidade inicial v0 e no instante t ela se encon-
trava na posição x com velocidade v .

         A velocidade média da partícula neste intervalo entre t0 e t é dada por:

                                              x − x0 v + v 0
                                        v =          =
                                              t − t0   2

onde a última igualdade é válida apenas para movimentos com aceleração constante,
como esse caso específico.

         Podemos colocar as equações anteriores com a seguinte forma que define x :

                                                           v + v0 
                            x = x 0 + v (t − t 0 ) = x 0 +        (t − t 0 )
                                                            2 

      Como a aceleração é constante, podemos usar a definição de aceleração média
que é a própria aceleração constante neste caso presente:

                                                        v − v0
                                            a=a =
                                                         t − t0
ou seja:
                                          v = v 0 + a(t − t 0 )
ou ainda
                                                        v −v0
                                           (t − t ) =
                                                 0
                                                          a

         Usando este valor de v na equação que define x , encontraremos:

                                        t − t0                        t − t0 
                          x = x0 + v 0          + [v 0 + a(t − t 0 )]        
                                        2                             2 

e rearrumando os vários termos teremos:

                                 x = x 0 + v 0 (t − t 0 ) +     a(t − t 0 )
                                                              1            2

                                                              2

         Usando o valor de ( t - t0 ) na equação que define x encontraremos:

                                              v + v 0  v − v 0 
                                    x = x0 +                   
                                              2  a 
ou seja:
                                                  v 2 −v0
                                                         2
                                                                  
                                         x − x0 = 
                                                   2a            
                                                                  
                                                                 
e finalmente:
                                        v 2 = v 0 + 2a(x − x 0 )
                                                2




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      Se estivéssemos considerando um movimento tridimensional, com aceleração
constante nas três direções, poderíamos estender facilmente os resultados anteriores
para as seguintes equações vetoriais:

                                              ! ! !             1! 2
                                              r = r 0 + v 0 t + 2 at
                                                   ! !         !
                                                   v = v 0 + at
                                                              ! ! !
                                             v 2 = v 2 + 2a ⋅ (r − r )
                                                     0               0
                                             

onde fizemos o instante inicial t0 = 0 . A última equação é conhecida como equação de
Torricelli.


Exemplo:
      Um motorista viaja ao longo de uma estrada reta desenvolvendo uma velocidade
de 15m/s quando resolve aumentá-la para 35m/s usando uma aceleração constante de
4m/s2 . Permanece 10s com essa velocidade, quando resolve diminui-la para 5m/s
usando uma aceleração constante de 10m/s2 .
      Trace os gráficos de x versus t , v versus t e a versus t para o todo o movimento
mencionado.

     700                                                       40

     600                                                       35

     500                                                       30

                                                               25
     400
 x




                                                               20
                                                           v




     300
                                                               15
     200
                                                               10
     100
                                                               5

      0                                                        0
           0   5   10   15       20     25     30    35             0   5   10   15       20   25   30   35
                             t                                                        t

      6

      4

      2

      0
           0   5   10   15       20     25     30    35
      -2
 a




      -4

      -6

      -8

     -10

     -12
                             t

Cap 03                                  romero@fisica.ufpb.br                                                 6
Prof. Romero Tavares da Silva

Tabela associada ao exemplo:

  Intervalo     Aceleração             Velocidade                              Espaço
   0 → 5s          Nula                 Constante                          Reta ascendente
  5s → 10s       Positiva            Reta ascendente                  Parábola com concavidade
                                                                          voltada para cima
 10s → 20s        Nula                 Constante                           Reta ascendente
 20s → 23s       Negativa           Reta descendente                  Parábola com concavidade
                                                                          voltada para baixo
    > 23s          Nula                     Constante                      Reta ascendente


Aceleração de queda livre

      Podemos particularizar o conjunto de equações vetoriais anteriormente deduzidas,
para a situação do movimento de queda livre.

       Para todos os efeitos práticos, um corpo que cai próximo à Terra, se comporta
como se a superfície fosse plana e a aceleração da gravidade g fosse constante. Iremos
usar valor de g =9,8m/s2 , e considerar o eixo z apontando para cima da superifície da
Terra.

      Para a aceleração, temos que:
                                                                                z
                          ! !
                          a = g = −kg
                                   ˆ
                                                                                         !
      Para o espaço percorrido, temos que:                                               g


                 ˆ    ˆ      ˆ       1 ˆ
                                     2
                                        (    )
                 kz = kz 0 + kv 0 t + − kg t 2


                                                           gt 2
                                        z = z0 + v 0 t −
                                                            2

Para a velocidade desenvolvida pela partícula, temos que:

                                        ˆ    ˆ       (
                                        kv = kv 0 + − kg t
                                                      ˆ      )
ou seja:
                                             v = v0 - gt

e também:
                                        2       ˆ(   )(
                                v 2 = v 0 + 2 − kg ⋅ kz − kz 0
                                                     ˆ    ˆ       )
                                    v 2 = v 0 − 2g (z − z 0 )
                                            2




Esta última equação é conhecida como equação de Torricelli.


Cap 03                         romero@fisica.ufpb.br                                             7
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Solução de alguns problemas

Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

15 Dois trens trafegam, no mesmo trilho, um em direção ao outro, cada um com uma
   velocidade escalar de 30km/h . Quando estão a 60km de distância um do outro, um
   pássaro, que voa a 60km/h , parte da frente de um trem para o outro. Alcançando o
   outro trem ele volta para o primeiro, e assim por diante. (Não temos idéia da razão do
   comportamento deste pássaro.)

              Vamos considerar d = 60km e d1 a distância que o trem da direita viaja
         enquanto o pássaro decola dele e atinge o tem da esquerda e t1 o tempo gasto
         nesta primeira viagem.. A velocidade de cada trem é v = 30km/h e a velocidade
         do pássaro é vp = 60km/h .

         Para a primeira viagem do pássaro, temos:
                                              d


                                   D1                                         d1

                                                                                    d
                        d = D1 + d1 = vpt1 + vt1 = ( vp + v )t1 ⇒          t1 =
                                                                                  v +vp

         Para a segunda viagem, temos:



                                   d2                      D2

                              d = 2d1 + ( d2 + D2 ) = 2vt1 + ( vpt2 + vt2 )

                                                                                       
                         t 2 (v + v p ) = d − 2vt 1 = d − 2v
                                                                  d            2v
                                                                      = d 1 −
                                                                           v +v
                                                                                        
                                                                                        
                                                                v +vp            p     

                                    d                                            
                           t2 =           1 − 2v         ∴ t 2 = t 1 1 −
                                                                            2v      
                                  v +vp    v +v                       v +v       
                                                 p                          p    

         Para a terceira viagem, temos



                                                  D3                 d3

                                          d = 2d1 + 2d2 + ( d3 + D3 )



Cap 03                            romero@fisica.ufpb.br                                     8
Prof. Romero Tavares da Silva

                           d3 + D3 = d - 2d1 - 2d2 ∴ vt3 + vpt3 = d - 2vt1 - 2vt2

                             d            v            v                  v            v
                    t3 =         − 2t 1       − 2t 2       = t 1 − 2t 1       − 2t 2
                           v +vp        v +vp        v +vp              v +vp        v +vp
         ou ainda
                                             2v           v            v
                               t 3 = t 1 1 −         2t
                                                     − 2 v +v = 2 − 2 v +v
                                                                t   2t
                                          v +v
                                                p           p             p

         ou seja:
                                                      2v             
                                        t 3 = t 2 1 −                
                                                   v +v              
                                                         p           
         Por outro lado, já mostramos que:
                                                      2v             
                                        t 2 = t 1 1 −                
                                                   v +v              
                                                         p           

                                              d       60    2
                                     t1 =          =       = h = 40 min
                                            v + v p 30 + 60 3
         Podemos inferir então que:
                                                                2v 
                                               t N = t N −1 1 −     
                                                             v +v 
                                                                  p 

         ou seja:
                                                                      N −1
                                                             2v 
                                               t N = t 1 1 −     
                                                          v +v 
                                                               p 



         Concluímos que tN é o ene-ésimo termo de uma progressão geométrica cujo
                                                          2v        2.30       2 1
         primeiro termo a1 = t1 = 40min e razão q = 1 −       = 1−         = 1− = .
                                                        v +vp      30 + 60     3 3

    a) Quantas viagens o pássaro faz de um trem para o outro, até a colisão?

         As viagens do pássaro ficarão cada vez com um percurso menor até tornarem-se
         infinitesimais, por isso serão necessárias um número infinito de viagens de um
         trem para o outro.

    b) Qual a distância total percorrida pelo pássaro?

         O tempo necessário para o percurso será a soma dos termos da progressão:

                                              a1 (1 − q N )
                                                     S=
                                                 1− q
         e quando |q| < 1 e N tende a infinito:




Cap 03                              romero@fisica.ufpb.br                                    9
Prof. Romero Tavares da Silva


                            a1        t1       v + vp             d             v + v p    d
                      S=        =         = t1                  =                         =
                           1− q       2v        2v               v + v          2v         2v
                                                                       p                  
                                    v +vp
         ou seja
                                                 d   60
                                           t=      =     = 1h
                                                2 v 2.30

                                     Dp = vpt = 60km/h . 1h = 60km

         Uma forma direta de resolver este problema, mas que no entanto perde-se todo o
         detalhamento dos acontecimentos, é calcular o tempo necessário para a colisão
         dos dois trens:
                                                           d   60
                           d = ( v + v ) t = 2vt ⇒ t =       =     = 1h
                                                          2 v 2.30
         Esse tempo t é aquele que o pássaro tem para as suas viagens, logo a distância
         percorrida será:
                                           Dp = vp t = 60km


Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
                                                            10
19 Qual a posição final de um corredor,
                                                            8
   cujo gráfico velocidade x tempo é
                                                   v(m/s)




   dado pela figura ao lado, 16 segun-                      6

   dos após ter começado a correr?                          4

                                                            2
    A distância percorrida por uma partí-
    cula é a área abaixo da curva num                       0
                                                                 0        2   4    6     8      10   12   14   16   18
    gráfico v versus t . Podemos de-
    monstrar a afirmação anterior de                                                         t(s)
    vários modos, por exemplo:

    Método 1:
                                                     xf              tf

                                      Área = d = ∫ dx = ∫ v dt
                                                     xi              ti



                                    d = Área = A1 + A2 + A3 + A4

    onde A1 é a área do triângulo que tem como base (0-2), A2 é a área do retângulo
    que tem com base (2-10) , A3 é a área do paralelogramo que tem como base (10-
    12) e A4 é a área do retângulo que tem como base (11-16).


