Karl Marx desenvolveu uma teoria crítica da sociedade capitalista baseada no materialismo histórico e dialético. Ele analisou a sociedade como um todo, enfatizando as relações econômicas e de poder. Marx viu o capitalismo gerando contradições que levariam eventualmente a sua superação. Sua análise influenciou o desenvolvimento da sociologia crítica.
2. • A sociologia crítica vai ter no pensamento marxista o seu referencial de análise,
pois vai ser a partir do pensamento de Karl Marx que ela irá se desenvolver.
•
Marx nunca teve a preocupação de criar uma ciência, ou de se localizar em uma
delas para desenvolver o seu estudo sobre a sociedade, e isto deu uma amplitude
muito grande as suas teorias.
3. • A sociedade não deve ser analisada apenas
em um único aspecto, mas sim na sua
totalidade. Marx tem como objeto de estudo
a sociedade capitalista de sua época.
4. • “Ao analisar o capitalismo, Marx apanha os
fenômenos como fenômenos sociais totais, nos quais
sobressaem o econômico e o político, como duas
manifestações combinadas e mais importantes das
relações entre pessoas, grupos e classes sociais. (...)
todos os trabalhos de Marx são fundamentalmente,
de interpretação de como o modo capitalista de
produção mercantiliza as relações, as pessoas e as
coisas, em âmbito nacional e mundial, ao mesmo
tempo em que desenvolve as suas contradições”.
(introdução escrita por Octavio Ianni do livro Marx
editora Ática 5ª edição São Paulo 1987)
5.
6. • A partir da produção destes trabalhos que tinha como princípio
explicativo a contradição é que muitos autores irão desenvolver
vários trabalhos nos diversos campos do conhecimento. Marx vai
desenvolver seu método de análise da sociedade capitalista a partir
do materialismo dialético e do materialismo histórico. Pois é na
contradição que o capitalismo desenvolve o seu modo ser e de
pensar. E o método dialético de Marx se fundamenta nas relações
de antagonismo.
• Os estudos marxistas buscam as relações dialéticas entre o
trabalho humano e sua produção, estabelecendo entre ambos
relações de identidade, negação e de superação ao mesmo tempo.
• Para compreendermos melhor vamos ver os principais conceitos
desenvolvidos por Marx.
8. TEORIA DO MATERIALISMO
HISTÓRICO.
• Materialismo Histórico é uma tese do
marxismo, segundo a qual o modo de
produção da vida material condiciona o
conjunto da vida social, política e espiritual. É
um método de compreensão e análise da
história, das lutas e das evoluções econômicas
e políticas.
• De acordo com essa teoria Marx afirma que:
• a) Podemos conhecer a sociedade concreta a
partir das relações das pessoas no processo
produtivo de bens materiais e,
9. • b) Buscando compreender o estágio de desenvolvimento que se encontram as forças
produtivas.
10. • “ O MODO DE PRODUÇÃO DA VIDA MATERIAL (base
econômica da produção de bens materiais) CONDICIONA O
DESENVOLVIMENTO DA VIDA SOCIAL, POLÍTICA E
INTELECTUAL EM GERAL (superestrutura da sociedade).”
• ...a base da organização da sociedade é econômica, e a partir
dessa organização surgem as outras estruturas da sociedade
(instâncias políticas, jurídicas e ideológicas).
11.
12. • As relações sociais de produção podem ser entendidas como a organização e interação das
pessoas e das classes na sociedade, tendo em vista a produção material e a reprodução
social, a manutenção e a ampliação das relações socio-político-econômicas.
• As forças produtivas são a terra, trabalho, capital e tecnologia: elementos
essenciais à produção capitalista
•
• Ao estudar o Capitalismo Marx afirmava que a jornada do trabalhador era composta da
seguinte forma:
• à Trabalho necessário = remunerado com o salário do trabalhador
•
• +
• à Trabalho excedente = “mais valia” , ou seja, o trabalho não pago e apropriado pelo
capitalista, decorrente da exploração do trabalhador
•
• (trabalho morto)
13. • Em seu livro mais importante, O Capital, Marx
afirmava que a nossa sociedade aparece
inicialmente como um grande depósito de
mercadorias
16. • Esse é o processo de circulação simples, onde o
empresário A possui uma mercadoria e troca-a por
dinheiro, e depois por outra mercadoria que satisfaça
suas necessidades.