                         d=
                              1
                                (2x 8) + (8 x8 ) +  1 (2 x 4) + (2x 4) + (4 x 4)
                                                   
                                                                       
                              2                    2                  

                                               d = 100m


Cap 03                          romero@fisica.ufpb.br                                                               10
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    Método 2: Usar as equações da cinemática diretamente para cada percurso, e cal-
    cular as distâncias correspondentes.


Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
    A cabeça de uma cascavel pode acelerar 50m/s2 no instante do ataque. Se um car-
34 ro, partindo do repouso, também pudesse imprimir essa aceleração, em quanto tem-
    po atingiria a velocidade de 100km/h ?

                                                  10 3 m
                               v = 100km/h = 10  2
                                                          ≅ 27m/s
                                                  3600s
                                                  v     27 m / s
                                 v = v0 + at ; t = =
                                                  a 50 m / s 2

                                            t = 0,54s

Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

38 Um jumbo precisa atingir uma velocidade de 360km/h para decolar. Supondo que a
   aceleração da aeronave seja constante e que a pista seja de 1,8km , qual o valor
   mínimo desta aceleração?
                                                               v = 360km/h
                   v = (v0) + 2ad ∴ a = v /2d
                     2      2             2
                                                               d = 1,8km
                                                               v0 = 0
                                             2         2
                              a = 36000 km/h = 2,7 m/s

                              se g = 9,8m/s2 teremos a = 0,27 g

Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

41 Um carro a 97km/h é freiado e pára em 43m .
   a) Qual o módulo da aceleração (na verdade, da desaceleração) em unidades SI e
      em unidades g ? Suponha que a aceleração é constante.

               v2 = (v0)2 - 2ad ∴ a = (v0)2/2d = 8,28m/s2        v0 = 96km/h = 26,7 m/s
                                                                 d = 43m
                 Se g = 9,8m/s2 temos que a = 0,84 g             v=0

    b) Qual é o tempo de frenagem? Se o seu tempo de reação treação , para freiar é de
       400ms , a quantos "tempos de reação" corresponde o tempo de frenagem?
                            v = v0 - at ∴ t = v0/a ou seja: t = 3,22s

                                treação = 400ms = 400 . 10-3s = 0,4s

                                            T = t + treação

                                              T= 3,62s


Cap 03                         romero@fisica.ufpb.br                                      11
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Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

43 Em uma estrada seca, um carro com pneus em bom estado é capaz de freiar com
   uma desaceleração de 4,92m/s2 (suponha constante).

    a) Viajando inicialmente a 24,6ms , em quanto tempo esse carro conseguirá parar?

                              v = v0 - at ∴ t = v0/a = 24,6/4,92                            a = 4,92m/s2
                                                                                            v0 = 24,6 m/s
                                                  t = 5s                                    v=0

    b) Que distância percorre nesse tempo?

                                   v2 = (v0)2 - 2ad ∴ d = (v0)2/2a = (24,6)2/(2.4,92)

                                          d = 61,5m
    c) Faça os gráficos x versus t e v versus t para a desaceleração.

                     x(t) = 24,6t - 2,46t2 em metros                           v(t) = 24,6 - 4,92t em m/s
                                                                      30
                70
                                                                      25
                60
                50                                                    20
                                                               v(t)




                40                                                    15
         x(t)




                30
                                                                      10
                20
                                                                      5
                10
                0                                                     0
                     0   1     2       3      4       5    6               0      1     2    3     4    5   6
                                       t                                                     t




Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

45 Os freios de um carro são capazes de produzir uma desaceleração de 5,2m/s2.
   a) Se você está dirigindo a 140km/h e avista, de repente, um posto policial, qual o
       tempo mínimo necessário para reduzir a velocidade até o limite permitido de
       80km/h ?
                              v = v0 - at                 v0 = 140km/h = 39,2m/s
                                                          v = 80km/h = 22,4m/s
                      t = (v0 - v)/a = 16,8/5,2           a = 5,2m/s2

                                            t=3,2s




Cap 03                                     romero@fisica.ufpb.br                                            12
Prof. Romero Tavares da Silva

    b) Trace o gráfico x versus t e v versus t para esta desaceleração.
       Consideramos que até o instante t = 5s o carro vinha desenvolvendo a veloci-
       dade de 39,2m/s , quando começou a freiar até 3,2s mais tarde, quando passou
       a desenvolver a velocidade de 22,4m/s .
                                                        45
                                                        40
                                                        35
         O gráfico x versus t é uma                     30
         reta para 0 < t < 5s ,                         25




                                                 v(t)
                                                        20
                                                        15
         é uma parábola com concavi-                    10
         dade para baixo para                            5

          5s < t < 8,2s                                  0
                                                              0       1       2    3       4   5   6       7       8   9   10 11 12 13 14
                                                                                                           t
         e volta a ser uma reta para
          t > 8,2s .
                                                        450
                                                        400
         Nestes intervalos temos res-                   350
                                                        300
         pectivamente:      movimento                   250
                                                 x(t)



         uniforme, movimento unifor-                    200
         memente acelerado e nova-                      150
                                                        100
         mente movimento uniforme.                       50
                                                          0
                                                              0           1    2   3       4   5   6       7       8   9   10 11 12 13 14
                                                                                                           t




Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

54 Quando a luz verde de um sinal de trânsito acende, um carro parte com aceleração
   constante a = 2,2m/s2 . No mesmo instante, um caminhão, com velocidade constante
   de 9,5m/s , ultrapassa o automóvel.

    a) A que distância, após o sinal, o automóvel ultrapassará o caminhão?
                                                             120
            Automóvel                Caminhão
                                                             100
              x = at2/2                X=Vt
                                                              80

         No instante t = tE o automóvel vai 60
         alcançar o caminhão, logo:
                                                              40
                          xE = X E                            20

                2                                                 0
             at E                2V 2.9,5
                  = Vt E ⇒ t E =    =                                 0        1       2       3       4       5       6    7   8    9      10
              2                   a   2,2                                                                      t
                         tE = 8,6s
                                                                                Curva azul = X = Caminhão
             XE = V tE = 9,5.8,6 = 81,7m.
                                                                              Curva vermelha = x = Automóvel



Cap 03                               romero@fisica.ufpb.br                                                                                  13
Prof. Romero Tavares da Silva

    b) Qual a velocidade do carro nesse instante?

                                                                      Velocidade
              vE = v0 + a tE = 2,2 + 8,6         25

                                                 20
                    vE = 18,9m/s
                                                 15

                                                 10

                                                 5

                                                 0
                                                      0   1   2   3    4   5    6   7   8   9    10
                                                                           t



Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

57 Dois trens, em movimento retilíneo, viajam na mesma direção e em sentidos opostos,
   um a 72km/h e o outro a 144km/h . Quando estão a 950m um do outro, os maqui-
   nistas se avistam e aplicam os freios. Determine se haverá colisão, sabendo-se que a
   desaceleração em cada um dos trens é de 1,0m/s2 .

    Vamos chamar x e X as distâncias que cada trem per- v0 = 72km/h = 20m/s
    correrá antes de parar. Neste instante teremos v = V =0. V0 = 144km/h = 40m/s
                                                             d = 950m
                  v = (v0) - 2ax ∴ x = (v0) /2a
                   2      2                  2
                                                             a = 1m/s2

                  V2 = (V0)2 - 2aX ∴ X = (V0)2/2a

    A distância D necessária para os dois trens pararem é D = x + X

                                           v 0 + V02
                                             2

                                      D=             = 1000m
                                               2a

    Como essa distância D é maior que a distância d disponível, acontecerá a colisão
    entre os dois trens.


Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

61 Considere que a chuva cai de uma nuvem, 1700m acima da superfície da Terra. Se
   desconsiderarmos a resistência do ar, com que velocidade as gotas de chuva atingi-
   riam o solo? Seria seguro caminhar ao ar livre num temporal?

                           v2 = (v0)2 + 2ah = 2gh                              v0 = 0
                                                                               a = g = 9,8m/s2
                    v = 2gh = 2.9,8.1700 =182,5m/s                             h = 1700m

                               v = 657km/h


Cap 03                         romero@fisica.ufpb.br                                              14
Prof. Romero Tavares da Silva


    Decididamente não seria seguro caminhar ao ar livre num temporal com gotas alcan-
    çando a superfície da terra com esta velocidade.

Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

69 Um objeto é largado de uma ponte 45m acima da água. O objeto cai dentro de um
   barco que se desloca com velocidade constante e estava a 12m do ponto de im-
   pacto no instante em que o objeto foi solto.
   Qual a velocidade do barco?

                                                                             h = 45m
                                                                             v0 = 0
                                                                             d = 12m
                                                  h




                                d

                               d = vt 
                                  gt2 
                                                           d          gd 2
                                                ⇒    t=       ∴ h=
                              h=                           V          2V 2
                                   2 

                                           g        9,8
                                V =d          = 12      = 3,9m / s
                                           2h      2.45

                                                 V = 14,1km/h

Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

78 Do cano de um chuveiro, a água pinga no chão, 200cm abaixo. As gotas caem em
   intervalos regulares, e a primeira gota bate no chão, no instante em que a quarta gota
   começa a cair. Determine as posições da segunda e terceira gotas, no instante em
   que a primeira gota bate no chão.
                                                                        4
                Seja ti o tempo de vôo da i-ésima gota:
                                                                         3
                                             2
                                        gt
                               h = h1 = 1
                                           2
                                                                         2
                                         2                                          h
                                      gt 2
                                 h2 =
                                       2

                                         gt 32
                                    h3 =
                                          2                                   1



Cap 03                         romero@fisica.ufpb.br                                   15
Prof. Romero Tavares da Silva


    Como existe um intervalo ∆t entre cada gota, temos que t1 = 3∆t ; t2 = 2∆t e t3 = ∆t .
    Logo

                                h2 t 2 (2∆t )
                                     2            2
                                                  4                4     8
                                  = 2 =         =         ∴ h2 =     h1 = m
                                h1 t 1  (3∆t ) 9
                                              2
                                                                   9     9

                                h3 t 32
                                  = 2 =
                                         (∆t ) = 1 ∴ h = 1 h = 2 m
                                                  2


                                h1 t 1  (3∆t )2 9     3
                                                         9
                                                            1
                                                               9



Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

79 Uma bola de chumbo é deixada cair de um trampolim localizado a 5,2m acima da
   superfície de um lago. A bola bate na água com uma certa velocidade e afunda com
   a mesma velocidade constante. Ele chegará ao fundo 4,8s após ter sido largada.
   a) Qual a profundidade do lago?

                                h1 = 5,2m                              v0
                                                                  h1
                             t = t1 + t2 = 4,8s
                                                                       v1
                                2
                          gt             2h1
                     h1 =      ∴ t1 =
                                1
                                                                  h2
                            2             g
                     t1 = 1,03s e t2 = 3,77s                           v2

         v 12 = v 0 + 2gh1
                  2
                               ∴ v 1 = 2gh1 = 10,09m / s

                        h2 = v1 t2 = 38,06m

    b) Qual a velocidade média da bola?
                          ∆x espaço h1 + h2 5,2 + 38,06
                      v =    =        =          =      = 9,01m / s
                          ∆t   tempo    t1 + t 2   4,8

    c) Suponha que toda água do lago seja drenada. A bola é atirada do trampolim, e
       novamente chega ao fundo do lago 4,8s depois. Qual a velocidade inicial da
       bola?
       Vamos considerar V0 a nova velocidade inicial:

                                 gt 2                 h gt
                      h = V0 t +          ∴ V0 =        −   = 7,92 − 23,52 = −15,60m / s
                                  2                   t   2

                Na equação acima o sinal de g é positivo significando que o referencial
         positivo foi tomado como apontando para baixo. Desse modo, como V0 calcula-
         do é negativo, a bola foi lançada para cima.



Cap 03                                romero@fisica.ufpb.br                                16
Prof. Romero Tavares da Silva

         0 < t < 1,03s                      50
                                            45
         O movimento da bola de             40
                                            35
         chumbo é de queda livre,
                                            30
         portanto a curva no gráfico        25




                                        y
         y versus t será uma pará-          20
         bola e a curva no gráfico v        15
         versus t será uma reta in-         10
                                             5
         clinada em relação à hori-          0
         zontal.                                 0       1      2            3       4       5
                                                                    t
         t > 1,03s
                                            12

         O movimento da bola de             10
         chumbo é de retilíneo e             8
         uniforme, portanto a curva
                                             6
                                        v

         no gráfico y versus t será
         uma reta inclinada em rela-         4
         ção à horizontal e a curva          2
         no gráfico v versus t será
         uma reta paralela à hori-           0
                                                 0       1      2            3       4       5
         zontal.                                                    t




Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

82 Uma pedra é largada de uma ponte a 43m acima da superfície da água. Outra pe-
   dra é atirada para baixo 1s após a primeira pedra cair. Ambas chegam na água ao
   mesmo tempo.

    a) Qual era a velocidade inicial da segunda pedra?
                                                                         2       1
         h = 44m                                                    v0
         ∆t = 1s
         t2 = t1 - ∆t
                                                                                         h
                  gt 12         2h
                 h=     ∴ t1 =      = 2,99s ≅ 3s
                   2             g
         O tempo gasto pela segunda pedra será:

                                            t2 = t1 - ∆t = 2s
         Logo:
                                                2
                                             gt 2         h gt
                                 h = v 0t2 +       ∴ v0 = − 2
                                              2           t2 2
                                             v0 = 12,2m/s




Cap 03                         romero@fisica.ufpb.br                                         17
Prof. Romero Tavares da Silva

    b) Faça o gráfico da velocidade versus tempo para cada pedra, considerando t = 0
       o instante em que a primeira pedra foi largada.
                                        40
         Curvas das velocidade:         35
                                        30
         Vermelho = primeira pedra      25
                                        20
         Marrom = segunda pedra         15
                                        10
                                         5
                                         0
                                             0    0,5       1         1,5       2         2,5   3     3,5
                                                                            t


         Curvas das distâncias:         80
                                        70
         Vermelho = primeira pedra      60
                                        50
         Marrom = segunda pedra         40
                                        30
                                        20
                                        10
                                         0
                                             0   0,5    1       1,5         2       2,5    3    3,5   4
                                                                            t




Cap 03                        romero@fisica.ufpb.br                                                       18
Versão preliminar
6 de setembro de 2002