• É importante notar que esse processo começa com
uma mercadoria e termina com outra, que sai de
circulação para satisfazer as necessidades de quem a
adquiriu. Podemos perceber também que a
mercadoria caracteriza-se por
• Possuir um valor de troca, isto é, uma capacidade
para ser trocada e possui um valor de uso, isto é,
uma utilidade.
17.
18. O processo de formação do capital
• Se a preocupação no processo de circulação
simples de mercadorias é a realização das
trocas de mercadorias (comércio), o que
caracteriza o processo de formação do capital
é a preocupação em produzir mercadorias
(indústria).
• Podemos representar esse processo da
seguinte forma:
19.
20. • Neste processo, a pessoa A tem determinada
quantia de dinheiro, que troca por uma
mercadoria, para, em seguida, trocar
novamente por dinheiro. Por exemplo: a
pessoa A possui R$ 200,00 e troca essa
quantia por uma camisa, depois troca-a
novamente por R$ 300,00, obtendo um lucro
de R$ 100,00.
21.
22. A lei da Mais-Valia
• Segundo Marx, é no momento em que o empresário
compra a força de trabalho de seu empregado que
nasce o processo de exploração capitalista. Como?
• O empresário, ao pagar o salário aos trabalhadores,
nunca paga a estes o que eles realmente produziram.
• Em outras palavras, se no processo D-M-D o
empresário fica rico, é porque o trabalhador produz
muito mais do que recebe, isto é, o empresário se
enriquece às custas não do seu próprio trabalho, mas
devido ao trabalho de seus empregados.
• Para mostrar essa relação de exploração entre
empresário e trabalhador, mostraremos um exemplo:
23. • Se um empresário quiser, por exemplo, aplicar R$ 150,00 na fabricação de um par de sapatos para.
obter lucro, deverá ter: uma certa quantia de couro (digamos R$ 10o,00), uma máquina,, cujo
gasto para fabricação de um par de sapatos seja de R$ 20,00. Suponhamos também que o tempo
de trabalho para fazer um par de sapatos seja de quatro horas.
• Sabemos que a força de trabalho é quem aplica através da máquina o trabalho necessário para
transformar o couro em sapatos e criar, assim, maior valor na mercadoria. A força de trabalho,
porém, pertence a uma pessoa, e para essa pessoa trabalhar durante quatro horas, necessita de
certos bens materiais de consumo que equivalem a um dia de sobrevivência (24 horas). Vamos
imaginar que o gasto para manter essa força de trabalho durante 24 horas seja de R$ 30,00.
• Bem, até agora, o empresário, para fazer um par de sapatos, gastou: R$ 100,00 em couro, R$
20,00 no uso de máquinas e R$ 30,00 em salário. Total gasto para obter um par de sapatos: R$
150,00; onde, então, está o lucro?
• Esquecemos que o empresário, quando comprou a força de trabalho, comprou-a por R$ 30,00, e
esse dinheiro representa 24 horas de uso da força de trabalho: mas o empresário só usou essa
força por quatro horas. Para obter lucro, basta aumentar a jornada de trabalho de quatro para
oito horas. Teremos: R$ 200,00 em couro, R$ 40,00 no uso de máquinas e R$ 30,00 em força de
trabalho. Total: R$ 270,00.
• Vimos que o preço real do sapato é de R$ 150,00, mas aumentando a jornada de trabalho para
oito horas teremos dois pares de sapatos que custam para o empresário R$ 270,00. Agora, o
empresário pode vender cada par a R$ 150,00, e terá, então, R$ 30,00, sendo que para fabricá-los
gastou R$ 270,00. A diferença de R$ 30,00 constitui o lucro, isto é,
24. • O excedente de valor produzido que não é
devolvido ao trabalhador, sendo apropriado
pelo capitalista. Isso é o que Marx define
como a mais-valia
• OU SEJA
• SEGUNDO MARX - acumulação de capital
resulta do acumulo de mais-valia (parte que o
trabalhador produz e que não lhe é paga)
25.
26. • Concluindo podemos dizer:
• OBJETIVO DE MARX era estudar a sociedade
de seu tempo (sociedade capitalista)
29. Apresentação feita para o curso de pós-graduação:
ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: Informática e internet
PROFESSOR: Leandro Libério
TUTORES: Daniela, Nivia, Suelem e Hernani
ALUNO: Sebastião dos Reis Castro