                    Notas de Aula de Física

04. MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIMENSÕES .......................................................... 2
  POSIÇÃO E DESLOCAMENTO ................................................................................................ 2
  VELOCIDADE MÉDIA E VELOCIDADE INSTANTÂNEA .................................................................. 2
  ACELERAÇÃO MÉDIA E ACELERAÇÃO INSTANTÂNEA ................................................................ 3
  MOVIMENTO NUM PLANO COM ACELERAÇÃO CONSTANTE ........................................................ 4
  MOVIMENTO DE PROJÉTEIS .................................................................................................. 4
   Tiro de gran alcance ..................................................................................................... 7
  MOVIMENTO CIRCULAR E UNIFORME ..................................................................................... 8
  MOVIMENTO RELATIVO ...................................................................................................... 10
   Coger con la mano una bala disparada! ..................................................................... 10
  SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS ..................................................................................... 11
   "19" ............................................................................................................................. 11
   22 ................................................................................................................................ 11
   30 ................................................................................................................................ 12
   41 ................................................................................................................................ 13
   47 ................................................................................................................................ 14
   49 ................................................................................................................................ 15
   72 ................................................................................................................................ 15
   80 ................................................................................................................................ 16
   83 ................................................................................................................................ 17
   88 ................................................................................................................................ 17
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  • 1. Como resolver problemas de Física Como resolver problemas de Física 1ª ETAPA: LER O PROBLEMA: É preciso saber ler, quer dizer, ser capaz de imaginar a cena que o enunciado descreve. Nem sempre 1ª ETAPA: LER O PROBLEMA: É preciso saber ler, quer dizer, ser entendemos tudo o que está escrito, mas podemos estar atentos aos capaz de imaginar a cena que o enunciado descreve. Nem sempre detalhes para "visualizar" corretamente o que se está dizendo. entendemos tudo o que está escrito, mas podemos estar atentos aos detalhes para "visualizar" corretamente o que se está dizendo. 2ª ETAPA: FAZER UM ESQUEMA: Fazer um esquema ou desenho simples da situação ajuda a visualizá-la e a resolvê-la. Procure indicar 2ª ETAPA: FAZER UM ESQUEMA: Fazer um esquema ou desenho em seus esquemas informações básicas como o sentido e os valores simples da situação ajuda a visualizá-la e a resolvê-la. Procure indicar envolvidos. Preste atenção que uma frase como "dar ré" indica o em seus esquemas informações básicas como o sentido e os valores sentido do movimento do objeto em questão. envolvidos. Preste atenção que uma frase como "dar ré" indica o sentido do movimento do objeto em questão. 3ª ETAPA: MONTE AS EQUAÇÕES E FAÇA AS CONTAS: Uma equação só faz sentido se você sabe o que ela significa. Sabemos 3ª ETAPA: MONTE AS EQUAÇÕES E FAÇA AS CONTAS: Uma que é possível resolver a nossa questão porque há a conservação da equação só faz sentido se você sabe o que ela significa. Sabemos quantidade movimento total de um sistema. Quer dizer, a soma das que é possível resolver a nossa questão porque há a conservação da quantidades de movimento antes e depois do choque deverá ter o quantidade movimento total de um sistema. Quer dizer, a soma das mesmo valor. Com isso, você consegue montar as contas. quantidades de movimento antes e depois do choque deverá ter o mesmo valor. Com isso, você consegue montar as contas. 4ª ETAPA:INTERPRETE OS VALORES. (A ETAPA MAIS IMPORTANTE!) Muito bem, você achou um número! Mas ainda não 4ª ETAPA:INTERPRETE OS VALORES. (A ETAPA MAIS resolveu o problema. Não queremos saber somente o número, mas IMPORTANTE!) Muito bem, você achou um número! Mas ainda não também o que aconteceu. O número deve nos dizer isso. Olhando resolveu o problema. Não queremos saber somente o número, mas para ele você deve ser capaz de chegar a alguma conclusão. também o que aconteceu. O número deve nos dizer isso. Olhando DESCONFIE DOS NÚMEROS!!! Existe uma coisa que se chama erro para ele você deve ser capaz de chegar a alguma conclusão. nas contas, que pode nos levar a resultados errados. Pense bem no DESCONFIE DOS NÚMEROS!!! Existe uma coisa que se chama erro que o número está lhe dizendo e avalie se é uma coisa razoável. Se nas contas, que pode nos levar a resultados errados. Pense bem no achar que há um erro, confira suas contas e o seu raciocínio. Se o que o número está lhe dizendo e avalie se é uma coisa razoável. Se número insistir em lhe dizer coisas absurdas, considere a achar que há um erro, confira suas contas e o seu raciocínio. Se o possibilidade de que aquilo que você esperava não ser realmente o número insistir em lhe dizer coisas absurdas, considere a que acontece na prática. possibilidade de que aquilo que você esperava não ser realmente o que acontece na prática. Leituras de Física - MECÂNICA - Capítulo 1 GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física Leituras de Física - MECÂNICA - Capítulo 1 Instituto de Física da USP - junho de 1998 GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física Instituto de Física da USP - junho de 1998
  • 2. Versão preliminar 25 de março de 2002 Notas de Aula de Física 01. MEDIÇÃO ..................................................................................................................... 2 ALGUMAS UNIDADES FUNDAMENTAIS: ................................................................................... 2 ALGUMAS UNIDADES DERIVADAS: ......................................................................................... 2 O MUNDO DA FÍSICA ........................................................................................................... 3 AS DIVISÕES DA FÍSICA ....................................................................................................... 4 COMO RESOLVER PROBLEMAS DE FÍSICA .............................................................................. 5
  • 3. Prof. Romero Tavares da Silva 01. Medição Para expressar quantitativamente uma lei física necessitamos de um sistema de unidades. Do mesmo modo, para medir uma grandeza física é necessário definir a priori a unidade na qual esta grandeza será medida. Existe uma enorme quantidade de grandezas físicas, mas apenas algumas são consideradas fundamentais, sendo as demais derivadas delas. Tempo (segundo), espaço (metro), massa(quilograma) e carga elétrica(Coulomb) são exemplos de unidades funda- mentais. Velocidade (metro/segundo), aceleração (metro/segundo2) e força (quilogra- ma.metro/segundo2) são exemplos de unidades derivadas. Por razões históricas, o tempo foi a primeira quantidade a ser mensurada. Este conceito surge a partir da duração do dia, da presença da luminosidade do Sol; e a sua ausência: a noite. Com a evolução da humanidade e com os deslocamentos das comunidades surge o conceito de distância, de comprimento, de temperatura e etc. A partir da necessidade de quantificar as mercadorias para troca surge o conceito de peso, e mais tarde a noção de massa. Outras grandezas surgem com o avançar da tecnologia e o desenvolvimento do método científico tais como pressão, intensidade luminosa, potência, carga elétrica, cor- rente elétrica, campo eletromagnético, calor específico, entropia e etc. De certo modo, cada cultura tecnológica autônoma desenvolveu um próprio siste- ma de unidades. Mas a interação entre as sociedades, de certo modo impôs que existisse uma uniformização para que as trocas acontecessem de modo transparente e inteligível pata as partes. A Inglaterra medieval era praticamente isolada comercialmente do resto da Europa e isso contribuiu para que lá se estabelecesse um sistema de unidades dife- rente do restante: polegada, pé, milha, libra e etc. Algumas unidades fundamentais: Grandeza Sistema Internacional - SI CGS Comprimento Metro - m Centímetro - cm Tempo Segundo - s Segundo - s Massa Quilograma - kg Grama - s Carga elétrica Coulomb - C Algumas unidades derivadas: Grandeza Sistema Internacional - SI CGS Velocidade m/s cm/s Aceleração m/s2 cm/s2 Força kg.m/s2 = Newton g.cm/s2 = Dina Energia kg.m2/s2 = Joule g.cm2/s2 = Erg Cap 01 romero@fisica.ufpb.br 2
  • 4. Prof. Romero Tavares da Silva O mundo da Física A curiosidade do homem pode ser compreendida de várias maneiras: alguns dizem que vem de uma necessidade de sobrevivência, outros dizem que é uma forma de prazer ou, ainda, no pensamento religioso, que é uma forma de conhecer a Deus. Mas uma coi- sa não podemos negar: o homem é curioso! - Por que as coisas caem? - O Sol é uma bola de fogo? - A Terra está parada? E a Lua, como ela fica lá em cima? - Quando começou o tempo? - Como surge o pensamento? - Como surgiu a vida? Existe vida depois da morte? Essas são perguntas que o homem vem se fazendo há muito tempo. Algumas sabe- mos responder, outras não. Algumas têm mais de uma resposta, a diferença está no mé- todo usado para respondê-las. Alguns métodos permitem conhecer o mundo que nos cer- ca, outros nos levam a ilusões sobre este mundo. Observe estes casos: HORÓSCOPO ESPELHO, ESPELHO MEU “A Lua energiza seu signo apesar de VOCÊ SABIA? estar em fase com Saturno com o qual “Para vermos inteiramente nosso rosto apresenta tensão. Você deve aprovei- num espelho plano é suficiente que ele tar as vibrações de mercúrio que com- tenha metade do tamanho (altura) do pleta hoje seu ciclo. Assim, curta hoje rosto. Tente observar este fato.” os seus amigos. Número de sorte 23.” Os trechos escritos nos quadros acima poderiam ser encontrados num jornal ou falados pela televisão. Freqüentemente encontramos frases que propõem, sugerem, ou mesmo ordenam que façamos, ou não façamos, certas coisas: “Não fume no elevador. Lei Municipal número tal”. Essa afirmação tenta nos dizer que se fumarmos no elevador estaremos sujeitos às penas da tal lei. Voltemos aos quadros. O primeiro nos diz algumas coisas a respeito da situação dos astros em que podemos, ou não, acreditar. Mais ainda, nos fala para “curtir” os nos- sos amigos, o que é bom, e, indiretamente, propõe que joguemos no número 23. Dentro do quadro encontramos palavras que parecem científicas: energizar, vibração. O texto usa essa linguagem para tentar nos convencer de que tudo que foi escrito é verdade. Mas os horóscopos são produtos da Astrologia que não é uma ciência. Suas definições não são exatas e variam de astrólogo para astrólogo. Na verdade o que foi dito é a opinião de quem fez o horóscopo e o astrólogo pode, ou não, acertar as suas previsões. No segundo quadro estamos no campo da ciência. Ele procura nos descrever um. Se uma pessoa, em qualquer lugar do mundo, seguir as instruções e se olhar num espelho que tenha, pelo menos, metade da altura do seu rosto, conseguirá ver o rosto por inteiro. Não estamos mais diante de uma opinião, mas sim de um fato, que pode ser verificado. Devemos ouvir o que as pessoas têm a dizer, porém devemos ser capazes de jul- gar o que foi dito. Não é porque “saiu no jornal” ou “deu na TV” que é verdade! Por outro lado, devemos ter cuidado, pois julgar não é discordar de tudo, o importante é fazer per- Cap 01 romero@fisica.ufpb.br 3
  • 5. Prof. Romero Tavares da Silva guntas, é ter curiosidade e ir em busca dos fatos e suas explicações. A ciência e seus métodos podem nos ajudar a responder muitas perguntas, a tomar posições e a fazer jul- gamentos. Curso de Física do 2º grau - Capítulo 1 Telecurso 2000 As divisões da Física A Física estuda vários tipos de fenômenos da Natureza. Para facilitar o seu estudo costuma-se dividi-la. Até o início do século as principais partes da Física eram: a Mecâni- ca, a Termodinâmica e o Eletromagnetismo. No século XX, a partir de grandes descobertas, surgiram novos ramos, entre eles: Física Atômica e Nuclear Física Atômica e Nuclear Física Atômica e Nuclear Física Atô- mica e Nuclear Física Atômica e Nuclear, Mecânica Quântica Mecânica Quântica Mecâni- ca Quântica Mecânica Quântica Mecânica Quântica, Relatividade. Os novos conceitos introduzidos neste século provocaram uma verdadeira revolução na Física. Hoje é comum também dividir a Física em Clássica (antes de 1900) e Moderna (após 1900). O quadro a seguir mostra algumas perguntas que podem surgir no nosso dia-a-dia, e identifica qual o ramo da Física que trata de respondê-las. PERGUNTAS QUEM RESPONDE ALGUNS CONCEITOS - Por que somos jogados para MECÂNICA Força frente do ônibus quando ele freia Espaço bruscamente? Inércia - Por que nos dias de chuva é Tempo mais difícil freiar um automóvel? Velocidade - Como um navio consegue boiar? Massa Aceleração Energia Densidade - Como funciona um termômetro? TERMODINÂMICA Calor - Por que o congelador fica na Energia térmica parte superior da geladeira? Pressão - O que ocorre com a naftalina, Volume que “some” do fundo da gaveta? Dilatação Temperatura Mudanças de estado - Como vemos os objetos? ÓPTICA Raio de luz - Como os óculos ajudam a melho- Reflexão rar a visão? Refração - Como se forma a nossa imagem Lentes num espelho? Espelhos Cap 01 romero@fisica.ufpb.br 4
  • 6. Prof. Romero Tavares da Silva - O que é a corrente elétrica? ELETROMAGNETISMO Carga elétrica - Como funciona um chuveiro elé- Corrente elétrica trico? Campos elétricos - Para que serve um fusível? Campos magnéticos Ondas eletromagnéticas - O que é, de fato, a luz? FÍSICA ATÔMICA Átomos - O que compõe todas as coisas? FÍSICANUCLEAR Núcleos - O que são microondas? Fótons Elétrons Curso de Física do 2º grau - Capítulo 1 Telecurso 2000 Como resolver problemas de Física 1ª ETAPA: LER O PROBLEMA: É preciso saber ler, quer dizer, ser capaz de imaginar a cena que o enunciado descreve. Nem sempre entendemos tudo o que está escrito, mas podemos estar atentos aos detalhes para "visualizar" corretamente o que se está dizendo. 2ª ETAPA: FAZER UM ESQUEMA: Fazer um esquema ou desenho simples da situação ajuda a visualizá-la e a resolvê-la. Procure indicar em seus esquemas informações bási- cas como o sentido e os valores envolvidos. Preste atenção que uma frase como "dar ré" indica o sentido do movimento do objeto em questão. 3ª ETAPA: MONTE AS EQUAÇÕES E FAÇA AS CONTAS: Uma equação só faz sentido se você sabe o que ela significa. Sabemos que é possível resolver a nossa questão por- que há a conservação da quantidade movimento total de um sistema. Quer dizer, a soma das quantidades de movimento antes e depois do choque deverá ter o mesmo valor. Com isso, você consegue montar as contas. 4ª ETAPA: INTERPRETE OS VALORES. (A ETAPA MAIS IMPORTANTE!) Muito bem, você achou um número! Mas ainda não resolveu o problema. Não queremos saber so- mente o número, mas também o que aconteceu. O número deve nos dizer isso. Olhando para ele você deve ser capaz de chegar a alguma conclusão. DESCONFIE DOS NÚMEROS!!! Existe uma coisa que se chama erro nas contas, que pode nos levar a re- sultados errados. Pense bem no que o número está lhe dizendo e avalie se é uma coisa razoável. Se achar que há um erro, confira suas contas e o seu raciocínio. Se o número insistir em lhe dizer coisas absurdas, considere a possibilidade de que aquilo que você esperava não ser realmente o que acontece na prática. Leituras de Física - MECÂNICA - Capítulo 1 GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física Instituto de Física da USP - junho de 1998 Cap 01 romero@fisica.ufpb.br 5
  • 7. Versão preliminar 6 de setembro de 2002 Notas de Aula de Física 02. VETORES E ESCALARES........................................................................................... 2 UM POUCO DE TRIGONOMETRIA............................................................................................ 2 MÉTODO GEOMÉTRICO ........................................................................................................ 2 MÉTODO ANALÍTICO ............................................................................................................ 3 MULTIPLICAÇÃO DE VETORES............................................................................................... 3 Multiplicação de um vetor por um escalar..................................................................... 4 Produto escalar ............................................................................................................. 4 Produto vetorial ............................................................................................................. 5 SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS ....................................................................................... 7 02 .................................................................................................................................. 7 06 .................................................................................................................................. 7 32 .................................................................................................................................. 8 39 .................................................................................................................................. 8 45 .................................................................................................................................. 9 46 .................................................................................................................................. 9 47 ................................................................................................................................ 10 51 ................................................................................................................................ 10
  • 8. Prof. Romero Tavares da Silva 02. Vetores e escalares Algumas grandezas físicas ficam completamente definidas quando informamos um número e uma unidade. Quando dizemos que a temperatura de uma pessoa é 370C a informação está completa. A temperatura é uma grandeza escalar. Se dissermos que a velocidade de um automóvel é de 50km/h não definimos completamente a informação. Não foi dito em que direção e sentido esse corpo se movimentava. A necessidade dessa informação complementar - direção e sentido - caracteriza a velocidade como um vetor. Os vetores são representados por setas, e costuma-se representar um vetor com módulo maior que outro por uma seta de tamanho maior. Usamos basicamente de dois modos de representar os vetores, o método geométrico e o método analítico. Um pouco de trigonometria Vamos considerar um triângulo retângulo com hipote- nusa a e catetos b e c respectivamente. O teorema de Pitágoras diz que: a2 = b2 + c2 As funções seno e cosseno são definidas como: α c a c senθ = = cos α a θ b b cos θ = = sen α a E do Teorema de Pitágoras, encontramos que: sen 2 θ + cos 2 = 1 senθ c cos α = tan θ = = cot α = cos θ a sen α Método geométrico No método geométrico, a visualização dos vetores fica mais óbvia, mas não é ade- quado para a operações com diversos vetores. A força é uma grandeza vetorial. Método geométrico Quando consideramos duas forças atuando sobre um dado corpo, o efeito resultante será ! igual à atuação de uma única força que seja a ! ! a soma vetorial das duas forças menciona- b c das. A soma desses dois vetores pode ser ! ! a b efetuada usando-se a regra do paralelogra- mo. ! ! ! c =a+b Cap 02 romero@fisica.ufpb.br 2
  • 9. Prof. Romero Tavares da Silva Método analítico O método analítico consiste basicamente em definir um sistema de coordenadas cartesianas e decompor os vetores segundo as suas componentes nestes eixos. Vamos considerar um sistema de coordenadas bidimensional, definido pelos eixos x ! e y , como mostrados na figura ao lado. O vetor a tem compo- nentes cartesianas ax e ay que tem a forma: y ax = a . cosθ ay = a . senθ ! a Ou de maneira inversa: ay θ a = a +a 2 2 ax x x y ay tan θ = ax Uma maneira de representar vetores é através de suas componentes num dado sistema de coordenadas, como foi antecipado na figura anterior. Desse modo: ! a = iˆa x + ˆa y j onde iˆ e ˆ são vetores unitários (ou versores) que apontam nas direções dos eixos x j e y respectivamente e têm módulos iguais a um. A soma de dois vetores será então definida como: ! a = iˆa x + ˆa j y " ! !  c = iˆ (a x + b x ) + ˆ (a y + b y ) ! c =a+b onde ! e ⇒ j b = iˆb + ˆb j y  x ou seja: c x = a x + b x !  c = iˆc x + ˆc y j onde  e c = a + b  y y y Multiplicação de vetores As operações com vetores são utilizadas de maneira muito ampla na Física, para expressar as relações que existem entre as diversas grandezas. Cap 02 romero@fisica.ufpb.br 3
  • 10. Prof. Romero Tavares da Silva Multiplicação de um vetor por um escalar ! ! Sejam dois vetores a e b e um escalar k. Defi- nimos a multiplicação mencionada como: ! ! b = ka ! ! ! ! a ka O vetor k a tem a mesma direção do vetor a . Terá mesmo sentido se k for positivo e sentido contrário se k for negativo. Produto escalar ! Define-se o produto escalar de dois vetores a e ! b como a operação: ! a ! ! ϕ a ⋅ b = ab cos ϕ ! onde ϕ é o ângulo formado pelos dois vetores. b Podemos dizer que o produto escalar de dois vetores é igual ao módulo do primeiro vezes a componente do segundo no eixo determinado pelo primeiro, ou vice-versa. Isso pode-se resumir na propriedade : ! ! ! ! a ⋅b = b ⋅a Uma aplicação do produto escalar é a definição de trabalho W executado por uma força constante que atua ao longo de um percurso d: ! ! W = F .d = Fd cos θ Usando o conceito de vetor unitário encontramos que: iˆ ⋅ iˆ = iˆ iˆ cos 0 0 = 1 z ˆ⋅ j =1 j ˆ k ⋅k =1 ˆ ˆ e de modo equivalente: ˆ k iˆ ⋅ ˆ = iˆ ˆ cos 90 0 = 0 j j iˆ ˆ j y iˆ ⋅ k = 0 ˆ x ˆ⋅k = 0 j ˆ Podemos utilizar a decomposição de um vetor segundo as suas componentes car- tesianas e definir o produto escalar: Cap 02 romero@fisica.ufpb.br 4
  • 11. Prof. Romero Tavares da Silva ! a = iˆa x + ˆa y + ka z j ˆ ! b = iˆb x + ˆb y + kb z j ˆ ! ! ( )( a ⋅ b = iˆa x + ˆa y + ka z ⋅ iˆb x + ˆb y + kbz j ˆ j ˆ ) e portanto: ! ! a ⋅ b = a x b x + a y by + a z bz Fica fácil perceber que: ! ! a ⋅ a = a 2 = a x + a y + a z2 2 2 !! ! ! a.b Como a ⋅ b = ab cos ϕ , temos que cos ϕ = , e assim poderemos calcular o ab ângulo entre os dois vetores, em função de suas componentes cartesianas: a x b x + a y by + az bz cos ϕ = a x + a y + a z b x2 + b y2 + b z2 2 2 2 Produto vetorial ! Define-se o produto vetorial de dois vetores a e ! b como a operação: ! ! ! ! c c = a×b ! b e módulo c é definido como: ϕ c = ab sen ϕ ! a ! onde c é um vetor perpendicular ao plano defino pe- ! ! los vetores a e b e ϕ é o ângulo formado por esses dois últimos dois vetores. ! Uma aplicação do produto vetorial é a definição da força F que atua em uma car- ! ga elétrica q que penetra com velocidade v numa região que existe um campo magnéti- ! co B : ! ! ! F = qv ×B ou ainda: F = q v B senϕ Cap 02 romero@fisica.ufpb.br 5
  • 12. Prof. Romero Tavares da Silva Usando a definição de produto vetorial, encon- z tramos que: iˆ × ˆ = k = − ˆ × iˆ j ˆ j j × k = iˆ = −k × ˆ ˆ ˆ ˆ j ˆ k k × iˆ = j = −iˆ × k ˆ ˆ ˆ iˆ ˆ j y iˆ × iˆ = j × j = k × k = 0 ˆ ˆ ˆ ˆ x De modo genérico, podemos definir o produto vetorial como: ! ! ! ( )( c = a × b = iˆa x + ˆa y + ka z × iˆb x + ˆb y + kb z j ˆ j ˆ ) e usando os resultados dos produtos vetoriais entre os vetores unitários, encontramos que: ! c = iˆ(a y b z − a z b y ) + ˆ(a z b x − a x bz ) + k (a x b y − a y b x ) j ˆ Usando as propriedades de matrizes, encontramos que o produto vetorial pode ser expresso como o determinante da matriz definida a seguir:  iˆ ˆ j k ˆ ! ! !   c = a × b =  ax ay az    bx   by bz   Cap 02 romero@fisica.ufpb.br 6
  • 13. Prof. Romero Tavares da Silva Solução de alguns problemas Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição ! ! 02 Quais são as propriedades dos vetores a e b tais que: ! ! ! a) a+b =c e a+b=c Temos que: ! ( )( ) ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! c ⋅ c = a + b ⋅ a + b = a ⋅ a + b ⋅ b + 2a ⋅ b c b ou seja: c 2 = a 2 + b 2 + 2ab cos θ ! θ a Para que c = a + b é necessário que θ = 0 pois ! ! c2 = a2 + b2 + 2ab = (a + b)2 a b ! ! Portanto a b ! ! ! ! b) a+b =a−b Da equação acima, temos que: ! ! ! ! ! ! a − a = b + b ∴ 2b = 0 ∴ b = 0 ! ! ! c) a+b =c e a2 + b2 = c 2 Como c 2 = a 2 + b 2 + 2ab cos θ , para que ! 2 2 2 c = a + b + 2ab = (a + b) 2 b devemos ter θ π ! ! ! θ = portanto a ⊥ b a 2 Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição ! ! O vetor a tem módulo de 3 unidades e está dirigido para Leste. O vetor b está diri- 06 gido para 350 a Oeste do Norte e tem módulo 4 unidades. Construa os diagramas ! ! ! ! vetoriais para ! a + b e b - a . Estime o módulo e a orientação dos vetores ! ! ! a + b e a - b a partir desse diagramas. ! a = iˆa x  y ! ˆ b = i b x + ˆb y  j ! b a x = a = 3 θ  Oeste Leste b x = −b senθ = −4 sen 35 = −2,29 0 b = b cos θ == 4 cos 35 0 = 3,27 !  y a x Cap 02 romero@fisica.ufpb.br 7
  • 14. Prof. Romero Tavares da Silva a) ! ! ! c x = a x + b x c =a+b  c y = a y + b y cx = 3 - 2,29 = 0,71 cy = 3,27 c = c x + c y = 3,34 2 2 b) ! ! ! d x = b x − a x d = b −a  d y = b y − a y dx = -2,29 - 3 = -5,29 dy = 3,27 d = d x + d y2 = 6,21 2 Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição Prove que dois vetores devem ter o mesmo módulo para que sua soma seja perpen- 32 dicular á sua diferença. (a + b )⋅ (a − b ) = a ! ! ! ! 2 − b2 = 0 ⇒ a=b Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 39 Mostre que num sistema de coordenadas destrógiro: iˆ ⋅ iˆ = ˆ ⋅ ˆ = k ⋅ k = 1 j j ˆ ˆ e iˆ ⋅ ˆ = ˆ ⋅ k = k ⋅ iˆ = 0 j j ˆ ˆ ! ! A definição de produto escalar é tal que: a ⋅ b = a b cos θ , onde θ é o ângulo formado pelos vetores. Logo: iˆ ⋅ iˆ = iˆ iˆ cos 0 0 = 1.1.1 = 1 e iˆ ⋅ ˆ = iˆ ˆ cos 90 0 = 1.1.0 = 0 j j Os outros itens seguem-se como extensão desses anteriores. Cap 02 romero@fisica.ufpb.br 8
  • 15. Prof. Romero Tavares da Silva Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 45 A soma de três vetores é igual a zero, como mostra a α ! figura. Calcule: ! c b θ ! a ! ! a) a ⋅ b = ? ! ! π a ⋅ b = a b cos = 0 ! ! 2 b) a ⋅ c = - a c cosθ = -a c (a/c) = - a2 ! ! c) b ⋅ c = - b c cosα = - b c (b/c) = - b2 Podemos concluir que: ! ! ! c +a+b =0 ! ! ! ! ! ! c ⋅c + c ⋅b + c ⋅a = 0 logo: c2 = a2 + b2 Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 46 Para o problema anterior, calcule: ! ! a) a × b = ? ! b Suponhamos que o eixo z seja! perpendicular ao pla- ! no definido pelos vetores a e b . β ! ! a × b = z a b sen(π/2) = z a b ˆ ˆ ! a ! ! b) a × c = ? θ ! a ! ! ! a × c = a c senθ c ! ! a × c = (- z ) a c senθ = - z a c (b/c) = - z a b ˆ ˆ ˆ ! ! c) b×c =? ! ! ! b × c = b c senα b ! ! b × c = z b c senα = z b c (a/c) ˆ ˆ ! ! b×c = z a b ˆ ! c α Cap 02 romero@fisica.ufpb.br 9
  • 16. Prof. Romero Tavares da Silva Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 47 Produto escalar em função das coordenadas: Suponha que dois vetores sejam representados em termos das coordenadas como: ! ! a = iˆa x + ˆa y + ka z e b = iˆb x + ˆb y + kb z j ˆ j ˆ mostre que: ! ! a ⋅ b = a x b x + a y by + a z bz Por definição temos que: ! ! ( )( a ⋅ b = iˆa x + ˆa y + ka z ⋅ iˆb x + ˆb y + kb z j ˆ j ˆ ) Usando os resultados do problema 39, resolvido anteriormente, temos a resposta pedida. ! ! a ⋅ b = a x b x + a y by + a z bz Capítulo 3 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição ! ! 51 Dois vetores são dados por a = 3iˆ + 5 ˆ e b = 2iˆ + 4 ˆ . Calcule: j j ! ! a) a × b =?  iˆ ˆ k  j ˆ ! !   a × b =  3 5 0  = k (3.4 − 5.2) = 2k ˆ ˆ  2 4 0    ! ! b) a ⋅ b =? ! ! a ⋅ b = 3.2 + 5.4 = 26 c) (a + b )⋅ b =? ! ! ! (a + b )⋅ b = (5iˆ + 9 jˆ)⋅ (2iˆ + 4 jˆ)= 5.2 + 9.4 = 46 ! ! ! Cap 02 romero@fisica.ufpb.br 10
  • 17. Versão preliminar 6 de setembro de 2002 Notas de Aula de Física 03. MOVIMENTO RETILÍNEO ............................................................................................ 2 POSIÇÃO E DESLOCAMENTO ................................................................................................ 2 VELOCIDADE MÉDIA E VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA ............................................................... 3 VELOCIDADE INSTANTÂNEA E VELOCIDADE ESCALAR .............................................................. 3 ACELERAÇÃO ..................................................................................................................... 4 ACELERAÇÃO CONSTANTE - UM CASO ESPECIAL .................................................................... 4 Exemplo: ....................................................................................................................... 6 ACELERAÇÃO DE QUEDA LIVRE ............................................................................................. 7 SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS ....................................................................................... 8 15 .................................................................................................................................. 8 19 ................................................................................................................................ 10 34 ................................................................................................................................ 11 38 ................................................................................................................................ 11 41 ................................................................................................................................ 11 43 ................................................................................................................................ 12 45 ................................................................................................................................ 12 54 ................................................................................................................................ 13 57 ................................................................................................................................ 14 61 ................................................................................................................................ 14 69 ................................................................................................................................ 15 78 ................................................................................................................................ 15 79 ................................................................................................................................ 16 82 ................................................................................................................................ 17
  • 18. Prof. Romero Tavares da Silva 03. Movimento retilíneo Vivemos num mundo que tem com uma das principais característica o movimento. Mesmo corpos que aparentemente estão em repouso, só estão neste estado em relação a um certo referencial. Quando estamos deitados em nossa cama, tudo à nossa volta pa- rece estar em repouso. E de fato, tudo está em repouso em relação ao nosso corpo. Mas não está em repouso em relação à Lua, ou ao Sol. Se estivéssemos deitado em uma cama de um vagão de um trem dormitório, todos os objetos do quarto ainda nos pareceri- am parados, apesar desse conjunto se mover em relação aos trilhos. Daí concluirmos que movimento (ou repouso) é uma característica de um corpo em relação a um certo referen- cial específico Quando um objeto real está em movimento, além de sua translação ele também pode tanto girar quanto oscilar. Se fôssemos sempre considerar essas características, o movimento de um corpo seria sempre um fenômeno bastante complicado de se estudar. Acontece, que em diversas situações o fenômeno mais importante é a translação. Desse modo, sem incorrer em grande erro, podemos isolar este tipo movimento e estudá-lo como o único existente. Devemos ainda considerar que corpos que apresentam apenas o movimento de translação podem ser estudados como partículas, porque todas as partes do corpo com esse movimento descreverão a mesma trajetória. Num estágio inicial, o estudo ainda pode ser mais simplificado porque matemati- camente, uma partícula é tratada como um ponto, um objeto sem dimensões, de tal ma- neira que rotações e vibrações não estarão envolvidas em seu movimento. Em resumo: vamos tratar como pontos materiais (ou partículas) os corpos que te- nham apenas movimento de translação, e o caso mais simples será quando ele apresen- tar um movimento retilíneo. Posição e deslocamento A localização de uma partícula é fundamental para a análise do seu movimento. O seu movimento P Q é completamente conhecido se a sua posição no xi xf espaço é conhecida em todos os instantes. Vamos considerar que esse movimento x componha-se de uma trajetória retilínea que tem Q como posição inicial o ponto P com coordenada xi xf no instante ti e posição final com coordenada xf no instante tf . O deslocamento ∆x é uma medida da dife- rença entre as posições inicial xi que a partícula ocupou e a sua posição final xf xi P α ∆x = xi - xf e o intervalo de tempo é expresso como: ∆t = tf - ti ti tf t Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 2
  • 19. Prof. Romero Tavares da Silva À medida que o intervalo de tempo ∆t diminui o ponto Q se aproxima do ponto P, na figura anterior. No limite quando ∆t → 0 , quando o ponto Q tende ao ponto P , a reta que os une passa a coincidir com a própria tangente à curva no ponto Q , ou seja v = tanα . Assim, a velocidade instantânea em um dado ponto do gráfico espaço versus tempo é a tangente à curva neste ponto específico. Velocidade média e velocidade escalar média A velocidade de uma partícula é a razão segundo a qual a sua posição varia com o tempo. Podemos analisar um movimento de diversas maneiras, dependendo da sofistica- ção dos nossos instrumentos de medida. A velocidade escalar média é definida como a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto no percurso: distância percorrida v = ∆t Se uma viagem entre duas cidades distantes de 120km durou 1,5h nós dizemos que o percurso foi vencido com uma velocidade escalar média de 80km/h . Na vida coti- diana essa informação é suficiente para descrever uma viagem. Já a velocidade média é definida como a razão entre o deslocamento e o tempo necessário para esse evento. ∆x v = ∆t Para calcularmos a velocidade média da viagem entre as duas cidades, devería- mos saber a distância em linha reta entre elas. Essa distância seria o deslocamento, que foi definido anteriormente. No movimento unidimensional percurso e deslocamento são conceitos pratica- mente idênticos, de modo que só existirá uma diferença marcante entre as velocidades média e escalar média nos movimentos bidimensional ou tridimensional. Percurso é a distância percorrida por uma partícula num certo intervalo de tempo; enquanto que deslo- camento é a diferença entre as posições inicial e final da partícula no intervalo de tempo considerado. Velocidade instantânea e velocidade escalar A velocidade instantânea v nos dá informações sobre o que está acontecendo num dado momento. Ela é definida como: ∆x dx v = Lim = ∆t → 0 ∆t dt Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 3
  • 20. Prof. Romero Tavares da Silva Como foi mencionado, a velocidade média representa o que aconteceu entre o iní- cio e o fim de uma viagem. Já a velocidade instantânea em um dado momento representa o que aconteceu naquele momento. Colecionando as velocidades instantâneas de cada um dos momentos temos uma informação completa de como variou a velocidade ao longo de toda viagem. A velocidade escalar é o módulo da velocidade é a velocidade sem qualquer indi- cação de direção e sentido. No movimento retilíneo e uniforme a partícula se move com velocidade constante. A sua característica é que a velocidade em qualquer instante é igual à velocidade média. Por- tanto a equação que define este tipo de movimento é: X=vt Aceleração A aceleração de uma partícula é a razão segundo a qual a sua velocidade varia com o tempo. Ela nos dá informações de como a velocidade está aumentando ou dimi- nuindo à medida que o corpo se movimenta. Para analisar a variação da velocidade durante um certo intervalo de tempo ∆t nós definimos a aceleração média deste intervalo como: vf − vi ∆v a = = tf − ti ∆t Quando queremos saber o valor da aceleração em cada instante do intervalo con- siderado, deveremos calcular a aceleração instantânea: ∆v dv a = Lim = ∆ → t 0 ∆t dt Quando um corpo em movimento está aumentando a sua velocidade temos que a sua aceleração será positiva pois: ∆v Vf > vi ⇒ ∆v = vf - vi > 0 ⇒ a = 〉0 ∆t Se o corpo estiver diminuindo a sua velocidade a sua aceleração será negativa. Aceleração constante - um caso especial O exemplo anterior do movimento de um automóvel que varia a sua velocidade é uma situação típica de translação com aceleração constante em alguns trechos e nula em outros. Vamos considerar o movimento com velocidade constante de uma partícula, entre um instante inicial t0 e um instante posterior t . No instante inicial t0 a partícula se Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 4
  • 21. Prof. Romero Tavares da Silva encontrava na posição inicial x0 com velocidade inicial v0 e no instante t ela se encon- trava na posição x com velocidade v . A velocidade média da partícula neste intervalo entre t0 e t é dada por: x − x0 v + v 0 v = = t − t0 2 onde a última igualdade é válida apenas para movimentos com aceleração constante, como esse caso específico. Podemos colocar as equações anteriores com a seguinte forma que define x : v + v0  x = x 0 + v (t − t 0 ) = x 0 +  (t − t 0 )  2  Como a aceleração é constante, podemos usar a definição de aceleração média que é a própria aceleração constante neste caso presente: v − v0 a=a = t − t0 ou seja: v = v 0 + a(t − t 0 ) ou ainda v −v0 (t − t ) = 0 a Usando este valor de v na equação que define x , encontraremos:  t − t0   t − t0  x = x0 + v 0   + [v 0 + a(t − t 0 )]   2   2  e rearrumando os vários termos teremos: x = x 0 + v 0 (t − t 0 ) + a(t − t 0 ) 1 2 2 Usando o valor de ( t - t0 ) na equação que define x encontraremos:  v + v 0  v − v 0  x = x0 +     2  a  ou seja: v 2 −v0 2  x − x0 =   2a     e finalmente: v 2 = v 0 + 2a(x − x 0 ) 2 Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 5
  • 22. Prof. Romero Tavares da Silva Se estivéssemos considerando um movimento tridimensional, com aceleração constante nas três direções, poderíamos estender facilmente os resultados anteriores para as seguintes equações vetoriais:  ! ! ! 1! 2  r = r 0 + v 0 t + 2 at  ! ! !  v = v 0 + at ! ! ! v 2 = v 2 + 2a ⋅ (r − r )  0 0  onde fizemos o instante inicial t0 = 0 . A última equação é conhecida como equação de Torricelli. Exemplo: Um motorista viaja ao longo de uma estrada reta desenvolvendo uma velocidade de 15m/s quando resolve aumentá-la para 35m/s usando uma aceleração constante de 4m/s2 . Permanece 10s com essa velocidade, quando resolve diminui-la para 5m/s usando uma aceleração constante de 10m/s2 . Trace os gráficos de x versus t , v versus t e a versus t para o todo o movimento mencionado. 700 40 600 35 500 30 25 400 x 20 v 300 15 200 10 100 5 0 0 0 5 10 15 20 25 30 35 0 5 10 15 20 25 30 35 t t 6 4 2 0 0 5 10 15 20 25 30 35 -2 a -4 -6 -8 -10 -12 t Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 6
  • 23. Prof. Romero Tavares da Silva Tabela associada ao exemplo: Intervalo Aceleração Velocidade Espaço 0 → 5s Nula Constante Reta ascendente 5s → 10s Positiva Reta ascendente Parábola com concavidade voltada para cima 10s → 20s Nula Constante Reta ascendente 20s → 23s Negativa Reta descendente Parábola com concavidade voltada para baixo > 23s Nula Constante Reta ascendente Aceleração de queda livre Podemos particularizar o conjunto de equações vetoriais anteriormente deduzidas, para a situação do movimento de queda livre. Para todos os efeitos práticos, um corpo que cai próximo à Terra, se comporta como se a superfície fosse plana e a aceleração da gravidade g fosse constante. Iremos usar valor de g =9,8m/s2 , e considerar o eixo z apontando para cima da superifície da Terra. Para a aceleração, temos que: z ! ! a = g = −kg ˆ ! Para o espaço percorrido, temos que: g ˆ ˆ ˆ 1 ˆ 2 ( ) kz = kz 0 + kv 0 t + − kg t 2 gt 2 z = z0 + v 0 t − 2 Para a velocidade desenvolvida pela partícula, temos que: ˆ ˆ ( kv = kv 0 + − kg t ˆ ) ou seja: v = v0 - gt e também: 2 ˆ( )( v 2 = v 0 + 2 − kg ⋅ kz − kz 0 ˆ ˆ ) v 2 = v 0 − 2g (z − z 0 ) 2 Esta última equação é conhecida como equação de Torricelli. Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 7
  • 24. Prof. Romero Tavares da Silva Solução de alguns problemas Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 15 Dois trens trafegam, no mesmo trilho, um em direção ao outro, cada um com uma velocidade escalar de 30km/h . Quando estão a 60km de distância um do outro, um pássaro, que voa a 60km/h , parte da frente de um trem para o outro. Alcançando o outro trem ele volta para o primeiro, e assim por diante. (Não temos idéia da razão do comportamento deste pássaro.) Vamos considerar d = 60km e d1 a distância que o trem da direita viaja enquanto o pássaro decola dele e atinge o tem da esquerda e t1 o tempo gasto nesta primeira viagem.. A velocidade de cada trem é v = 30km/h e a velocidade do pássaro é vp = 60km/h . Para a primeira viagem do pássaro, temos: d D1 d1 d d = D1 + d1 = vpt1 + vt1 = ( vp + v )t1 ⇒ t1 = v +vp Para a segunda viagem, temos: d2 D2 d = 2d1 + ( d2 + D2 ) = 2vt1 + ( vpt2 + vt2 )   t 2 (v + v p ) = d − 2vt 1 = d − 2v d 2v = d 1 −  v +v   v +vp  p  d     t2 = 1 − 2v  ∴ t 2 = t 1 1 − 2v  v +vp  v +v   v +v   p   p  Para a terceira viagem, temos D3 d3 d = 2d1 + 2d2 + ( d3 + D3 ) Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 8
  • 25. Prof. Romero Tavares da Silva d3 + D3 = d - 2d1 - 2d2 ∴ vt3 + vpt3 = d - 2vt1 - 2vt2 d v v v v t3 = − 2t 1 − 2t 2 = t 1 − 2t 1 − 2t 2 v +vp v +vp v +vp v +vp v +vp ou ainda  2v  v v t 3 = t 1 1 −  2t − 2 v +v = 2 − 2 v +v t 2t  v +v  p  p p ou seja:  2v  t 3 = t 2 1 −   v +v   p  Por outro lado, já mostramos que:  2v  t 2 = t 1 1 −   v +v   p  d 60 2 t1 = = = h = 40 min v + v p 30 + 60 3 Podemos inferir então que:  2v  t N = t N −1 1 −   v +v   p  ou seja: N −1  2v  t N = t 1 1 −   v +v   p  Concluímos que tN é o ene-ésimo termo de uma progressão geométrica cujo 2v 2.30 2 1 primeiro termo a1 = t1 = 40min e razão q = 1 − = 1− = 1− = . v +vp 30 + 60 3 3 a) Quantas viagens o pássaro faz de um trem para o outro, até a colisão? As viagens do pássaro ficarão cada vez com um percurso menor até tornarem-se infinitesimais, por isso serão necessárias um número infinito de viagens de um trem para o outro. b) Qual a distância total percorrida pelo pássaro? O tempo necessário para o percurso será a soma dos termos da progressão: a1 (1 − q N ) S= 1− q e quando |q| < 1 e N tende a infinito: Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 9
  • 26. Prof. Romero Tavares da Silva a1 t1 v + vp   d  v + v p  d S= = = t1  =  = 1− q 2v  2v  v + v  2v  2v    p   v +vp ou seja d 60 t= = = 1h 2 v 2.30 Dp = vpt = 60km/h . 1h = 60km Uma forma direta de resolver este problema, mas que no entanto perde-se todo o detalhamento dos acontecimentos, é calcular o tempo necessário para a colisão dos dois trens: d 60 d = ( v + v ) t = 2vt ⇒ t = = = 1h 2 v 2.30 Esse tempo t é aquele que o pássaro tem para as suas viagens, logo a distância percorrida será: Dp = vp t = 60km Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 10 19 Qual a posição final de um corredor, 8 cujo gráfico velocidade x tempo é v(m/s) dado pela figura ao lado, 16 segun- 6 dos após ter começado a correr? 4 2 A distância percorrida por uma partí- cula é a área abaixo da curva num 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 gráfico v versus t . Podemos de- monstrar a afirmação anterior de t(s) vários modos, por exemplo: Método 1: xf tf Área = d = ∫ dx = ∫ v dt xi ti d = Área = A1 + A2 + A3 + A4 onde A1 é a área do triângulo que tem como base (0-2), A2 é a área do retângulo que tem com base (2-10) , A3 é a área do paralelogramo que tem como base (10- 12) e A4 é a área do retângulo que tem como base (11-16). d= 1 (2x 8) + (8 x8 ) +  1 (2 x 4) + (2x 4) + (4 x 4)   2 2  d = 100m Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 10
  • 27. Prof. Romero Tavares da Silva Método 2: Usar as equações da cinemática diretamente para cada percurso, e cal- cular as distâncias correspondentes. Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição A cabeça de uma cascavel pode acelerar 50m/s2 no instante do ataque. Se um car- 34 ro, partindo do repouso, também pudesse imprimir essa aceleração, em quanto tem- po atingiria a velocidade de 100km/h ? 10 3 m v = 100km/h = 10 2 ≅ 27m/s 3600s v 27 m / s v = v0 + at ; t = = a 50 m / s 2 t = 0,54s Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 38 Um jumbo precisa atingir uma velocidade de 360km/h para decolar. Supondo que a aceleração da aeronave seja constante e que a pista seja de 1,8km , qual o valor mínimo desta aceleração? v = 360km/h v = (v0) + 2ad ∴ a = v /2d 2 2 2 d = 1,8km v0 = 0 2 2 a = 36000 km/h = 2,7 m/s se g = 9,8m/s2 teremos a = 0,27 g Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 41 Um carro a 97km/h é freiado e pára em 43m . a) Qual o módulo da aceleração (na verdade, da desaceleração) em unidades SI e em unidades g ? Suponha que a aceleração é constante. v2 = (v0)2 - 2ad ∴ a = (v0)2/2d = 8,28m/s2 v0 = 96km/h = 26,7 m/s d = 43m Se g = 9,8m/s2 temos que a = 0,84 g v=0 b) Qual é o tempo de frenagem? Se o seu tempo de reação treação , para freiar é de 400ms , a quantos "tempos de reação" corresponde o tempo de frenagem? v = v0 - at ∴ t = v0/a ou seja: t = 3,22s treação = 400ms = 400 . 10-3s = 0,4s T = t + treação T= 3,62s Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 11
  • 28. Prof. Romero Tavares da Silva Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 43 Em uma estrada seca, um carro com pneus em bom estado é capaz de freiar com uma desaceleração de 4,92m/s2 (suponha constante). a) Viajando inicialmente a 24,6ms , em quanto tempo esse carro conseguirá parar? v = v0 - at ∴ t = v0/a = 24,6/4,92 a = 4,92m/s2 v0 = 24,6 m/s t = 5s v=0 b) Que distância percorre nesse tempo? v2 = (v0)2 - 2ad ∴ d = (v0)2/2a = (24,6)2/(2.4,92) d = 61,5m c) Faça os gráficos x versus t e v versus t para a desaceleração. x(t) = 24,6t - 2,46t2 em metros v(t) = 24,6 - 4,92t em m/s 30 70 25 60 50 20 v(t) 40 15 x(t) 30 10 20 5 10 0 0 0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6 t t Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 45 Os freios de um carro são capazes de produzir uma desaceleração de 5,2m/s2. a) Se você está dirigindo a 140km/h e avista, de repente, um posto policial, qual o tempo mínimo necessário para reduzir a velocidade até o limite permitido de 80km/h ? v = v0 - at v0 = 140km/h = 39,2m/s v = 80km/h = 22,4m/s t = (v0 - v)/a = 16,8/5,2 a = 5,2m/s2 t=3,2s Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 12
  • 29. Prof. Romero Tavares da Silva b) Trace o gráfico x versus t e v versus t para esta desaceleração. Consideramos que até o instante t = 5s o carro vinha desenvolvendo a veloci- dade de 39,2m/s , quando começou a freiar até 3,2s mais tarde, quando passou a desenvolver a velocidade de 22,4m/s . 45 40 35 O gráfico x versus t é uma 30 reta para 0 < t < 5s , 25 v(t) 20 15 é uma parábola com concavi- 10 dade para baixo para 5 5s < t < 8,2s 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 t e volta a ser uma reta para t > 8,2s . 450 400 Nestes intervalos temos res- 350 300 pectivamente: movimento 250 x(t) uniforme, movimento unifor- 200 memente acelerado e nova- 150 100 mente movimento uniforme. 50 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 t Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 54 Quando a luz verde de um sinal de trânsito acende, um carro parte com aceleração constante a = 2,2m/s2 . No mesmo instante, um caminhão, com velocidade constante de 9,5m/s , ultrapassa o automóvel. a) A que distância, após o sinal, o automóvel ultrapassará o caminhão? 120 Automóvel Caminhão 100 x = at2/2 X=Vt 80 No instante t = tE o automóvel vai 60 alcançar o caminhão, logo: 40 xE = X E 20 2 0 at E 2V 2.9,5 = Vt E ⇒ t E = = 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2 a 2,2 t tE = 8,6s Curva azul = X = Caminhão XE = V tE = 9,5.8,6 = 81,7m. Curva vermelha = x = Automóvel Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 13
  • 30. Prof. Romero Tavares da Silva b) Qual a velocidade do carro nesse instante? Velocidade vE = v0 + a tE = 2,2 + 8,6 25 20 vE = 18,9m/s 15 10 5 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 t Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 57 Dois trens, em movimento retilíneo, viajam na mesma direção e em sentidos opostos, um a 72km/h e o outro a 144km/h . Quando estão a 950m um do outro, os maqui- nistas se avistam e aplicam os freios. Determine se haverá colisão, sabendo-se que a desaceleração em cada um dos trens é de 1,0m/s2 . Vamos chamar x e X as distâncias que cada trem per- v0 = 72km/h = 20m/s correrá antes de parar. Neste instante teremos v = V =0. V0 = 144km/h = 40m/s d = 950m v = (v0) - 2ax ∴ x = (v0) /2a 2 2 2 a = 1m/s2 V2 = (V0)2 - 2aX ∴ X = (V0)2/2a A distância D necessária para os dois trens pararem é D = x + X v 0 + V02 2 D= = 1000m 2a Como essa distância D é maior que a distância d disponível, acontecerá a colisão entre os dois trens. Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 61 Considere que a chuva cai de uma nuvem, 1700m acima da superfície da Terra. Se desconsiderarmos a resistência do ar, com que velocidade as gotas de chuva atingi- riam o solo? Seria seguro caminhar ao ar livre num temporal? v2 = (v0)2 + 2ah = 2gh v0 = 0 a = g = 9,8m/s2 v = 2gh = 2.9,8.1700 =182,5m/s h = 1700m v = 657km/h Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 14
  • 31. Prof. Romero Tavares da Silva Decididamente não seria seguro caminhar ao ar livre num temporal com gotas alcan- çando a superfície da terra com esta velocidade. Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 69 Um objeto é largado de uma ponte 45m acima da água. O objeto cai dentro de um barco que se desloca com velocidade constante e estava a 12m do ponto de im- pacto no instante em que o objeto foi solto. Qual a velocidade do barco? h = 45m v0 = 0 d = 12m h d d = vt  gt2  d gd 2  ⇒ t= ∴ h= h= V 2V 2 2  g 9,8 V =d = 12 = 3,9m / s 2h 2.45 V = 14,1km/h Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 78 Do cano de um chuveiro, a água pinga no chão, 200cm abaixo. As gotas caem em intervalos regulares, e a primeira gota bate no chão, no instante em que a quarta gota começa a cair. Determine as posições da segunda e terceira gotas, no instante em que a primeira gota bate no chão. 4 Seja ti o tempo de vôo da i-ésima gota: 3 2 gt h = h1 = 1 2 2 2 h gt 2 h2 = 2 gt 32 h3 = 2 1 Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 15
  • 32. Prof. Romero Tavares da Silva Como existe um intervalo ∆t entre cada gota, temos que t1 = 3∆t ; t2 = 2∆t e t3 = ∆t . Logo h2 t 2 (2∆t ) 2 2 4 4 8 = 2 = = ∴ h2 = h1 = m h1 t 1 (3∆t ) 9 2 9 9 h3 t 32 = 2 = (∆t ) = 1 ∴ h = 1 h = 2 m 2 h1 t 1 (3∆t )2 9 3 9 1 9 Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 79 Uma bola de chumbo é deixada cair de um trampolim localizado a 5,2m acima da superfície de um lago. A bola bate na água com uma certa velocidade e afunda com a mesma velocidade constante. Ele chegará ao fundo 4,8s após ter sido largada. a) Qual a profundidade do lago? h1 = 5,2m v0 h1 t = t1 + t2 = 4,8s v1 2 gt 2h1 h1 = ∴ t1 = 1 h2 2 g t1 = 1,03s e t2 = 3,77s v2 v 12 = v 0 + 2gh1 2 ∴ v 1 = 2gh1 = 10,09m / s h2 = v1 t2 = 38,06m b) Qual a velocidade média da bola? ∆x espaço h1 + h2 5,2 + 38,06 v = = = = = 9,01m / s ∆t tempo t1 + t 2 4,8 c) Suponha que toda água do lago seja drenada. A bola é atirada do trampolim, e novamente chega ao fundo do lago 4,8s depois. Qual a velocidade inicial da bola? Vamos considerar V0 a nova velocidade inicial: gt 2 h gt h = V0 t + ∴ V0 = − = 7,92 − 23,52 = −15,60m / s 2 t 2 Na equação acima o sinal de g é positivo significando que o referencial positivo foi tomado como apontando para baixo. Desse modo, como V0 calcula- do é negativo, a bola foi lançada para cima. Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 16
  • 33. Prof. Romero Tavares da Silva 0 < t < 1,03s 50 45 O movimento da bola de 40 35 chumbo é de queda livre, 30 portanto a curva no gráfico 25 y y versus t será uma pará- 20 bola e a curva no gráfico v 15 versus t será uma reta in- 10 5 clinada em relação à hori- 0 zontal. 0 1 2 3 4 5 t t > 1,03s 12 O movimento da bola de 10 chumbo é de retilíneo e 8 uniforme, portanto a curva 6 v no gráfico y versus t será uma reta inclinada em rela- 4 ção à horizontal e a curva 2 no gráfico v versus t será uma reta paralela à hori- 0 0 1 2 3 4 5 zontal. t Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 82 Uma pedra é largada de uma ponte a 43m acima da superfície da água. Outra pe- dra é atirada para baixo 1s após a primeira pedra cair. Ambas chegam na água ao mesmo tempo. a) Qual era a velocidade inicial da segunda pedra? 2 1 h = 44m v0 ∆t = 1s t2 = t1 - ∆t h gt 12 2h h= ∴ t1 = = 2,99s ≅ 3s 2 g O tempo gasto pela segunda pedra será: t2 = t1 - ∆t = 2s Logo: 2 gt 2 h gt h = v 0t2 + ∴ v0 = − 2 2 t2 2 v0 = 12,2m/s Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 17
  • 34. Prof. Romero Tavares da Silva b) Faça o gráfico da velocidade versus tempo para cada pedra, considerando t = 0 o instante em que a primeira pedra foi largada. 40 Curvas das velocidade: 35 30 Vermelho = primeira pedra 25 20 Marrom = segunda pedra 15 10 5 0 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 t Curvas das distâncias: 80 70 Vermelho = primeira pedra 60 50 Marrom = segunda pedra 40 30 20 10 0 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 t Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 18
  • 35. Versão preliminar 6 de setembro de 2002 Notas de Aula de Física 04. MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIMENSÕES .......................................................... 2 POSIÇÃO E DESLOCAMENTO ................................................................................................ 2 VELOCIDADE MÉDIA E VELOCIDADE INSTANTÂNEA .................................................................. 2 ACELERAÇÃO MÉDIA E ACELERAÇÃO INSTANTÂNEA ................................................................ 3 MOVIMENTO NUM PLANO COM ACELERAÇÃO CONSTANTE ........................................................ 4 MOVIMENTO DE PROJÉTEIS .................................................................................................. 4 Tiro de gran alcance ..................................................................................................... 7 MOVIMENTO CIRCULAR E UNIFORME ..................................................................................... 8 MOVIMENTO RELATIVO ...................................................................................................... 10 Coger con la mano una bala disparada! ..................................................................... 10 SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS ..................................................................................... 11 "19" ............................................................................................................................. 11 22 ................................................................................................................................ 11 30 ................................................................................................................................ 12 41 ................................................................................................................................ 13 47 ................................................................................................................................ 14 49 ................................................................................................................................ 15 72 ................................................................................................................................ 15 80 ................................................................................................................................ 16 83 ................................................................................................................................ 17 88 ................................................................................................................................ 17